História Dream girl - Pleasure

-Merda! -Gritei, assim que abri meus olhos.

Estava deitada em cima de Justin, no sofá da sala. Ele ainda dormia como uma pedra e nem se mexia, apesar do meu grito.

Minha avó deve estar enlouquecida atras de mim, pois não tinha avisado ela que viria para cá ontem.

Me levantei, olhando a sala da casa. Estava simplesmente uma bagunca.

Copos e garrafas estavam jogados por todos os cantos, o chão estava imundo, e várias pessoas dormiam pelos cantos.

-Justin? -O chamei, sacudindo ele pelo ombro com força.

-Uhm? -Ele murmurou, sem abrir os olhos ou se mover.

-Eu preciso ir. -Falei, e ele abriu os olhos lentamente, me encarando.

-Porra, a gente dormiu no sofá? -Disse, se sentando e passando a mão pelos cabelos nervosamente. 

-É sério, preciso ir. -Falei, me levantando e calçando meus sapatos.

Me inclinei e dei um selinho nele, que tentou me segurar para aprofundar o beijo, mas me soltei, o empurrando.

-Preciso ir, senhor. -Falei, e ele bufou, se levantando e indo comigo até a saída.

Peguei a chave do meu carro no balcão, o abrindo e dando um último rápido selinho em Justin antes de sair.

O caminho até o apartamento foi longo, pois como eram sete da manhã, o trânsito estava terrível.

Já estava começando a fazer frio na cidade, e os turistas na rua já usavam jaquetas enormes, muito exageradas.

Quando entrei na rua do prédio vi uma movimentação estranha na calçada na frente do meu prédio, até que percebi do que se tratava.

Uma orda de paparazzi estava na frente do prédio.

Estacionei meu carro uma esquina antes, abrindo o navegador do meu celular com a sua mãos trêmulas.

Nenhuma notícia minha sobre a última noite, nenhuma foto vazada.

Mas é claro, ontem à noite saírem as fotos da festa da revista. Duvido que eu fiquei bem nelas, devido ao quanto eu estava nervosa.

Bem, mas de qualquer forma, pareceu ter tido efeito.

Respirei fundo, tomando coragem. Eu não precisaria descer do carro, é só ir até a garagem direto.

Liguei o carro novamente, percorrendo os poucos metros que faltavam até a garagem do prédio, rezando para que os paparazzi não me notassem.

Mas claro que me notaram.

Uma aglomeração se formou na volta do carro, e milhares de flashes eram disparados contra meu rosto.

Alguns davam tapas no vidro, gritando perguntas.

Arranquei o carro, entrando na garagem, e ao menos eles tiveram o mínimo de descencia em não me seguir.

Estacionei o carro na vaga da garagem, respirando para me acalmar.

Entrei no elevador, rezando para minha avó não estar acordada. Ela já pensar que eu fiz o mesmo enquanto estava sequestrada, não quero que ela perca a confiança em mim.

-Querida! -Ela disse, assim que entrei pela porta. 

-Desculpe vó, Bella acabou dando uma festa e  eu... -Comecei, mas ela me interrompeu.

-Você já é bem grandinha, não precisa me dar desculpas. Queria te dar os parabéns pelas fotos do evento. -Falou, me alcançando um exemplar de uma revista.

As fotos não ficaram nada mal, preciso admitir. Eu estava com tanto medo do plano que estávamos armando que sai com uma cara séria, digno carão de modelo.

-O meu telefone não para de tocar, todos querem você! -Ela disse, e eu sorri.

-A senhora achou alguma das propostas boa? -Perguntei, e ela concordou.

-Não conheço muito bem a marca, mas a diretora de moda da Adidas ligou. Eles querem que você seja a garota propaganda da coleção de inverno. -Falou, e eu não pude impedir um sorriso de sair.

-Meu deus, isso é incrível! -Falei.

...

-Certo, Brooklyn Fields. É só assinar mais este contrato... -A mulher loira falou, me passando mais um documento, que eu assinei.

A Adidas queria fechar negócio comigo o mais rápido possível, então fomos no escritório de tarde.

Essa ideia de ser modelo não tinha me parecia muito boa no início, mas agora eu estava gostando. Ao menos é parecido com o que eu queria trabalhar, moda.

Minha mãe também ligou, e disse que estava muito orgulhosa de mim.

As fotos para a coleção começariam na próxima semana.

-Pronto, agora é só aguardar o agendamento das fotos. -A mulher disse, sorrindo, e esticando a mão, que eu apertei.

-Obrigado. -Falei, sorrindo.

Levantei com minha avó e saímos do escritório da Adidas, onde alguns paparazzi tiraram fotos.

Neste momento estou tão feliz com a minha carreira que eles não me incomodaram tanto como de costume.

Entrei no carro que nos esperava com Madeline e peguei meu celular, ligando para Bella

-Bella? -Falei, assim que ela atendeu o telefone. 

-Oi, Brooke! -Ela disse, animada.

-Eu fechei um contrato com a Adidas! -Gritei, e ela gritou junto.

-Isso é demais! -Ela falou, parecendo realmente feliz por mim.

Depois de todos esses anos, sinto que tenho uma amiga de verdade.

...

-Tem certeza que vai ficar bem? -Minha avó perguntou pela milésima vez, enquanto o motorista pegava sua quarta mala e descia pelo elevador.

-Sim, vó. Vou ficar com a Bella. -Falei, e ela concordou com a cabeça, me dando um beijo estalado na bochecha.

Surgiu uma emergência no atelier de Paris e minha avó precisou ir correndo. Isso quer dizer que eu passarei ao menos uma semana na mansão, e consequentemente com... Bieber.

Terminei de arrumar as minhas malas e tranquei o apartamento, pegando a chave do carro.

Como já era tarde o trajeto até a mansão foi rápido. Estacionei meu carro na garagem coberta da casa, pegando a mala.

-De mudança? -Justin disse, surgindo de trás de uma ferrari, me fazendo levar um susto enorme.

-Porra! -Gritei, quase deixando minha mala cair no chão.

Justin riu, e eu me virei para dar um soco em seu ombro.

-Ai! Eu ia me oferecer para levar sua mala, mas agora eu estou ferido. -Falou, tirando a mala da minha mão e a colocando no chão.

Justin me agarrou pela cintura e me olhou nos olhos, com uma expressão séria.

Então, sem qualquer aviso, ele me prensou contra o carro, me beijando com intensidade.

Coloquei minha mão em seus cabelos, o trazendo mais para perto, aprofundando o beijo.

Ele mordeu meu labio, dando um chupão em meu pescoço quando paramos por falta de ar.

-Gostosa. -Sussurou em meu ouvido.

-Nem um dia sem mim e você já fica assim, querido? -Falei, e ele me lançou um olhar safado.

-Está se achando demais. -Falou, pegando minha mala e subindo comigo até a casa.

Quando chegamos na porta de vidro Bella me viu, vindo correndo e me dando um abraço tão forte que minha sala costelas quase se grudaram. Gigi também se juntou ao abraço.

-Calma, vocês vão me sufocar. -Falei, e elas riram.

-Adidas, sério? Parabéns! -Gigi falou e eu olhei para Justin, que levantou uma sobrancelha.

-É, e a melhor parte é que eu vou ganhar a coleção de inverno toda! -Falei, animada, e Bella bateu palmilhas.

-Se eu não estivesse tão cansada de ontem nos tínhamos que sair e tomar um porre. -Falou, e eu ri.

-Vou ficar um bom tempo aqui, fica para amanhã. -Falei, e ela concordou.

Justin ficou na sala com os meninos, enquanto Bella e Gigi me mostravam o quarto de hóspedes em que eu ficaria.

Arrumei minhas coisas em um armário e vesti uma roupa mais confortável, um shorts curto e uma regata.

Deitei na cama, sentindo meus olhos pesarem.

...

Acordei desorientada, como sempre depois de uma soneca longa. 

Desbloquei meu celular, vendo que eram três da manhã. Minha barriga roncou, protestando.

Abri a porta do quarto com cuidado, vendo que não tinha nenhum movimento na casa. Todos provavelmente estavam dormindo.

Desci as escadas lentamente, indo até a cozinha, começando a mexer nos armários em busca de algo para comer.

Peguei o cereal que encontrei, o colocando em uma tingela com leite e começando a comer, quando senti alguém me virar, me fazendo sentar no balcão.

Tentei me soltar mas parei quando vi que era Justin.

Ele vestia apenas uma cueca box, e seus cabelos estavam bagunçados de uma maneira sexy.

-Te assustei, linda? -Falou, ficando no meio da sala minhas pernas.

Senti um alarme se acender no meu sistema, mas me obriguei a desliga-lo. Eu não posso me sentir insegura ou com medo, não com ele.

Ele pareceu ter percebido minha reação, pois se afastou levemente, mas o puxei pela nuca, inclinado um beijo.

Uma de suas mãos foi até o início da minha blusa e ele colocou sua mão por dentro, fazendo um carinho gostoso na minha pele.

Depois  que tinha acontecido eu tinha tentado ficar com outros caras, mas eu sempre acabava entrando em pânico e tendo um surto.

Mas com Justin é diferente.

Sem parar de me beijar sua mão foi até meu shorts, e ele a colou por dentro, quase tocando minha virilia.

As memórias estavam voltando.

Abri meus olhos rapidamente, olhando para Justin, que parou o beijo, mas não se afastou e nem retirou sua mão.

-Olhe para mim, se lembre que sou só eu. -Ele disse, me olhando nos olhos, e eu concordei.

Eu sabia o que ele pretendo fazer, e eu não sabia até que ponto eu aguentaria.

Mas eu tentaria, eu precisava tentar.

Passei meus dois bracos pelo seu pescoço, o abraçando com força, sem desviar meu olhar do dele.

Sua mão subiu mais, chegando até minha calcinha, que ele habilidosamente afastou para o lado.

-Justin... -Murmurei, me sentindo completamente assustada.

-Brooke, relaxa. Só olha para mim. Eu quero... Eu preciso tocar você, amor.

Senti meu corpo todo amolecer quando ele falou aquela última palavra. Dei o sorriso mais verdadeiro de todo minha vida, e respirei fundo, me preparando para o que estava por vir.

 Sua mão agora afastou completamente minha calcinha, e fiquei tensa novamente quando ele começou a me tocar lentamente.

Era difícil não deixar as memórias voltarem, muito difícil.

-Eu sei que você gosta, vadia. -O homem disse, colocando seu dedo com violência não minha intimidade.

-Me solte, por favor!

Fechei meus olhos com força, controlando as lágrimas, sentindo Justin retirar sua mão de mim.

-Brooke, eu... Me desculpa. -Falou, passando suas mãos pelo meu rosto.

Abri meus olhos e meu coração doeu quando vi sua expressão de culpa.

Justin Bieber, o cara mau e sem piedade, está se sentindo culpado.

-Tente... tente de novo. -Falei, o puxando pelo pulso, mas ele negou.

-Não, você... não quero que você se torture. Eu entendo, de verdade. -Falou, mas eu neguei.

-Por favor, eu prometo que te aviso se quiser parar. -Falei e ele concordou, parecendo um tanto relutante.

Sua mão voltou para minha intimidade e ele voltou a fazer movimentos circulares lentos. Justin observava atentamente cada reação minha, mas eu não tinha mais medo.

Não olhando para aqueles olhos cor de mel, não sentindo o prazer se fazendo em mim.

Ele aumentou os movimentos significantemente, me fazendo soltar um gemido. Ele riu, beijando meu pescoço, quando eu arregalei os olhos.

-Justin... -Gemi, sentindo meu ápice chegar. Meu corpo amoleceu e uma onda de prazer me atingiu.

Ele tirou seus dedos de mim, o lambendo, e logo depois me beijando.

-Isso foi... -Falei.

-Eu sei, incrível. -Falou, se gabando, e eu dei um soco em seu ombro. 

Ele tocou minha bochecha com delicadeza, acariciando meu rosto.

-Eu vou te mostrar o que é sentir prazer. -Sussurou em meu ouvido.

Senti minhas bochechas queimarem de vergonha, e ele riu novamente.

-Venha, senhorita. Hoje vocês dorme na cama comigo.