História Dream girl - Issues

-Gostosa. -Justin murmurou em meu ouvido, enquanto os movimentos circulares de seu dedo em minha intimidade aumentavam.

Sua mão apertou com mais intensidade meu seio, e eu tive que me controlar para não gemer alto.

Ele se encontravam o meio das minhas pernas, e eu conseguia sentir seu volume na minha coxa, por mais que ele estivesse vestido.

Sua testa estava encostada na minha e ele me olhava nos olhos. Suas iris escureciam cada vez, e eu já não sentia controle sobre meu corpo.

Sei toque em mim era firme, mas ao mesmo tempo suave e cuidadoso, como se ele calculasse cada movimento para que eu me sentisse bem.

O abracei com força quando senti meu ápice chegar, e Justin me beijou, abafando o gemido longo que escapou dos meus lábios.

Ele se afastou de mim e eu sentia meu corpo completamente mole. Tentei regular minha respiração enquanto olhava para o teto.

Era ridículo, mas eu sentia minhas bochechas queimando de vergonha.

-É bom saber o efeito que eu tenho sobre você, sabe. -Falou, me fazendo soltar uma risadinha debochada.

Me virei para encara-lo, enquanto arrumava minha roupa de volta no corpo.

-Você vai dormir comigo? -Perguntei, ele levantou uma sobrancelha.

Que porra eu estou fazendo?

-Já está apaixonada, Brooklyn? -Ele falou, e eu me levantei, sem respondê-lo, pegando meu pijama no roupeiro e indo até o banheiro.

Qual é o meu problema?

Sai do banheiro com meu pijama, vendo que a luz do meu quarto estava apagada.

Me deitei na cama, me espreguiçando e tentando achar uma posição confortável para dormir.

-Ei! -Ouvi alguém gritar, e percebi que tinha acertado suas costas com um chute.

Justin estava deitado, de costas para mim, sem camisa.

Demorei alguns instantes observando suas tatuagens e músculos definidos, sorrindo como uma idiota por ele ter ficado.

Eu estou ficando louca.

Cada traço das suas tatuagens era extremamente bem feito, assim como cada parte do seu corpo.

Me aproximei lentamente dele, abraçando suas costas e o beijando no pescoço.

-Um dia, eu vou te recompensar por tudo isso. -Falei, sentindo o efeito do álcool e da cocaína sobe em mim.

-Você já me recompensa, amor. -Ele disse, beijando minha mão. 

Em poucos segundos já estava apagada.

...

Acordei resmungando, devido à forte luz do sol que entrava pela janela. Esqueci de fechar essa maldita cortina.

Senti falta da presença de Justin do meu lado, e vi que ele não estava em nenhum lugar no quarto.

Ele saiu cedo, de novo.

Minha cabeça doia tanto que tive que fazer um tremendo esforço para me sentar. Não acredito que usei cocaína de novo.

E pelo o que me lembro ainda tem Elizabeth. Tenho certeza de que ela não vai parar com essa história, e algo nisso me assusta.

Me levantei com muito esforço, saindo do quarto e descendo até a sala.

Bella e Gigi estavam sentadas na mesa, almoçando.

-Bom dia, bela adormecida. -Gigi falou, e eu me sentei do seu lado, começando a encher meu prato com massa.

-O príncipe encantado saiu cedo. -Bella falou, me fazendo rir.

-Está mais para o ogro mesmo. -Falei, e as duas riram.

-Você não me chamou de ogro gemendo ontem, querida. -Ouvi alguém sussurrar no meu ouvido, me fazendo quase cair da cadeira.

Justin estava atras de mim, rindo da minha cara. Acertei um soco com força em seu ombro.

...

O resto do dia se passou de maneira estranha. Justin e Chaz sussurravam pelos cantos e pareciam nervosos na maior parte do tempo.

Bella e Gigi disseram que eles saíram sozinhos hoje bem cedo, e não falaram para ninguém o que iriam fazer.

O telefone de Justin tocou e ele se levantou da poltrona, no outro lado da sala, onde falava com Chaz.

-Oi, mano. -Falou. -Certo, isso é ótimo. 

Justin desligou o telefone, com um enorme sorriso no rosto, vindo até mim.

-O cara está morto. Que nos sequestrou. -Falou, me dando um selinho demorado.

Ouvi Bella, Gigi e Chaz comemorando, mas me limitei a dar um sorriso um tanto forçado. Eu tenho absoluta certeza de que esse homem não trabalha sozinho, e sei que Justin acha isso também.

Ele, inclusive, entende mais desse tipo de coisa que eu.

Mas nessa confusão toda, qualquer ponto a nosso favor é válido.

Jusrin se sentou do meu lado e terminamos de assistir a um filme que passava na TV, mas eu não prestava atenção realmente.

 Pensei que o motivo de Justin e Ryan estarem nervosos era essa história do cara, mas parece que eu estava errada.

Os olhares estranhos continuaram.

-Já chega, cacete! -Bella gritou, pegando o controle da TV e a desligando.

Todos se viraram para olhá-la, e pelo o que eu a conhecia, sabia exatamente o que ela falaria.

-Voxês dois vão me falar agora o que está acontecendo! -Ela falou, e os dois se olharam.

-Não é isso... -Chaz começou, mas Justin o interrompeu.

-É algo comigo e com o Chaz. Não se meta. -Justin disse, rude, e eu encarei o chão.

Queria que ele me falasse o que aconteceu, mas ao mesmo tempo não quero comprar outra briga com ele.

Bella se inclinou para a frente, parecendo disposta a iniciar uma briga ou discussão, mas Gigi a puxou pelo pulso, a obrigando a sentar.

Ela permaneceu menos de cinco segundos assim, logo já se levantando e subindo as escadas bufando.

-Bella! -Gigi gritou, correndo atrás dela.

Me virei para olhar Justin, que estava com a testa franzida.

-O que está acontecendo? -Perguntei.

Ele suspirou, e eu sabia que ele não queria brigar também.

-Não se mete nisso, Brooke. É confusão demais. -Falou, e eu não respondi.

Quando temos uma boa notícia, de que o sequestrador morreu, aparecem mais problemas e mentiras.

Bella ainda deve estar abalada com a história da Kylie. As duas eram grandes amigas, e além disso foi Bella quem a colocou na gangue. 

Me coloco no lugar dela. Eu me sentiria traída, enganada e culpada, tudo ao mesmo tempo.

-Ei, não precisa se preocupar. Eu vou resolver essa parada. -Ele disse, beijando minha mão.

-Eu quero te ajudar, Bieber. -Falei, mas ele negou com a cabeça rapidamente.

-Voce pode me ajudar não me perguntando mais sobre isso, que tal? -Ele disse, sorrindo, mas eu fiquei seria.

Então é isso, ele quer que eu fiquei na minha.

 Ouvi uma gritaria vindo das escadas, no segundo andar, e me levantei. Bella arrastava uma mala preta rapidamente, enquanto Gigi tentava segura-la, sem sucesso.

-Eu vou bater em você, Gigi! Me solta! -Ela gritou, mas Gigi puxou sua mala de volta.

-Você não vai embora!

-Ah, eu vou sim! Eu não vou ficar aqui com segredinhos e mentiras. -Falou, e Gigi riu.

-E você vai pra onde?

-Pro Abel! -Gritou, dando um chute na canela da Gigi, que ficou enfurecida.

-Deixa ela ir. -Justin disse para Chaz, que ia se levantar. -Ela vai esfriar a cabeça e vai voltar, você sabe.

Chaz não se moveu e Gigi gritou, deixando Bella ir.

-Ela vai voltar em alguns dias. -Gigi falou, bufando, se sentando do meu lado, ainda massageando sua canela. -Agora pelo amor de Deus, o que vocês estão fazend que ela não pode saber?

Justin a encarou com raiva.

-Nem me vem com essa cara, Bieber. A Bella ainda está mal com a história da Kylie. -Falou, e Justin  bufou.

-Vocês vão ter que confiar em mim nessa. Quanto menos gente nessa merda, melhor. -Falou.

Eu não entendiam o que ele falava, e não tinha a menor ideia do que se tratava o que ele estava falando. 

Senti meu celular tocar no meu bolso e gelei quando vi o nome de Elizabeth na tela. Não me lembro muito bem da última noite, mas lembro muito bem da parte em que falei com ela.

-Alo? -Falei, me levantando e saindo da sala onde todos estavam.

-Oi, amiga. -Elizabeth disse, debochada.

-O que você quer? -Falei rapidamente, e ela riu.

-Dinheiro. -Falou.

-Não. Vocês nunca mais vão ver um centavo do meu dinheiro, entendeu? -Falei.

Lizzie riu.

-Ah, você vai. Vamos nos ver logo, querida. -Ela disse, desligando o telefone.

-Quem era? -Justin perguntou, aparecendo atras de mim.

-Minha mãe. -Menti.

Algo nessa história com Elizabeth e Mark me parecia mais séria do que da última vez.

Duvido que eles queiram algo como cinquenta dólares, e duvido muito mais que eles não tenham nada para me ameçar, e isso me aterroriza.

Eles podem acabar com a minha carreira, e com a da minha mãe.

...

O dia estava bonito em Nova York, apesar do frio já estar aparecendo.

As folhas caiam das árvores no central park, deixando a visão completamente incrível.

-Eu falei que é bonito! -Justin falou, rindo como uma criança.

-Certo, você ganhou. Um chão coberto de folhas pode ser bonito. -Falei, levantando minhas mãos.

Ele riu, me abraçando.

Tinham se passado três dias desde que Elizabeth ligou. Três dias desde que Justin e Chaz tinham voltado estranhos para casa.

Gigi falou que perguntou para Ryan e Chris, mas eles também não tinham a mínima ideia do que estava acontecendo.

Saber que o sequestrador estava morro tinha sido aliviador, pelo menos por um instante. Duvido querele trabalhasse sozinho, mas já me serviu como conforto momentaneo.

-Brooke, Terra chamando. -Justin disse, passando as mãos pelo meu rosto, me fazendo rir.

Andamos mais um pouco pelo parque até eu ver em um rosto familiar na multidão. Senti meu corpo gelar.

Um sorriso um tanto debochado surgiu em seu rosto enquanto ele fingia uma cara de surpresa, colocando seus cabelos pretos para trás.

-Brooke! -Mark falou, se aproximando e me dando um abraço exagerado.

Me soltei dele rapidamente, o encarando com nojo.

Justin o encarou, e ele o cumprimentou com a cabeça. Justin não moveu um músculo se quer.

-Ouvi dizer que estava na cidade, mas nunca imagine que iria te encontrar. -Ele falou, e eu me controlava para não tremer de raiva.

-Certo, agora se me dá licença... -Falei, recomeçando a andar, mas ele me interrompeu.

-Ah, qual é, Brooke? Vamos nos divertir. Essa sua carinha nos conseguia um bom pó, não é? -Ele disse, me segurando pelo pulso com força.

Me soltei dele e tive que colocar uma mão no peito de Justin, o segurando para que ele não começasse uma briga.

-Chame a sua vadia, Elizabeth. -Falei, e ele riu.

-Pode acreditar, ela vai vir. -Ele falou.

Voltei a andar rápido, sentindo as lágrimas caírem, enquanto Justin me seguia. Em um ponto eu quase corria.

Então ele esticou a mão, me segurando.

-Brooke, o está acontecendo?

Respirei fundo. Ele sabe que eu cheirava. Ele sabe que eu fui estuprada.

O que mais ele se podiam usar contra mim que ele não soubesse?

-Eu não sei... Eles têm me ligado, acho que vão me amecar por dinheiro. -Falei, e Justin ficou com muita raiva.

-Esse desgracado! -Ele gritou, enfurecido. -Eu vou matar ele!

Ele tentou sair correndo, mas o segurei com toda a minha força.

-Não, por favor! Eu não sei o que eles querem usar contra mim. -Falei, e ele negou com a cabeça.

-Eles não vão usar porra nenhuma, por que eu vou matar eles antes! -Gritou, tentando ir atras de Mark de novo.

-Não, Bieber! -Gritei, desta vez mais alto. -Eu vou cuidar disso. 

Ele levantou uma sobrancelha, parecendo incrédulo.

-Sozinha? -Falou, se aproximando de mim. Concordei lentamente com a cabeça.

Eu conseguia ver em seus olhos que ele não me deixaria fazer isso sozinha, mas eu iria.

Se ele resolve os "assuntos dele" sem poder ao menos falar do que se trata, por que ele quer resolver as coisas por mim?