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História Dream girl - Car


Escrita por: Ali_

Notas do Autor


Boa leitura, não se esqueçam de comentar <3

Capítulo 14 - Car


O clima na casa estava terrível depois de tudo.

Eu e Justin tínhamos quase voltado à estaca zero. Ele não me dirigia mais a palavra, e sempre saia do cômodo quando eu chegava.

Todos sabiam que Justin e Chaz estavam armando alguma coisa, e eles não contariam por nada. 

Bella ainda não tinha voltado para casa e não atendia o telefone por nada neste mundo, deixando Gigi completamente desesperada. 

Ela já tinha ido no apartamento de Abel e falado com ele, mas ela não estava lá. 

Para completar, Gigi ainda estava furiosa com Chaz e Justin por terem feito Bella ir embora. Abel já estava ajudando a procurá-la, mas não tinha nenhum sinal.

A este ponto eu só queria que minha vó voltasse logo.

Elizabeth e Mark não tinham me ligado mais, e eu não sai de casa, então não encontrei com eles na rua. 

Mas algo me diz que este silêncio não vai durar muito.

-Brooke, o Abel achou a Bella. -Gigi falou, entrando no meu quarto.

Me levantei rapidamente da cama, indo até ela.

-Onde ela está? -Falei, e Gigi deu um longo suspiro.

-Em Toronto, com umas amigas do ensino médio. -Gigi falou e eu suspirei, aliviada.

Pelo menos ela estava bem.

-Você sabe, Brooke, ela está levando essa história muito a sério por causa de tudo que aconteceu com a Kylie... -Ela começou, e eu concordei com a cabeça rapidamente.

-Eu sei, Gigi. Eu a entendo. -Falei.

Gigi suspirou, se sentando na minha cama, olhando para o teto. Me sentei do seu lado.

-Sabe, por mais que eu odeie admitir, até acho certo os meninos estarem resolvendo seja lá o que sozinhos. -Ela falou. -Bella não admite, mas depois de tudo ela não teria forças para lidar com outra coisa, seja lá o que for.

Concordei com a cabeça, por mais que não concordasse totalmente com ela. Não estou nada feliz que os dois estejam me escondendo algo.

-Então, o que você acha de ir em um racha comigo e com os meninos? -Ela falou, e eu sorri.

Nunca fui em um racha, não tinha muitos em Londres, mas sempre tive vontade.

-Vou me arrumar, te encontro na sala. -Falei e ela concordou, se levantando e saindo do quarto.

Tomei um banho longo, tentando relaxar, e prometendo para mim mesma que seria mais paciente com Bieber.

Por mais que seja da maneira errada, ele só está tentando me proteger. E talvez eu também tenha pegado muito pesado com ele, mandando ele não se meter na história com Mark e Elizabeth.

Coloquei um shorts preto e uma blusa vermelha decotada, e calcei meus tênis pretos.

Passei maquiagem e estava pegando meus brincos na gaveta quando senti alguém me agarrar por trás.

-To puto contigo mas tu tá gostosa demais. -Justin sussurrou em meu ouvido, me abraçando pela cintura.

Fechei meus olhos, sentindo ele beijar meu pescoço. Alguns dias sem isso e eu já estava sentindo tanta falta.

Ele deu uma risada rouca em meu ouvido, se afastando e saindo do meu quarto, me deixando completamente atordoada.

Que porra ele está fazendo?

Coloquei os brincos, desligando a luz do quarto e descendo as escadas até a sala. Todos já estavam sentados no sofá.

Justin falava com Chaz e nem sequer se deu ao trabalho de me olhar.

Bufei, tentando não demonstrar o quanto ele estava me irritando, mas parecia impossível 

-Você quer ir no carro comigo? -Gigi perguntou, parecendo perceber o clima e eu concordei sem pensar duas vezes.

Desci as escadas até a garagem com ela, sentindo o olhar de Justin queimando nas minhas costas.

Não me atrevi em olhar para trás.

Gigi pegou a chave da ferrari branca, sentando no banco do motorista, e eu me sentei no banco do carona.

Logo já estávamos na estrada, e ela dirigia rapidamente.

-Olha, o Justin pode ser um babaca as vezes, eu sei... -Ela começou.

-Na maioria das vezes. -Completei, e ela riu.

-Certo na maioria. Mas ele se importa com você, Brooke. De verdade. -Ela falou, e eu fiquei em silêncio. -Aquele dia que não te achávamos na boate, você tinha que ver como ele ficou. Nunca pensei que o veria assim por causa de uma garota.

Deixei um sorriso bobo escapar da minha boca e me senti uma grande idiota.

-Ele me falou que está acontecendo umas paradas com você e você não quer que ele te ajude, mas vá por mim. Deixa ele te ajudar. -Ela falou, se virando para me encarar quando parou na sinaleira.

Tive que concordar com a cabeça.

Ela está certa.

Eu pareço uma criança fazendo birra.

Mas, por outro lado, se ele tem o direito de me ajudar com o que está acontecendo eu também tenho direito de saber o que está acontecendo com ele e ajuda-lô. 

Respirei fundo, olhando a cidade pela janela, tentando não pensar demais.

Vou agir com ele como ele agir comigo.

Logo chegamos em uma parte bem afastada do centro da cidade. Existiam apenas algumas velhas e abandonadas construções, e as ruas estavam desertas.

Depois de mais alguns minutos Gigi estacionou o carro na frente de uma trilha. Só não estranhei por que aviam diversos outros carros estacionados no local, em sua grande maioria eram luxuosos.

-Fica alguns metros andando, mas não se preocupe. -Ela disse, indicando seu bolso com mão.

Maravilha, uma arma.

Dei uma risada e ela indicou a trilha com a mão, e eu a segui.

Depois de alguns poucos metros já ouvia uma música alta e pessoas conversando, assim como barulho de motores de carro.

Em alguns minutos chegamos em uma pista, que estava lotada de pessoas. A música estava alta e algumas garotas dançavam em cima de carros.

Pessoas fumava, bebiam e se pegavam por todos os lados.

-Minha garotinha, Gigi! -Um moreno alto e cheio de tatuagens disse, abraçando Gigi com força.

-Como andam as coisas, Jack? -Ela perguntou.

-Tudo na mesma. E quem é a garota? -O homem perguntou, apontando para mim.

-Essa é a Brooklyn. -Ela disse e o cara sorriu, me cumprimentando.

-É claro, ouvi falar dela. Modelo famosa e ainda é a garota do Bieber. -Ele disse, me fazendo rir.

Várias pessoas nos encaravam, e eu sabia que provavelmente era mais por Gigi que por mim. 

Todos a conheciam e sabiam que ela era da gangue, que é a maior da cidade.

Gigi e Jack me apresentaram para outras pessoas, e Gigi parecia conhecer todos.

-Eu adorava assistir o programa da sua mãe. -Uma garota loira falou, e eu sorri.

-Ela ficaria feliz. -Falei, a frase pronta que sempre usava quando elogiavam minha mãe para mim.

...

Depois de vários copos de bebida, eu sentia minha cabeça girar. Agoras a única coisa que eu fazia era procurar Justin pela multidão, enquanto Gigi tentava dessesperadamente me segurar.

-Fica aqui que eu procuro ele! -Ela gritou, me obrigando a sentar no capô de um carro.

Concordei com a cabeça, mesmo que contra minha vontade. Eu realmente não conseguiria andar sozinha pela multidão.

Gigi se afastou, e eu encarei o chão, me concentrando em manter o equilíbrio.

-Ora ora, como nos velhos tempos... -Ouvi uma voz familiar falando. Só posso estar alucinando.

Abri meus olhos e vi Elizabeth na minha frente, com um sorriso debochado no rosto. 

-Sua vadia... -Murmurei, tentando falar alto, mas me sentia muito fraca.

Ela riu alto, me segurando pelos ombros.

-Você achou de verdade que está tão mal só por causa do álcool? Tinha surpresinha na sua bebida, querida. -Ela sussurrou em meu ouvido e eu tentei me soltar dela, mas ela me segurou com força.

Tentei me levantar, mas meu corpo estava completamente mole.

-É minha amiga, vou levar para casa. -Ela disse para Jack, que concordou com a cabeça.

Tentei gritar para ele me ajudar, mas o maximo que conseguia era me esforçar para não desmaiar.

Logo Mark apareceu, me carregando, com uma mão em minha cintura, me apertando com muita força.

Tentei me soltar dele, mas era impossível. 

Senti minha visão ficar embaralhada e minha cabeça pesar, e o próximo momento em que tive consciência já me encontrava dentro de um carro.

-Era só ter dado o dinheiro... -Elizabeth falou, rindo, enquanto Mark arrancava com o carro. -Nós estamos ferrados desta vez. Perdemos um carregamento de cocaína de quinhentos mil.

Quinhentos mil.

Era isso que eles querem de mim.

Tentei falar alguma coisa, mas era impossível.

-Merda! -Mark gritou, e Elizabeth olhou para trás.

Um alto farol de carro atingiu meus olhos, e eu sabia que estávamos sendo seguidos.

O carro acelerou com violência, e eu senti todos meus músculos gelarem.

Então ouvi uma batida muito forte. Meu corpo foi jogado com violência para o banco da frente, e minha cabeça atingiu o vidro.

Estavamos capotando.

...

-Eu não posso te autorizar a ficar aqui, rapaz. -Ouvi uma voz falando do meu lado.

Tentei abrir meus olhos, mas não tive sucesso. Meu corpo todo doia, e minha cabeça parecia pesar uma tonelada.

-Eu não vou sair daqui! -Bieber?

Me esforcei mais e consegui abrir levemente meus olhos, mexendo meu braço, que doia muito.

-Ai. -Resmunguei.

-Brooke, graças a Deus! -Justin disse, correndo até meu lado.

Abri mais um pouco meus olhos e ele me encarou, parecendo muito preocupado. 

Mele tinha enormes olheiras e estava branco se tão abatido.

-Você está bem? -Perguntei, e ele riu, se inclinando e me dando um beijo na testa.

-Você sofre um acidente de carro e pergunta se eu estou bem? -Ele falou, segurando minha mão.

A enfermeira se aproximou, bufando, começando a me examinar.

-Amor jovem... Tão irritante. 

Justin olhou para longe da sala, parecendo um tanto constrangido.

Justin Bieber constrangido. Nunca pensei que veria isso na minha vida.

Apertei a mão de Justin com força enquanto ela me examinava. Todo meu corpo doia muito, mas principalmente a cabeça.

Eu provavelmente tinha me cortado muito quando bati com ela na janela.

-Você vai ficar bem. Mais um dia e pode ter alta. -Falou, fazendo algumas anotações em um bloco.

-E você. -Disse, apontando para Justin. -Mais vinte minutos e fora. A moça precisa descansar.

Justin a encarou com uma cara nada boa mas ela não pareceu se importar, saindo da sala.

-Me desculpa. -Ele disse, assim que a mulher fechou a porta. -Eu nunca devia ter te deixado sozinha. 

-Não é culpa sua. -Falei, mas ele negou com a cabeça. -O que aconteceu com os dois?

Justin pareceu ficar nervoso, e apertou minha mão com mais força.

-Mark, ele... morreu. -Falou, e eu engoli em seco. Por mais que ele tenha feito o que fez, fomos amigos por um bom tempo. -E a Elizabeth, ela sumiu. 

Encarei o teto.

Elizabeth tinha muitos problemas com os pais dela, e ela praticamente vivia com o Mark. Agora ela não tem para onde ir.

Se antes ela tinha raiva de mim, agora será mil vezes pior.

Ficamos em silêncio por algum tempo e logo senti meus olhos pesarem e meu corpo relaxar.

...

-Tem certeza que não precisa de mais nada, querida? -Minha vó perguntou assim que entrei em meu quarto.

-Está tudo bem. -Falei, sorrindo.

Quando soube do meu acidente, Madeline veio direto de Paris. Felizmente a mídia não ficou sabendo de nada.

Contei para ela e minha mãe que Mark e Elizabeth vieram me fazer uma surpresa e me dariam uma carona para casa.

Claro que minha mãe não contestou o por que dele estar dirigindo a 200km/h, já que ela sempre o achou extremamente irresponsável.

Ela queria vir me visitar, mas eu insisti que não. A vinda dela causaria muita muvuca na mídia, e ele já com certeza acabariam por descobrir do acidente se desconfiassem de algo.

Coloquei uma roupa confortável, me deitando em minha cama e assistindo um filme na TV.

Eu ainda me sentia dolorida do acidente, e nem tinha tirado os pontos dos cortes.

Ouvi meu telefone tocar. Era Bieber.

-Alo? -Falei.

-Brooke, você está bem? Preciso te ver. -Ele disse, parecendo alarmado.

-Aconteceu alguma coisa? -Perguntei, e ele respirou fundo.

-Tem uma pessoa aqui na boate de strip tease da gangue que quer te ver.

Engoli em seco, imaginado quem seria. Mas por que neste lugar?

-Me manda o endereço, chego em dez minutos. -Falei, desligando o telefone.

Coloquei um vestido preto solto e calcei sapatilhas. A última coisa que eu queria era parecer provocativa em um lugar como aquele.

Minha avó tinha saído de casa, então peguei as chaves do carro e coloquei o endereço no gps.

Dirigi tão rápido que em poucos minutos estava na frente da boate.

Como era final de tarde, tinham apenas alguns carros estacionados. Um deles era de Bieber.

-Garota nova? -O segurança perguntou, me olhando de cima a baixo.

-Não, essa é a minha garota. -Justin disse, aparecendo atras dele, que gelou e pediu desculpas, me deixando passar.

Por mais babaca que fosse, meu coração acelerou quando ele me chamou de minha garota. 

Justin segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos, me conduzindo para dentro do lugar.

Algumas mulheres dançavam semi nuas no palco, enquanto outras andavam entre os homens com os seios a mostra.

Fechei minha cara no mesmo instante. Justin olhando para elas não me agradou nem um pouco.

Ele pareceu ter percebido minha expressão, pois riu e me abraçou.

-Acredite, nenhuma delas é tão gostosa quando você. -Ele disse, e eu senti minhas bochechas ficarem vermelhas.

Mas não adiantou, continuava incomodada com a situação.

Ainda mais por que várias delas me encaravam com cara de nojo. Ele provavelmente já tinha fodido com todas elas.

Justin me levou até o segundo andar, em uma sala, que era um tipo de escritório.

Elizabeth estava sentada em um sofá, chorando compulsivamente.

Eu a conheço bem e sei que ela sabe fingir muito bem, ama também sei que ela realmente deve estar sofrendo com a morte de Mark.

Ela levantou o olhar, me encarando com os olhos vermelhos.

Fisicamente ela não parecia tão mal, exceto por alguns pequenos arranhões em seus braços e no seu rosto.

-Por favor, Brooke. Me perdoa. Você precisa me ajudar.


Notas Finais


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