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História Dream girl - Epílogo


Escrita por: Ali_

Notas do Autor


Espero vocês nas notas finais! ❤️

Capítulo 29 - Epílogo


Deixei uma alta gargalhada escapar de meus lábios enquanto Justin jogava mais água contra meu corpo.

Soltei um grito alto, sentindo seus braços fortes rodearem minha cintura e ele me girar no ar.

Encarei seus olhos, que refletiam contra a luz suave da lua. Eles brilhavam, como sempre.

Colei meus lábios aos seus com calma, fechando meus olhos e respirando fundo.

Seus braços apertaram minha cintura com ainda mais força, enquanto eu passava a ponta de meus dedos pela sua nuca, suavemente.

-Eu não vou transar com você no mar de madrugada, Justin Bieber. -Murmurei em seu ouvido, separando nossos lábios.

Ele deu uma risada nasalada contra a pele de meu pescoço, fazendo com que eu me arrepiasse por inteiro.

-Nós dois sabemos que se eu te provocasse, você não resistiria.

Dei um soco em seu ombro e ele riu, protestando em seguida.

Senti meu corpo sendo arremessado com certa força para longe, e minhas costas bateram contra a água gelada.

Grande parte de meu corpo afundo, e eu estremeci de frio.

Me levantei rapidamente, abraçando meu corpo com meus braços.

-Você não fez isso, Justin Bieber! -Gritei, começando a correr atras dele, que já estava parado na areia, tendo um ataque de risos.

Sacudi meus cabelos molhados no rosto dele, como um cachorrinho, e ele me empurrou, começando a correr pela praia.

Sem pensar duas vezes fui atrás dele, mas ele era rápido demais.

Em poucos minutos eu estava inclinada, apoiada em meus joelhos, tentando recuperar o fôlego.

-Qual é, babe? -Ouvi sua voz rouca de aproximando. -É só isso que você aguenta?

Levantei meu rosto para encara-lô, lhe lançando meu melhor olhar de indignação, ainda tentando respirar direito.

-Você me paga por esta. -Murmurei, e ele riu alto.

Sua regata estava molhada, deixando seus músculos definidos um tanto expostos. As tatuagens em seus braços fortes o deixavam com uma aparência selvagem, exatamente como eu sempre amei.

Seus cabelos estavam bagunçados e um tanto suados, colados em sua testa.

Me levantei, me recompondo, e lhe lançando um sorriso sincero.

-Limpe a baba, querida. -Ele murmurou, me fazendo revirar os olhos.

Ouvi seu telefone começar a tocar, e ele o pegou de seu bolso.

-Sim, já estamos voltando. -Ele falou. -Certo.

Sua expressão estava preocupada quando ele voltou a me olhar.

-O que aconteceu? -Perguntei rapidamente.
Ele andou até mim em passos largos e me abraçou com força, passando seus braços por meu corpo de forma protetora.

Afundei meu rosto em seu peito, com medo do que ele pudesse falar.

Eu não aguentaria outra notícia ruim.

-É sobre a sua mãe. -Ele falou calmamente em meu ouvido. -Sua avó estava esvaziando a casa em Londres e achou algumas coisas. Bella trouxe uma caixa para cá.

Fiquei em silêncio, escutando as batidas aceleradas de seu coração.

Alguma coisa importante estava naquela caixa, para minha avó ter levado até Nova York, e Bella estar trazendo para Los Angeles.

Eu sabia que seu voo estava chegando, e que ela passaria a próxima semana no apartamento. Mas não tinha ideia disto.

Ele se separou de mim, entrelaçando nossos dedos, enquanto andávamos em silêncio até o carro.

Me sentei no banco do passageiro e Justin acelerou o carro, enquanto eu apoiava minha testa na janela fria.

Eu tinha me apaixonado a primeira vista por Nova York, mas, com toda certeza do mundo, nada ganha desta cidade. 

Quando voltamos de nossas pequenas férias no chalé da mãe de Justin, nós dois decidimos que não podíamos mais ficar em Nova York.

Então resolvemos nos mudar quase imediatamente para o apartamento que Justin tem aqui. 

Eles têm alguns negócios na cidade (por negócios eu quero dizer venda de drogas, é claro), então não foi problema algum. Nolan também pretende se mudar para cá, e eles querem expandir os negócios na área.

Justin ainda trabalhar neste ramo me incomoda, e muito. Mas esta é uma parte dele que eu acredito só poder mudar com muito, muito tempo.

-O que quer que esteja na caixa, eu estou com você, certo? -Ele falou, apertando minha coxa com força com uma mão.

Concordei com a cabeça e dei um beijo em sua bochecha quando o carro parou na sinaleira.

Logo tínhamos chegado no apartamento, e Bella já nos aguardava na garagem.

Ela nos abraçou com muita força, e Justin pegou a sua mala. Eu só conseguia pensar em onde a caixa estava.

-Vou te mostrar lá em cima, certo? -Ela falou, segurando minhas mãos com força, parecendo ler meus pensamentos.

Concordei com a cabeça enquanto entrávamos no elevador, apertando o botão do último andar a cobertura.

Encarei o chão durante o curto tempo, até que as portas se abriram.

Justin pegou a chave em seu bolso e abriu a porta da cobertura.

Coloquei a mala de Bella no quarto de hóspedes enquanto ela encarava a janela, parecendo apreciar a linda vista da cidade.

-Transar com esta visão deve ser maravilhoso. -Ela murmurou.

Involuntariamente meus olhos foram até Justin, que estava sentado no sofá. Minhas bochechas coraram fortemente quando me lembrei da última noite.

-Não vai me dizer que... -Bella falou, revirando os olhos. -Já vi que não vou conseguir dormir nas próximas semanas.

Soltei uma risada um tanto envergonhada, enquanto ela ria escandalosamente.

Eu estava ansiosa para ver o que tinha dentro da caixa, é claro, mas o clima estava tão leve que eu quase não queria estraga-lo.

Bella nos contava sobre as últimas semanas em Nova York, e sobre como todos estavam. Eu sentia muita falta deles.

-Você pretende ver a Kylie? -Perguntei, e ela franziu a testa.

-Acho que sim. Quero dizer, eu ainda tenho vontade de estapea-la, mas preciso saber se ela está bem. -Ela falou baixo, pressionando seus lábios.

Lhe lancei um pequeno sorriso, esticando minha mão para apertar a sua. Bella tem um coração de ouro, disto eu nunca tive dúvidas.

-Acho que você quer a caixa, certo? -Ela perguntou, e eu apenas concordei com a cabeça.

Justin se levantou do sofá junto comigo, mas eu fiz um sinal com a mão para que ele ficasse.

-Quero fazer isto sozinha. -Murmurei, e ele me lançou um olhar compreensivo, voltando a se sentar.

Andei com Bella até o quarto de hóspedes e ela abriu o fecho de sua mala, tirando de lá uma pequena caixa de madeira. 

Ela me entregou, me dando um sorriso reconfortante antes de me deixar sozinha no quarto.

Me sentei na cama confortável, mordendo meus lábios com força.

Algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto, e eu as limpei rapidamente. Estas não eram de tristeza, como sempre, mas de algo muito melhor: Alívio.

Analisei com cuidado a pequena caixa de madeira em minhas mãos, vendo todos os detalhes da mesma.

Respirei fundo antes de girar a pequena tranca, abrindo a tampa.

Eu não sabia exatamente o que esperar.

O conteúdo parecia bem simples, apenas folhas. As peguei, espalhando pela cama algumas fotos. 

Senti um nó enorme se formar em minha garganta enquanto analisava as imagens, uma por uma.

Minha mãe, vários anos mais nova, estava com uma garotinha em seu colo. Mas esta garotinha não era eu.

Seus cabelos eram loiros, e seus grandes e atentos olhos eram de um azul vibrante. Ela sorria abertamente para a pessoa que registrava a fotografia.

O sorriso na cara de minha mãe era um tanto amargo, e eu sentia uma certa tristeza em seu rosto. 

Talvez, se eu não a conhecesse tão bem, não notaria. Talvez, se ela não fosse minha mãe.

Senti o nó na minha garganta se intensificar, e deixei algumas lágrimas escorrerem. Eu sentia um imenso aperto em meu peito.

Por ela ter tido outra família, e por ela ter abandonado sua outra filha.

E por ela estar tão bonita e jovem naquela fotografia. Tão viva.

Analisei as outras fotos, que em sua maioria eram de minha mãe e da garotinha, ou melhor, de Khloe. 

Até que encontrei uma que fez meu sangue gelar. O homem, o primeiro sequestrador.

O pai de Khloe, ou melhor, Anastasia.

Ele sorria com a filha no colo, e minha mãe estava ao seu lado. Eles pareciam um casal feliz, a não ser por um grande detalhe: a expressão no rosto da minha mãe.

Nem um semblante de sorriso em seu rosto.

Deixei as fotos de lado, agora encontrando algo que parecia uma carta. Desdobrei o papel, analisando a caligrafia caprichada.

A letra da minha mãe.

"Querida Anastasia,

Espero, de todo meu coração, que um dia você leia esta carta. Não sei se será possível, no entanto.

Existem coisas que uma garotinha de cinco anos não poderia entender.

Seu pai sempre amou você, de uma maneira incondicional. Mas este amor nunca foi destinado da mesma maneira à mim. 

Eu precisava partir, precisava ir embora. Não conseguiria mais viver daquela maneira. Ele tornava minha vida um verdadeiro inferno.

Você sempre foi a única pessoa que ele amou. Eu sabia que ele cuidaria de você, e que se eu te levasse comigo, ele me caçaria pelo resto de seus dias, incansavelmente.

Sei que ter deixado você foi errado, talvez a pior coisa que já fiz em minha vida. Mas foi o melhor, para todos nós.

Ter enganado seu pai e o roubado também foi algo terrível, mas era preciso no momento.

Sei que serão palavras duras de se ler, mas acredito que te ajudarão a entender melhor as minhas razões: eu nunca amei você.

E a culpa não é sua, minha querida. Eu não poderia amar o fruto de algo que só me trouxe dor.

Desejo, de todo meu coração, que eu não fosse tão egoista como sou, e reconheço ser. Queria sacrificar minha felicidade para ter ficado ao seu lado, mas não pude.

Espero que me perdoe por meus terríveis erros, mas acredito que viveu mais feliz somente com seu pai, do que com uma família infeliz.

     Com amor, Clair"

Tapei minha boca, enquanto lágrimas brotavam descontroladamente de meus olhos. 

Anastasia estava morta, e provavelmente nunca tinha lido aquela carta. Mas eu não sabia se teria sido melhor ela ter lido.

A dor de não ser amada pela própria mãe é algo que eu não consigo nem ao menos imaginar.

A maneira com que ela assinou a carta como "Clair", e não como "mãe", me confirma um tanto isto.

Ela a matou sem nem pensar duas vezes. Que tipo de mãe faz isto?

Pela primeira vez, toda a raiva que eu sentia de Anastasia sumiu. Eu consiga, verdadeiramente, ver a sua dor.

Ela foi abandonada pela própria mãe, e ainda teve que saber que a mesma tinha construído uma outra família, roubando o dinheiro de seu pai.

-Brooke, tudo bem? -Justin perguntou, aparecendo pela porta do quarto, e eu apenas afirmei.

Ele se abaixou na minha frente, me dando um forte abraço. Enfiei meu rosto não curvatura de seu pescoço, respirando fundo.

Talvez a memória da minha irmã não mereça tanto meu ódio assim.

...

-Tem certeza que é aqui? -Justin me perguntou, estacionando o carro. -É uma grande conhecidencia.

Concordei com a cabeça, saindo do carro.

Precisei investigar um tanto, mas descobri para onde corpo de Anastasia tinha sido trazido. E, surpreendentemente, foi para Los Angeles.

Ela e seu pai viveram aqui por anos, depois que minha mãe os deixou. Alguns comparsas de meu pai enterraram os dois aqui, lado a lado.

Subi a colina do bonito cemitério, carregando as flores em minha mão esquerda, enquanto Justin entrelaçava nossas mãos.

Respirei fundo, andando até o final do cemitério.

Anastasia Jordan, amada filha.

Respirei fundo, encarnado a bela lápide de mármore branco. Deixei o buquê de rosas vermelhas com cuidado sobre a terra, evitando olhar para a lápide do lado.

Não queria me lembrar do homem que tinha me sequestrado. 

Engoli em seco, tentando não me lembrar de que ela tinha tentado me matar e tinha me torturado por semanas.

Quem traz flores para alguém assim?

Uma idiota como eu.

-Sinto muito. -Murmurei, antes de me levantar e segurar a mão de Justin.

-Ela era uma pessoa ruim, Brooklyn. -Ele murmurou, enquanto andávamos pelo pequeno bosque tranquilamente.

-Eu sei, mas ela teve uma vida de merda.

Ele concordou com a cabeça, enquanto descíamos a pequena trilha até uma avenida movimentada.

A vista era incrível, dava para as colinas. O contraste dos prédios e carros com as palmeiras e morros me deixa completamente fascinada.

-Você é a melhor pessoa que eu já conheci. -Ele murmurou, me fazendo para encara-lo.

Lhe lancei um sorriso enrome, ficando na ponta dos pés para lhe dar um leve selinho.

-E você é a melhor pessoa que eu conheço, Justin Bieber. -Murmurei, e ele soltou uma risada.

O abracei no meio da calçada, enquanto pessoas passavam apressadas pelo nosso lado.

Encostei minha cabeça em seu peito, fechando meus olhos e sentindo meu corpo ser tomado por aquela sensação de seguranças que só este contato com ele me proporciona.

E era assim que eu queria que fosse, pelo resto da minha vida.

Por que naqueles momentos, tudo parecia sumir. Todos os erros, mentiras, segredos, coisas ruins.

Eramos só eu e ele, e eu tinha plena consciência de uma coisa: Eu o amo, de todo meu coração.

 

 

 


Notas Finais


MEUS AMORES!!!
Não consigo descrever o quanto eu estou emocionada, de verdade. Eu amo muito vocês, e mal consigo acreditar que acabou!
Espero de todo coração que vocês tenham amado esta história tanto quanto eu.
Comentem, por favor! Prometo que vou responder tudo com o maior carinho do mundo.
Mais uma vez, meu muito obrigado, de coração, a todos que me acompanharam.
Ainda vamos nos ver várias outras vezes hehehehe.
Inclusive, na minha fic que está em andamento.
Vou sentir saudades!
Amo vocês❤️


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