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História Dream house - Conjunto de enigmas


Escrita por: YukkiNekko

Notas do Autor


Esse capítulo está mais descritivo em cenas simples. Não acontece muita coisa, mas espero que gostem!

Capítulo 2 - Conjunto de enigmas


Eles estavam demorando. "Eles", chega a ser estranho pensar que não sei de quem se trata. Mas a carta foi bem sugestiva, Gabrielly.... Rafael... todos vocês estão aí?  Mas vocês foram todos dormir mais cedo. Na carta dizia "uma pessoa" com direito a ter contato físico com os amigos mais importantes fora de alcance.  "Você foi escolhido!", sendo assim, quem ganhou esse privilégio? Fui escolhido,  mas por quem?  Guilherme? Faria mais sentido. Desde que me despedi deles, se passaram duas horas. Passei esse tempo assistindo ao filme, até ser chamado pela Keiko (bom, ela usa esse nick pelo menos). Quer dizer que foi tão repentino para eles também? Estariam vindo de carro? Quero continuar acreditando que vou para Hogwarts, não custa nada esperar na janela que eles venham com um carro voador. Não tem nem grades,  facilita o trabalho. Tudo o que eu havia organizado estava sobre o sofá... aberto. Talvez eu tenha exagerado um pouquinho. Meu notebook estava guardado em minha bolsa, a mesma que lembra a Alice. Estava sobre duas bolsas de viagem. Continham apenas roupas que usaria para sair de casa (poucas), e certas coisas que dependem de onde vamos,  como controles de console, jogos acompanhando,  jogos de tabuleiro (eu tinha minha mãe pra isso)... fora itens básicos de higiene. "Nossa Allen, eles terão no máximo um carro, quer levar você ou suas bagagens?" Pensei assim apenas no começo. Duas horas são o máximo que tiveram após nossa despedida antes da ligação. Guilherme mora em Montreal, ou seja, não há como chegar até aqui em duas horas. A não ser... de avião. Tive de concluir que seria algo grande.

Tão de repente... chega a ser engraçado. Como será conhecê-los? Desliguei tudo em casa e me despedi de Keiko pouco antes de trancar as portas. Decidi me sentar em um dos balanços que pertenciam a um pequeno parquinho em frente à minha casa. Demorei cerca de meia hora para arrumar tudo. O céu estava completamente preto, preenchido por inúmeras estrelas. A sensação térmica dita no jornal para essa madrugada era de 9 ° Celsius. Estava incrivelmente gelado. Meu casaco estava em sintonia com a cor do céu, e mesmo meu cachecol e minhas luvas não eram tão reconfortantes como aparentavam. Vai ficar bem sozinha, mãe? Em meio à algumas preocupações, notei um certo ponto no céu se destacando.

 - Você gosta mesmo de aparecer hein, Vênus! - dizia pra mim mesmo enquanto esfregava as mãos devido ao enorme frio.

 - É bem bonito, não é? - uma voz doce e agradável ecoava atrás de mim. 

Só uma pessoa possui uma voz tão suave assim. Durante alguns segundos imaginei o que ela estaria fazendo ali, em um momento desses. Mas claro, não deveria a deixar esperando. 

- Alice? O que você..- me virei mas não havia ninguém. 

- Hum... estou tão apaixonado que..- quando olhei para frente novamente, estava diante de dois olhos bem próximos aos meus. 

- Wa!! - gritei surpreso recuando instintivamente.

 Estava certo, era Alice em minha frente, e estava tão próxima...  Acabou não se contendo e me apresentou um sorriso muito lindo. Ela estava rindo, e ainda assim com aquela expressão meiga. Eu tinha certeza que estava corado, não queria que ela percebesse. 

- Me... me desculpa.. - estava com dificuldade para falar devido à suas risadas. 

Ela estava linda. Muito linda. Seu casaco era semelhante ao meu, e usava calça jeans da mesma cor. Não estava usando luvas, isso não era muito prudente. Mas essa situação era muito, muito inesperada. Era como se tudo de inusitado acontecesse, em uma série sem fim. 

- Ei, não deveria estar dormindo? - essa talvez fosse a pergunta mais normal que poderia fazer à ela. 

- Hmm... - dizia colocando um de seus dedos em sua boca e olhando para o céu. Acho que sim! - concluiu sentando-se no balanço ao meu lado direito.

Ela demonstrou alguns gestos para tentar segurar as correntes. Era clara a resposta, o ferro estava muito gelado. Alice... se fosse a sua blusa de frio,  eu poderia arrumar uma desculpa pra te abraçar,  mas poxa, foi esquecer algo assim... Se bem que...

- Tenho luvas nas malas. - tentei ser direto e evitar trocar olhares. 

- Ah... tudo bem... eu aceito, obrigada. 

As malas estavam deitadas ao meu lado esquerdo. Enquanto abria uma delas, pensei comigo mesmo por que ela não estaria questionando essa situação. Não que eu estivesse reclamando!

- Então... o que está fazendo aqui mocinha? Já está tão tarde... - dizia enquanto ela colocava as luvas que a entreguei. 

- Hmm... minha mãe recebeu uma carta de Andressa Hawzer. Ela não me contou muitos detalhes sabe... apenas me pediu para que viesse até este endereço. - tentava esconder seu rosto.

O que estaria planejando? Desde quando minha mãe conhece a Alice? Quer dizer,  nem mesmo eu conheço. Isso só me leva a crer no óbvio. Faria total sentido, finalmente havia descoberto a verdade por todas essas surpresas. Só o que posso afirmar é que... EU SOU O PROTAGONISTA! 

- Ei... v-você está bem? - dizia me encarando com uma expressão de medo.

Tenho que parar com o hábito de pensar tanto sobre tudo. Para o mundo material eu pareço estar planejando um assassinato. E me lembro de ter revelado algum sorrisinho de vilão... constrangedor. 

- Ah... claro,  me desculpe. As vezes me perco em pensamentos. - tentei disfarçar sorrindo. Mas sua família não se preocupa? - mudando de assunto estrategicamente. 

- Minha mãe estava feliz, a expressão no rosto dela... eu achei tão linda... - suas mãos apertavam as correntes do balanço enquanto ela inclinava lentamente sua cabeça para baixo com uma voz tensa e pesada. Mas... e você?! Já são duas horas da manhã! - dizia recompondo-se subitamente. 

- Eu..- fui interrompido por passos lentos se aproximando. 

- Poxa, me atraso um pouquinho e você já pensa em beijar? - a voz de um virgem de 16 anos chamava nossa atenção. 

- Não pode ser... o lendário está aqui?! - não podia ter demorado um pouquinho mais?! 

- Você é mais branco do que eu pensava! - dizia erguendo uma das mãos com um sorriso enquanto nos aproximávamos.

Tocamos os punhos com os braços esticados e nos abraçamos. Uma lágrima acabou escorrendo em meu rosto. Acabou se tornando automático. Ele era maior do que eu pensava. Usava uma jaqueta azul parecendo ser bem quente, calças escuras que não pude identificar claramente devido à escuridão da noite. Nos afastamos um pouco e olhamos ao mesmo tempo para Alice. Ela estava com um pouco de receio sobre estar sem entender muitas coisas (como se ela fosse a única). Mas por que ela sempre consegue me deixar assim? Tão linda...

- Gui, essa é a..- 

- Oi Alice, como você está? - completamente ignorado?!

Sabe... acho que até o protagonista deveria entender as coisas de vez em quando! 



Notas Finais


Allen recebe situações agradáveis mesmo sem entender nada, que vida fácil!


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