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História Dreamer. - Capítulo Único.


Escrita por: _hiades

Notas do Autor


Olá, gente!
Essa é minha primeira fanfic Jikook, então espero que gostem e me perdoem por qualquer erro.
Já aviso: É uma história com drama e não terá continuação.

Capítulo 1 - Capítulo Único.


Fanfic / Fanfiction Dreamer. - Capítulo Único.

Jeon Jungkook, um simples menino de cabelo castanho, dentes de coelho e alto que dispensa grandes apresentações, a única coisa que é necessário saber sobre este doce menino é que o mesmo era fascinado por sonhos. O que mais gostava de fazer em sua vida baseada em uma rotina chata de ir para a escola –na qual mal tinha amigos– e voltar direto para casa era deitar em sua cama e entrar no mundo infinito dos sonhos; chegava em seu lar quando o sol estava se escondendo, as pressas o menino comia qualquer coisa que não exigisse um preparo longo, tomava um banho quente e relaxante, colocava suas vestes preferidas –pijamas–, dispensava longas conversas com sua omma e logo se jogava em seu paraíso particular para fazer o que sabia melhor: sonhar.

Frustrado ficava nosso pequeno grande garoto quando tinha pesadelos, acordava ofegante e desnorteado, como odiava. Entretanto, isso não o abalava se forçava a voltar dormir para tentar conseguir um final feliz, esperanças não o faltavam; pelo menos não em seu mundo paralelo particular. Sempre sozinhos em seus tão amados sonhos, ele não sentia falta de uma companhia, era tranquilo e agradável ficar apenas em sua presença em um mundo completamente seu; pobre Jeon Jungkook, mal sabia que tudo estava começando a mudar com aquele maldito sonho (ou pesadelo, nem sabia como deveria chama-lo).

 

-Por favor, fique comigo! –Implorava Jeon afogando-se em lagrimas.

-Não posso, não há como. Desculpe-me, Jeon. –O dono da cabeleira laranja dizia acariciando levemente o rosto do mais alto.

Por que? Por que Jeon não conseguia ver o rosto daquele amável garoto mais baixo que ele? Por que Jeon não reconhecia sua voz? Por que estava chorando? Jeon Jungkook encontrava-se perdido em seu próprio mundo. Como?

 

Acordou ofegante, com uma lagrima solitária escorrendo sua face amassada. Olhou para o relógio e ainda faltavam duas horas para seu despertador tocar, colocou-se a deitar novamente. Estava perdido, não era comum ele encontrar alguém em seu mundo paralelo e não entendia o porquê de estar tão triste com aquilo. Não conseguiu dormir tranquilo pelo resto da madrugada.

Pior do que ter uma noite se enchendo de perguntas por um sonho era o fato deste mesmo sonho estar se repetindo todas as noites. Jeon já não sabia se sonhar era o que ele continuava fazendo de melhor.

Três semanas e o garoto alto ainda tinha o mesmo sonho todas as noites. Naquela manhã, saiu da cama e fez sua higiene matinal, tomou um café e comeu apenas uma fruta. Olhou-se no espelho antes de ir para a escola e percebeu que estava com olheiras terríveis, culpa dos malditos pesadelos. Achava que aquele dia iria ser mais um dia entediante e solitário naquele lugar cheio de conhecimento e futilidade ao mesmo tempo, mas enganou-se.

Entrou em sua sala de aula cabisbaixo direcionando-se para seu lugar de costume –a ultima carteira, encostada na janela– só reparou que este já estava ocupado quando chegou perto de sua carteira. Espantou-se ao ver um garoto de cabelo laranja e estrutura pequena; não se espantou pelo fato do garoto ser novo na escola, mas sim porque agora tudo fazia sentido: era o garoto que aparecia sempre em seus malditos sonhos.

-Desculpe, este lugar é seu? –Perguntou o garoto, dando um sorriso fraco e sem jeito, mas era o suficiente para fazer seus olhos sumirem.

-Costumava ser, –respondeu Jeon, mais sem jeito ainda, faltava-lhe ar– mas tudo bem, pode ficar. –Sentou-se em uma cadeira ao lado do menino, estava tão perdido quanto antes.

-Sou Park Jimin, é um prazer! –Apresentou-se o menino todo sorridente.

-Jeon Jungkook, mas só Jungkook, por favor. –Respondeu tentando sorrir, mas faltava-lhe força.

Jimin fez questão de estender a mão para apertar a do colega, e quando o outro retribuiu ambos sentiram os pelos do corpo arrepiar, como se um choque tivesse os atingido. Soltaram as mãos as pressas e não se falaram durante o resto da aula. No intervalo, Jimin seguiu Jungkook e o mais alto não se importou com isso, conversaram sobre pouca coisa e voltaram para sala. Jeon não prestou atenção em nenhuma das aulas daquele dia, só tentava entender como o menino dos sonhos estava ao seu lado e como ele era mais apaixonante pessoalmente do que nos sonhos.

Semanas se passaram e Jimin e Jungkook estavam mais próximos agora –bem mais próximos–. Passavam o dia todo junto e às vezes dormiam ambos na casa de Jeon, este não se importava em dividir seu paraíso particular –sua cama– com seu amigo. Claro, eles trocavam alguns leves selinhos de boa noite, mas coisa de apenas bons amigos. Era o que usavam como desculpas, mas dentro de cada coração não era exatamente isso; Foi o que levou a Jimin, em uma dessas noites, pedir levemente passagem com a língua. O alaranjado receava em tentar, mas surpreendeu-se quando o moreno correspondeu aprofundando o beijo. Naquela noite, demoraram horas para terminar de dizer boa noite, se beijavam, trocavam caricias românticas e por fim, dormiram. Jimin encaixado perfeitamente nos braços de Jeon, com o rosto afundado na curvatura do pescoço do moreno. Que noite!

Depois desse episodio, a relação entre os dois garotos só se intensificou. Não tinham problemas para admitir aquele amor, não sabiam ao certo como rotular, mas isso não era problema. O problema veio quando chegaram a um ponto onde os beijos e caricias não eram mais suficientes, mas eram tão jovens e nunca tinham feito nada do tipo... Entretanto, para tudo existe uma primeira vez, e como ficaram felizes por terem sua primeira vez juntos.

Em uma calada da noite, sozinhos na casa de Jeon Jungkook, se uniram em um só. Foi um momento estranho para os dois de principio, tanto para Jimin que recebia o moreno, quando para Jeon que se colava no alaranjado, mas este estranhamento não durou mais que um breve minuto, tudo se tornara em prazer rapidamente. Naquela noite, tiveram mais certeza do que nunca que desejariam passar o resto de suas vidas juntos. Deitados lado a lado, ofegantes e suados. Jeon se sentou em um pulo:

-Park Jimin, você aceita namorar comigo? –Disse sorridente, olhando para figura do seu lado com os olhos mais brilhantes do que nunca.

-Seria um sonho, Jeon Jungkook. –Respondeu com os olhos marejados, puxando o mais alto para um beijo com muito amor.

O namoro foi só melhorando com o tempo. Tinham planos para o futuro próximo e o futuro de anos que viriam. Juravam ser para sempre.

Agora era uma tarde nublada, com uma fina garoa caindo do lado de fora do funeral. Jeon se encontrava debruçado sobre o corpo de Jimin, que se encontrava repousado no caixão. O para sempre dos garotos teria durado um ano e meio, um ano e meio de um amor puro e infinito; mas já dizia: que seja infinito enquanto dure. Jungkook chorava desde quando recebeu a noticia do acidente de carro do namorado, não tinha mais lagrimas, poderia ficar até desidratado por tanto choro. Aquela quarta feira não poderia piorar, nada e nem ninguém conseguiria consolar o pobre garoto de dentes de coelho.

Quando o enterro acabou, os pais de Jeon o tiraram a força do cemitério e o levaram para casa. Chegando lá, o menino destruiu o próprio quarto, até sua preciosa cama. Gritava, pois já não tinha mais lagrimas. A ação de raiva e desespero durou alguns minutos, perdeu as forças e caiu de bruços na cama bagunçada, foi neste momento que o garoto concluiu: sonhar era seu forte, amar era seu ponto mais fraco. Tomou sua decisão.

No dia seguinte, logo cedo, teve uma conversa com sua omma:

-Omma, eu poderia ir à praia sozinho no sábado? –Seus olhos inchados denunciavam a noite sem dormir e passada em lagrimas.

-Para que? –Olhou para o filho com uma expressão de duvida.

-Tenho que cumprir uma promessa que fiz para Jimin. –Forçou para não deixar mais lagrimas caírem.

-Tem que ser sozinho? –Perguntou preocupada.

-Eu prefiro assim. –Disse simplesmente.

Sua omma não era uma mãe coruja, na verdade, passava mais tempo no trabalho do que em casa, então acabou deixando o filho ir, até emprestaria o carro. E assim aconteceu, sábado pela manhã, Jeon pegou a estrada e dirigiu-se a uma praia longe, onde tinha ido com Jimin há um mês. Era uma praia tranquila, vazia e tinha a melhor visão do por do sol se subisse nas rochas que continham ali; infelizmente, naquele dia não tinha sol, pois até os céus lamentavam-se pela separação daquele amor. O sonho de um ano e meio atrás agora fazia sentido, Jungkook não poderia deixar Jimin, mas este não teria como impedir.

Chegando na parte mais deserta da praia, o moreno estacionou o carro e subiu na rocha mais alta, sentou-se e passou horas observando o mar e suas ondas.

-Jimin, não sei se você pode me ouvir, mas meu coração diz que sim, então aqui vai: meu amor, você há umas semanas jurou que ficaríamos juntos para sempre e me disse como era lindo o quanto eu sonhava, me pediu para eu não deixar de sonhar jamais, até parece que você sabia que tudo isso aconteceria... –Jungkook falava em um sussurro– Hoje, estou aqui para cumprir as duas promessas: ficarmos juntos para sempre e jamais deixar de sonhar.

Dita essas preces, Jeon Jungkook, o menino que dispensa grandes apresentações, jogou-se ao mar. Não demorou para que ele se juntasse ao seu amor, afinal, Jimin estava esperando para recebe-lo de braços abertos. Pode parecer um final trágico para uma linda historia de amor, mas para os jovens garotos era o final mais perfeito que poderia ser feito.

 

“De tudo, ao meu amor serei atento antes

E com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.”


Notas Finais


Não me matem, suplico! Pensem pelo lado positivo: os nossos meninos ficarão para sempre juntos dessa forma.
Enfim, espero de verdade que tenham gostado da história, logo escreverei mais oneshots ou short fic (com mais finais felizes, mesmo eu gostando de escrever drama).
Até logo! <3


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