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História Dreamers - Mágoas e Ressaca.


Escrita por: salesbeatrixz

Notas do Autor


Demorei, eu sei, mas o importante é que o capítulo tem quase quatro mil palavras :)

To com preguiça de escrever, então sei lá. Apenas divirtam-se, meu amores <3

Capítulo 29 - Mágoas e Ressaca.


Justin Bieber’s P.O.V

06/11/2015

Já fazia dois dias desde que eu tinha voltado ao trabalho e, olha, eu não poderia estar mais ferrado da vida. O dia na editora havia sido corrido e mesmo que eu já tivesse corrigido uns cinquenta textos durante o expediente, ainda tive que trazer alguns para casa. Isso me fez chegar a conclusão que essas drogas de férias só serviram para me trazer mais trabalho ainda.

Você tem uma nova mensagem de...

Docinho: Está ocupado?

Atena. Com todas aquelas tarefas que eu tive durante a tarde, nem pude conversar com ela. Deixei o notebook que estava em meu colo de lado, juntamente com a pasta cheia de folhas que eu olhava, para assim responder sua mensagem.

Gayzão: Para você? Nunca.

Docinho: Bobo.

Antes que eu pudesse respondê-la, meu celular toca, anunciando que a mesma estava me ligando. Sorri, dando de ombros e levando o aparelho até a orelha.

— Oi, Jus. — cumprimentou — Como você está?

— Oi, Nena. — respondi — Estou bem, só um pouco cansado.— suspirei — O dia hoje foi longo.

— Ah, entendo…— comentou, me fazendo estranhar seu tom de voz cabisbaixo.

— Aconteceu alguma coisa, doce? — perguntei preocupado.

— Eu… — pausou, nervosa — Eu preciso te contar uma coisa.

— O que houve? — quis saber.

— Eu fiz algo e não consigo parar de pensar nisso. — disse aflita — Estou me sentindo muito culpada.

— Você está me deixando assustado, Atena. — ri nervoso — Fala de uma vez. — insisti.

— Tudo bem. — respirou fundo, finalmente dizendo — Eu beijei o Sebastian, Justin.

— Você beijou ele? — franzi o cenho, engolindo a seco aquela informação.

— Bem, na verdade, foi ele quem tomou a iniciativa, mas isso não importa porque eu poderia muito bem ter recuado quando ele se aproximou e…

— Tudo bem, Atena. — cortei-a — Você não precisa me dar explicações.

— Preciso sim, Justin. — afirmou — Você deve estar pensando que isso significou algo para mim e eu quero deixar claro o contrário. — dizia aflita — Eu sei que não deveria ter feito isso com você, me perdoa.

— Pára com isso. — pedi irritado — Eu não tenho que te perdoar por nada, eu sou apenas a droga do seu amigo virtual e não é da minha conta quem você beija ou deixa de beijar! — esbravejei.

— Não fala assim, Justin… — sua voz era chorosa, mas eu estava bravo demais naquele momento para sequer ligar — Não queria fazer você se sentir mal, eu juro!

— E quem disse que eu estou me sentindo mal? — fingi descaso, tentando contornar aquela situação de merda — Eu realmente não dou a mínima, Atena — menti descaradamente.

— Você… Você o quê? — questionou surpresa. — Mas eu achei que você estivesse...

— Magoado? Não, eu não estou. — neguei com toda a força de vontade que tinha dentro de mim — Você é linda, engraçada e divertida. Eu sempre soube que mais cedo ou mais tarde você ia acabar ficando com alguém. — murmurei a única parte verdadeira no meio daquela conversa.

— Você tem certeza que está tudo bem para você? — perguntou, parecendo decepcionada.

— Tenho. — conformei com exatidão, porém, a única coisa que rondava na minha cabeça era a imagem de Atena e Sebastian se beijando. Merda. — E por isso, acho que você também não se importaria se eu ficasse com algumas garotas, não é? — eu sugeri, rezando para que a mesma me desse uma bronca e dissesse que morreria de ciúmes, assim como eu estava morrendo, se eu ficasse com outra garota que não fosse ela.

— Não, eu não me importaria. — negou, e então eu perdi todas as esperanças de que Nena realmente gostava de mim.

07/11/2015

No dia seguinte, depois do expediente, Max me convidou para ir até uma boate próxima à editora junto com alguns dos nossos colegas de trabalho. Mesmo exausto, eu aceitei o convite.

Aquela conversa com Atena no dia anterior havia me deixado muito mal, não só pelo fato dela ter se atracado com a porcaria do ex namorado dela, mas também por perceber que o quê ela sentia por mim não chegava nem perto do que eu sentia por ela.

Isso de gostar de uma pessoa é a pior merda que pode acontecer com a gente, ainda mais no meu caso, quando a garota por quem eu sou apaixonado mora na puta que pariu. Eu não poderia gostar de alguém que morasse a menos de trocentas milhas da minha casa?

Então eu resolvi que deveria conhecer outras garotas. Se Atena realmente não se importava nem um pouco comigo, não seria eu quem iria me guardar em um relacionamento inexistente.

Assim que chegamos ao bar, eu e Max fomos até uma mesa que se encontrava no canto do estabelecimento, onde a luz e a movimentação eram reduzidas. Sentados lado a lado, estavam dois dos nossos colegas mais chegados: Jordan, que atuava na área de tradução da editora, e Cody, que trabalhava no Photoshop assim como Maxuell.

— E aí, rapazes! — meu primo cumprimentou, anunciando a nossa chegada.

— Tudo certo? — Jordan respondeu, dando um firme aperto de mão em Max e logo vindo me dar um abraço receptivo — Milagre você ter vindo, menino Bieber!

— Estava precisando espairecer. — sorri, me sentando em seguida. — Já pediram alguma coisa?

— Alguns shots, só para esquentar. — Cody respondeu, me dando um toquinho na mão. — Vocês chamaram mais alguém para vir? — quis saber.

— Eu chamei a Savannah. — Max disse, enquanto mastigava alguns amendoins que tinham em um potinho em cima da mesa.

— Quem é essa? — Jordan perguntou.

— Namoradinha dele. — zombei, recebendo uma carranca de Maxuell em resposta.

— Desde quando Maxuell Transudo Da Silva tem namorada? — Cody franziu o cenho. Eu e Jordan rimos com o apelido.

— Ela não é minha namorada. — revirou os olhos — Nossa relação é totalmente casual.

— Mas seu sonho é que não seja, eu sei. — pisquei para ele.

— Puff, claro que não! — negou — Quanto mais aberto nosso relacionamento for, melhor para mim. — fez pouco caso, como se eu não o conhecesse bem o suficiente para saber que ele dizia aquilo da boca para fora.

— Acho melhor mudarmos de assunto, tem gente vindo aí. — Jordan disse baixo, apontando discretamente com a cabeça em direção à duas garotas que vinham em direção à nossa mesa.

Uma delas era Savannah, a peguete do meu melhor amigo. Ela estava acompanhada de uma garota ruiva e alta, a qual eu nunca tinha visto antes. As duas duas sorriam divertidas e vinham rápidas até nós.

— Hey, garotos. — Sav nos saudou, recebendo um “olá” geral dos que estavam na mesa — Essa aqui é a minha amiga Marjorie, ela é a assistente da redatora chefe e fica quase sempre no andar de cima. — apresentou a ruiva, que sorria simpática. Agora entendo porque nunca tinha a visto antes.

— Oi, gente. — cumprimentou-nos — Eu não queria me intrometer na noite de vocês, mas é que essa aqui encheu meu saco para que eu viesse. — apontou divertida para a amiga.

— Sem problemas, Marjorie. — Cody pronunciou-se — Quanto mais gente para dividir a conta, melhor! — brincou.

— Bem, nesse caso… Eu acho que não vou beber nada! — respondeu, fazendo todos da mesa soltarem uma risadinha com a piada.

Com a chegada das duas, o papo começou a fluir com facilidade. As garotas eram super divertidas, mas Marjorie, em especial, tinha algo diferente das garotas com quem já tinha conversado. Ela era três anos mais velha que eu, estava em seu penúltimo ano de faculdade de jornalismo e, acima de tudo, era independente.

— Então você ainda mora com seus pais? — ela parecia surpresa com a informação.

Nós dois tínhamos ido até o balcão para pedirmos mais alguns shots e aproveitamos o tempo para bater um papo a sós.

— Pois é… — comentei — Vergonhoso, não?

— Nem tanto. — deu de ombros — Pelo menos você tem um emprego fixo e não vive só às custas deles.

— Nem que eu quisesse eu conseguiria. — ri fraco.

— E porque diz isso? — quis saber.

— Meus pais odeiam o fato de eu querer ser um escritor e não a droga de um médico ou um advogado, como eles são.  — resmunguei, dando um gole no drink que ainda tinha na mão — Só de birra, eles não mexem um dedo para ajudar em nada.

— Isso deve ser uma merda. — entortou a boca, e eu apenas movimentei a cabeça em concordância. — Bem, chega desse papo cabeça! Afinal, você me disse que veio aqui para espairecer, não disse?

— Isso aí. — sorri ladino.

— Pois bem, o que acha de botar isso em prática? — questionou, mas não deu tempo para que eu respondesse, me puxando pela mão e me levando ao pequeno círculo de pessoas formado no meio de estabelecimento — Vamos dançar!

— Tudo bem. — ri de sua empolgação, girando-a pelo salão de forma desleixada.

Eu seguia seus passos com agilidade, rindo junto a ela quando algo dava errado e acabamos tropeçando um no outro — o que era raro, já que ela era uma ótima dançarina. Durante um bom tempo, nós permanecermos ali, saindo apenas uma hora ou outra em busca de mais tequila.

Quando dei por mim, não me aguentava mais em pé de tão chapado, então resolvi que era melhor parar com toda aquela chacoalhação antes que vomitasse na cara da universitária.

— Marjorie… — chamei-a, vendo, com certa dificuldade, seu rosto se aproximar do meu — Eu acho melhor eu ir.

— Tudo bem, eu te levo até sua casa. — disse prestativa. Ela estava, de longe, muito mais sóbria do que eu.

— O quê? Não, não… Eu posso pedir um Táxi. — neguei, me sentindo um tanto grogue e quase caindo no meio da pista, se não fosse por ela ter posto meu braço em seu ombro e ter me ajudado a sair daquela muvuca de gente.

— Tá maluco? Olha seu estado. — riu enquanto me guiava até o estacionamento. — Vai, senta aí e fica quietinho que eu vou ver a conta com o restante do pessoal, okay? — me ajudou a sentar-se no banco de trás de seu carro e fez menção de sair, mas ante disso eu a puxei pelo pulso, fazendo com que ela voltasse.

— Obrigado. — murmurei um agradecimento, vendo-a sorrir e me dar um beijo estalado na bochecha.

Fechei os olhos, apenas escutando o som de seus saltos se afastarem e sentindo como se tudo ao meu redor estivesse girando. Me joguei para trás e senti uma pontada forte na cabeça.

— Droga! — bufei, me arrastando sobre o banco e erguendo-me em busca do celular, o qual se encontrava no bolso de trás da minha calça.

Assim que alcancei o mesmo, puxei-o para perto de onde os meus olhos conseguiam enxergar, vendo que já se passavam das duas da manhã. Ir trabalhar amanhã já estava fora de cogitação. Forçando mais um pouco a vista, notei a notificação que indicava algumas novas mensagens no Whatsapp.

Todas elas eram de Atena.

Docinho (às 4:33 p.m): Hey.

Docinho: Sei que deve estar ocupado com o trabalho e eu não quero te incomodar, mas assim que ver essa mensagem pode me responder?

Docinho: Só quero ter certeza que está tudo bem…

Docinho (às 7:09 p.m): Eu estou começando a achar que você está bravo comigo…

Docinho: Estou errada, não é?

Docinho (às 10:15 p.m): Okay, desisto.

Docinho: Não que me responder? Não responda.

Docinho: Passar bem.

— “Passar bem.” — murmurei, forçando uma voz feminina. Tinha me sentindo ofendido — Quem ela pensa que é para falar desse jeito comigo? — me sentei outra vez, pronto para lhe mandar uma resposta à altura, e isso era o que eu teria feito, se Marjorie não tivesse voltado e me puxado até o banco do carona com velocidade.

— Você não está nada bem. — negou, rindo com a minha dificuldade em fechar o cinto de segurança — Deixa que eu te ajudo. — eu assenti, cansado demais para contestar, observando-a se sentar em minhas coxas e ir em direção ao fecho do cinto.

Eu segui seus movimentos calado, não me pronunciando nem quando ela permaneceu sentada em cima de mim mesmo depois de ter colocado o cinto.

— Marjorie? — chamei-a, só para ter certeza que ela sabia que ainda estava sentada em no meu colo e não no banco do motorista.

— Hm? — continuou me encarando, erguendo uma das mãos e passando-a levemente por uma de minhas bochechas.

— Eu tô muito bêbado… — contei, como se aquilo já não fosse óbvio, vendo-a gargalhar com vontade — Não ri, eu tô falando sério! — repreendi, não entendendo qual era a graça.

— Eu sei. — suspirou, sorrindo — E ainda assim parece com um bebezinho inocente... — me fitou, rolando os olhos por cada canto do meu rosto, me fazendo encará-la também — Você é tão lindo. — sussurrou, aproximando seu rosto do meu vagarosamente.

Marjorie era uma mulher atraente, extrovertida, confiante e, para ajudar, ainda estava me dando um mole danado a noite toda. Eu poderia ser um grandíssimo de um viado se não a beijasse naquele exato momento? Poderia, mas eu também poderia ser só mais uma droga de adolescente apaixonado por uma garota que não dá a mínima para ele.

Minha cota de clichês já tinha se esgotado por toda vida.

— Eu não posso... — afastei-a pelos ombros, observando-a me encarar confusa.

Eu estava fodido de bêbado, mas mesmo assim, não conseguiria ficar com outra garota que não fosse Atena Hayes. A filha de uma mãe havia me trocado por um bostinha, provavelmente um bostinha por quem ela ainda era apaixonada, e eu simplesmente não conseguia dar o troco.

Amor não deve ser sentimento, e sim um tipo de macumba.

— O que foi? Você tem namorada? — perguntou.

— Tenho. — afirmei — Quer dizer, não! — desmenti em seguida — Olha, é complicado. — dei de ombros, não me sentindo confortável para explicar minha situação.

— Tudo bem, eu entendo. — riu sem graça, provavelmente se sentindo envergonhada.

— Me desculpa, sério. — eu pedi, me sentindo culpado pela desfeita — Você é uma mulher linda e eu aposto que qualquer um daria tudo para estar no meu lugar. — contei, recebendo um sorriso agradecido em resposta.

— Está tudo bem, não é como se eu nunca tivesse levado um fora de um cara super gato antes. — abanou a mão, me fazendo rir de seu bom humor.

— Obrigado por me entender. — agradeci, dando-lhe um beijo no rosto.

— Okay, hora de ir para casa. — sorriu amigável, levantando-se e indo em direção até o banco do motorista. Fechei a porta, me acomodei melhor no assento e respirei aliviado, me sentindo orgulhoso da minha própria atitude.

Pouco tempo depois daquela conversa, Marjorie me deixou na porta de casa. Trocamos telefones e nos despedimos com um abraço desajeitado, ainda nos sentindo estranhos por toda aquela situação.

Entrei em casa tentando fazer o mínimo de barulho possível, mesmo que eu não desse a mínima para o sono da beleza do meu pai, eu não estava afim de criar confusão àquela hora da manhã. Subi as escadas devagar, indo em direção ao meu quarto e tirando do meu corpo aquele blazer apertado assim que passei pela porta do mesmo.

Me sentei na cama e arranquei os tênis dos meus pés de supetão, logo tirando também a calça e me jogando exausto no meio dos travesseiros. Por algum tempo, não sei exatamente quanto, apenas olhei para o teto, pensando nos contras que a tequila poderia trazer para a sua vida. E depois disso eu voltei a me lembrar de Atena. Mas que merda, eu não poderia esquecer dela nem com a ajuda da bebida?

Puxei a minha calça do chão e tirei do bolso dela o meu celular. Fui até o Whatsapp e fiz menção de responder as mensagens que ela havia me enviado, mas por algum motivo idiota que me veio à mente naquela noite, eu achei que ligar faria bem mais sentido do que lhe mandar uma mensagem. Eu estava bêbado, então não me condenem.

— Alô? — a canadense me atendeu duas ligações mais tarde, apenas no quinto toque, quando eu já tinha perdido as esperanças de uma conversa com ela — Justin? — sua voz estava extremamente baixa e sonolenta, me fazendo viajar por alguns minutos.

— Falar nesse tom não vai me fazer ficar menos bravo com você. — eu queria deixar claro que estava mesmo irritado com ela.

— Do que você está falando? — perguntou confusa. — Justin… São três e meia da manhã, o que está acontecendo?

— Você sabe muito bem o que está acontecendo, pare de fingir que está tudo bem. — ordenei, soltando um mumuxo quando senti mais uma daquelas pontadas na cabeça — Maldita tequila… — sussurrei, fechando os olhos com força.

— Justin, você bebeu? — continuou com a droga do interrogatório, só me deixando ainda mais bravo.

— Quer parar de fazer tantas perguntas? — pedi impaciente — Minha cabeça está rodando…

— Olha, Justin, eu acho melhor você desligar e ir dormir. — suspirou — Você não está em condições de manter uma conversa.

— Não, não. — neguei com a cabeça várias vezes — Eu não quero dormir, eu quero falar com você e te xingar por tudo isso o que você está me fazendo passar!

— Mas o que diabos foi que eu fiz, garoto?

— Você me magoou, Atena. — funguei — Você disse que me amava, mas não pensou duas vezes antes de se atracar com o idiota do seu ex!

— Eu não me atraquei com ninguém, Justin… — suspirou — Minha língua ao menos chegou dentro da boca dele!

— Me poupe dos detalhes sórdidos, sua destruidora de corações! — bufei, indignado.

— Por que tudo isso agora, hein? — questionou — Quando eu te contei, você deu a entender que não se importava se eu beijasse outro cara.

— Porra, Atena, mas é claro que eu me importo! — esbravejei — Só de imaginar você com outro eu tenho vontade de socar a cara do desgraçado.

— E porque não me disse isso antes? — parecia curiosa.

— Não queria parecer um viadinho ciumento na sua frente, como eu aposto que estou parecendo agora.

— Na verdade, você estará mais parecido com um bêbado ciumento. — brincou, me fazendo rir fraco. E em dois minutos, ela tinha feito toda a minha raiva ir para o espaço — Você é louco, Bieber.

— Sou louco por você, Hayes. — suspirei, cansado de brigar.

— Me desculpa? — disse depois de um tempo em silêncio — Não foi minha intenção te magoar.

— Está bem… — dei de ombros — Eu não ía conseguir ficar com raiva de você por muito tempo, mesmo. — admiti.

— Okay, além de chapado, você é bipolar. — zombou — Que tal irmos dormir, uh?

— Juntos? — sugeri.

— Ainda não. — respondeu, me fazendo sorrir — Até amanhã, cachaceiro — se despediu — Eu amo você — disse em um sussurro.

— Até, meu doce. — respondi, caindo no sono em seguida.

08/11/2015, Whatsapp às 9:34 a.m

Docinho: Bom dia, amorzinho!

Docinho: Ou só “dia” para quem está de ressaca, não é mesmo?!

Docinho: Está na hora de acordar :D

Docinho: Já dormiu bastante, coração.

Docinho: Minha net não sai de graça, não, viu?

Docinho: Nem a bateria do meu celular, que por sinal, já está no fim :(

Docinho: Acoooooooooooorda, bebuuuuuum.

Gayzão: Puta que pariu, Atena.

Gayzão: Você travou meu celular, garota.

Docinho: KKKKKKKKKK

Docinho: Foi mal.

Docinho: Como está se sentido?

Gayzão: Um lixo :)

Gayzão: Acho que se eu tentar me levantar da cama agora, é capaz de eu desmaiar e cair de cara no chão de tanta tontura.

Gayzão: Na verdade, não sei nem porque estou te respondendo, já que esse visor brilhoso só está me deixando ainda pior.

Docinho: É porque eu não tenho nada a ver com essa sua bebedeira, né, Bieber?

Gayzão: Como não? Você tem tudo a ver com ela.

Docinho: Ué. Por que?

Gayzão: Por motivos óbvios, Hayes.

Gayzão: Não me obrigue a falar outra vez sobre a sua pegação com o Sebastian.

Docinho: Quantas vezes eu vou ter que falar que não teve pegação nenhuma? Foi só um selinho inocente.

Gayzão: Inocente meu ovo, Atena.

Docinho: KKKKKKKKKK

Gayzão: Chega de falar dessa merda antes que eu me irrite outra vez.

Docinho: Okay, parei.

Docinho: Mas, antes da gente morrer de vez com esse assunto, eu só quero te deixar claro uma coisa.

Gayzão: O quê?

Docinho: Esse lance do beijo com o Sebas foi só coisa de momento.

Docinho: E eu não vejo mais ele como um namorado, mas sim como um amigo.

Docinho: Já você eu vejo como algo a mais que só um amigo…

Gayzão: Como um namorado?

Docinho: Como um MELHOR AMIGO :D

Gayzão: Porra, Atena.

Gayzão: Não fode, cara.

Gayzão: Melhor amigo?

Gayzão: Quer mais o que? Que eu vire gay também?

Docinho: KKKKKKKKKKKKKKKKKK

Gayzão: Não tô vendo graça, hoje você tirou o dia para zoar com a minha cara.

Docinho: Desculpa, mas você fica muito sexy quando está nervoso.

Docinho: Não resisti <3

Gayzão: Blá, blá, blá.

Docinho: Ficar de ressaca te deixa um saco, sabia?

Gayzão: Não, mais obrigado por me ajudar a descobrir isso, Einstein.

Docinho: Grosso.

Gayzão: Não, amor, você que é muito apertadinha.

Docinho: KKKKKKKKKKK

Docinho: Vai se tratar, garoto.

Gayzão: Vou mesmo, preciso de um remédio para enxaqueca :/

Docinho: Não se esquece de me mandar o último capítulo de Justiceiro Sangrento depois, Okay?

Gayzão: Claro, claro. Nem acredito que, finalmente, vamos entregar nossa obra amanhã :)

Docinho: Nem me fale… Acha que vamos ganhar?

Gayzão: Mas é claro, meu doce. Nossa história é ótima e merece ser a vencedora u.u

Docinho: Concordo plenamente!

Docinho: Quando chegar da escola, eu te ligo para nós deixarmos tudo pronto, beleza?

Gayzão: Beleza.

Gayzão: Até mais tarde, canadense.

Docinho: Até mais, colega.

27/11/2015, Whatsapp às 8:07 p.m

Docinho: Pronto.

Docinho: Já me alimentei.

Docinho: Tô mais calma :)

Gayzão: Graças à Deus!

Gayzão: Você com fome é pior do que  com sono.

Docinho: É, sou obrigada a concordar contigo.

Gayzão: Então, está ansiosa para o resultado do concurso?

Docinho: Nossa, você não imagina o quanto!

Gayzão: Ah, pode acreditar, eu imagino sim kkkkk

Gayzão: Três dias e teremos em mãos os resultados de todos os nossos esforços para esse projeto.

Docinho: Nem me fala, Just.

Docinho: Eu não sei para você, mas para mim esse projeto significou muito mais do que só uma parceria…

Docinho: Foi o início de nós dois, da nossa amizade. É incrível pensar como, à partir dessa história, as coisas aconteceram tão rápido entre a gente.

Gayzão: Eu penso da mesma forma, doce.

Gayzão: Essa fanfic é quase como o símbolo da nossa amizade, construído inteiramente por nós dois, do princípio até o fim.

Docinho: Tem toda razão <3

Gayzão: Vai ser meio chato agora que nossa parceria acabou, não é mesmo?

Gayzão: Não vamos mais ter essa coisa nossa.

Docinho: E se nós fizéssemos uma parceria fora do site, fora de qualquer história, na verdade… Na vida real?

Gayzão: Como assim?

Docinho: E se nós, finalmente, nos encontrarmos, Justin?

Gayzão: Seria ótimo. Eu provavelmente não te largaria nunca mais… Mas é impossível.

Docinho: Olha, eu não diria “impossível"

Gayzão: Qual é, Atena, você mora em outro país!

Docinho: E daí? Eu poderia muito bem ir te visitar.

Docinho: Se você não sabe para que um avião serve, eu posso te explicar u.u

Gayzão: Eu sei o que um avião faz, tá legal?

Gayzão: E sei também que sua mãe NUNCA vai deixar você vir aqui, onde Judas perdeu as botas, só para conhecer um cara que você nunca viu na vida.

Gayzão: Já parou para pensar que eu posso ser um estuprador?

Docinho: Você não é um estuprador.

Gayzão: Não, mas bem que poderia ser!

Docinho: Quer parar de ser tão pessimista, caramba?!

Docinho: Poxa, parece até que você não quer me conhecer :(

Gayzão: Não fala isso, meu amor. É claro que eu quero, quero muito.

Gayzão: Mas, porra, sua mãe tem que ser a mãe mais fodasticamente fodastica do mundo para deixar você vir.

Docinho: E ela é, acredite!

Docinho: Além do mais, não sei exatamente porque, mas ela te adora, o que já é um ótimo começo.

Docinho: Só preciso de alguns argumentos super hiper mega power fortes para convencê-la.

Docinho: E você vai ter que me ajudar a criar alguns.

Gayzão: Ah, não! Por que eu?

Docinho: Porque eu vou passar dias na sua casa, te dando o ar da minha graça e belezura.

Docinho: Isso é para poucos, amor.

Gayzão: KKKKKKKK

Gayzão: Okay, me convenceu :)


Notas Finais


E aí, gostaram? Não esqueçam de comentar aqui embaixo, Okay?

Xoxo, Bibix


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