História Dreams - One - Epilogue

Eu vivia uma vida normal em Aichi, Japão, até meus pais falecerem em um acidente e eu tive que ir morar com minha tia, o porém, é que ela morava na Coreia do Sul. Pelo fato de quase sempre eu ir para lá na infância, eu aprendi o básico do coreano, e agora, teria que aprender fluente pelo fato de eu ter que ir morar lá de agora em diante; pois como eu ainda sou menor de idade, minha tia pegou minha guarda. É muito ruim ter que ficar se mudando toda hora, bom, explicando melhor, aos meus três anos de idade fui para o Brasil, onde boa parte de minha família estava, até que aos meus oito anos voltei para o Japão, e agora, aos meus 16, irei para a Coreia, meus planos de fazer intercâmbio mudaram.

Desde sempre gostei de música, porém nunca tive a oportunidade de cantar em shows grandes, apenas para mim mesma, escrevia minhas própias músicas... Sei tocar alguns instrumentos, no meio estão o violão, a flauta, o piano, a bateria e um pouco de saxofone, sempre gostei de cantar para mim mesma, pois me ajudava a refrescar a mente e podia me expressar, e para os meus pais, bem, CANTAVA, para os meus pais...

Cá estou eu, no aeroporto pegando avião para a Coreia, Yumi veio se despedir de mim, pode se dizer que ela é a única amiga que eu consegui aqui desde que eu voltei, não sou muito de me socializar.

- Não acredito que você vai embora - Yumi choraminga.

- Eu volto nas férias, prometo, ou você vai para lá qualquer dia desses - sorrio.

- Assim espero. Não me esqueça viu? Não esqueça que FaceTime e Skype existe - rimos, ela sempre faz piada pelo fato de eu esquecer das coisas fácil.

- Vem, quero pagar o último Starbucks para você até eu voltar - a puxo para a cafeteria, já havia despachado minhas malas. - Vai querer o que? Chá de frutas vermelhas ou frappuccino?

- Hm, chá e cookie de chocolate - ela diz e faço o pedido.

- Um chá de frutas vermelhas, um frappuccino de café e um cookie de chocolate

- Qual o seu nome? - a atendente dizia simpática.

- No frappuccino, Aki e no chá Yuki - sorrio, Yumi era tão branquinha que dei o apelido de "neve".

Ficamos conversando até dar o horário do meu vôo.

- Passageiros do vôo 1942, por favor, se dirijam para o avião - ouve-se uma voz chamando o meu vôo.

- Vou ter que ir, já estou sentindo saudades - abraço Yumi apertado.

- Também, se cuida viu? Eu sei que titia Keiko vai cuidar muito bem de você - ela dizia apertando minhas bochechas, ela já foi comigo para a Coreia e titia já veio para cá quando Yumi dormia em casa.

- Okay, você também se cuida, e vai me contando as novidades - rimos fraco e coloquei minha mochila nas costas, pegando minha mala de mão, me dirigindo ao portão de embarque, aceno para Yumi pela última vez e fazendo coraçãozinho. - "Daisuki" - ela grita, rio fraco.

[...]

Por sorte dormi a viagem inteira, e sou acordada pela aeromoça avisando que iríamos pousar. Coloco "Overdose" do EXO para tocar no meu celular, e relaxo com os fones de ouvido. O avião pousou e esperei todos saírem, pego minha mochila e minha mala de mão, descendo do avião, pegando o mini ônibus que iria nos levar para a entrada do aeroporto. Ao chegarmos, logo vou ir pegar minhas malas com um carrinho, as pego com muito cuidado e vou em direção do portão de desembarque. 

- Tia Keiko! Quanto tempo - sorrio abraçando-a logo que a vejo.

- Sim, como você cresceu, seu corpo evoluiu bastante - ela diz e eu sorrio sem graça. - Venha, vamos para a sua mais nova casa, você deve estar cansada do vôo, não?

- É, pode se dizer que as cadeiras do avião não são muito boas para se passar horas - rio fraco tentando estralar minhas costas.

[...]

Eu sabia que titia era bem de vida, mas não sabia que a ponto de ter uma mansão.

- Ah, eu me mudei de casa faz alguns anos, vamos, entre - ela diz abrindo a porta, dando para uma enorme sala de estar. - Pode ir subindo, vou fazer um telefonema rápido, seu quarto é o segundo à direita - faço um sim com a cabeça e subo com as malas.

Abro a segunda porta a direita como titia falou, e adentro, vendo um quarto preto e branco, as estantes estavam vazias, mas com uma coisa ou outra, a janela com uma cortina preta e o jogo de cama branco, acho que titia queria que eu decorasse como eu quisesse, deixo as malas do lado da cama de casal e abro uma porta branca, ao abri-lá por completo avisto um banheiro verde água, sorrio percebendo que ela havia acertado na cor, reparo em cada detalhe até que ouço um barulho atrás de mim e olho para trás assustada, era um garoto com um cabelo meio loiro escurecido, por questão do meu reflexo, logo que o vejo o encosto na parede com meu ante braço em seu pescoço...