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História Dreams Of A Flyer 2.0 - Segundo Encontro


Escrita por: Dark_Angelly

Notas do Autor


Heey eu disse que voltava haha espero que gostem do capítulo de hoje 😁✌

Capítulo 8 - Segundo Encontro


      Minha mãe e eu chegamos ao hotel pouco depois da hora do almoço, fizemos o check-in e subimos para o quarto, que mais parecia um apartamento, com sala de jantar, sala de estar, um quarto grande com duas camas de casal e um banheiro espaçoso. Depois de guardar nossas coisas pedimos comida pelo serviço de quarto e assistimos a alguns filmes, deitada na cama entre os cobertores senti o cansasso por ter dormido mal e levantado cedo, não demorou muito para que eu adormecesse.
      [...]
      Acordei me sentindo deslocada, eu não tinha muita certeza de onde estava, tudo ao meu redor estava escuro, peguei meu celular e vi que era quase 22 hrs, me lembrei de estar no quarto de hotel com minha mãe, olhei em volta à sua procura e vi que ela estava deitada na outra cama dormindo, eu não sabia se ela havia acabado de dormir ou se como eu estava prestes a acordar, decidi me levantar e procurar algo para comer.
      Na sala de jantar vi que havia uma bandeja tampada, abri por curiosidade e descobri ser meu jantar ainda morno, o que me faz pensar que minha mãe provavelmente foi se deitar a pouco tempo, me sentei em volta da mesa e comi todo o jantar, acompanhado de uma garrafa de suco de maçã. Atravessei o quarto em silêncio e entrei no banheiro, escovei os dentes e admirei meu reflexo no espelho, eu estava com o rosto inchado por ter dormido o dia todo, meu cabelo estava espalhado em todas as direções, dando a impressão de que não via um pente a dias.
      Tomei uma ducha para relaxar o corpo e saí enrolada na toalha, minha mãe ainda dormia, peguei uma muda de roupas e fui para o banheiro me vestir, leggie preta, camiseta e moletom azul marinho, calcei um chinelo por cima da meia preta de dedinhos e prendi meu cabelo rebelde em um coque alto. Minha imagem estava um pouco mais aceitável, passei um pouco de perfume e voltei para o quarto, já começando a me sentir entediada peguei minha câmera semi profissional e o notebook.
      Me sentei no sofá da sala e abri o notebook com intenção de editar algumas fotos da câmera, não demorou muito para que eu também cansasse de fazer isso, eu precisava de novas fotos, olhei no celular, 23:45 hrs, não estava tão tarde, talvez eu tivesse sorte e conseguisse voltar antes de minha mãe acordar, eu só precisava chegar até o telhado do prédio, sim, lá eu conseguiria boas fotos. Com a idéia em mente fechei o notebook novamente, coloquei o celular no bolso, peguei a câmera e as chaves do quarto, destranquei a porta e saí, voltando a tranca-la logo em seguida.
      Parei em frente ao elevador e apertei o botão, enquanto esperava tentei não pensar no susto que minha mãe levaria se acordasse e não me visse em lugar algum, mas era por isso que eu estava levando o celular, certo? Meus pensamentos foram interrompidos com o som das portas do elevador se abrindo, nós estávamos hospedadas no sexto andar do prédio, logo a viagem até o décimo andar não demorou muito, sai do elevador e caminhei por um longo corredor cheio de portas em ambos os lados, no fim do corredor encontrei uma única porta, puxei a maçaneta torcendo para que ela estivesse aberta, parece que é meu dia de sorte, subi um curto lance de escadas mal iluminado, no topo das escadas havia uma segunda porta que também estava destrancada.
      O telhado era exatamente como eu imaginava, cheio daqueles tubos de ventilação, caminhei até o parapeito que era uma mureta da altura da minha cintura, como quem já fez isso milhares de vezes, me sentei com as pernas cruzadas, ignorando a distância entre meu corpo e a rua começei a fotografar a vista maravilhosa que eu estava tendo e as luzes da cidade.
      Não tenho noção de quanto tempo sê passou desde que eu havia começado a tirar as fotos, eu estava concentrada no que estava fazendo, tão concentrada que quase derrubei minha câmera ao sentir mãos macias, porém geladas, cobriram meus olhos, meu corpo inteiro havia se arrepiado, não sei se pelo toque gelado ou pelo medo que eu sentia, antes mesmo que eu pudesse pensar em gritar, uma voz rouca e suave falou ao meu ouvido.
      - Adivinha quem é... - Mesmo sabendo que não poderia ser quem eu pensava meu coração disparou, eu sabia que não havia a menor chance e mesmo assim perguntei.
      - Paulo? - Minha voz não saiu tão forte quanto eu espera, foi quase como um sussurro, mesmo assim a pessoa parece ter escutado, pois as mãos deslizaram suavemente me devolvendo a visão. Ouvi sua risada e então ele respondeu:
      - Você é boa! Como sabia que era eu? - Me virei e lá estava ele, sentado de costas para a cidade, a poucos centímetros de distância, me fitando com um ar divertido e aquele sorriso de canto que eu tanto amo.
      - Sua voz é inconfundível. Mas espera, como você sabia que era eu? Você se lembra de mim? - Ele riu novamente antes de me responder.
      - Não pareceu ser tão inconfundível assim ... Enfim, eu não poderia esquecer seu sorriso, mesmo que eu tentasse não poderia esquecer o brilho da garota que correu de dois seguranças por mim. -Quando ele parou de falar perdi o ar, não acredito que ele ainda se lembra de mim.
      - Posso te abraçar? -Perguntei me virando de costas para a cidade sem quebrar nosso contato visual.
      Ele não respondeu apenas sorriu e abriu os braços, dei um passo em sua direção, agradecendo por ele estar tão perto, sentindo que eu não poderia confiar em minhas pernas se eu tivesse que andar mais. Me encaixei em seu abraço enquanto ele apertava os braços em minha cintura, com a cabeça em seu peito e os braços ao redor de seu pescoço suspirei, ele é tão cheiroso, tão macio, tão irreal, senti as lágrimas arderem através de meus olhos, porém me controlei, eu não queria chorar em sua frente novamente, na verdade eu tinha vontade de beija-lo, com medo de me afastar e perceber que não era real fiquei ali, apenas sentindo sua respiração, apenas sentindo seu corpo.
      Me obriguei a me afastar, eu não queria cometer qualquer besteira que pudesse fazer com ele fosse embora, me sentei ao seu lado e fiquei fitando o chão. 
      - Você ainda não me contou o que faz aqui, pensei que você morasse em outra cidade. - Comentou ele me fazendo olhar em sua direção, o brilho de seus olhos eram fascinantes, quase hipnóticos, percebi que fiquei feito boba sem responder, limpei a garganta tentando me concentrar em outra coisa além de sua aparência perfeita.
      - E moro, estou de férias da escola e vim para cá a trabalho com minha mãe.
      - É mesmo? Ela faz o que? - Ele parecia realmente interessado.
      - Ela é publicitária e conseguiu que eu seja a fotógrafa de um ensaio que será feito amanhã.
      - Quando cheguei vi você com a câmera, posso ver o que fotografou? - Pediu, eu me senti nervosa mas assenti, eu jamais poderia negar qualquer coisa a ele, entreguei a câmera.
      - Não é nada profissional, apenas por diversão. - Comentei enquanto ele obsevava as fotos, meu coração estava acelerado, eu estava com vergonha e medo do que ele poderia dizer, desviei os olhos e voltei a fitar o chão. Não sei quanto tempo demorei para me dar conta de que ele estava me encarando com um sorriso bobo no rosto.
      - Eu diria que essas fotos foram tiradas por uma profissional, você é realmente boa, muito boa. Vai se dar bem no ramo, caso queira seguir carreira. - Corei com o efeito de suas palavras e sorri sem graça. 
      - É o que pretendo, fazer faculdade de fotografia quando terminar o colegial. - Sua feição mudou rapidamente, ele estava chateado? Não sei dizer, pois sumiu tão rápido quanto apareceu.
      - Você parece ser bem nova mesmo, tem quantos anos? 18?
      - Tenho 17, faço aniversário no fim do mês que vem.- Respondi, e lá estava aquela feição estranha novamente, será que ele via algum problema com minha idade?
      - Entendi ... Uhm, acho melhor eu entrar, o dia será cheio amanhã. - Ele deu de ombros.
      - Você ficou bravo com alguma coisa que disse?- Senti um aperto no estômago, e de repente tive medo de sua resposta, não me lembro de ter dito qualquer coisa que pudesse causar essa reação. 
      - Não, claro que não Bia. Por que estaria?
      - Não sei. - Dei de ombros abaixando a cabeça.- Tudo bem, vai lá. - Completei, eu não queria vê-lo sair, ouvi ele se levantar e caminhar, pensei que ele estava indo embora mas notei que havia parado a minha frente. 
      - Não fica assim.- Pediu levantando meu queixo, me obrigando a olhar para ele. -Nós ainda vamos nos ver, vou ficar aqui no hotel mais uns dias. - Tentei sorrir para ele antes de responder esperançosa. 
      - Promete? 
      - Se você quiser ...- Paulo sorriu de canto e meu coração deu um pulo.
      - É claro que eu quero, quando?
      - Achei que você diria isso. Amanhã, aqui, às 22:15 hrs; o que acha? 
      - Perfeito. -Respondi sorrindo. Paulo me pegou pelas mãos me fazendo ficar em pé, ele me puxou para outro abraço, tão bom quanto o primeiro, infelizmente durou pouco, ele me soltou aos poucos, se afastando vagarosamente, sorrindo ele se inclinou em minha direção enquanto me olhava nos olhos, eu não era capaz de piscar, pensei que meu coração fosse parar, porém ele desviou e beijou minha bochecha, se virou e foi embora sem olhar para trás, eu fiquei ali parada, observando a porta fechada.


Notas Finais


Até breve meus amores, logo logo tem capítulo novo 🎀


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