Eu queria muito, muito que aquela faca se erguesse da bancada. Eu queria que o copo de suco simplesmente levitasse até mim. Mas Mestre sempre me dizia que aquele não era meu domínio. Dizia que eu tinha o meu dom e que tinha de desenvolvê-lo. Mas o que alguém faz com o poder de conjurar armas? Não há graça!
Mesmo assim, o Mestre continuava a me incentivar a desenvolver meu dom, mesmo que eu não quisesse. As paredes da mansão já não eram mais acolhedoras. Pareciam uma sela de prisão, sem saída aparente. No começo, quando o mundo me chutou, ela me recebeu com todo o amor. Agora, todo o ódio recairia sobre mim.
Eu tentei roubar dons. Tentei até que consegui. Eu não queria, mas meu ato resultou em morte e desespero e o Mestre me expulsou. Ele poderia ter me matado, mas sabia que eu sofreria muito mais se apenas me largasse no meio do deserto. Eu quase morri, porém eu sobrevivi.
A vida quebrou o meu coração em pedaços e mesmo quando eu pensei que o desespero havia acabado, meu erro me apunhalou e quebrou a minha alma.
Eu retornarei.
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