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História Drop in Vegas - 9 Dias!!


Escrita por: MahomieinRed

Notas do Autor


Mais uma segunda, mais um capitulo novinho para vocês! Muitas coisas estão prestes a mudar.. Boa leitura!!

Capítulo 15 - 9 Dias!!


Fanfic / Fanfiction Drop in Vegas - 9 Dias!!

"Uma meia mentira não será nunca uma meia verdade"

Não me lembrava que horas eu havia terminado a conversa com a Lily, lembrava apenas que já era noite. E do grande problema que ela tinha me dado para resolver. Nem sabia que eu estava tão exausto para acordar apenas na manhã seguinte. Se é que cinco e meia poderia ser considerado manhã.

OS EXAMES!

Eu não podia acreditar que ninguém havia me acordado para ver os resultados. Ou talvez eles tivessem lido sem mim e ao ver que estava tudo bem não foi necessário me acordar. Era melhor eu não ficar criando expectativa. Sai apressado da cama e fui tomar um banho e me arrumar.

Quando eu voltasse para casa eu colocaria portas de vidro no meu armário só para testar se com um armário cheio de opções eu também me arrumaria rápido. E dessa vez ao me arrumar percebi duas coisas. A primeira é que eu já estava precisando lavar roupa. E a segunda é que eu estava há um tempo considerável na casa das meninas, porque só havia mais uma peça de roupa nova para eu usar.

Coloquei as roupas sujas em uma sacola e sai do quarto com ela. Ainda estava cedo e pelo visto ninguém tinha acordado. Eu estava indo em direção a porta quando vi o envelope da clínica do Dr. Cooper em cima da mesa de centro. Ainda não estava aberto. Deixei a sacola no chão e abri o envelope, sem me preocupar em rasgar algumas partes dele.

Na primeira folha tinha uma carta. E tinham outras folhas com descrição dos exames que tinham sido feitos. Eu não me importava com eles, só queria saber se tinha algum problema então comecei a ler a carta.

A Austin C. Mahone,

Após os exames realizados constatamos que não há ocorrência de substâncias ou produtos que possam causar desregulação das funções naturais do organismo, ou causador de dependência física ou psíquica.

Contudo identificamos uma carência de vitamina B12 (cobalamina) em seu organismo. Para evitar a ocorrência de anemia ou perda de memória dentro do envelope possui 6 (seis) CP SL que devem ser tomados uma vez por dia, preferencialmente pela manhã, por 6 dias em conjunto com uma alimentação que inclua carnes, ovos ou produtos lácteos. Após o 7º dia continuar apenas com a alimentação regulada por ao menos 30 (trinta) dias.

 

Olhei dentro do envelope novamente e encontrei pequenos comprimidos. Eu estaa aliviado que ao menos aquela bruxa não tinha colocado nenhuma droga na tal poção, e mais aliviado ainda por saber que talvez, eu poderia me lembrar de tudo que aconteceu naquela noite.

Peguei os comprimidos e fui até a cozinha para pegar um copo de agua para tomar o primeiro, mas parei com a mão a meio caminho da boca. Talvez eu pudesse lembrar, mas será que eu queria? Eu seria capaz de conseguir seguir tranquilamente minha vida sabendo exatamente como eu tive uma ótima noite com uma ruiva por efeitos de uma poção feita por uma bruxa?

“Olha só quem acordou cedo. ” Pelo visto... Lily estava de volta. Ela estava carregando uma bolsa em uma mão e a carta que eu havia deixado na mesa.

“Lily não... ” Tentei tirar de sua mão antes que ela pudesse ler, mas já era tarde. A loira já estava me olhando como se eu fosse um monstro que tinha acabado de sair de seu guarda roupa.

“Então era sério essa história de esquecimento? ” Lily disse e eu revirei os olhos.

“Todo esse tempo achou que eu estivesse mesmo mentindo? ” Perguntei impressionado.

“Ah é que...” Lily colocou a bolsa na mesa e a carta ao seu lado. “Achei que talvez você estivesse mentindo em algumas partes. ”

“Que seja. ” Comentei e coloquei o comprimido na boca, mas Lily me interrompeu antes que eu tomasse a água.

“O que você está fazendo? ” Lily pegou a carta para me mostrar onde estava escrito CP SL. “Isso aqui significa que o comprimido é sublingual. ”

“Ah caro, eu saia disso. ” Respondi com o comprimido na boca. “O que eu aço agora? ”

“Põe em baixo da língua e espera até ele se desfazer. ” Ela disse e eu fiz o que ela falou. “Esses remédios costumam ser horríveis, mas nada de água. ”

A loira tirou o copo de agua da minha mão e bebeu, depois me deu um sorriso falso. Falsificada. Esse comprimido era realmente ruim. Sublingual. Não podia me dar um remédio comum? Tinha que ter essa frescura?

“Aproveitando que você vai ter que explicar para a Alice sobre essa carta... explica também sobre o que conversamos ontem. ” Lily disse empurrando a carta para mim. “Tenho quase certeza de que ela também não estava levando muito a sério essa história de: eu não lembro o que fiz noite passada. ”

Ótimo. Agora eu teria que lidar duas vezes com um ataque de nervos da ruiva. Peguei a carta e guardei no bolso. Se eu fosse morrer hoje, pelo menos queria aproveitar um pouco mais horas do meu dia.

“Ok, eu conto. Mas preciso fazer umas coisas primeiro. “ Falei para Lily assim que acabou aquele comprimido horrível e fui em direção a sala onde estavam minhas coisas.

“Eu não vou deixar você sair. ” A loira disse vindo atrás de mim.

“Sei que você sentiu minha falta, mas fica calma, eu não vou sumir. ” Respondi enquanto eu colocava os outros exames no envelope, agora um pouco rasgado. “De qualquer forma, não é como se eu pudesse sumir. Tem toda essa história de eu ser famoso e tudo mais. ”

Lily revirou os olhos e saiu de perto. Perfeito. Eu sabia que ela odiava perceber que estava conversando comigo. Deixei o envelope em cima da mesa, guardei os comprimidos na calça e sai com a roupa suja. Eu não estava realmente afim de saber onde ficava a lavanderia dessa casa, principalmente porque isso incluiria ter que perguntar para Lily ou Alice.

Ouvi passos de alguém andando pouco antes de eu sair pela porta, mas eu não estava afim de dar explicação para mais ninguém. Ou falar novamente com a Lily. Então sai apressado e depois do portão, eu corri antes que desse tempo de me verem sair.

 

Das outras vezes que eu estive por aqui não havia reparado como era o bairro que elas moravam. Na rua principal era cheio de comércio, com cafeterias, de venda de bicicleta, de seguros e cabelereiro. Mas a maioria era loja de comida, em menos de dez minutos eu já tinha visto loja de costela, pizza, sanduiche, comida indiana, japonesa e loja de bebidas alcoólicas.

Eu fiquei pensando se os alunos daqui eram do tipo que gostavam de festas e quando passei pelo próximo quarteirão pude perceber que sim. Vários grupos de pessoas limpavam os estragos da festa da noite anterior.

Achar uma lavanderia não foi nada difícil. Encontrei uma na frente da rua dos festeiros a duas quadras de distância da casa das meninas.

Pelo visto muitos universitários preferiam deixar para lavar suas roupas por fora, já que a lavanderia estava cheia. Antes de sair aproveitei para pegar um cartão da loja, pelo menos eu saberia o nome da rua para voltar.

Quando sai da loja, reparei que os mais novos faziam o trabalho pesado de limpeza enquanto os mais velhos tiravam copos do chão. Um grupo de garotas estava limpando um carro com várias folhas grudadas nele.

Uma delas olhou para mim e começou a vir em minha direção. Oh não. Me virei e continuei seguindo pela rua com passos rápidos, mas antes que eu passasse outro quarteirão a garota me alcançou e parou na minha frente. Ela estava com a parte de cima de um biquíni e um short curto e molhado. Não que eu tenha reparado muito.

“Oi, eu... Qual seu nome? ” Perguntou ela empolgada. Tinha uma igreja católica do outro lado da rua. Fiquei pensando se alguma senhora que saísse da missa iria vir brigar com a garota pela forma como se vestia.

“Daniel. ” Respondi tentando mudar a voz e me virei para voltar a andar, mas ela entrou na minha frente de novo. Lily e Alice iriam me matar se alguém descobrisse que estou aqui.

“Ah Daniel, desculpa se eu estou interrompendo... é que você parece uma pessoa que eu gosto muito. ” A garota comentou envergonhada. Ela tinha a pele morena e um cabelo preto enrolado. Tentei manter a cabeça para baixo, mas percebi que talvez ela poderia pensar que eu estava encarando alguma parte de seu corpo. Então foquei meu olhar para uma árvore ao nosso lado. “O que você acha de sair comigo um dia desses para gente conversar? ”

“Eu tenho namorada. ” Respondi e ela abaixou a cabeça.

“Me desculpe, não queria te atrapalhar. ” A morena deu um sorriso triste e saiu da minha frente. “Vou voltar ao trabalho. ” Ela apontou para o short molhado e depois de outro sorriso saiu correndo em direção à rua que tinha vindo.

Essa tinha sido por pouco. Se eu fosse descoberto aqui, seria o fim do segredo. Depois de uma longa caminhada procurando alguma loja para comprar um boné, entrei em uma rua e consegui encontrar um casaco com capuz e um boné para me disfarçar, talvez o disfarce ficasse melhor se não tivesse escrito Princeton fazendo com que eu parecesse um turista. Mas pela quantidade de turistas que eu tinha visto, talvez isso me ajudasse a ficar um pouco mais irreconhecível nesse lugar.

Depois de andar mais um pouco cheguei em lugar nenhum. Tinha apenas casas e grandes construções, que deveriam ser os prédios dos estudantes. Continuei andando até chegar em um prédio com uma passagem. Passei por ela e encontrei uma praça com algumas pessoas conversando e do outro lado tinham duas estátuas de leoa sentados segurando uma placa. Mais para frente tinham cartazes sobre o Museu de Arte.

Mais para frente, vi mais duas estátuas, essas eram de leão uma de frente a outra em cima de uma escada. Resolvi seguir por ali para ver se eu chegava em algum lugar com mais pessoas, ou quem sabe, com um mapa.

Eu não estava no Museu de Arte, mas a frente do prédio tinha o mesmo formato das formações gregas com pilastras grandes. Olhei para o lado e vi que o outro prédio era exatamente da mesma forma. Que tipo de gente pensava em construir dois prédios iguais?

Continuei andando e percebi que tirando as torres gêmeas da Antiga Grécia, os prédios eram bem diferentes dos outros. Tinham prédios com aparência mais antiga cheio de detalhes, outros pareciam novos, cheios de vidro que tinham formas mais geométricas. O mais estranho era que tudo era tão cheio de árvore que dava a impressão de estar dentro de uma floresta. Estar ali, trazia uma tranquilidade que não se tinha em Miami. Nós tínhamos a praia, mas tinham muito mais pessoas, turistas e carros por lá.

Continuei andando até começar a ouvir uma música, quando cheguei mais perto vi que vinha de três garotos que estavam sentados na frente de um prédio esquisito que tinham apenas dois andares. Os garotos tocavam bem. Mas pelo visto nem todo mundo gostava da música deles, porque uma senhora com uma feição furiosa saiu do prédio.

“Quantas vezes vou ter que dizer que ISSO É UMA BIBLIOTECA! ” Gritou ela e os garotos se levantaram rindo. “Tem gente tentando estudar aqui. ” Continuou a reclamação enquanto eles saiam de perto rindo e correndo com os instrumentos.

Continuei andando e percebi que ali tinham muitos prédios com construções diferentes, alguns pareciam castelos e igrejas, outros pareciam monumentos da antiga Grécia e haviam mais algumas casas. Era um lugar legal. Tinham até algumas pessoas andando com animais na calçada e cada vez mais carros apareciam na rua.

Parei perto do museu de arte, onde tinha uma garota entregando velas aromáticas e convidando as pessoas para verem a exposição sobre o fogo. Peguei meu celular e comecei a responder algumas mensagens e aproveitei para mandar uma mensagem para minha mãe que estava tudo bem, provavelmente ela não estaria acordada ainda, mas de qualquer forma eu queria evitar outro ataque de nervos.

Eu estava olhando para o prédio da frente quando ouvi uma voz que eu conhecia atrás de mim.

“Então nos encontramos mais tarde. ” A voz falou.

“Ali, mas você tem certeza que não quer implementar as mudanças agora? ” Uma voz masculina perguntou.

“Tenho, eu já disse para vocês, as coisas lá em casa estão um pouco confusas a gente tem que esperar um tempo até conseguir fazer alguma mudança eletrônica. ” Alice respondeu.

“Bom... O tapete já está pronto. E estamos ficando sem tempo para testar antes da apresentação. ” Um outro garoto respondeu.

“Eu sei, só preciso de uns dias pessoal. E logo tudo vai voltar ao normal. ” Alice falou e suspirou. “Prometo. ”

“Eu espero que sim, sabe que não podemos treinar em nossas irmandades. ” O primeiro garoto falou de novo.

“Sei sim, fiquem tranquilos. Nos vemos mais tarde. ” Alice respondeu e ouvi seus passos descendo o degrau da escada que eu estava sentado, mas parou ao meu lado quando um garoto a chamou.

“Ei Ali, espera aí. ” O garoto também desceu as escadas parando poucos degraus acima. “Só queria saber se está tudo bem com aquela questão do casamento e do seu pai. Você vai continuar aqui com a gente, não é? ”

“Olha Louis, eu não sei...” Alice falou suspirando. “Não tenho muito tempo, minha permissão expira próximo mês. Você sabe que meu pai não quer deixar eu continuar aqui. ”

“Mas Ali, e se a gente se casar? Você pode ficar né? ” O tal do Louis falou e senti meu corpo congelar. Será que era por isso que tínhamos nos casado em Vegas? Ela precisava de um marido americano para ter um VISA?

“Eu não sei Louis... ” Alice disse com uma voz baixa. “Preciso resolver umas coisas primeiro, depois a gente conversa está bem? ” Alice deu mais um passo para descer e vi o menino a segurando pelo braço.

“Ali espera. “ Louis respirou fundo e começou a falar. “Você sabe que desde que começamos a estudar juntos eu sempre gostei muito de você, você é toda inteligente, a melhor da sala! E eu sempre fiquei muito feliz em poder ter a oportunidade de ser seu amigo, mas não me importaria em ficar a vida inteira casado com você mesmo que você não queira um relacionamento comigo. ”

“Oh Louis” Alice disse e subiu um degrau de novo. Eu não sabia quem era esse tal de Louis, mas já sentia uma vontade enorme de dar na cara desse garoto. Quem ele achava que era para dar em cima da esposa dos outros? “Eu estou lisonjeada pela sua proposta, só que no momento não é uma boa hora para falarmos sobre isso, eu preciso voltar para casa para ver se a Lily já acordou, ela não pode ficar sozinha. ”

“Tudo bem Ali, mas pense nisso. ” Louis falou educadamente. Queria ver se ele continuaria educado assim quando levasse um grande pé na bunda. “E a Lily já teve alguma melhora? ”

“Não muito, eu não deveria ter levado o experimento na bolsa. Ela podia ter morrido. ” Alice disse se sentindo culpada. Mas que experimento era esse? E que história era essa de Lily estar doente? “Isso me lembrou que ainda tenho que conversar com Scott sobre isso, até logo Louis. ”

Alice desceu correndo as escadas e foi em direção ao prédio da frente. Esperei Louis sair dali para seguir a ruiva. Eu estava com raiva. Pelo visto Alice sabia muito mais do que parecia. E ela precisava me dar algumas explicações. Será que Lily sabia disso tudo também? A sensação de que as duas estavam me escondendo alguma coisa me deixou com muita raiva. E o que quer que seja que elas estivessem escondendo, eu iria descobrir.


Notas Finais


É isso... Até semana que vem!


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