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História Drowning Lessons - Prólogo


Escrita por: littlezackary

Capítulo 1 - Prólogo


PARTE I - O CRIME DAS ONZE E MEIA 


Era como um tilintar irritante. Daqueles em que duas taças de cristal provocam quando se chocam cheias de espumantes ou qualquer coisa alcoólica.

Dentro da minha cabeça, era essa a sensação que as ondas sonoras provocadas pelo vai e vem do pendulo do relógio da minha sala, fazia.

Tic tac

Tic tac

Eu realmente não sei por que ainda o tenho badalando em minha casa, mas acho que um dos principais motivos é que ele era do meu avô, e me faz sentir menos sozinho.

Tic tac

Tic tac

Coloquei a almofada sobre meu rosto, a fim de abafar o movimento furtivo do tal pêndulo e dos raios solares que insistiam em tocar a janela de vidro de meu apartamento. Eu não havia dormido a noite toda, apenas revirando na cama como o belo ioiô que sou.

Jogam para lá, jogam para cá...

Perdi as contas de quantas vezes já me transferiram de um departamento para o outro, me fazendo mudar de cidade e começar uma vida parcialmente normal para a minha família. Eles pareciam se orgulhar do que eu sou, mas não havia muito interesse de comunicação da parte deles, e eu agia de maneira semelhante.

Posso dizer que, a parte mais interessante do meu trabalho são os disfarces.

É impressionante a quantidade de crimes que são cometidos por mulheres. E definitivamente, as mulheres nunca foram o lado fraco da corda. Das centenas de casos que já investiguei; oitenta por cento são delitos cometidos por pessoas do sexo feminino, então conclui que as tais, são as criaturinhas que quero mais distância na face da terra.

Elas são infinitamente mais cruéis que os homens, apesar de que, quando se pensa em um Serial Killer, por exemplo, a primeira coisa que se passa na cabeça ou de uma pessoa comum, ou de um investigador idiota, é que o tal é um homem.

Mas há uma pequena parte delas, as fúteis. Em três casos que investiguei e fui a campo, nunca pensei que seria tão fácil arrancar informações delas, e duas desse grupo de três, nem mesmo sabiam que haviam cometido um crime.

Mulheres fúteis são burras. Abrem portas para o primeiro homem que aparece batendo na sua porta, parecendo estar interessado.

Um Delegado certa vez comentou por alto, que por eu ser particularmente bonito, as chances de um disfarce para apurar uma investigação, seria noventa e nove por cento. Embora eu não concorde com ele, tenho que admitir que todos os meus casos foram bem sucedidos.

Mas houve um, em que dediquei mais que toda a minha energia, e que ainda me traz incógnitas. Na mídia, ele ficou conhecido como o crime das onze e meia.

Um dos casos mais difíceis que tive que solucionar, pelo qual conheci Gerard Way, uma das criaturas mais enigmáticas, misteriosas e suspeitas que já se passou em minha ínfima vida.



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