1. Spirit Fanfics >
  2. Drowning Lessons >
  3. Watson

História Drowning Lessons - Watson


Escrita por: littlezackary

Capítulo 12 - Watson


Seus dedos batiam de maneira insistente sobre a mesa.

Ele nos olhava há quase cinco minutos, aparentemente indignado.

Havia um motivo pelo qual Watson chamara a mim e a Jamia em particular. Nas nossas reuniões semanais, toda equipe se reunia, então pela lógica, aquela situação não trazia consigo boas notícias.

-Meninos... -Ele começou sarcastico. - Sabe o quanto o Governo já gastou enquanto vocês brincam de parquinho lá fora?

Permanecemos calados.

-Quase um milhão de dólares. O Prefeito está furioso, pois os rumores continuam, apesar do maluquinho está em hiato.

-Watson... Nós ... -Falei tentando argumentar.

-Eu não terminei. Vocês tem de dar andamento a essa investigação. Me traga nomes, evidências, quem não gosta de quem. Todos ali são suspeitos.

-Mas Watson, ainda estamos nos familiarizando. O ritmo de vida de lá é totalmente diferente de qualquer disfarce que eu já fiz...

-Savanna... -Ele digitou o ramal no Telefone. -Está na hora do pen drive.

Eu, pela primeira vez, não imaginava o que era.

Ela entrou na sala, e entregou à Watson, este abriu seu notebook já ligado e conectou o artefato.

De repente, a filmagem do jardim transcrito começou a rodar, de forma acelerada.

Oh Deus, eu sabia o que era...!

Um clima horrível se instaurou na sala. Jamia virou o rosto, tão constrangida e mal a vontade quanto eu.

Claro que aquele vislumbre a incomodava.

Mas o que eu poderia fazer? 

Eu caí em tentação... E eu admito isso.

-Vejo que está se familiarizado bem agente Frank... -Falou entrelaçando os dedos e se encostando na cadeira.

-Essa mulher... -Falei inconformado, apontando para a tela do notebook.

-Essa mulher... -Jamia me interrompeu firme - Foi a sorteada por ele, para não ser resistida.

-Watson, essa mulher é um demônio! 

-Tão demoníaca que a boca dela foi parar na sua. - Watson afirmou. -A primeira falha é cair na armadilha do inimigo. Você sabe disso. O que há com você?! Perdeu o conhecimento da sua área? Você não era tão idiota assim. 

-Eu não perdi nada Watson. Se realmente houver um assassino ali dentro, nós chegarmos fazendo milhões de perguntas, vai levantar suspeitas!

-Começem o que foram mandados a fazer. Isso é uma investigação, não um resort sexual.

Watson se levantou sem sequer se despedir. Saiu e voltou com uma pasta amarela, e a jogou com violência no meu colo.

Eu sabia que Jamia queria perguntar qual o conteúdo da pasta, mas sua raiva não deixava.

Eu claramente não iria forçar nada, afinal, minha barra não estava tão limpa quanto parecia.

Abri a pasta, e havia as fotos de Jack e Genna Warren, e seus dados.

Nas partes grifadas com um marcador verde, havia escrito: 

"Atividades bancárias suspeitas  na conta conjunta

Dinheiro move muita coisa, não acham?

Porque não os Warren? Talvez as pessoas mortas, embora não mantivessem um elo entre si, devessem a eles.

Ambiciosos, como parecem ser, matariam fácil por dinheiro.

-Os Warren mantem atividades bancárias suspeitas. -Falei, entregando-lhe a folha.

Jamia queria falar algo, mas ainda sim se calava.

-Tem alguma ideia porque eles movimentam essa grana? -Ela perguntou com muita dificuldade e evitando me olhar.

-Só iremos descobrir se nos aproximarmos. -Tentei olhá-la, e sorrir, mas Jam continuava como uma estátua, fitando o horizonte através da janela atrás da cadeira de Watson.

-Jam... Eu...

-Não fale nada, temos que trabalhar, não lembra? Nossa relação agora é apenas profissional. Finjo que sou sua esposa quando necessário e pronto. -Ela se levantou.

Mas antes que saísse, ela falou:

-Ah, e nas questões das perguntas, você fica com a velha e eu enrolo o outro, caso contrário não conseguiremos nada.

Então saiu.

Eu havia compreendido o que Jamia havia indicado. Eu conseguiria informações mais rápido de Genna, pois ter uma figura masculina e mais jovem ao seu redor era um fator importante para a persuasão. 

Jamia, por sua vez e por ser mulher, tinha muito mais habilidades naturais para conseguir algo de um homem, e Jack parecia ser bem aberto à mulheres.

Tática óbvia e inteligente que nem mesmo eu havia pensado.

Realmente havia algo errado comigo. Eu sempre pensava em tudo, táticas, estruturas de investigação, e lá estava eu, sendo guiado pela novata que veio da Narcóticos...!


Após sair do departamento, coloquei meu óculo escuro. O térreo do grande prédio, era preeenchido pela delegacia, onde eu passava e era sempre xingado por algum bandido idiota.

Por estar há vários dias sem comer de forma correta, e estava perto do horário de almoço, decidi passar no restaurante italiano que ficava a três prédios dali.

Comer algo que lembrava meu avô seria ótimo diante de toda aquela tensão.

Andei alguns metros e empurrei a porta. Perguntei à recepcionista se havia alguma mesa vaga, e ela falou que não.

Mesmo tendo a confirmação, olhei para ter certeza.

E quem eu encontro? 

Alex.

Meu amigo e pareceiro de investigação, que estava de férias.

Me aproximei acenando.

Ele me olhou, e sorriu alegre. Levantou-se, e me abraçou.

-Cara... Quanto tempo...!-Falou, dando um tapinha nas minhas costas.

-Pensava que iria passar mais tempo no Canadá, o que aconteceu? Ah você está esperando alguém?

-Não estou, pode se sentar e pedir algo.

-Tudo bem então.- Falei me sentando e olhando o cardápio.

-Eu estava curtindo minhas férias maravilhosas no Canadá, com duas gêmeas maravilhosas...

-Você continua tarado. -Falei calmo e banal, ainda analisando o cardápio.

Ele sempre ria do jeito que eu falava. Sempre calmo e centrado.

-Você deveria conhecer gêmeas elas são ótimas! Bem, continuando... -Ele interrompeu sua fala ao que o garçom chegou com uma pizza média.

Falei que iria querer uma porção de macarronada com almôndegas e bastante molho.

-Eu estava lá, e Watson me ligou para cobrir um crime. 

-Crime? 

-Sim, um tal de assassino do vinho tinto. Eu sei que você está investigando ele, o Delegado achou que você está com saudade de mim... -Ele falou rindo.

-Ha ha, muito engraçado. - Falei tocando o porta guardanapo com o indicador. -Estou com Jamia Nestor nessa investigação. E com ela veio outro problema... Watson já te explicou qual a dinâmica e a estrutura de investigação?

-Sim, ele me mandou os depoimentos e os perfis por fax, para meu hotel. Hummm, tinha uma moradora no tal edifício que eu vou te contar viu...! Senhorita Morrison.... Ah Morrison...

-Esse é o meu problema. Kelly Morrison é altamente sexual, e ela me beijou. Jamia é minha esposa no disfarce, só que os sentimentos dela estão avançando para patamares pessoais. Eu falei sobre o que tinha acontecido e ela ficou furiosa.

-Já tentou conversar com ela?

-Agora a pouco, mas ela foi rude.

Eu observava ele terminar sua primeira fatia de pizza.

-Bem, você já deu alguma chance falsa a ela?

-Completamente não! -Falei ofendido.

-Quando sairmos daqui, vamos numa floricultura.

-Por?

-Por que mulheres gostam de flores.

O garçom chegou com a minha macarronada, deliciosa.

-Watson não me falou nada sobre te encaixar no caso... -Falei enrolando os fios do macarrão no garfo.

-Bem, era para ser surpresa, mas você acabou me vendo aqui e sabe como eu sou linguarudo, não é?

-Sei bem...! -Falei concordando e me lembrando de episódios passados e hilários onde Alex não segurava aquela lingua dele.

Mas havia uma vantagem em Alex: técnica de linguagem e escrita. Ele consegue decifrar quem você é apenas por sua caligrafia e as palavras que usa quando fala.


Minutos depois fizemos nossa refeição e pagamos a conta.

Alex me guiou até à floricultura.

-Boa tarde!-Uma jovem loira nos saudou com um sorriso bonito.

E claro que os olhos de Alex brilharam e sua chama por saias se acendeu.

-Boa tarde... - Ele respondeu charmoso.

-Bem queremos um buquê de flores...

-Quais? Tulipas, margaridas, acácias, orquídeas? 

-O que acha Alex? 

-Você teria rosas?

-Oh sim, o buquê custa noventa dólares...

-Vamos levar um buquê.

A moça se distanciou para fazer o buquê.

-Por que rosas?-Perguntei, observando as outras plantas.

-Toda mulher gosta de rosas...

-Pronto. -A moça veio com o buquê, vermelho como sangue.

-Que rápido... Florzinha, você poderia me passar seu número de Telefone? -Alex falou, me fazendo morrer de vergonha.

-Seu namorado não se importa? -Ela perguntou preocupada.

Eu me virei, e Alex começou a rir. 

-Claro que não docinho...! - Ele se inclinou no balcão e começou a acariciar o maxilar da garota.

E claro que ele não iria perder a chance de me fazer passar vergonha.

Joguei o dinheiro no balcão e saí da loja. Andando alguns metros para pegar o meu carro que havia deixado num estacionamento pago.

-Frank, espera!

Parei e esperei.

-Consegui o número dela. Onde vai?

-Pegar o carro.

-Pegar o carro? Você não falou "pegar meu carro"

-O carro não é meu, faz parte do disfarce.

-Que carro é?

-Um land.

-Sério?

-Sim.

-Então cara, até mais. Foi bom te ver... 

Nos abraçamos e eu segui meu caminho.


Estacionando no GP, entrei e comprimentei Raj e subi as escadas.

Mercedes passou por mim e sorriu em deleite ao ver que eu carregava um ramalhete de rosas vermelhas.

Segui para o terceiro andar.

Enquanto caminhava pelo corredor, não pude deixar de lembrar de Gerard tocando as paredes teatralmente, e sorrindo estranho da ultima vez que eu estava saindo de seu apartamento...

Ao chegar no meu, girei a maçaneta.


E lá estava Jamia no sofá, sendo tocana no rosto.


Sendo tocada no rosto por Gerard.





Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...