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História Drowning Lessons - A delicadeza de Mercedes Flower


Escrita por: littlezackary

Capítulo 18 - A delicadeza de Mercedes Flower


Eu fora arrebatado pelas artimanhas do diabo.

Não sei do que ele ultilizava, mas foi necessário Jamia vir me buscar para voltarmos.

Eu não sei exatamente, mas pareceu que tudo ao meu redor havia sumido naquela hora, e todo meu ser fora tomado por um prazer estranho...

Até então, depois de ter corrido tantos riscos, ainda não entendi a finalidade daquela reunião.

Com certeza não era apenas ler livros e beber chazinho.

Havia algo mais.

-Você se sente melhor? -Jamia perguntou em tom de preocupação.

-Acho que... Sim... -Falei confuso, observando a cidade através dos vidros do carro.

-Você estava estranho... Inalou algo? Parecia que você estava grogue...

-Foi Gerard. Ele fez algo para deixar todos em êxtase.

-Mas você disse que eles estavam tomando algo como um chá...

-Não... O chá apenas ajudou. Foi como um canal. Você lembra daquele cara... Ele tinha um canal no YouTube onde ele ensinava a fazer uso de armas e dava aula de controle mental?

-Vagamente... Ele fez um atentado em uma escola?

-Parece que sim, não me recordo muito bem... Pois sim, acho que Gerard usa controle mental nas pessoas. Ele é adorado demais, aclamado demais. Isso não é normal, afinal, pelo menos para mim, ele é bem apático.

-Você acha mesmo isso?

-Não acho. É uma probabilidade.

Jamia parou em um Starbucks.

O lugar estava pouco movimentado, e sentamos em uma mesa no fundo.

Ela foi até o balcão e pediu dois cafés e rosquinhas para acompanhar.

-Você acha que vai concluir esse caso?

-Eu sempre tive certeza de tudo em meus casos. Mas na operação Green Palace, muitas dúvidas estão me consumindo.

O garçon chegou com os cafés. Deixou-os na mesa, depois saiu.

-Que tipo de dúvidas? -Ela perguntou destampando seu copo de café.

-Eu tenho e não tenho certeza de quem matou Piper, Ashley... Molly...

-Gerard?

-Sim. Às outras há a probabilidade. Mas Piper... Gerard parecia ter muito apreço por ela. Não faz sentido...

-Você já trabalhou com assassinos em série quatro vezes... Você sabe qual é o perfil psicológico deles. Eles não têm compaixão por ninguém...

Eu começei a me sentir pertubado. Investigar era o melhor de mim, e o melhor de mim parecia estar esvaindo.

Como água num copo de plástico rachado.

-Aquele lugar está repleto de crimes. Gerard me falou que Ludovico pratica zoofilia. Jack provavelmente tenha fraudes fiscais, paraisos fiscais...

-Gerard pode ter escolhido o GP, especialmente porque já cogitava nossa ida. Talvez ele esteja manuseando todos nós como fantoches. Ele é bem inteligente.

-Há noventa e um por cento de chance de ser ele. Eu não posso levar ele sob custódia, porque se eu levar a acusação para o Promotor de Justiça, não vai constar nos autos o Modos Operanti. Eu não posso prendê-lo se não sei como ele mata.

-Essa é a principal prova e argumento.-Jamia comentou.

-Exato. Ele sabe que nós somos policiais. Sabe que estamos investigando cada morador dali. Mas em nenhum momento ele se mostrou acuado. Nenhum. Isso é o que me frusta-Falei irritado pegando uma rosquinha.

-O circulo parece está se fechando para nós...-Ela falou pensativa.

-Não está não. Eu não quero arquivar esse caso. Eu quero ir ao Tribunal e destroçar o Gerard.

O celular de Jamia começara a tocar. Ele o olhou e pareceu controlar alguma emoção.

-É o Alex? -Falei fingindo não ter percebido.

-Não... Eu vou ao... Banheiro... Volto já...

Ela saiu apressada em direção ao banheiro com o celular na mão.

-Sei... -Falei desconfiado.

Era quase sete da manhã quando voltamos.

O edifício estava em pleno silêncio e apenas se podia ouvir os pássaros.

-Bom dia Raj! -Falei, e ele falou bom dia de volta.

-Eu vou subir... Estou morrendo de sono...-Jamia falou subindo dois degraus.

-Tudo bem, vou ficar um pouco no Jardim.

Abri as portas, e aquele cheiro de folhas estava começando a invadir meu olfato como que na velocidade do som.

O sol tímido saía, em meio ao céu parcialmente nublado.

Em um dos bancos, estava Mercedes.

Ela alimentava os pombos e passarinhos que no chão pousavam agitados.

Ela parecia gostar daquilo. Tudo que ela fazia era sorrir quando os animais começavam a comer.

-Olá Thomas!

-Bom dia Mercedes...

-Quer me ajudar a alimentar os pássaros?

-Sim...

Seria bom para relaxar.

Começei a jogar a ração misturada com grãos de milho na grama, enquanto mais pássaros surgiam.

-Quanto tempo mora aqui? -Perguntei.

-Moro aqui desde os dezesseis.

-Sempre morou sozinha? -Eu comecei a ficar curioso.

-Quando minha mãe morreu, meu pai vendeu nossa casa. Ele prometeu ficar me mantendo, só que longe dele...

-Oh sei... E você gosta daqui?

-Não muito. Esse lugar tem muita energia negativa. Eu sinto que muita coisa ruim ja aconteceu aqui. Essa atmosfera piorou depois da morte da Piper. Mas essa coisa ruim está mais concentrada no apartamento do Gerard.

-...Concordo com você...-Falei pensativo.

-Ele é estranhamente apaixonante, não acha?

-Nenhum pouco.

-Ele guarda alguns segredos...

-Que tipo de segredos?

-Gerard tem um irmão.



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