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História Drunk - Looking for


Escrita por: gabicust

Notas do Autor


Gente, que vergonha, prometi tentar ser mais ativa e volto só um mês depois! Sério, me desculpem, fui um pouco desleixada com a fic nesses últimos tempos. Ainda vem um monte de coisa pra fechar o ano "bem", principalmente pra nós harmonizers. De Lauren detida à Camila se despedindo... Gente essa última mesmo foi pra acabar com nosso Natal, porque olha... não esperava isso, pelo menos não neste momento. Sei que tem muita gente abandonando suas fics por isso, por estarem desanimadas e desiludidas. Mas quem não tá né povo? Só quero deixar claro que eu não vou desistir, espero que também não desistam de acompanhar essa e as outras fics que vocês curtem.

Capítulo 4 - Looking for


POV Camila

 

Assim que chegamos na escola deixo Mel no bloco de educação infantil e sigo para o campus do Ensino Médio. Como ainda faltam alguns minutos para o início da aula, vou direto para a sala dos professores. Alguns colegas de trabalho já se encontram aguardando, alguns corrigindo provas e trabalhos, outros somente dando um tempo antes de encarar mais um cansativo dia de trabalho. Cumprimento todos com um “bom dia” e me sento ao lado de Ally, minha colega de trabalho e melhor amiga.

-Bom dia Ally.

-Bom dia Mila! – fala bem humorada como de costume. – Que carinha é essa? – Ela me conhece mesmo.

-Ah, o de sempre né Ally. A Mel, o divórcio...

-Ela perguntou hoje de novo? – Ally pergunta, já sabendo do que estou falando. Ela tem sido de grande ajuda nessa fase da minha vida, sempre oferecendo seu ombro para meus lamentos e dando conselhos a respeito de minha pequena.

-Na verdade eu que dei mancada. Hoje no café da manhã eu fiz bacon. – Vejo ela me encarar sem entender. – BACON Ally, malditos bacons que não eram nem pra Mel muito menos pra mim!

-Oh. – Ela responde entendendo. – Nossa que barra. Mas isso é normal Camila, a separação de vocês ainda é muito recente, é difícil perder alguns hábitos.

-Eu sei, mas esse equívoco acabou desencadeando perguntas e mais perguntas por parte dela. Eu tô ficando sem saber o que fazer.

-É realmente complicado essa situação de vocês. Tem certeza que o divórcio era realmente a melhor solução? – pergunta paciente.

-Até você Ally? – falo um pouco mais exaltada que o necessário. Essa separação tem me deixado em um estado de nervos sem precedentes.

-Não Mila, eu não tô te julgando, desculpa eu me expressei mal. É que tudo está sendo tão difícil pra vocês duas, tá causando tanta dor que parece que nem você queria isso.

-Mas quem disse que eu queria, eu TIVE que fazer isso Ally. Confesso que sim, muitas vezes eu me pergunto se fiz o certo, se deveria ter insistido mais um pouco, mas eu fiquei com medo, eu tentei agir como uma mãe que quer o melhor pra sua filha, me esquecendo completamente do meu lado esposa. Por que eu teria aguentado Ally, eu suportaria muito mais pela Lauren e pelo nosso casamento, só Deus sabe o quanto eu amo aquela mulher e do que eu seria capaz por ela. Mas a partir do momento que a gente tem filhos, as prioridades passam a ser outras, tudo que você faz passa a ser pra eles, você dá cada pequeno passo morrendo de medo de falhar, e muitas vezes você acaba falhando. Por mais que meu coração seja da Lauren, o amor de mãe é algo que não tem limites. – sem perceber acabo divagando em um assunto tão familiar para mim, mas que pra mais velha se mostra um ponto bastante delicado.

-Eu posso imaginar. – Vejo sua expressão cair um pouco.

-Ai desculpa Ally, eu--

-Não Mila, tudo bem, não precisa medir as palavras por minha causa, não tem nada a ver com você. – parabéns Camila! Como se não bastasse encher sua amiga com seus problemas ainda mexe com seus sentimentos dessa forma.

-Eu só não queria te deixar assim, sei o quanto quer ser mãe. – tento amenizar minha idiotice.

-E eu vou ser Mila, tudo tem seu tempo e Deus sabe o que faz. – diz Ally, otimista como sempre.

-Claro que vai! Mas mudando de assunto, e o cara de ontem, como foi?

-Na verdade não foi. No fim a pinta que ele tinha de homem de família era mais real do que eu pensava. O cara era casado!

-Não acredito! Ele te falou isso na cara dura? – pergunto incrédula.

-Claro que não, isso atrapalharia seus planos de levar mais uma pra cama. Ele recebeu uma ligação no meio do nosso jantar e parece que o problema era sério o suficiente para ele esquecer da minha presença e acabar estragando tudo. Enquanto ele estava saindo comigo seu filho estava em casa ardendo em febre e ele teve que correr pra leva-lo ao hospital.

-Nossa, que canalha! Não consigo entender esse tipo de homem.

-Nem eu amiga, nem eu. Mas enfim, tomei a decisão de dar um tempo nesses encontros, não estou desistindo, só dando um tempo, preciso colocar algumas ideias no lugar e repensar um pouco a minha vida.

Olhei minha amiga passando compreensão e empatia. Me dói profundamente saber que uma pessoa tão incrível e bondosa como Ally ainda não tenha encontrado alguém especial para partilhar a vida. Desde o término do seu namoro logo depois que fomos para a faculdade, ela não teve mais nenhum relacionamento sério, ou qualquer outro que valesse a pena mencionar. Ela tem se aventurado em diversos encontros ao longo desses anos com os mais diferentes tipos que ela tem conhecido, mas nenhum tem tido sucesso. Acho isso um tanto injusto, Ally é uma pessoa que nasceu para formar uma família e ser mãe é seu maior sonho.

O sinal toca me tirando de meus pensamentos sobre minha amiga e nos despedimos indo cada uma para sua respectiva sala. Ally dá aulas de matemática também para o Ensino Médio, e além daqui ela também leciona em uma grande universidade. A mulher é fera nos números e sempre me pergunto o que ela ainda faz aqui, sendo que poderia estar em qualquer outra universidade que quisesse trabalhando somente com o ensino superior. Ela diz que considera de extrema importância uma base sólida na matéria para que os jovens possam ter bagagem suficiente pra qualquer carreira que desejem seguir, e acha que essa missão faz parte do dom que lhe foi dado. Eu concordo com ela e me orgulho muito da grande pessoa que tenho como amiga, mas sempre achei que existe um motivo maior pra que ela continuasse aqui depois de tanto tempo, ainda que já tivesse uma vida bastante confortável.

A caminho da minha sala meu telefone toca e o procuro na bolsa, pronta para atender rapidamente e em seguida silenciá-lo.

-Alô?

“Olá, bom dia, gostaria de falar com a Sra. Camila.”

-É ela, do que se trata?

“Sou do consultório do Dr. Mendes, estou ligando para confirmar a consulta de Melanie Cabello Jauregui, hoje às quatro horas.”

-Ah sim, está confirmada.

“Ótimo Sra. Camila, tenha um bom dia.”

-Igualmente, obrigada.

Desligo o telefone tomando uma nota mental sobre a consulta da Mel hoje à tarde, mesmo esta já estando constada em minha agenda, eu realmente não me lembrava. O Dr. Shawn é o pediatra da Melanie há um tempo, desde que seu antigo médico teve de se mudar daqui. Lauren nunca gostou dele pois, segundo ela, ele tinha interesses não profissionais em mim. Confesso que nunca reparei, pra mim ele é um ótimo médico, super profissional e que nossa filha adora. Esse motivo fazia com que ela nunca deixasse de me acompanhar nas consultas, mas depois do divórcio ela não tem mais vindo, sempre pergunta sobre a consulta por telefone ou mensagem, tudo restrito aos assuntos referentes à Mel.

Dessa vez marquei a consulta por estar preocupada com o que tem me preocupado durante os últimos meses: o divórcio e os efeitos que tem causado em nossa filha. Ela tem mudado um pouco os hábitos depois de tudo em vários sentidos, como não comer algumas coisas que Lauren adora como sushi e batata frita, não brincar mais correndo pela casa ou rejeitar colo. Além das duas vezes que teve febre e tive que leva-la ao hospital, não recebendo um diagnóstico preciso da causa da mesma. Estive cogitando a ideia de leva-la à um psicólogo mas quero uma posição do seu pediatra antes de qualquer coisa.


Notas Finais


É isso aí galera, espero que gostem. Se serve de consolo, este capítulo estava pronto há quatro dias, porém fiquei sem internet rsrsrs! xoxo


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