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História Drunk Romance - Investigação Nostálgica


Escrita por: MamaLuna

Notas do Autor


Então.......
Mais um capítulo!!!!
Desculpa demorar taaanto pra postar é que tem muita coisa acontecendo,
Mas enfimmm, espero que vocês gostem
Ah e ainda tem muita coisa pra vir então esperem capítulos novos

(Meu Twitter: @Lunaatrouxa)

Capítulo 2 - Investigação Nostálgica


Fanfic / Fanfiction Drunk Romance - Investigação Nostálgica

Depois de uma noite conturbada tive o prazer de uma noite tranquila de sono....ou quase isso. Como Matt estava "aparentemente" puto comigo, pude dormir até meio dia sem ele me ligando pra ter certeza que não tinha quebrado nenhum osso e que todos os meus ferimentos, aquela altura, estavam curados, confesso que fiquei um pouco decepcionada de não ter recebido nem uma só mensagem dele que mostrasse preocupação comigo, mas não podia, culpa-lo, eu sempre fui uma escrota com ele não dava nem 1% da atenção que ele me dava estava percebendo isso assim que o perdi e infelizmente aquela altura não podia fazer nada para mudar isso, só deixar o tempo curar as distâncias que eu fiz entre nós.

De qualquer jeito mais um dia começava e as 12:00 horas eu acordava super ativa, com meu pijaminha de unicórnio, cruzei a sala e o quarto indo direto a minha parte preferida daquele apartamento: a cozinha. A cozinha por mais que escondesse alimentos e fast foods que eu nem sabia que existiam e muito menos como haviam chegado lá, era um lugar maravilhoso por mais feio que fosse (assim como o resto do apartamento), minha cozinha era muito pequena e por isso, além da geladeira, do fogão e de todos esse eletrodomésticos inúteis, isso porque o único jeito de conseguir comida na minha casa era usando o telefone que além de ter os números de todos os fast foods e deliverys praticamente salvos, funcionava muito bem obrigado, diferente dos demais eletrodomésticos da minha cozinha, ela só tinha uma bancada suja e desorganizada e um banquinho de bar que tinha conseguido no Bad Sea em uma aposta, aposta na qual me custou um dente. Ao entrar na cozinha já fui abrindo a geladeira para ver o que tínhamos pro café da manhã, e, pra minha felicidade, aquele era um dia de muita sorte já que lá estava uma pizza de quatro dias atrás ainda pela metade. Peguei um pedaço de um sabor não identificado e antes de dar a primeira dentada, fui na sala ligar o rádio em algum rock qualquer para começar bem o meu dia. Com um rock matinal e uma fatia de pizza eu podia dizer com segurança: aquele café da manhã estava simplesmente maravilhoso, mas como tudo que é bom dura pouco, bem no refrão de "R U Mine?" do Arctic Monkeys, ouvi três indesejadas batidas na minha porta, como não estava esperando visita alguma tirei um revólver da minha meia azul ciano que ia até o joelho, e com cautela fui em direção a porta, com arma carregada abri a abri rapidamente e mirando na testa do indivíduo levei um susto ao ver quem era:

_Oi Reddy, sentiu minha falta?

_Ian, o que você faz aqui? -disse guardando minha arma novamente na meia azul ciano

_Seu ex vem fazer uma visitinha só pra te agradar e é assim que você me agradece?

_Fala logo Ian por que você tá aqui?

_Ah vermelhinha....

_Não me chama assim!

_Ah esqueci que agora só o lobinho pode fazer isso.

_Você não mudou nada não é mesmo?

_E você acha que você mudou?

_Ah eu.....

_Enfim, preciso de você para um serviço, mas primeiro me convida pra tomar café que eu explico tudo.

_Já disse mil vezes e vou repetir: Não faço NENHUM serviço pra policia!

_Nem que isso custasse sua liberdade?

_.......entra logo!

Ian entrou com um certo nojo no apartamento, mas foi se acostumando com o odor do meu lar doce lar aos pouquinhos, sentou no meu banquinho de bar e guardando a pizza na geladeira me ofereceu vários pães daqueles bem frescos que havia comprado na padaria só para estragar meu café da manhã:

_Serio amor? Pizza?

_Sim "amor" pizza, acredite é bem melhor que os seus chás.

_Não fala dos meus chás, quando você me deixou foram as únicas coisas que me acalmaram.

_A gente sempre volta as origens né? Impressionante.

_Uhumm. -disse Ian enquanto abocanhava um de seus pães e apontava para a tatuagem que possuía no pulso, o número 10/06, o que fazia uma clara referência a época em que era o Chapeleiro Maluco.

_Mas fala logo vai, o que você quer afinal?

_A muito atrás quando eu percebi que você realmente queria ser matadora de aluguel, que tinha nascido pra isso, a princípio eu não liguei, sabia que não poderíamos ficar juntos porque, como você também sabe, sou delegado, mas Reddy isso já está demais não acha?

_Se veio me convencer mais uma vez a ser policial pode sair com todos os seus pãezinhos se não quiser ser expulso daqui.....acredite você não vai querer.

_Não, não é isso é só que....

_Só que...

_Só que é quarta vez que seus assassinatos chegam lá na delegacia e não ta dando mais pra te encobrir.

_Olha aqui, eu não preciso de favorzinho seu tá, 5 meses na prisão me fariam muito bem, tatuagens novas, uma emagrecida, você sabe...

_10 anos.

_Puta que te pariu de quatro! 10 anos!

_10 anos é a mínima penalidade pros crimes que você comete: assassinato, furto, latrocínio...

_Ta tá tá, mas..agora eu vou presa?

_Não necessariamente, os seus outros crimes não deixaram muitas evidências, alguns fios de cabelo que escondi da perícia e pronto caso encerrado.

_Ah Ian nem sei como te agradecer...

_Mas, tem um caso em específico que eu não tô conseguindo ocultar e que na verdade é o motivo da minha visita.

_Qual? O do cara que eu ranquei o olho no Bad Sea, ou do bêbado que eu roubei 50 pratas depois disso?

_Você rancou o olho de um cara no Bad Sea? E ainda roubou um bêbado depois disso?

_......casos a parte.

_Enfim, é o caso do Samuel, homem encontrado ontem em sua casa baleado.

_Hummm, o que tem o desgraçado?

_Tanto você quanto seu lobinho perderam muito sangue aquela noite, o teste de DNA já está pronto, mas felizmente, só eu vi e depois de confirmar os resultados ainda troquei ele por outro teste o que salvou vocês de no mínimo 10 anos de cadeia, mas deixou a polícia muito desconfiada, que decidiu abrir uma segunda investigação.

_Ah Ian, nem sei como te agradecer, você é a pessoa que mais faz coisas por mim sabia, por mais que seja difícil admitir isso.

_Mas enfim Reddy, ainda preciso da sua ajuda.

_O que você quer? 

_Bem.... se você não me ajudar em um certo caso eu posso simplesmente não ocultar a segunda investigação do caso do Samuel.

_Ian pela milésima segunda vez: EU NÃO TRABALHO PARA A POLÍCIA!

_Eu também nunca pensei que ia acobertar criminoso né mas olha só como é a vida.

_Ian, por favor, qualquer coisa menos isso.

_Ah fala sério Reddy por favor, só dessa vez, eu já dispensei todos os meus ajudantes só pra isso, e outra além de já ter te livrado de várias canas, eu tenho o teste que mostra o seu DNA e o lobinho posso muito bem prender vocês dois da noite pro dia.

_Ahh, okk mas só por um dia.

_Muito obrigada, vai ser divertido você vai ver.

_Escolhe qualquer dia e a gente vê isso direito.

_Já escolhi o dia: hoje.

_Hoje, tipo hoje mesmo?

_Sim, hoje.

_E o que eu faço com a meus compromissos?

_Ah vai, você pode desmarcar.

_De jeito nenhum.

_O que você precisa fazer hoje?

_Maratonar séries enquanto como Hambúrguer e passo o dia de pijama.

_..........

_......

_..............

_.....

_AH FALA SERIO REDDY.

_Ok ok, eu posso desmarcar isso.

_Por favor.

_Mas primeiro me deixa a par do caso.

_Está bem, então, nós vamos investigar um caso de assassinato, a Rapunzel foi morta na rua Fifth Empire, número 469, mais ou menos às 3:30 da manhã de ontem, já li e reli o caso umas trinta vezes mas não achei nada que leve ao assassino, o corpo foi encontrado sem marca de agressão, porém os olhos da vítima foram minuciosamente arrancados, não conseguimos fazer a autópsia por questões jurídicas, parece que nosso legista morreu e...bem não se acha um legista em casa esquina, por isso, podemos fazer uma pequena autópsia. Apesar de tudo o caso é um verdadeiro mistério.

_Hummm, na Empire serio?

_Sim por que?

_Nada não só não é nenhum ponto de tráfico nem de "despacho".

_"Despacho"?

_Enfim vou me arrumar já volto.

_Posso ir com você te ajudar? 

_Para de ser abusado e fica aí se não quiser perder um braço.

_Sim senhora.

Fui em direção ao quarto e antes de tirar meu pijama fiz questão de dar mais uma olhada no meu celular, vai que o Matt mandou alguma coisa, mas como o esperado, nada, nem sequer uma mensagem de texto, já estava ficando preocupada com isso, não era comum, se ele mandasse um "Bom dia" por mais frio que fosse eu já estaria aliviada. Mas sabia que não podia reclamar, além de nunca dar atenção a ele hoje era o dia de me redimir, eu que fui grossa ontem, nada mais justo que eu procurar o lobinho, mas não, era tão ruim que nem um "Oi" me dava ao trabalho de mandar a ele, simplesmente não conseguia, não era eu quem iria sair daquele silêncio desesperador isso já era fato, mas se não fosse eu quem mais? Eu que errei, eu que devia......Assim que ouvi um grito de Ian pedindo que me apressasse resolvi deixar isso de lado, tirei meu pijama pondo minha calça jeans rasgada, meu all star preto de cano alto, minha regata preta lisa e o que não podia faltar, meu capuz vermelho sangue, escondi dois revólveres carregados na minha calça e uma faca no tênis sem esquecer é claro do clips que não podia faltar no meu bolso, nunca se sabe né. Tudo pronto escovei os dentes e depois de pentear meu cabelo castanho escuro levemente ondulado que ia até a metade das costas, sai ao encontro de Ian que já estava quase dormindo:

_E então.....vamos? -disse

_Ah, sim vamos..........

_...........

_Nossa tá bonita heinnnnn! Isso tudo é pra mim, porque ta funcionando.

_Olha só pra sua informação eu me visto assim todos os santos dias, e....essa roupa nem é nova...

_Lobinho sortudo.

_Da pra parar de dar em cima de mim um minuto e focar no caso.

_Eu tô focando....no caso que vai acontecer entre nós dois. -disse Ian se aproximando.

_Só cala a boca e anda. -falei em quanto dava um leve soquinho nele o tirando do meu caminho para que pudesse passar.

_Que vocabulário chulo!

_Quieto!!!!!!

Então, após trancar o apartamento descemos de escada, já que o elevador estava quebrado, e fomos indo em direção ao carro se Ian quando chegamos não pude acreditar em tamanha burrice dele:

_Serio Ian....UMA FUCKING VIATURA?

_É ué uma viatura, estamos indo ao local de um crime com policiais, rosquinhas, viaturas....é assim que funciona.

_Você não pode simplesmente começar nossa investigação com uma viatura.

_Por que não? Ela faz barulhinho, tem ar-condicionado e ainda vem com um CD exclusivo dos maiores 100 hits de sucesso de 2014.

_Ian você não tá entendo, é uma viatura, nos vamos a lugares perigosos onde viaturas não circulam!!!

_Viatura circula por todo lugar, é o nosso trabalho.

_Hahahah, você que pensa!

_Tá gênia, então o que quer que a gente faça, porque que eu me lembre você não tem carro, vamos a pé?

_Nem fudendo nunca vamos conseguir fugir de um tiroteio a pé.

_Tiroteio? Fugir? Oi?

_Me segue.

Levei Ian até o apartamento do Benny, amigo meu de longa data, nos conhecemos assim que me mudei pro prédio a anos atrás, ficamos amigos rapidamente e em um mês parecíamos irmãos, já tomávamos uma juntos, tocávamos algumas músicas do Led Zepelim em seu apartamento e até assaltávamos algumas lojas de conveniência pra passar o tempo, resumindo, um amigo perfeito, os anos foram passando e por mais que paramos de nos falar com tanta frequência nunca deixamos de ser os amigos de antigamente, muito pelo contrário, só fortalecemos os laços antigos.

Depois de três rápidas batidinhas como de costume Benny nos atendeu, estava acabado, vestia uma regata azul, cueca samba canção de dinossauro, crocs com meia e pra completar mantinha aquela barriguinha de chope que já era normal:

_Benny! Que saudades, você não sabe como faz falta! -disse o abraçando o mais apertado que pude.

_Reddy minha baixinha! Você nunca mais voltou aqui estou quase com 45 anos e nenhuma visitinha sequer.

_Ah é o trabalho sabe, tá foda.

_Tá foda pra todo mundo minha linda. Mas enfim, quem é o grandão aí? Namorado novo? Não acredito que dispensou aquele tal de Matt, era um rapaz tão bom! -disse Benny apontando pra Ian.

_Ah....então como posso dizer? Eu e o Matt nunca fomos....você sabe, namorados.

_Nossa, que pena formam um casal tão lindo!

_Mas esse aqui é o Ian, amigo meu de longa data também, trabalha na polícia.

_Da pra ver...com essas roupas.

_Nossa verdade, não tinha reparado você tá de uniforme né, distintivo e tudo.

_Se ele for mais um pouquinho pra periferia vai perder a cabeça só vou avisando. -disse Benny.

_Nossa que merda....Benny você não podia por favor emprestar umas roupas pro Ian?

_Errrr....não tem necessidade, eu estou bem, garanto que minha cabeça vai ficar bem pressinha no corpo. -disse Ian com cara de nojo.

_Mas é claro que eu empresto! Vou pegar uma calça jeans e uma camiseta que eu tenho, você vai ver vai ficar lindo! Mas depois devolve que é meu único Jeans.

Enquanto Benny saia pra buscar as roupas do Ian o mesmo virou pra mim com uma cara nada agradável:

_Ah Reddy, você tem certeza, esse cara fede a porco com cerveja barata! Deve ter umas 5 mil infecções só nesse apartamento e eu nem sei quem ele é.

_Ah para de frescura vai! O cheiro de porco tem motivo, Benny era um dos três porquinhos e além disso ele é muito gente boa, se deu bem até com o Matt que era o Lobo porque não se daria com você.

_Ah não sei, melhor a gente sair daqui e.....

_Aqui está policial! Roupa lavadinha, ou quase, pra você poder ir tão fundo na periferia o quanto quiser. -disse Benny entregando a roupa para Ian.

_Muito obrigada mesmo Benny! Você não sabe o quanto ajudou!

_Errrr.....obrigada? Enfim, vou lá naquele cômodo que aparenta ser um banheiro me trocar e já volto. -disse Ian.

_Então, enquanto Ian se troca será que eu podia te pedir só mais uma coisinha?

_Tudo o que você quiser.

_Sabe aquele seu carro que eu amo?

_Minha lata velha? Claro que sei ele só funciona com você. 

_Então é que esse idiota trouxe uma viatura ora gente começar a investigação!

_Serio? Uma viatura? O que esse cara tem na cabeça?

_Boa pergunta. Mas enfim, não posso começar uma investigação assim, queria saber se você podia me emprestar seu carrinho.

_Golpe baixo! Você sabe que não consigo te negar coisas quando pede no diminutivo!

_Ah vai é importante.

_Ok, ok. Cuida bem do meu bebê, fora você ele é um dos meus únicos amigos. -Disse jogando a chave em minha direção.

_Pode deixar! Vou cuidar como se fosse meu bebê, muito obrigada!

Assim que pulei no colo de Benny agradecendo a ajuda que o porco deu a nós, Ian saiu do banheiro impedindo nosso abraço com um soluço forçado. Ian vestia uma calça jeans muito suja e rasgada e uma camiseta aparentemente um número menor que o dele já que "colava em seu corpo" deixando todos seus músculos aparentes, a camiseta apresentava a foto de uma mulher nua e, no lugar de suas partes íntimas, estava escrito "Drink all day, Fuck all night" o que contrastava com seus limpos e polidos sapatos de policial:

_Hummmm....o que posso dizer, não faz bem meu estilo sabe.

_Ian você tá.....lindo, as roupas do Benny ficaram ótimas em você!

_Ficaram bem melhores em você do que em mim cara, ficou legal mesmo!

_Eu....annn...meio que...ah tá legalzinho.

_Desse jeito a mulherada não vai resistir.

_Vai cair em cima, pode ver.

_Vocês dois estão me deixando constrangido tá.

_O que é constrangido Reddy?

_Ah deixa pra lá, mas uma vez obrigada de coração Benny.

_Obrigado mesmo, você....ajudou bastante.

_Que é isso se tem alguém que eu faço questão de ajudar é você Reddy, pro que der e vier.

_Benny você nem sabe o quanto eu senti sua falta, dentre todo mundo que anda comigo ultimamente, você é o melhor de todos sem dúvida.

_Hum....tchau Lenny....desculpa Benny!

_Tchau pra você também, e você Reddy vê se me visita mais, os dias aqui ficam muito chatos sem você.

_Com certeza. -disse dando um selinho em Benny, por mais estranho que parecesse, sempre nos despedimos assim é nunca rolou nada entre nós era como se fosse uma maneira carinhosa só nossa de se tratar.

Fechamos a porta do apartamento de Benny e com cara de espanto Ian disse:

_É serio isso?

_Serio o que?

_Serio que você beijou aquele cara, você sabe quantas doenças bucais ele tem?

_Não foi um beijo okay? Foi um selinho é diferente.

_Diferente onde?

_É uma maneira carinhosa que a gente se trata sabia? Acontece quando duas pessoas são muito amigas.

_Isso foi mega bizarro tá bom eu não beijo nenhuma das minhas amigas.

_Bom pra você não significa que eu não possa beijar os meus.

_Ah meu deus! Depois dessa nunca mais vou beijar tua boca 

_Graças ao Benny nem sei como agradece-lo depois dessa.

_Vai se fuder Reddy.

_Ah fica quieto e desce logo que a gente tá quase chegado!

Depois de descermos poucos andares finalmente chegamos ao térreo, fomos até em frente ao prédio já que nosso apartamento não tinha garagem e lá estava a antiga e muito Bety, era assim que eu e Benny chamávamos seu carro cinza de 1970, um eterno esplendor! Sem paciência fui logo entrando no possante, mal podia esperar pra entrar naquela maravilha, já Ian não parecia animado como eu olhou para Bety com uma cara de desgosto e disso:

_É nisso que vamos andar?

_Pode crer, maravilhosa né, que saudades dessa menina.

_Saudades? Isso dai vai atormentar meu sonhos pro resto da vida.

_Fala serio Ian a Bety é uma clássico você não sabe quantas histórias eu guardo nela!

_Bety? Essa lata velha tem nome? Tá piorando cada vez qyet você abre a boca

_Ela é mais elegante que sua viatura chata. Agora entra logo antes que eu te deixe ai sozinho.

_Olha que não é uma má ideia eu bem que gostaria de ficar aqui.

_Vem logo Ian para de ser covarde, nosso dia nem começou.

_Nem começou e nem vai começar porque eu que não entro nisso.

_Vai me falar que tá com medo.

_Reddy, eu sou um policial renomado! Não tenho medinho. Só tô com nojo mesmo, ei pera aquilo é um rato morto?!

_Nojo de que? Eu ja andei aqui não sei quantas vezes e ainda estão inteira. Ah e sim isso é um rato morto. -disse jogando o rato para fora do carro.

_Me recuso a entrar em um local onde existem ratos mortos Reddy.

_Para de ser frouxo Ian!!!!! Você não pega nem mulher acha mesmo que vai pegar uma doença?

_Sim, eu acho, e pra sua informação eu sou muito requisitado pelas mulheres. 

_Ah claro mulheres com mais de 60 anos.

_Só no último mês sai com mais de duas princesas.

_Acordou ao lado delas no dia seguinte.

_Er......não.

_Reviu elas de novo?

_....nop.

_Então fica quieto.

_Mesmo assim Reddy não posso ficar doente preciso trabalhar me sustentar sabe.

_Tenha a santa paciência....hummmmmmm. Lembra daquele dia, lá no colegial, um dia antes de você ir ao exército, que resolveu me fazer uma surpresa, uma maneira de despedida, a gente pôs os seguranças do colégio pra dormir só pra entrar na piscina de madrugada. Lembra?

_Como esquecer....

_Então, aquele era um dia de inverno, daqueles bem gelados mesmo em que você não consegue nem tomar banho, depois de passar por uns cinco seguranças finalmente chegamos na piscina, estava borbulhando de tão quentinha, você não perdeu tempo tirou a roupa e deu um pulo lá em menos de 5 minutos, agora eu não, estava com muito frio pra isso, me esforcei tanto tentando chegar lá e na hora amarelei, estava morrendo de medo de pegar um resfriado ou coisa pior, mesmo a piscina sendo aquecida e você lembra o que me disse?

_"Entra aqui. Enquanto você estiver sobre meus braços nem uma gripe sequer vai te pegar eu garanto."

_Depois disso eu nem hesitei, tirei a roupa e pulei como nunca havia pulado em nenhuma piscina sequer. No outro dia acordei chorando, não porque estava doente mas porque sabia que não poderia mais pular em nenhuma piscina, não com você do meu lado. E é por isso que eu te asseguro, se você confiar em mim ninguém vai te pegar hoje, nem doença...menininha. -disse rindo.

Ian não disse nada, ficou com uma cara neutra e entrou no carro, um silêncio mórbido tomou conta daquele lugar e assim ficamos o percurso inteiro, sem uma palavra sequer. Chegando no local do crime estacionei Bety em frente ao prédio onde tudo havia acontecido, descemos do carro e calmamente nos dirigimos até o apartamento, lá, para a minha surpresa, não havia ninguém, nenhum policial, legista, delegado, ninguém. Era um apartamento muito pequeno, beirando uma kit net, tinha uma pequena sala e cozinha interligadas, um comprido corredor que levava até uma única suíte.

Logo depois de entrarmos Ian foi em direção à suíte e fez um sinal para que eu o acompanhasse, chegando lá me deparei com uma cena nada usual entre os bandidos que conhecia, a vítima, uma linda mulher, alta e loira, tinha longos cabelos que iam até seus pés, era magra como uma modelo e possuía vermelhos lábios que contrastavam com seus olhos azuis, estava em cima de uma cama de casal, cama rodeada de flores, se encontrava nua e aparentemente sem nenhum ferimento a não ser seus olhos que haviam sido retirados, em cima da cama onde a menina estava a frase "Quod oculus non videt cor non sentit" estava escrita na parede em sangue. Com a permissão de Ian comecei a analisar a cena, as flores não seguiam padrão nenhum e em geral estavam todas mortas, o sangue na parede curiosamente ainda estava fresco assim como o da vítima, a menina mesmo passando dias sem vida ainda estava corada e aparentemente saudável, um mistério até então, com meu canivete cortei o peito da garota na altura de seu coração, um corte que por mais pequeno que fosse esguichou sangue por todo o quanto, estranho? Muito. Parecia que mesmo depois de morta seu coração continuava a bombear sangue por todo o corpo, e pra minha surpresa, era isso que estava acontecendo, ao abrir um pouco mais o corte que eu havia feito pude ver se coração batendo como se estivesse vivo:

_Meu deus..se seu coração está batendo então seu cérebro está funcionando e se isso é verdade então ela está viva! -Ian disse entusiasmado

_Não sei não, ela está eliminando gás carbônico, como se estivesse viva mas....tem alguma coisa estranha nisso tudo.

_Hummm sei. Mais alguma coisa?

_Só vou ver como está seu cérebro e já vamos.

Mais uma vez, assim que fiz um corte na cabeça da moça, rajadas de sangue esguicharam pelo quarto, porém dessa vez não vi o que esperava, ao abrir a cabeça da menina em vez de um cérebro saudável e ativo havia uma grande flor morta, uma rosa branca linda, mas morta.

_........

_........

_........

_Uma...uma flor? -disse Ian desapontado

_Uma.......flor.

_Sabe..não era bem o que eu esperava...

_N-nem eu.

_......

_.....

_Bem...vai lá se lavar que você tá cheia de sangue enquanto eu procuro a tradução da frase escrita na parede.

_Okk.

Intrigada, fui no banheiro do quarto me lavar, já que Ian estava certo, eu estava coberta de sangue. O Banheiro estava todo sujo, poeira para todo lado, porém além disso era um banheiro normal, sem sangue, sem móveis quebrados ou qualquer outra coisa que indicasse sinais de briga. Antes de abrir a torneira, procurei um sabonete por todas as gavetas mas não achei nada, estavam todas vazias com exceção de uma, uma pequena gavetinha em baixo da pia continha um sabonete rosa bebê, era pequeno e mt cheiroso, tinha o formato de uma tulipa e brilhava como diamante, não sabia se usava ou não então resolvi tirar minha dúvida com Ian:

_Na hora de lavar as mãos achei esse sabonete você sabe se eu posso usar?

_Nop, ele é parte da cena do crime você não poderia nem tocar nele.

_Mas...

_Mas nada, aquela pequena autópsia que você fez na vítima já foi uma grande exceção. Deu por hoje.

_Hum.....tá bom..- disse enquanto roubava o sabonete o guardando no bolso de trás da minha calça, ele era tão bonito que não podia simplesmente deixa-lo lá.

_Vamos embora que estamos ficando sem tempo. -disse Ian apressado

_Você conseguiu descobrir o significado da frase?

_Sim, significa "O que os olhos não veem o coração não sente"....intrigante no mínimo.

_Estava escrito em que língua?

_Latim, quem sabe escrever em latim?!

_Boa pergunta.

_Mas eai ajudante? Por onde começamos?

_Você disse que ela era a Rapunzel certo? Começamos investigando seus companheiros de história.

_Seus país foram mortos em sua história.

_O príncipe?

_Um drogado, não fala coisa com coisa.

_A Bruxa?

_Assim como todas as bruxas está desaparecida.

_Qual das bruxas é a da Rapunzel?

_É a Gothel.

_Gothel? Desaparecida? Ahahaha, pobre policial...

_Não é possível....

_Só me segue. 

Todos sujos de sangue (já que sem sabão não tem água que tire ele de nós) atravessamos a rua, entramos no carro e fomos em direção ao Little Marmaid Underground, um antigo cinema da cidade, era a atual "casa" de Gothel, lá era morava a mais de cinco anos, por mais que não gostasse do lugar, depois que a polícia declarou que prenderia todas as bruxas foi o único lugar que achou para se instalar, já que era um cinema pequeno e abandonado, os policiais quase não entravam lá e quando entravam tomavam três tiros da cabeça, um lugar realmente muito agradável para Ian. Chegando lá nos deparamos com um cinema vazio e aos pedaços, tinha muitos baldes de pipoca pelo chão e garrafas de refrigerante quebradas pelos corredores, haviam vários cartazes de filmes antigos e em destaque a "atração da noite": Psicose. Ao passar pela grande porta de madeira nos encontramos de frente para um grande balcão, todo empoeirado, assim como o chão e as paredes, curiosamente o chão estava tão, mais tão empoeirado que a parte limpa dele formava pegadas, como se alguém tivesse passado por ali, resolvemos seguir as pegadas de poeira que nos levaram a uma sala no fundo do corredor, porém, ao passar pela porta da sala as pegadas simplesmente acabaram, como se a pessoa dona delas não tivesse dado mais um passo sequer. Entramos na sala para tentar entender o que estava acontecendo quando ouvimos um grito de socorro:

_Socorro, alguém me ajud....- gritava uma velha desesperadamente 

_Isso veio de...

_....traz da tela, corre Ian. -disse correndo para atrás do telão onde o filme era apresentado

Cruzamos o cinema inteiro, desviando de diversas pipocas e garrafas de refrigerante, como a sala de cinema estava toda escura foi difícil chegar ao final dela rapidamente, sem cair, assim que achamos uma pequena porta atravessamos ela e chegamos no corredor que ficava atrás da tela, de relance vimos o vulto de um homem carregando alguma coisa, parecia tão pesada quanto um corpo, corremos em direção a ele para ver o que estava acontecendo quando senti uma espécie de injeção perfurando meus ombros, aquela forte picada fez meu mundo girar, minha visão ficou turva, comecei a suar como se estivesse sob uma fogueira, tudo começou a ficar preto e preto....os sons àquela altura estavam abafados, meu corpo começou a formigar tanto até o ponto de não conseguir mais senti-lo, um gosto de ferrugem tomou conta de minha boca, um cheiro de queimado meu olfato, aos poucos todos meus sentidos foram se deteriorando, minha noção de tempo e espaço se perdendo, quando não era mais capaz de lembrar nem sequer meu nome. Apaguei.

 


Notas Finais


Se você leu até aqui muuuuito obrigada de coração,
Ah e prometo que vou tentar postar mais rápido,
E NÃO SE ESQUECE de favoritar <3 e de comentar :D,
que me ajuda muito a ver se vocês estão gostando e no que eu posso melhorar

Bjoooo,
e até o próximo capítulo,
MamaLuna


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