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História Dualismo (Fanfic Min Yoongi,BTS) - Destino e rabiscos traçados


Escrita por: Behindbrowneyes

Notas do Autor


Olar <3
Essa é minha primeira fanfic, espero de coração que vocês gostem

Capítulo 1 - Destino e rabiscos traçados


Fanfic / Fanfiction Dualismo (Fanfic Min Yoongi,BTS) - Destino e rabiscos traçados

É comum dizer que todos nós temos um destino, um caminho traçado a seguir... é o que eu digo a mim mesma todos os dias, talvez como um calmante, ou simplesmente para que eu não perca as poucas esperanças que guardei comigo.

Exaustivo; excessivo; angustiante; assombroso... São vários os adjetivos que eu consigo atribuir a esses meus últimos meses, os quais eu faço questão de contar os dias para acabar. E assim, lá se foi mais uma noite em claro, com a insônia me pegando de jeito, e me levando a refletir sobre todas as dúvidas que brincam de carrossel na beira da minha mente.

“Ok, vamos lá Alanis, só mais três meses, só mais três meses...”, e com esse auto incentivo eu comecei a me arrumar para aula. Com movimentos lentos e nada precisos eu vou trocando meu uniforme, penteando meu cabelo e me maquiando. Nota mental: testar outra marca de corretivo, essa já não está mais cobrindo minhas olheiras. Vou me arrastando pela escada em direção á cozinha, e assim preparo meu café. De frente a minha janela, admiro a fumaça que aos poucos se esvai da minha caneca quente, e analisando bem o ambiente me dou conta que esse seria cenário de uma bela foto; pegando meu celular ajusto o foco nas pequenas partículas de vapor e assim aperto o clique para obter a foto. “Nada mal para uma amadora haha”. Um pequeno sorriso surge em meus lábios com a satisfação da fotografia, uma amiga ensinou a me alegrar com pequenos gestos e coisas bobas.

Durante o caminho para a escola, coloco meus fones e seleciono o aleatório, sendo abençoada por ter caído em You, do Keaton Henson. Começo a achar que talvez esse dia seja melhor do que os outros. Embalada com a melodia do violoncelo, vou andando distraída e cantarolando quase que inaudível trechos da música:

“If you must mourn, my love
Mourn with the moon and the stars up above
If you must mourn
Don't do it alone”

E como um baque de volta á realidade, meu corpo se choca contra outro, fazendo meu celular ser atirado no chão, assustada e com medo do pior ter acontecido com o mesmo, nem presto atenção na pessoa a qual me desferia olhares e palavras que só depois pude deduzir que eram desculpas. Quando vi que apenas tinha riscado a película, me virei para falar com ela e dizer que não era para se preocupar, mas o corpo que se encontrava atrás de mim há segundos, não estava mais lá. Olhei ao meu redor, mas parecia que todas as pessoas tinham evaporado. Dei-me por vencida, e apenas continuei com meu caminho.

Ao checar novamente meu celular, percebo que toda essa historia me atrasou muito, e eu já não poderia mais assistir á primeira aula, que era de matemática, então não me preocupei  muito, minha vida já era cheia de problemas, não precisava de mais acompanhados de polinômios ou equações.

 

[...]

 

  Com um tapa na minha cabeça, percebo que estava cochilando na aula de geografia. Abro meus olhos lentamente por causa da claridade e os direciono para minha frente, onde Tábata estava sentada de lado na cadeira me olhando com cara de tédio.

- Você pelo menos dormiu algumas horas de noite?- Disse ela, mesmo já sabendo a minha previsível resposta.

- Acho que preciso procurar um médico pra essa coisa de insônia. Juro que eu tento dormir um pouco, mas não vai, você me conhece. - Respondi com a voz meio mole e sonolenta

- Já te disse pra parar de tomar esse tanto de café, além de tirar seu sono vai te dar uma porra de uma gastrite. – Falou, ainda com cara de tédio.

- Nem tenta relar no meu café que eu dou na sua cara Tábata. Quantas vezes eu vou ter que dizer que ele é a minha dose de felicidade do dia? E fora que ele me ajuda a dar sono, pensa comigo, gostoso, quentinho – Falei meio distorcido por causa do bocejo – Aí viu, já deu até sono.

Tábata suspirou e revirou os olhos desistindo de contra argumentar comigo. Ao decorrer da aula continuamos com a nossa conversa sussurrada para não chamar a atenção do professor, que falava incansavelmente sobre intemperismos, aquela revisão básica “pré-vestibular”.

Essa atmosfera de final de ano estava começando a deixar as coisas um pouco mais tensas, notas a serem alcançadas, escolhas a serem feitas: qual curso; qual faculdade; qual lugar, tudo muito precoce e pressionado, como dizer a um adolescente de 17 anos que ele precisa decidir o que quer fazer pelo resto da sua vida a g o r a? Pelo menos dessa parte já tenho um pouco de alívio, essa escolha eu já fiz desde pequena, e cada vez mais vou tendo certeza disso.

O tempo escoa e quando menos percebo o sinal está batendo para irmos embora. “É até que até agora não foi tão ruim...”. Guardo meus materiais e rebaixo meu olhar a minha carteira, onde o grafite se faz presente através de rabiscos e esboços. Outro mínimo sorriso tende a aparecer em meu rosto.

Com meus fones já tocando uma melodia suave de James Bay, caminho lentamente até minha casa, observando cada detalhe minúsculo ao meu redor. Destrancando a porta ouço a minha barriga roncar, justo, não comi nada desde meu café. Preparo uma macarronada simples e rápida tentando fazer o mínimo de bagunça e louça pra lavar. Os únicos sons audíveis eram o de talheres em atrito com o prato e o meu mastigar, aquele silêncio me incomodava. Olhei em volta e vi os lugares vazios ao redor da mesa, lembrando dos meus pais, sinto falta deles, consequências de morar sozinha. Resolvo então ligar para minha mãe, mas ao pegar o celular, vejo que já eram 12:40, e ela deveria estar se arrumando para voltar ao trabalho, decidi por fim mandar uma mensagem, só para não ficar com aquele sentimento preso.

Alanis:  Estou com saudades mãe, do pai e da vó também.

Como vocês estão?

 Me liga mais tarde quando der. Beijos e te amo i n f i n i t o s.

 

Ao entrar no meu quarto, lembro-me de uma flor com pétalas pontiagudas que estava no chão quando eu voltava da escola. Com meus olhares direcionados á parede, as duas imagens se encaixam na minha cabeça, e resolvo fazer mais um desenho na mesma. “Acho que consigo arrumar mais um espacinho nesse canto aqui...”. Meu quarto era praticamente meu reflexo. Paredes e teto desenhados, papéis por todo lado, uma bagunça, igual a que eu tinha dentro de mim.

 Após aparentemente eu estar mais pintada do que minha própria parede, observo sorridente o resultado final, a mandala resultante de uma flor jogada aos ventos. Satisfeita e orgulhosa de mim mesma deito na minha cama cansada, mas com a alma leve...paz interior.

Enquanto isso, lapsos do dia passam pela minha mente, e aos poucos meus olhos vão pesando e eu durmo, sem ao menos ter noção de que meu destino estava sendo cumprido, e que gradativamente eu iria descobrir quem sou eu.

 


Notas Finais


Acho que é isso haha
Queria dizer um imenso obrigada a ~Kesey_ecc e a ~Kookiesenpai19, já que elas me inspiraram e me incentivaram a escrever essa fic.
Boa leitura e beijos ❤❤
P.s.: A capa maravilhosa da fic, foi feita pela linda da ~Kookiesenpai19


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