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História Dualismo (Fanfic Min Yoongi,BTS) - Inesperado


Escrita por: Behindbrowneyes

Notas do Autor


Olaar <3

Capítulo 2 - Inesperado


Fanfic / Fanfiction Dualismo (Fanfic Min Yoongi,BTS) - Inesperado

- E aí? Falta quanto tempo?- Disse Tábata ainda olhando para o quadro.

- Se passaram 2 minutos desde a última vez que você perguntou, ou seja, 09:57.-Respondi com calma.- Até parece que é você que vai receber o resultado do vestibular.

- Eu é que não entendo como você não tá nervosa... Poxa o resultado saí daqui a pouco, você não está cogitando nem uma possibilidade de passar?- Disse ela virando o corpo totalmente para trás e me encarando com um semblante de indignação.

- Você sabe que eu fiz a inscrição de ultima hora, e só porque você me convenceu. Ainda que não muito valorizado, moda lá é muito concorrido, não tenho chances. E fora que a prova estava muito complexa, tenho certeza que errei várias coisas.- Minhas palavras eram baixas, apenas para que ela as ouvisse.

- Você não devia ser tão pessimista, tudo pode acontecer, o destino é incerto... E pensa comigo, não seria ótimo nós duas estudando na mesma faculdade?- Tábata disse com um sorriso sugestivo no rosto.

- Prefiro manter minhas expectativas baixas para a decepção não me atingir em cheio.- Credo Alanis, tu é muito negativa- Interrompeu-me.

- Ai tá, sou mesmo, agora vira pra frente que é aula de física II e eu preciso me concentrar pra não levar bomba nesse bimestre também.- Falei empurrando os ombros dela para frente.

Em meio às contas de campo magnético, minha mente viajava nas palavras que a Tábata havia me dito. “Seria realmente a melhor coisa estudar na mesma faculdade que ela, mesmo ela tendo passado em cinema no meio do ano, mas já não teria mais aquele medo de ficar sozinha... Alanis foca, expectativa baixa não gera decepção.”

 

[...]

 

- Que horas são?- Falou ela novamente

- Ai mas que merda Tábata, olha no teu celular.- Disse já sem paciência.

- Quando eu digo que você não presta atenção no que eu digo, eu te falei agora a pouco que eu tinha esquecido o meu celular.- Respondeu-me revirando os olhos.

Respirei fundo e falei- 10:32. Feliz?

- O resultado já saiu- Um arrepio percorreu pelo meu corpo. Eu estava tão focada na matéria que acabei esquecendo que o mesmo sairia ás 10:30.- Você não vai ver agora mesmo?- Complementou ela.

- Já disse, vou ver no almoço. Não quero me distrair da aula, e fora que o wifi da escola é horrível, e eu não vou gastar crédito para ver esse result...- Fui interrompida por um celular sendo arremessado na minha carteira. Franzi o cenho estranhando aquela reação. Peguei-o e percebi que era da Tábata.

- Ué você não tinha me dito que tinha esquecido?- Enquanto falava meus olhos foram magnetizados para a tela do celular, a qual mostrava uma lista, com zoom em uma parte especifica. E como em um filme, tudo ao meu redor parecia estar em câmera lenta enquanto tentava digerir o que tinha acabado de ler “17121-1 ALANIS MENDES FINARDI- APROVADO”.

- EU PASSEI?- VOCÊ PASSOU!- EU PASSEI!

E sem ao menos pensar no que o restante da sala, e principalmente o professor, pensariam, levantei e me entreguei a um abraço apertado e repleto de alegria. Apesar da visão embaçada em causa das lágrimas, ainda conseguia ver o semblante feliz da minha amiga, a qual repetia várias vezes um “Eu sabia que você iria conseguir!”. Tomada pela emoção, eu só conseguia desferir palavras emboladas que resumiam o meu agradecimento, agradecimento por ela ter acreditado em mim, quando nem mesmo eu acreditava.

- Ei ei, que farra é essa?- Disse o professor de física II.

- Mateus, a Alanis passou no vestibular!!- Respondeu Tábata, ainda com os braços envoltos em mim.

Rapidamente o cenho franzido dele, deu lugar a marcas de expressões resultantes de um sorriso.

- Então temos mais uma caloura na sala? Parabéns Alanis!- As palavras acompanhavam seus passos em direção a mim. E assim recebi um abraço cauteloso do meu professor.

- O-Obrigada Mateus.- Gaguejei envergonhada.

 

[...]

 

- Você já avisou alguém da sua família?- Questionou Tábata mexendo no seu celular.

Estávamos no período de aula á tarde, em uma aula vaga.

- Ainda não, vou ligar pra eles com calma quando chegar em casa... Acho que minha mãe vai ficar bem feliz.- Respondi ainda meio anestesiada com a situação.

- É né...- Ela murmurou baixo. – Depois eu que não presto atenção no que você fala.- Revirei os olhos com a ironia da vida.

- Desculpa, sério. Mas você já viu o instagram do Jay Park? Essas tatuagens tão me desconcentrando da vida. Olha esse sorriso.- E assim ela enfiou o celular na minha frente com uma cara de apaixonada. – Cheguei à conclusão de que os coreanos foderam com tudo. – Falou ainda com os olhos focados na tela do celular.

- É como você disse há um tempo, asian power amiga, asian power.- Disse rindo.

- Mas e ai, como estão as aulas de coreano?- Tábata perguntou finalmente focando na conversa.

- Com 2 anos de aula eu já sei bastante coisa até hahaha.- E aquela sua amiga que fazia com você?- Falou enquanto se espreguiçava.

- Ah, ela saiu faz um bom tempo já.- Ela me olhou com um ponto de interrogação no rosto. – Ué, mas não foi ela que disse pra vocês fazerem aula juntas porque ela não queria ir sozinha?

- É então, parece que ela não se deu muito bem com a língua, ela tinha dificuldades na pronúncia, e acabou desistindo. – Falei um pouco antes do sinal bater.

 

[...]

 

Com os raios solares sumindo aos poucos, observava pelo caminho as partículas de poeira iluminadas pela luz estratégica do ambiente, contrastando harmoniosamente com a música que soava através dos meus fones, Liberdade ou Solidão, do Tiago Iorc.

 

“Livre, se já não faz sentido

Ou nunca fez

Livre, pra encontrar motivo outra vez

Mais uma vez ou de uma vez

 

E só o tempo, só pra descobrir

Se a liberdade é só solidão

E só o tempo, só pra descobrir

O que é pra ser”

 

Um sorriso bobo habitava meu rosto já há algum tempo... Eu realmente havia passado, não acreditava que era real. E assim a minha mente conturbada começou a fazer suposições: “E se eu tivesse ignorado a insistência da Tábata? Eu iria ter que voltar para minha cidade e fazer algum cursinho?”. Perguntas como essas rodeavam meu pensamento, me deixando inquieta.

 

Alanis: Tábata, lembra do que te disse hoje de manhã? Que eu pensei ter ido mal na prova? Como que eu passei? Não tem lógica...

 

Enviei uma mensagem para Tábata tentando aliviar minha cabeça. E logo fui respondida:

 

Tábata: Vai por mim, nada é por acaso, se você passou é porque aquele era o lugar certo para você.

               E eu sei que você queria ir pra essa faculdade, só não tinha esperança em você mesma. E agora vai ser tudo mais fácil, você não vai precisar mudar de cidade, a gente vai continuar se vendo todo dia, e você vai estar estudando o que realmente gosta hahah.

               Para um pouco de neurose e aproveita sua idiota <3

 

Essa era uma das razões de eu gostar da Tábata, ela falava o que era necessário, na dose certa, sabendo quando era a hora certa de “viajar” e a de voltar pra realidade. Já ia respondê-la, até meu celular vibrar novamente com outra mensagem:

 

Tábata: Aliás, falando em aproveitar, a gente devia comemorar né? Vem aqui em casa mais tarde pra gente fazer maratona de alguns filmes (:

Alanis: Ok, eu não sei o que eu faria sem você hahahah <3

             É só o tempo de falar com meus pais e me arrumar, umas 19h eu to ai.

Tábata: Ok. Beijos

Alanis: Beijos

 

E sem perceber já estava em frente a minha porta. Ao entrar a primeira coisa que fiz foi ligar para minha mãe

- Alo?

- Mãe?

- Oi filha, que saudades.

- MÃE EU PASSEI, PASSEI MESMO.- Disse com a voz embargada.

- É sério Alanis? Ai meu Deus que orgulho da minha filhinha.- Ela respondeu atônita e empolgada.- Queria te dar um abraço meu amor, estar ai com você... Mas saiba que eu estou com uma felicidade imensa por você ter conseguido. Você merece minha Alanis.

Eu ouvia todas aquelas palavras com um sorriso gigante e com o rosto molhado pelas lágrimas que escorriam incessantemente.

- Ah mãe, eu também queria que você estivesse aqui comigo. Obrigada por tudo. Amo muito você.

E passando mais de uma hora no celular, eu falei com meu pai e minha avó também. Era bom escutar as vozes deles, mesmo que com o chiado da ligação.

 

Acabei chegando um pouco atrasada na casa da minha amiga. Entrei e vi que ela tinha preparado algumas coisas para gente comer enquanto víssemos aos filmes. Aconcheguei-me no sofá enquanto ela escolhia os filmes.

- E aí, qual vai ser o primeiro?- Disse com a boca já cheia de pipoca.

- Um dos meus favoritos, Clube da Luta. – Ela respondeu com os olhinhos brilhando.

Durante cada filme era uma mistura de choro, risadas, algumas discussões, tudo coerente á nossa amizade. Estava feliz por poder continuar a ter ela do meu lado.

E no sofá mesmo, adormecemos.

E com a ideia eminente na minha cabeça de que essa coisa de destino talvez exista.

 


Notas Finais


Está aí, o capítulo 2. Beijos ❤


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