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História Duality (HIATUS) - Brotherhood of Man


Escrita por: elusive

Notas do Autor


E aí fofuras da tia? :)
As visualizações de Duality têm caído, e vejo outros usuários reclamando disso nos últimos dias também, mas isso ainda não conseguiu me desanimar! haha Agradeço a todo mundo (nunca canso de agradecer) que perde uns minutinhos lendo e comentando aqui. E para os leitores fantasminhas que perambulam por aqui: apareçam, suas coisas lindas! <3
Agora vamos ao que interessa \o/

Capítulo 9 - Brotherhood of Man


Fanfic / Fanfiction Duality (HIATUS) - Brotherhood of Man

“Greed and jealousy each equal, all your days now dark

[…] We live and scrape in misery; we die by our own hand”

Às cinco horas, como marcado, os homens começaram a chegar para a reunião. As mulheres haviam preparado petiscos, lanches e bebidas com o que trouxeram de suas casas, e em pouco tempo o galpão estava movimentado e os sofás furados abrigavam todos os nove homens: Corey, Shawn, James, Sid, Chris, Mick, Jay, Alessandro – que Susannah ainda não havia conhecido – e Padge.

Chantel pediu para que Susannah levasse para o quarto uma garrafa de água e um pão amanteigado para caso Tuck tivesse acordado, mas como ele ainda permanecia dopado pelos remédios, decidiu deixar o alimento na mesinha ao lado da cama caso ele acordasse com fome. Quando voltou ao salão, Susannah percebeu que a reunião já começara calorosamente.

— Eu realmente não acredito que vocês foram retardados a ponto e deixar que os Horsemen tomassem tudo de nós, puta que pariu. — Chris parecia nervoso.

— Bom, nós morreríamos se tentássemos atacá-los. — Corey rebateu.

— Não aconteceria nada disso se vocês tivessem chamado reforços ou simplesmente se tivessem sido mais espertos. — James comentou. — Mas parece que você estava mais preocupado em carregar sua garotinha para o meio de uma transação do que ter uma porra de uma arma com você para se proteger, não é Corey?

— Cale a boca, cara. Eu passei a madrugada inteira resolvendo pendências enquanto...

— Enquanto o quê? — o mais alto o cortou com severidade. — Você sabe que tudo isso é culpa sua. Você joga a sua própria merda no ventilador e somos nós quem nos sujamos com sua falta de discernimento, então não venha bancar o garoto esforçado. O que você fez até agora? Pelo o que vejo Scarlett ainda está lá fora pronta para nos foder e você, mais uma vez, escancara as portas da nossa vida para outra vadia qualquer.

— James, menos... — Shawn pediu antes mesmo que Corey abrisse a boca para xingar o colega.

— Ah, vá à merda você também, Clown. — ele se levantou com toda a sua altura, amedrontando ainda mais Susannah. — Você não cansa de lamber as bolas desse filho da puta, não é? Mas querem saber? — uma mão voou para a cintura e arrancou do cós da calça uma Taurus de calibre .40. — Já que vocês não têm mais compromisso com o grupo, eu dou um jeito nessa situação agora mesmo.

Susannah, que até então fitava seus pés, só percebeu o perigo quando o silêncio se instalou no segundo seguinte e todas as respirações pareceram ser sufocadas. Seus olhos se ergueram e encontraram o cano da pistola em direção ao meio de sua testa. Sentiu um mal estar vindo de dentro e um frio percorrer a espinha.

— James... — foi Chris quem chamou, extremamente imóvel em seu assento, tendo uma visão privilegiada do que poderia acontecer com a cabeça da garota caso fosse explodida.

— Nós não temos que nos sacrificar pelas vontades de Corey! — a arma tremeu, mas continuou ereta. — Já chega disso! Shawn sempre faz tudo por esse moleque, sempre aceita as vontades dele como se fosse um filho mimado. Você está perdendo seu respeito dentro dessa família, Shawn. Deve ter cuidado ou perderá sua posição também, talvez até a sua vida.

— Isso é uma ameaça, Root? — a voz do mais velho soou rouca e gutural. — Você está me ameaçando de morte, seu filho da puta?

— Entenda como quiser.

Foi a vez do outro sacar sua arma e direcioná-la para o companheiro mais alto. A sua testa se enrugava de tensão e raiva.

— Shawn! — Chantel, que assistia de longe, alarmou-se. — Shawn, largue isso!

— Você conhece o fim que se dá para membros rebeldes, Root. Primeiro Paul se foi por um erro de nossa parte. Depois Joey foi humilhado e assassinato e por último Craig... Tenha certeza que você receberá um túmulo ao lado deles se for idiota o suficiente para querer foder comigo. — o homem se aproximou mais do cabeludo. Mesmo sendo mais baixo e fora de forma, tinha imponência em sua pose. — Essa é a minha família, James. Eu dei início a isto aqui e eu serei o único a dar um fim. Eu tomo as decisões dentro desse grupo. Inclusive posso estourar seus miolos antes mesmo que você pense em duvidar de minha liderança outra vez.

A tensão que se espalhou no ar era angustiante para todos os presentes. Até mesmo Paget, que assistia e de nada tinha haver com aquilo, estava nervoso e sentia a palma das mãos começarem a suar frio.

— Garotos, por favor, parem com isso. — Chantel rogou mais uma vez. — Vocês estão com os nervos à flor da pele, não deixem que isso acabe conosco.

— Não são nossos nervos que acabam com a família, Chantel. — James finalmente abaixou a mira da arma. — São os erros de membros imaturos que nos exaurem.

— Corey vai pagar pelo o que fez. — Shawn continuava ameaçador. — E ele sabe o que pode acontecer a ele caso não dê um jeito em seus erros. Mas não queira me dizer o que fazer, James, e não aja como se fosse o mais correto e fiel dentre todos nós. Não queira tomar uma posição que não lhe cabe.

Root abriu um sorriso debochado e guardou a pistola, sacudindo a cabeça e livrando os cabelos do rosto.

— Está certo, Clown. — ele enfatizou o apelido do líder. — Mas não conte comigo para agir como uma mariquinha vingadora e ir atrás dos Horsemen. Mas para os que farão esse papel ridículo: boa sorte com a missão.

E deu as costas, rapidamente saindo do galpão com seus passos largos, entrando em um dos carros estacionados e deixando para trás somente um rastro de poeira e tensão.

Ninguém teve coragem de pronunciar uma palavra durante muito tempo. Alguns engoliam em seco, mexiam as mãos, mas ninguém fazia ruído algum.

— Shawn? — foi Chantel que chamou, a voz mais baixa. — O que você vai fazer?

— Vou pegar meus homens e fazer o que deve ser feito, Chantel. — ouvia-se a cólera seca na voz do mais velho. — Hoje à noite os Horsemen cairão.

* * *

Os homens passaram cerca de duas horas planejando com minúcia o ataque que fariam ao grupo inimigo. Shawn enviou Sid e Jay num carro para espionarem o antro dos Horsemen e mandarem informações por telefone. Com o roubo que haviam feito mais cedo, os homens agora festejavam na fazenda do líder, Larry.

Por volta das oito da noite todo o casarão estava vazio. Os homens haviam saído armados e protegidos por coletes. Susannah viu Corey ganhar um olhar ameaçador e não teve coragem de se dirigir a ele enquanto este escolhia qual arma usaria. Queria apenas ter dito para que tomasse cuidado, mas tentou passar a mensagem com o último olhar que deu a ele antes da partida.

Chantel, Melissa e Stacy ficaram mais um pouco, passando informações para Susannah para que ela ficasse com Matt no galpão, mas não demorou para que cada uma tomasse seu carro e saíssem juntas. Paget se juntara aos outros, tomado pela vontade de fazer algo de útil, e fora bem recebido pelos outros.

Agora Susannah e o ferido estavam completamente a sós no casarão e a solidão e o vento frio da noite começavam a assombrá-la. Esperou até que os últimos carros sumissem no horizonte da estrada e voltou para dentro, seguindo para o quartinho onde Matt já estava acordado devorando o pão com um pouco de patê que restara do lanche de mais cedo.

— Eu me esqueci de lhe agradecer, não é? — falou com a boca ainda cheia quando Susannah voltou para o quarto.

Ela deu de ombros.

— Não é como se eu tivesse feito de boa vontade. — e sorriu timidamente.

— Mas parece que fez bem feito. — ele tentou balançar a perna ferida, mas desistiu quando sentiu o ardor no músculo. — Então, o que foi que você fez para elas te obrigarem a passar a noite aqui comigo? É algum tipo de castigo?

— Hm, não. — cruzou os braços assim que sentiu uma brisa fria vinda da janela percorrer seu corpo. — Eu acho que é algum tipo de teste. Eu meio que sou uma intrusa aqui, então eles querem que... querem que eu faça algumas coisas para eles, para eles me deixarem fazer parte disso aqui.

— E por que diabos você quer fazer parte de uma gangue? — ele riu.

Ela não respondeu. Não sabia o que dizer, não fazia ideia do por que estava começando a aceitar com tanta facilidade a ideia de fazer parte daquele grupo. Talvez a ideia de pertencer a uma família era muito tentadora, independente do quão confusa essa concepção fosse.

— Vem, senta aqui. — ele chamou e moveu a perna boa para que Susannah pudesse se sentar na beirada da cama.

Ele abriu uma long neck e entregou a ela, repetiu o movimento para abrir outra garrafa e matou a sede com a bebida ainda fria, mas que logo se aproximaria da temperatura ambiente.

Susannah deixou seus olhos recaírem sobre o corpo dele e, observando o torso nu, se lembrou de que Chantel deixara alguns pertences com ela para caso o rapaz precisasse. Voltou ao salão para buscar as roupas limpas.

— Chantel disse que faz muito frio aqui de noite. — comentou. — Talvez você devesse vestir algo mais quente. — e buscou na pilha de toalhas e roupas um suéter velho e cinzento.

Susannah não pode deixar de notar nos músculos que se moviam para executarem o movimento tão simples de vestir o suéter. A cabeça dele apareceu pelo buraco e os olhos claros sorriram para ela, agradecendo-a. Ele parecia um cara completamente diferente do rapaz de cara fechada que apareceu na lojinha mais cedo. Foi impossível não sorrir de volta para ele, e quando sentiu as bochechas quentes, desviou o olhar.

— Me diga: como é que foi que você se meteu com esses caras? — ele voltou a beber sua cerveja, os olhos atentos na garota.

— Longa história. — engoliu uma dose para matar a sede também. — Eu fugi de casa e vim para Des Moines, Corey me ajudou com... algumas coisas. Minha vida era um inferno, então eu decidi ficar. Mas só descobri que ele é um traficante hoje.

— Uau. — os dentes dele apareceram no canto da boca. — Se você ainda não saiu correndo é porque sua vida deveria ser uma merda mesmo.

— Você não faz ideia... Mas e você? — ela perguntou sem parar para pensar na questão curiosa que sua mente formava. — Como foi parar nesse ramo de tráfico de armas? — ela chegou a rir com a casualidade que parecia ser falar sobre aquele assunto. — Você não se parece com um traficante.

— Ah, na Inglaterra os traficantes normalmente têm essa cara mesmo. — ele apontou para seu rosto e sorriu depois que conseguiu tirar um risinho dela. — Bom... Você quer ouvir a versão longa ou a curta?

— Eu gosto de ouvir longas histórias.

— Ótimo, porque eu gosto de contá-las. — sorriu outra vez. — Bom, minha vida não é nenhuma novela, também. Foi bem simples: eu fui criado com meus tios porque minha mãe morreu quando eu nasci e meu pai me abandonou quando eu tinha dois anos. O problema é que meus tios não eram pessoas muito normais. Quando eu era criança eu achava que eles eram vendedores de tapetes persas, dá para acreditar? — ele riu e balançou a cabeça. — Eu cheguei a contar isso na escola uma vez, quando a professora perguntou a profissão de nossos parentes. Eu acho que imaginei isso porque as mercadorias estavam sempre cobertas com tapetes velhos, para que eu não as visse. Só descobri o real comércio dos meus tios quando fiz dez anos, eles achavam que eu entenderia. Eu era só um menino, então eu achava que aquilo era muito legal. Acabei fazendo parte daquilo tudo, convivendo com aquele tipo de pessoas, sempre ouvindo histórias de assassinato e vingança... Acabei me acostumando. Terminei o ensino médio e não quis pensar em seguir nenhum outro rumo que não fosse aquele. Um dos meus tios morreu exatamente no dia do meu baile de formatura e, bem, pelo menos foi uma desculpa aceitável para eu não precisar participar daquela merda. — ele sacudiu os ombros. — Acabei virando sucessor e Paget, que é meu primo e filho desse meu tio, se juntou a nós. Sabe como é, negócios em família, eles acabam durando gerações.

Susannah não conseguia conter o sorriso toda vez que os olhos dele brilhavam para ela. Matt estava sendo adorável e bastante divertido. Por um momento ela conseguiu se esquecer de onde estava e por que estava ali. Talvez o sotaque e a voz dele tivessem algum tipo de magia entorpecedora, e sua simpatia, antes desconhecida, ajudava a mantê-la distraída. Ele parecia ser muito legal para alguém que comandava um negócio ilegal de exportação internacional de armas.


Notas Finais


Ai Tuck... o que é que você vai fazer com nossos corações, hein homem?? Quando a coisa tá tensa sempre aparece algo fofo para a Susannah né? Juro que não é intencional! Esses homens lindos querem aparecer, eu só dou vida à eles hahah
Então! Vocês estão prontas? Próximo capítulo vai ser pauleira!

Comentários irrelevantes:
- As Taurus são armas de nacionalidade brasileira e, apesar de importarem para o exterior, eu só decidi colocá-la na mão do James porque eu acho que eles fazem as pistolas mais bonitas do mercado lol
- Esse capítulo estava sem título até Motörhead começar a tocar aleatoriamente na minha playlist. Essa música acabou fazendo todo o sentido com a história, então obrigada Lemmy ❤ haha


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