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História Dueles - 2.- Nunca vou deixar que escapasse de mim.


Escrita por: Mile_1D

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 2 - 2.- Nunca vou deixar que escapasse de mim.


“Acontece, às vezes você tem que fazer a coisa errada. Às vezes você tem que fazer um grande erro para descobrir como fazer as coisas direito. Os erros são dolorosos, mas eles são a única maneira de descobrir quem você realmente é.”

 

 

- Você espera pelo casamento… há muito tempo? - (S/N) perguntou baixo, para cortar o clima tenso. 
- Não, não espero pelo casamento. Espero por você há muito tempo. - Louis corrigiu. 
 (S/N) sentiu o estômago pular. Deus o que estava acontecendo? Por que aquele homem lhe passava tantas sensações contraditórias e estranhas?
- Mas… como você pode esperar tanto por uma pessoa que nunca viu na vida? Que não ama?
Louis arregalou levemente os olhos. 
- Do que está falando? Você é minha prometida quase desde que nasceu… e eu sou seu prometido também. Você me amará. - O homem disse como se fosse à coisa mais óbvia. 
- Como sabe?
- Porque eu vou ser seu marido e nós vamos compartilhar uma vida juntos. - Ele endureceu a voz. - Confie em mim, você acabará me amando de uma forma ou de outra. Está escrito, não há como escapar do que já é previsto há quase vinte anos. 
- Previsto por meus pais e pelos seus, o que não quer dizer nada. - (S/N) rebateu. - Para um casamento se fazer feliz e para se amar alguém de verdade, nada disso pode ser previsto por ninguém. 
Louis a estudou por uns momentos. Depois um sorriso diabólico se fez em seus lábios. 
- Seu pai bem que avisou que você é dona de pensamentos muito modernos e rebeldes. 
 (S/N) o olhou indignada. 
- Mas eu gosto. - Ele disse, ainda com aquele sorriso que estava perturbando a morena. 
- Olhe senhor Tomlinson, eu sinto muito lhe dizer isto… mas eu não gosto da ideia de me casar agora, com alguém que não conheço. - (S/N) disse impetuosamente. - Os mais interessados nisso são meus pais. 
- Você irá se acostumar com a ideia. 
- Não! - Ela franziu o cenho. - Essa ideia não me agrada! Sempre pretendi me casar com alguém que… amasse-me. E que eu amasse também. 
- Em pouco tempo nós resolveremos isso. - Louis lhe piscou, pegando um copo com vinho. (S/N) achou aquela piscada bastante sexy, e se surpreendeu com aquilo. 
 (S/N) virou o rosto, frustrada. Aquele homem nunca iria desistir daquela farsa. 
- Não vai funcionar. - Disse teimosamente. - Você não pode me fazer apaixonar por você. 
- Eu não vou precisar fazer isso. - Ele garantiu. - Veja, seu pai está voltando. 
 (S/N) se virou e viu Nolan olhando - a com um olhar gelado enquanto se aproximava.
- Olá, os noivos estão gostando de se conhecerem? - Ele perguntou ao chegar. 
- Definitivamente. - Louis respondeu. 
- Minha filha não está aborrecendo você com suas ideias malucas, está? - Nolan perguntou - lhe, com ar irritado. - Se estiver, perdoe, mas (S/N) ainda têm uma cabeça muito jovem e inocente. É sonhadora demais e voa mais do que poderia. 
- Isso me agrada. É um ponto especial na personalidade dela. - Louis disse com frieza, e (S/N) e Nolan se surpreenderam. 
- Bom, só vim saber se estavam bem. Com licença. - Nolan forçou um sorriso e passou por eles, indo se juntar a uns parentes distantes. Por que fez isso? - (S/N) perguntou surpresa. 
- Isso o quê? - Ele bebeu outro gole de vinho. Estava de novo com aquele ar gelado e temível. 
- Me… defendeu. 
- Não foi isso. Só disse o que penso. - Ele respondeu sem olhá - La. 
 (S/N) suspirou. Aquilo jamais daria certo… tinha que planejar algo para que aquele casamento não se realizasse. Seria muito infeliz se casasse com aquele estranho homem.

[…]

(S/N) pegou sua pequena mala, desceu silenciosamente as escadas de sua casa, e suspirou, sem fazer barulho. 
Era começo de madrugada, e todos da casa estavam adormecidos. 
Desde cedo ela resolvera que só haveria uma solução para sua vida: fugir. 
Se ficasse ali, seu pai a obrigaria a casar com o terrível Tomlinson; só de pensar em ficar nos braços daquele homem ela sentia arrepios de medo. 
E se não se casasse, com absoluta certeza seu pai a deserdaria e a renegaria como filha, colocando-a na rua. E nem mesmo sua mãe poderia fazer nada. 
 (S/N) estava perdida, a única solução que lhe restara era aquela. Pegara todo o dinheiro que seu pai guardara para ela desde pequena, para que agora pudesse se manter em algum lugar por algum tempo. 
Não tinha ideia do que faria depois, mas sabia que a única coisa a ser feita era aquilo. Antes sua liberdade, do que seu sofrimento, sendo prisioneira para sempre. 
Um trovão alto. (S/N) gemeu; estava caindo uma tempestade! Teria que conseguir escapar em meio aquela chuva toda. 
Respirando fundo, (S/N) deu uma última olhada para trás, observando silenciosamente sua casa. Depois, com cuidado, abriu a porta, passou por ela e a fechou com leveza. 
Correu pela parte de trás da casa, e resolveu enfrentar a chuva. Andou firmemente até o muro alto e cheio de arbustos, protegendo a cabeça com a maleta que levava. Mas o vento estava tão forte que não ajudou muito, mal andou dez passos e estava encharcada. 
Sem se importar, (S/N) começou a escalar o muro. Escorregou diversas vezes, e algum tempo depois ela saltava do outro lado. 
Suspirou com alívio, mas ao mesmo tempo um temor… agora estava longe da proteção de onde morava, e estava sozinha. 
Tirou uma mecha molhada do rosto e se virou. A neblina da madrugada e os pingos torrenciais dificultavam sua visão. Mal dava para enxergar. 
Mas teria que se apressar e sair dali, ou os cães - de - guarda da Mansão a notariam e começariam a latir. Sorte que não tinham visto - a ou a farejado quando tinha passado rapidamente por trás da casa. 
 (S/N) começou a andar depressa, segurando a pequena maleta acima da cabeça. Passava o outro braço ao redor de si mesmo, para amenizar o frio cortante. 
Não estava adiantando muito, sua boca tremia e seus dentes batiam. Tinha que achar a estação de trem…
- Não quer companhia para o passeio? - Uma voz irônica disse em voz alta no meio da chuva. 
 (S/N) levou um susto tão grande que pulou. Conhecia aquela voz malévola…
Como numa fumaça, Louis foi aparecendo na frente dela. Primeiro os olhos, brilhando feitos os olhos de um gato possuído, depois o rosto bonito… o sorriso sarcástico… e depois o corpo grande e atlético. 
Ele se pôs na frente dela, como um leão na frente de um coelhinho. Parecia uma humilhação àquela desigualdade de tamanho e força. 
 (S/N) ofegou de medo, e uma fumaça branca saiu de sua boca devido ao frio. 
- Posso saber o que está fazendo? - Ele perguntou, fechando o sorriso irônico e a encarando com os olhos irados e a voz frívola. 
- Eu… eu…
- Não estava planejando fugir, não é docinho? Você não seria tão tola a ponto de se arriscar tanto. - Ele disse com um olhar brilhante e uma voz forçadamente mais amável. 
 (S/N) se encolheu. Deus, a expressão dele era assustadora!Aquele homem era perigoso. 
- C - como chegou até aqui? - Ela perguntou num fio de voz. - Como me achou?
- Isso não interessa, o que importa é que a achei antes que fizesse uma idiotice! - Ele disse alto, furioso. 
Se aproximou mais dela e a sacudiu pelos ombros. 
- Nem queira pensar no que teria acontecido se tivesse partido senhorita (S/N)! - Ele gritou. - Não me conhece… acho bom não tentar nunca mais uma coisa assim! Eu iria atrás de você nem que fosse ao inferno, e a traria de volta! - (S/N) gelou. - Eu esperei muito para tê - La, e não seria idiota de perdê-la alguns dias antes de consegui-la! Você vai ser minha, só minha… aceite isso. - Ele disse baixando a voz e a olhando no fundo dos olhos. (S/N) estava tão assustada que não conseguia sequer mover a boca para dizer algo. - Deus meu, você é uma desmiolada mesmo! - Ele disse de repente. - Está congelando! - Louis tirou o próprio casaco e passou pelos ombros de (S/N). - Você é frágil demais, pequena demais… pode pegar uma pneumonia! - Ele murmurou com frieza, abotoando o casaco ao redor da morena. 
Quando foi fechar os botões na frente, sua mão roçou sem querer no seio de (S/N) e ela sentiu- e quente por dentro, de embaraço. Olhou para Louis, mas ele não pareceu ter notado. 
- V - você… 
- Silêncio está tremendo. - Ele mandou, apanhando a maleta da mão pequena dela. - Espero não vê-la mais em situação parecida. Foi tão tola que arriscou sua saúde por uma ideia absurda. E não só a saúde, mas a vida também! - Ele disse olhando-a irritado. - Tem ideia do que poderia ter - lhe acontecido por estar sozinha na rua há essa hora?! Poderiam ter te atacado e abusado de você, sem que pudesse chamar ajuda!Poderia estar morta!Será que não pensou nisso?!
(S/N) estava de olhos arregalados, chocada. 
- Não… 
- Nunca vou deixar que escapasse de mim. 
Louis pareceu feroz quando a olhou, e de repente se inclinou e devorou a boca dela com a sua. 
Foi um beijo muito diferente do que ele havia dado em (S/N) mais cedo, na cerimônia de noivado. Aquele fora rápido e leve. 
Naquela noite, foi dito e feito. Louis fez (S/N) entrar em casa, mas não falou nada aos pais dela (para alívio completo da morena). 
 (S/N) viu que, como o homem prometera, seguranças ficaram do lado de fora da Mansão, vigiando e cuidando para que ela não fugisse. (S/N) se sentiu presa, e imaginou que seu destino terrível ao lado de Tomlinson estava selado. 
Seria prisioneira daquele homem arrogante e inescrupuloso o resto de sua vida. 
Os dias passaram rápido demais na opinião de (S/N), e quando deu por si faltava somente um dia para seu casamento. 
Infeliz, ela acompanhou a mãe logo cedo para fazer os últimos ajustes e experimentos da roupa e dos acessórios da cerimônia. 
- Bom dia, querida. - A costureira do vestido, a mais famosa, se aproximou com elegância e cumprimentou Rose. - E olá para a noiva! - Saudou, sorrindo para (S/N). - O grande dia será amanhã, hein?
(S/N) apenas assentiu, forçando um sorriso simpático. 
- Então vamos para a última prova. - A mulher disse com animação, conduzindo Rose e (S/N). - Seu vestido ficou um encanto, (S/N) Anne! É um dos meus melhores modelos, um dos mais bonitos!
- Estou ansiosa para ver o resultado final. - Rose disse com emoção. 
Quando (S/N) saiu da cabine e subiu no pedestal (para que a costureira arrumasse os últimos detalhes), a costureira e Rose soltaram palavras de assombro e aprovação. 
- Querida, você está parecendo um anjo! - A mãe disse emocionada. 
- Ficou como eu imaginei. - A costureira comentou, com orgulho. - Agora imagine sua filha amanhã, com a devida maquiagem e o penteado. Ficará perfeita.
- Dê um giro. - Rose pediu à (S/N), com os olhos marejados. O vestido de (S/N) era branco e rendado, possuía mangas curtas e as costas eram feitas de tecidos transparentes, com pérolas como botões. Ele cobria seus pés e a deixava com o corpo marcado, ressaltava bem suas curvas.
 (S/N) girou lentamente. Queria poder sentir - se feliz pelo dia de seu casamento também… mas só conseguia sentir-se a mais infeliz das moças. 
- Louis vai se sentir tão orgulhoso… 
- Não me importo com a opinião dele. - (S/N) disse de repente. 
Rose a olhou com reprovação, enquanto a costureira parava o que estava fazendo (enfiando alguns alfinetes na cauda do vestido) para olhá - La com surpresa. 
- (S/N), por favor!Amanhã ele será seu marido! - Rose disse. 
 “Infelizmente”, ela pensou com amargura, dando um pequeno giro para que a costureira lhe apertasse mais o corpete.

 


Notas Finais


Olá pessoal , tudo bem?
Espero que tenham gostado
Um agradecimento especial para: ~whoharleyxsz e ~DarryForever


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