Quando Wade saiu da lanchonete ao lado daquela víbora, não pude deixar de sentir raiva e ciúme. Olhei fixamente para a porta que eles haviam saído.
Ah, como eu queria ir atrás daqueles dois, bater belas e depois beijar o Wade. Pera. O quê ?!. Pensei e balancei a cabeça. Estava perdido em pensamentos, quando senti meu braço ser beliscado:
- ai ! Qual seu problema? - gritei para Johnny.
- não! Qual o SEU problema? !- retrucou.
- por que?
- olha para o Harry- disse e apontou para Harry.
Ele estava corado e atordoado. Me senti mal, não podia ter feito isso com ele, mas fiz. Argh. Que péssimo amigo eu sou. Olhei para Johnny:
- foi mal- disse arrependido.
- foi mal?! É so isso que vai dizer?
- é. ..
Ele suspirou. Coçou a cabeça e olhou para mim:
- e agora, o que eu faço? Você vai com o Harry e eu vou com quem?- perguntou.
Sorri e peguei meu celular, disquei e quando a pessoa atendeu, eu disse feliz:
- e aí, Kitty!
Johnny arregalou os olhos e eu sorri:
- ah, Peter! Que bom que ligou, queria sua opinião sobre meu artigo.- disse ela do outro lado da linha.
- claro, mas primeiro queria saber se você tem um par para o baile?
- infelizmente não - suspirou ela.
- que tal você ir com o meu amigo?
- o Harry? - perguntou ela interessada.
- não, o Johnny. ..
- o quê?! Não! Nem pensar! - quase gritou.
- ah, Kitty! Vamos la, eu te ajudei tanto nos últimos tempos, te dei até minha matéria no jornal!
Ela bufou e depois de um tempo disse:
- okay... mas se ele tentar algo eu quebro o braço dele!- disse ela e eu ri.
- pode deixar- disse e olhei para Johnny- ele vai se comportar.
Depois nos despedimos e eu desliguei o celular. Olhei para meu amigo e sorri:
- pronto, você tem um par- eu disse.
- sério? ela aceitou?
- sim, mas se você tentar algo ela te arrebenta- respondi.
Os olhos dele brilharam:
- nem acredito, que vou sair com a Kitty, a única garota que não peguei...
- Ei! Você ouviu o que eu disse sobre ela te arrebentar?
- isso é mentira, duvido que ela faria algo assim.
Dei um sorriso amarelo. Mal sabia ele que Kitty fazia luta livre. Logo terminamos de comer e fomos embora, cada um para sua casa.
Mais uma semana se passou e chegou o dia do baile, me arrumei, menos o cabelo. Olhei no espelho e sorri, não estou tão mal. Sai do meu quarto desci as escadas e encontrei tia May, ela estava com a máquina velha do meu tio em mãos. Sorri triste, eram tantas lembranças. Logo senti um braço envolta dos meus ombros. Era Tony:
- quem diria, nosso pequeno Peter, indo ao baile! Como o tempo passa, parece que foi ontem que eu corria atrás de você, por ter comido a minha parte no bolo- disse ele e eu ri.
- mas foi ontem- eu disse.
- é foi sim- riu.
Senti uma mão bagunçar meu cabelo, era Steve:
- espero que aproveite o baile, Peter!- sorriu doce.
- obrigado, Steve!- devolvi o sorriso.
- agora crianças, se juntem para tirar uma foto. - disse tia May.
Nos juntamos e sorrimos para a foto. Estávamos rindo e fazendo poses ridículas, até ouvir a campainha tocando, fui atender e encontrei Harry com um buquê de rosas nas mãos:
- uau ! Está encantador, Pete!- disse ele.
- obrigado, lince, mas você está mais elegante.
- isso eu não posso discordar, tigrinho.
Eu ri e abri espaço para ele entrar:
- ah! E a propósito... essas folheres não são para você my love, mas sim para a bela May- disse ele entregando o buquê para minha tia que sorriu agradecida.
- como sempre, você é um amor Harry!- disse ela.
- bom agora podemos ir, neh!- eu disse já saindo.
- espera ai, Peter! - Tony me chamou e eu virei- cuidado e use camisinha- nem preciso dizer que quase matei meu primo.
- Tony! - disse Steve ao seu lado e o meu primo riu.
- ta! Agora que ja fez a piada, Harry e eu vamos indo- disse puxando Harry comigo.
- e não se preocupe, Stark, não vou abusar do nosso , Pete!- gritou Harry para Tony.
- espero que não mesmo, Osborn!- disse meu primo.
Fomos para o carro de Harry e ao entrarmos eu tomei um susto, Johnny e Kitty estavam no banco de trás. Ela parecia que ia mata-lo, e ele parecia saber disso. Ri mentalmente:
- e aí, Kitty!- saldei.
Ela sorriu:
- e aí, Peter!- devolveu o saldo.
Logo Harry entrou no carro e riu:
- ue , não rolou nem um beijo?- perguntou ele irônico.
- vai a merda.- disse Johnny.
Kitty e eu rimos. Depois disso, fomos para o baile, o clima no carro não era ruim e percebi que Kitty as vezes agia com bom humor com Johnny. Logo chegamos no baile e nos separamos em duplas.
Quando entramos no baile, atraimos grande atenção, principalmente Harry e eu. Olhei para frente e no meio de toda aquela gente eu avistei, a causa da minha insônia. Wade Wilson. Suspirei. Ele estava tão bonito, que eu não tinha palavras, com um terno preto e a gravata vermelha, que particularmente me lembrava da cueca box que ele usou na noite que transamos. Corei. Peguei Harry pelo braço e o arrastei para longe da vista de Wade.
Dancei pouco e me diverti, mais pelo "casal" que não parava de brigar, Johnny e Kitty. Ele tentava impressiona-la e a irritava. Harry sempre que parava de beber, ia me puxar para dançar, e eu dançava, acabava rindo com os movimentos dele. De longe, eu sentia os olhos de Wade em nós, e me sentia vitorioso por isso.
O tempo passou e deu meia noite. O diretor subiu no palco e disse que iria anunciar o rei e a rainha do baile.
Acho que já sei quem serão.
Pensei e revirei os olhos. Logo ele anunciou que a rainha era Vanessa, e quando ela correu para o palco, olhei para o Wade, e percebi que o mesmo me encarava de volta, me surpreendi quando ele sorriu e me jogou um beijo no ar, virei o rosto corado. Em seguida, foi anunciado que Wade era o rei. Pensei em ir embora, não estava afim de ver aqueles dois no palco.
Até que Wade, não deixou que colocassem a coroa em sua cabeça e caminhou até o microfone:
- desculpa decepcionar pessoal, mas não tô aqui pela coroa de plástico- disse pegou a coroa da mão de Sharon, a garota que estava colocando as coroas, e jogou na plateia- eu estou aqui para falar dos meus sentimentos por uma pessoa...
Fiquei arrepiado:
- não acredito que vai fazer isso- quase gritou Vanessa - volta aqui!
- desculpa, Vanessa, mas não estou afim- ele se voltou para o público e continuou- estou aqui para dizer e assumir meus sentimentos por você, Peter Parker!
O tempo pareceu parar. E o baile ficou quieto. Eu que estava no meio daquilo tudo, so pude arregalar os olhos:
- pois é pessoal, estou amando um... como vocês dizem... D.U.F.F
Eu queria fugir de vergonha. Mas em vez disso eu fiquei. Queria ouvir tudo até o final:
- apesar que eu não concordo com esse apelido de merda, porque esse cara- apontou para mim- é incrível!- meu coração não parou de bater forte- e eu não acho certo essa coisa ridícula de títulos e apelidos, acho que devíamos primeiro conhecer a pessoa para depois criticar ou não... mas voltando ao assunto, Peter, eu gostaria primeiramente de dizer que não fui totalmente sincero com você também, a verdade é que minha sexualidade ja era diferente antes mesmo da minha mãe morrer, porque eu desde pequeno, te amo.
Arregalei mais os olhos e meu coração bateu na garganta:
- você sempre esteve do meu lado, mas eu fui um babaca e me deixei levar pela loucura, e sim os boatos são verdade gente- disse ele para o resto do baile- minha mãe morreu de câncer e eu acabei me deixando levar por drogas.
As pessoas ficaram surpresas e começaram a falar e criticar Wade:
- viu é por isso que eu digo que vocês são uns merdas, porque quando eu contei sobre isso para ele- apontou para mim - o mesmo não me criticou apenas aceitou, por isso agradeço mais uma vez!
Eu sorri:
- Peter, sei que fiz e faço muita merda, porém eu posso te assegurar de que eu realmente, com toda força do meu ser, te amo!e se você quiser podemos sair daqui e ir falar com o meu pai agora mesmo, porque eu não tenho mais medo do que os outros irao pensar!- ele abriu os braços e disse- agora venha até aqui, para tocarmos o foda-se juntos!
Eu não consegui parar de sorrir, porém olhei para o lado e vi Harry com um sorriso triste:
- vai lá, Pete- disse ele.
- mas é você?
- Pete, Wade me deu como missão te trazer para o baile e agora é com você.
- mas ... mas eu não acho justo.
Ele sorriu e se aproximou de mim, me abraçou e disse:
- quando amamos uma pessoa, não importa com quem ela esteja, o que importa é que ela esteja feliz, e eu sei que você so será feliz ao lado do Wade, então vai lá.- disse e se separou de mim.
Eu sorri agradecido:
- você vai encontrar alguém que te mereça, Harry.
Ele riu:
- disso eu tenho certeza, agora vaza!- disse e me empurrou em direção ao palco.
Dei uma ultima olhada para ele e quando voltei minha atenção para o palco, Wade ainda estava de braços abertos. Eu abri um sorriso de orelha a orelha:
- vamos lá, babyboy,
You can run into my arms
It's okay, don't be alarmed
Come into me!- cantou para mim e eu ri.
Corri para o palco, subi apressado, quando cheguei nele envolvi seu pescoço com meus braços e o beijei apaixonadamente. Wade envolveu minha cintura com força.
Tinha me esquecido de como era bom estar nos braços dele. De como era beija-lo. De como era bom senti-lo.
Ele parou de me beijar e se aproximou do microfone de novo:
- bem, pessoal obrigado por ouvir, e bom baile, porque agora eu não fico nem mais um minuto aqui- disse ele e me pegou no colo.
- Wade! - quase gritei constrangido.
- vamos la, babyboy, vamos tocar o foda-se juntos!- disse na minha orelha e eu corei.
Envolvi melhor meus braços envolta do pescoço dele e dei um selinho nele. O baile inteiro comemorou. Com ecessao de algumas pessoas.
Quando dei por mim Wade, nos desceu do palco e correu para a saída do baile. Eu não conseguia parar de rir.
Se existe uma pessoa que me faz bem, essa pessoa é o Wade!
Pensei e beijei o pescoço dele.
Queria que esse momento durasse para sempre.
Ele olhou para mim e sorrimos um para o outro.
Que saudade eu senti da cor desses olhos.
O beijei e ele quase me derrubou. Rimos. E ao chegarmos no estacionamento ele abriu a porta do carro dele para mim, e assim que entrei perguntei:
- e agora?
- e agora você tem duas opções: irmos até a casa do meu pai ou irmos para um lugar legal para nos divertimos.
Eu sorri malicioso:
- acho que posso deixar, meu sogro para depois, agora eu quero- me aproximei do pescoço dele e beijei- fazer amor com você.
E como queria.
Olhei para Wade e o vi corado, ele sorriu:
- você não sabe quanto eu esperei para ouvir essas palavras saindo da sua linda boca, Peter!
O beijei.
- Nem você imagina o quanto eu esperei para dizer isso, Wade.- murmurei contra seus lábios.
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