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História DUFF - Tinder


Escrita por: Easylovee

Notas do Autor


Perdoa eu pela demora hahahahahahahaha <3
Boa leitura!

Capítulo 10 - Tinder


Tinder

O tédio é uma obra do demônio. Ficar vegetando em um sofá não era a maneira mais aconselhável de viver a vida, mas que se foda porque sou canceriano e tenho todo direito de ficar triste.

Malia não queria mais saber de mim. Nenhum dos meus amigos queria saber de mim. O pior era que amanhã seria o dia da minha entrevista e eu não consigo me concentrar em nada, já até esqueci as respostas das possíveis perguntas.

A única parte boa é que meu pai pagou o conserto do meu celular e eu nem precisei chorar tanto. Acho que ele se sente culpado por estar bebendo... tanta coisa importante acontecendo na minha vida e eu aqui depressivo porque meus amigos não querem falar comigo! Ah, que se dane.

Levantei do sofá e fui andando até a livraria. Que lugar melhor para arrumar um crush cult? Só não quero macho com barba igual ao do Machado de Assis e mulher feminista que odeia os homens. Mas não vamos esquecer quem é o DUFF, isso mesmo, euzinho Melo. Tinha uma garota com a metade do cabelo raspado. Ela me atendeu com uma vontade enorme de morrer, fiquei com sono só de olhar para ela. Acabei mesmo comprando uns livros e fui a uma lanchonete que ficava perto da livraria.

_ Posso ajudar? _ perguntou ninguém menos do que Brett Talbot do Devenford.

Fiz minha melhor cara de ressentido.

_ Que tal um pouco de gelo para o meu rosto machucado?

Brett levantou os olhos do caderno de anotar pedidos e me encarou surpreso.

_ Miles? O que você está fazendo aqui? _ questionou surpreso.

_ Meu nome é Stiles e eu só estava com tédio então fui à livraria procurar alguém interessante, mas só tinha uma garota estranha com cara de quem queria estar morta, por isso resolvi vir aqui na lanchonete porque parecia ser confortável e acho que a comida é boa e...

Calei a boca. Que mico.

_ A Clara é estranha mesmo e é muito difícil encontrar alguém interessante naquela livraria. A lanchonete dos meus pais é ótima mesma a comida nem se fala.

Fiquei em choque. Geralmente as pessoas tiram onda da minha cara pelo fato de que eu falo bastante se deixar.

_ Mas cá entre nós, a lanchonete é uma área da galera de Devenford.

_ Se você quiser eu posso ir embo...

_ Não! Relaxa ai Stiles. Hoje é por conta da casa, mas me avise caso alguém mexa com você.

Adoraria que alguém mexesse comigo.

_ Aviso sim.

_ Você irá comer o especial da minha mãe.

Ele disse isso e saiu sem me deixar muita escolha.

Enquanto esperava o especial da mãe dele, peguei meu celular e isso mesmo, abri o Tinder.

Cada povo bonito. Fiquei surpreso com a quantidade de match’s que eu tive. Para um DUFF eu estava podendo. Encontrei algumas pessoas conhecidas. Tirei print das descrições do perfil. NÃO! Derek Hale no Tinder? Deus é pai.

“sou um cara extrovertido e inteligente. Minha mente é aberta para coisas novas. Não fique com vergonha e de um oi”.

Ah, que falsidade do caralho. Tirei um print e mandei para o Derek. Graças ao maldito trabalho eu tive que salvar o número dele. Claro que falei que ele era um mentiroso e que eu tinha pena de quem acreditasse nessas mentiras.

Depois de um tempo Brett voltou com o especial da mãe dele e ó vou te falar, que delicia. Dei umas garfadas na torta de maracujá.

_ Chega à manteiga derrete _ falei para ele, fazendo graça.

Ele riu muito.

_ Aquele pão quentinho hummmmmmmmmm

Quase engasguei de tanto rir.

_ Não acredito que você conhece isso.

_ Meu melhor amigo é totalmente gay e ele me obriga a conhecer essas pérolas da internet _ explicou ele.

Chateado. Pensei que Brett fosse totalmente gay.

Alguns clientes entraram na lanchonete e ele foi atender. Comi minha torta e continuei no Tinder. Meu pai ligou e disse que eu deveria ir pra casa, pois estava tarde. Olhei no relógio da parede e vi que marcava 16h17min. Alguma coisa estava acontecendo.

_ Já vai? _ perguntou Brett, barrando minha passagem na porta.

_ Meu pai ligou e disse que eu deveria ir para casa.

_ Está tudo bem?

_ Eu acho que sim. Brett, diga para sua mãe que o especial dela estava uma delícia e obrigado por tudo.

Ele deu um sorriso torto.

_ Eu que tenho que agradecer. Se você tivesse contado para alguém sobre a briga e sobre o soco eu teria perdido minha bolsa em Harvard.

Encarei-o surpreso.

_ Eu também vou para Harvard, quase isso. Amanhã tenho uma entrevista, mas já passei nas provas.

_ Isso é ótimo! Tenho certeza que você irá passar na entrevista. Até porque você é simpático e engraçado, difícil não gostar de você.

Fiquei vermelho e queria sair correndo o mais rápido possível, mas minha educação gritou comigo.

_ Brett, venha aqui _ chamou uma mulher parecida com ele, só que baixinha.

_ Minha mãe _ explicou ele.

_ Até mais _ falei, me despedindo.

_ Até e boa sorte _ disse ele, sorrindo.

 

Quando estava na porta da minha casa eu percebi que havia esquecido meus livros. Suspirei e entrei em casa. Dessa vez meu pai estava bebendo refrigerante e assistindo Grey's Anatomy.

Sentei ao lado dele.

_ O que foi? _ perguntei logo de cara.

Ele me encarou confuso.

_ O senhor disse para eu vir embora porque estava tarde.

_ Ah. É que daqui a pouco eu vou trabalhar e queria passar um tempo com você.

Onw.

_ Eu queria me desculpar com você _ começou ele, pausando a série _ Você é tudo o que eu tenho e a coisa que eu mais amo.

Segurei na mão dele como um incentivo.

_ Eu sei que sua mãe escolheu ficar com outra pessoa e eu não vou dizer que isso não me deixa triste, pois deixa! Mas vou tentar superar isso.

Dei um sorriso bobo e abracei meu pai.

Não precisava de mais nada.

_ Pai? _ chamei depois de um tempo.

_ Sim _ disse ele.

_ Meredith Grey é chata.

_ Sai daqui!

Fui correndo pro meu quarto. Deitei na minha cama sorrindo.

 

Me pai me acordou 19horas. Eu tinha que pegar um avião para ir a Cambridge. Fiquei todo tremido na hora de decolar o voo, já que ele não pode ir junto. Se o avião cair, só eu irei morrer e a linhagem Stilinski estará salva.

_ Tente relaxar _ disse uma mulher que estava sentada ao meu lado _ Nada irá acontecer com você.

A voz dela era tão suave e verdadeira que eu realmente acreditei nisso. Aos poucos fui soltando o acento.

_ Ter medo de altura é normal _ disse ela.

_ Meu medo é do avião cair e eu parar em uma ilha como a de Lost.

Pensa numa mulher que riu. Teria ficado sem graça se eu não tivesse olhado pela janela e visto as nuvens.

_ Meu nome é Lya Coulter.

_ Stiles Stilinski. A senhora é psicóloga?

Ela me encarou com a intensidade daqueles olhos verdes. Me senti exposto.

_ Sou psiquiatra. E você?

_ Estudante.

_ De psicologia?

_ Não. Sou estudante do ensino médio.

A senhorita Lya pareceu surpresa.

_ Estou indo fazer uma entrevista em Harvard _ expliquei.

Algo no semblante dela mudou.

_ Espero que passe.

_ Obrigado.

A viajem passou rapidinho. Fiquei conversando com a Sra. Lya e nem vi quando o avião aterrissou. Só nos despedimos quando peguei um taxi para o hotel reservado.

Fiquei tentado em dar uma volta e conhecer Cambridge, mas o medo de me perder era maior que minha curiosidade.

Acabei ficando no hotel mesmo, comendo doces e mais doces.

 

_ Como você acha que será seu período em Harvard? _ perguntou a Sra. Lya.

Exatamente. Ela é a pessoa que vai me entrevistar, inclusive já está fazendo isso.

_ Quero pensar que será bom, mas tenho certeza que a palavra que mais se aproxima é “cansativo”.

_ E os seus amigos? Você me parece ser simpático e com certeza deve ter muitos. O que você vai fazer se for aprovado e tiver que ir embora?

_ Amigos? _ eu poderia dar uma resposta linda e totalmente falsa, mas ela saberia disso _ Eu troco por outros.

Sra. Lya assentiu e deu um sorriso.

Quando eu já estava saindo da sala dela ouvi que fui chamado novamente.

_ Eu não entendi o que a senhora disse.

_ Eu disse que você já pode começar a fazer outros amigos. Isso é só. 



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