História Duff - Capitulo 1

Meu nome é Joana Hadid, tenho vinte e um anos, trabalho no Real Madrid e sou uma DUFF. Isso mesmo, eu sou uma DUFF (designado amigo feio e gordo). Fui “presenteada” pela namorada do Jesé, Aurah Ruiz, com esse termo horroroso.

Eu não sei por que, mais ela me odeia. Descobri que era uma DUFF, porque Jesé deixou escapar numa das conversas com o pessoal do time. Os rapazes riram, mais a maioria deles disse para parar com a brincadeira, porque eu era legal demais para ser ridicularizada dessa maneira.

Graças a isso, eu tomei coragem para pedir algo a alguém que pode me ajudar a resolver esse problema. Já estava no estacionamento a cerca de vinte minutos e nada de Cristiano aparecer. Quando enfim ele apareceu, eu já estava indo embora.

- Ei americana! – Cristiano me gritou.

Dou meia volta e espero ele se aproximar.

- Pensei que eu era o ultimo a sair. – Cristiano comenta.

- Eu estava te esperando, mais do jeito que você demorou eu já estava desistindo. – Digo.

Ele ri.

- O que você quer falar comigo? – Ele pergunta curioso.

- Antes de revelar, eu quero que você prometa não falar para ninguém... nem para sua mãe. – Peço.

Ele franze o cenho.

- Não sei o porquê de tudo isso, mais eu prometo. – Ele diz.

- Podemos falar disso em outro lugar? Eu realmente acho que aqui não é um lugar seguro para eu contar. – Digo com medo.

- Só estamos nós dois aqui, mais tudo bem. – Ele diz dando de ombros.

Fico mais aliviada por ele ter aceitado.

- Vamos para minha casa e lá você me conta... é bom que o Júnior para de me perguntar sobre você. – Ele diz e ri.

- Ok, vamos lá. – Aceito.

- Veio de carro? – Ele pergunta.

- Nunca venho. – Respondo rindo.

- Vou falar ao Marcelo e ao Ramos para pararem de te dar carona. – Ele diz rindo.

Entramos na poderosa Mercedes Branca dele e partimos para sua casa. Fomos falando sobre como foi o dia nos nossos respectivos setores, obviamente o dele foi mais cansativo, já que ele tem que correr, fazer academia, bater faltas, pênaltis e mais um trilhão de coisas, enquanto eu fico apenas cuidando do site do clube.

Quando entramos na mansão do CR7, encontramos tudo silencioso.

- Minha mãe foi passear com o Júnior e vai dar uma passada na casa dela. – Ele diz olhando o celular dele.

- Hum... ok. – Digo.

- Pode começar a falar. – Ele diz se jogando no sofá e batendo no espaço vazio ao seu lado.

Me sento e respiro fundo.

- Eu ouvi que a namorada do Jesé me chamou de DUFF... – começo.

Ele arregala os olhos.

- Foi só uma brincadeira idiota dela... – o interrompo.

- Eu sei que não foi, mais o que eu quero te pedir é... -Fico sem coragem.

- É.…? – Ele me estimula.

Suspiro e engulo minha vergonha.

- Eu quero saber se você pode me ajudar a deixar de ser uma DUFF. – Digo de uma vez.

Ele fica me olhando.

- Cristiano. – Digo estalando os dedos no seu rosto.

Ele sacode a cabeça.

- Olha Joana, eu gosto muito de você, mais eu não posso te ajudar... você tem irmãs e amigas que são do meio da moda, elas podem te ajudar nisso... – ele diz.

Agora que eu falei, eu vou insistir.

- Cris, se elas fossem realmente minhas amigas, elas já teriam me dito isso... eu preciso de ajuda de alguém que não vá ri de mim ou sentir pena. Além do mais, eu e a Bella nunca fomos grudadas, pelo contrario, era até estranho quando nos víamos, já que gostávamos de coisas opostas e não fomos criadas juntas. – Desabafo.

Ele parece pensar.

- Você é o único que eu sei que jogaria completamente limpo comigo e que guardaria o meu segredo. – Falo.

Ele respira fundo e fica calado por alguns minutos.

- Promete seguir tudo o que eu falar? – Ele pergunta.

Só falto explodir de alegria. Pulo nele e o dou um abraço apertado.

- Se quiser me matar me aperta mais um pouquinho. – Ele diz abafado.

O solto e dou risada.

- Desculpa. – Peço.

- Então... vamos as regras. – Ele diz.

Espero ele começar a falar.

- Primeiro, o que eu mandar você fazer, você vai fazer; segundo, o meu tempo é um pouco curto, então você terá que se esforçar para absorver o que eu te digo; terceiro, vamos fazer etapa por etapa, mais você irá continuar usando suas roupas até estar totalmente pronta. – Ele diz.

Tento gravar tudo.

- Ok, eu te prometo comprometimento. – Falo e vejo ele ri.

- Fica de pé e deixa eu te ver. – ele diz.

Foi estranho, mais eu fiz. Ele me analisava inteira e isso me deixava com um certo medo.

- Eu estou em dúvida por onde eu começo... – ele diz batucando os dedos na própria perna.

Essa doeu.

- Está tão ruim assim? – Pergunto.

Ele para e pensa. Acho que ele estava tentando usar as palavras certas.

- É que seu cabelo está um caos e sua postura é terrível. – Ele diz coçando a cabeça.

Ele não pensou em ser legal.

- A quanto tempo você não hidrata ele? – Ele pergunta.

- Sei lá... – digo.

- Provavelmente tem anos... – ele diz.

Me sento novamente.

- Vamos logo para a postura. – Ele diz.

Ele apoia uma mão nas minhas costas e outra no meu peito e depois me inclina um pouco para trás.

- Agora sua postura está alinhada. – Ele diz.

Nem fiquei assim durante um minuto e eu já sentia minhas costas reclamarem.

- Doí demais. – Digo voltando a minha postura normal.

- Teremos muito trabalho... – ele diz e coloca as mãos no rosto.