História Duff - Capitulo 17

Pov. Joana:

- Cristiano, você está bem? Sério, tem horas que você olha para o nada e fica pensando... quer conversar? –eu pergunto.

Cristiano para de andar assim que ouve minha pergunta e eu paro em sua frente. Eu não sei o que estava acontecendo com ele, mais ele parecia muito agoniado.

- Cris, nós somos amigos, pode confiar em mim. – digo e aperto o ombro dele.

- Pode ser que... na verdade vai ser estranho... – ele começa a falar e a gaguejar.

- É algo grave? É devido aos jogos sem marcar? Fica tranquilo, isso é só uma fase. – pergunto.

- Só me escuta. – ele pede.

- Tá. – digo e ergo as mãos em sinal de rendição.

Ele suspira e começa a falar.

- Eu não sei quando tudo começou, mais eu tenho certeza que... – ele para de falar.

- Que? – pergunto.

Ele não fala nada, mais me puxa para perto e isso me preocupa.

- O que foi? – pergunto preocupada.

- Talvez você me odeie por isso, mais... – ele diz e começa a acariciar meu rosto.

Acho estranho.

Ele começa a aproximar o rosto do meu e mesmo achando estranho eu não me afasto. Quando eu me dei conta do que estava acontecendo, eu já estava com os lábios juntos com os de Cristiano. Eu não sei por quê, mais me deixei levar pelo momento e o beijei também. Nossas bocas pareciam se conhecer a décadas e eu juro que esse foi o meu melhor primeiro beijo.

Quando enfim nos separamos eu estava sem um pingo de ar e sem a menor ideia do porquê aquilo tinha acontecido.

- O que... o que... – eu tento perguntar mais gaguejo.

Ele não responde nada, apenas me beija repetidas vezes.

Eu estava assustada com aquilo, mais não podia negar que beijar Cristiano estava sendo incrível.

- É isso... eu sou apaixonado por você. – ele diz.

Eu paralisei. Ok que os beijos aconteceram por algum motivo, mais paixão? Eu não esperava ouvir isso.

- Eu sei que isso vai soar estranho e que você pode não está apaixonada por mim, mais... eu quero tanto você... – ele diz segurando meu rosto com as duas mãos.

O que falar depois dessa?

Eu sei que ele é meu amigo, mais quando um cara fala isso para você é... é... sei lá.

- Você pode falar alguma coisa? – ele pergunta olhando nos meus olhos.

- Eu não sei o que dizer... isso tudo... uau... eu nunca imaginei. – eu não estava nem formulando frases direito.

Ele suspira.

- Eu também nunca imaginei que iria me apaixonar por você, mais quando comecei a ver você interessada no Gressy... – ele diz e revira os olhos.

- Você que ficou me jogando para cima dele. – digo e ele ri.

Ele tira as mãos do meu rosto e passa no dele.

- Ele me parecia legal para você, mais não parece mais. – ele diz.

Ficamos calados.

- E então? – ele pergunta.

O que eu vou falar?

- Cris eu... como eu te disse, eu não sei o que te dizer... essa situação é estranha no momento, porque eu nunca cogitei me envolver com você... – começo.

Ele olha para o lado e sua expressão passa a ficar séria.

- Eu não estou dizendo que não te quero, mais eu preciso digerir tudo isso. – digo e puxo o rosto dele para ele me olhar.

Ele fica alguns segundos com os olhos fechados e depois fala.

- O que eu posso fazer para acelerar o processo? – ele pergunta.

Eu não resisto e dou risada.

- Me deixa pensar um pouco... – peço.

Ele respira fundo.

- Eu não quero machucar o seu coração nem o meu, português... quero entrar nisso pra valer. – digo.

- Então você quer? – ele pergunta e sorri um pouco.

Coloco a mão no rosto e sorrio sem graça.

- Fala... – ele pede tirando minha mão do meu rosto.

Olhar naqueles olhos castanhos cheios de esperanças, me deixou de um jeito que... que nem eu sei explicar.

- Me deixa pensar, vai...

- Eu vou te deixar pensar, mais eu gostei de ouvir que você já começa a cogitar isso... – ele diz e aponta para nós dois.

Eu olho para o lado e percebo que algumas pessoas nos observavam.

- Cris, vamos embora? Você está começando a chamar atenção. – digo.

- Claro, vamos. – ele concorda.

Saímos andando e ele passou o braço pelos meus ombros.

Nós partimos para a minha casa e quando ele parou o carro em frente ao meu prédio, foi uma coisa estranha, porque nós não sabíamos o que fazer.

- Então é isso... hum... até qualquer hora... – digo.

- Até... – Cristiano diz segurando minha mão e se aproximando um pouco.

Ele encostou nossas bochechas e a barba dele que estava começando a crescer me deixou arrepiada. Eu virei o meu rosto para ele e quando percebi já havia me deixado levar pelo meu impulso e estava beijando ele. Ele mordia meu lábio e sugava minha língua e tudo isso estava me deixando louca.

- É melhor eu ir. – digo me afastando dele.

Ele pigarreia um pouco.

- Claro... até qualquer hora. – ele diz.

Aceno e desço do carro dele.

Quando entrei pelo portão do prédio, eu vi José me olhando estranho, então preferi passar rápido por deduzir que ele havia visto o que aconteceu no carro de Cristiano.

- Oi José. – digo e passo rapidamente.

Passei tão rápido que nem ouvi a resposta dele.

Entrei no elevador, que por sorte parecia está a minha espera, e apertei o numero do meu andar.

Quando entrei em casa, encontrei Bella jogada no sofá e mexendo no celular e sorrindo.

- Bonito... – ela diz.

- O que? – pergunto sem entender.

- Eu estava na janela quando você chegou... – ela diz.

Ai meu Deus.

- Fez bem em ficar com ele. Ele é um gato e parece está apaixonado por você.  – ela diz.

- E você e Gressy? – pergunto tentando mudar o rumo da conversa.

Ela cai direitinho e começa a falar empolgada do encontro com o Benzema mais novo.