História Duff - Capitulo 19

Alguns meses depois:

Apesar de querer que tudo desse certo, eu nunca imaginei que as coisas dariam tão certo como aconteceu. Depois de termos postado nossos depoimentos, muitas pessoas mandaram mensagens para nós pedindo para que continuássemos com isso e até depoimentos de pessoas que estavam passando pelo mesmo. E em meio a isso tudo, Cristiano fez a coisa mais fofa que eu poderia imaginar, postou uma foto nossa e escreveu “beleza é questão de ponto de vista e por todos os pontos que te olho, eu só consigo enxergar o quão linda você é. adoro-te” eu fiquei surpresa, mais completamente encantada.

Hoje eu e Bella nos enfiamos em um estúdio fotográfico, pela primeira vez em todo esse tempo de tratamento, tudo seria para uma boa causa, Bella iria lançar a coleção de roupas dela e me arrastou para esse projeto.

A ideia de lançar uma coleção de roupas veio quando liamos os depoimentos, quase todas as garotas falavam da dificuldade para encontrar roupas de seus tamanhos e do constrangimento que passavam por isso. Então Bella, que sempre gostou de moda mais que tomou um certo pavor da profissão de modelo, começou a desenhar algumas coisas e mostrou a alguns amigos do meio e boom as coisas começaram a andar.

O nome da coleção vai ser LOVE YOUR BODY e é uma parceria entre ela e a Riccardo Tisci, que é uma pessoa adorável e que é um cara que luta contra o preconceito. Riccardo foi o primeiro estilista a colocar um transexual para desfilar para sua marca e esse foi um dos pontos importantes para sua escolha.

Eu estava feliz em ver minha irmã traçando o caminho dela e também por mim, por ter entrado na faculdade de jornalismo e por tudo está correndo bem entre mim e Cristiano, mais Bella tinha que me meter nessa história. Ela inventou que eu teria que participar da campanha publicitaria das roupas e contou com a ajuda de um português insistente para isso. Depois de tanto ouvir sobre como seria legal para as pessoas, eu aceitei participar do projeto.

Passei o dia inteiro com Bella e outras meninas, que não eram modelos, tirando fotos e gravando. Foi muito cansativo, mais foi divertido para todas nós.

Quando cheguei ao meu apartamento, tomei um banho e me joguei no sofá.

- Joana, você precisa vir comigo agora. – Bella diz.

- Por quê? – pergunto sem entender.

- Parece que o Cristiano se machucou e está em casa precisando de você. – ela diz.

- Ai meu Deus. – digo e dou um pulo do sofá.

Não podia ser, logo agora. Não. Não. Esse fim de semana teria o super clássico da Espanha.

- Vamos logo Bella. – digo já nervosa.

Cristiano devia está um caco e pior, devia tá uma pilha de nervos.

Bella e eu saímos correndo de casa e ela vai dirigindo para a casa de Cristiano.

Quando enfim chegamos lá, eu quase nem me despedi dela.

- Divirta-se. – ela diz e arrasta o carro.

Oi? Divirta-se? Deve ter sido uma ironia.

Falo com o segurança e ele me deixa entrar. A casa estava completamente vazia e a única coisa que eu encontrei foi um bilhete, com a letra de Cristiano.

Estou no quarto.

Respiro fundo e me preparo para o humor de cão que iria encontrar no quarto dele.

Subo as escadas correndo e vou em direção ao quarto dele, só que no meio do caminho encontro uma flor branca jogada no chão. Estranho mais a pego e continuo seguindo o meu caminho. A porta do quarto dele estava entreaberta, então eu dou duas batidinhas e entro.

- Cris... – chamo.

O quarto estava meio escuro e eu ainda por cima eu havia esquecido meus óculos, ou seja, não estava enxergando quase nada. Ouço um som de plástico e fico um pouco assustada.

- Cristiano. – chamo ele novamente.

As luzes se acendem e eu pisco varias vezes antes de conseguir enxergar alguma coisa. Quando enfim consigo abrir os olhos, encontro Cristiano a centímetros de mim com um buquê de rosas brancas na mão e divinamente arrumado.

- Eu não acredito que você mentiu sobre se lesionar na semana do clássico. – digo.

Ele ri.

- Queria te trazer para cá, mais sabia que ia precisar de um bom motivo. – ele diz.

- Eu podia ter enfartado, sabia? – digo.

Ele ri e passa a mão no rosto.

- Para você. – ele diz me entregando o buquê.

- Te odeio por isso. – digo pegando o buquê e rindo.

- Você sabe que dia é hoje? – ele pergunta.

Ai senhor... eu esqueci que hoje era o meu aniversario de namoro. Quatro meses.

- Que péssima namorada eu fui arranjar... o que você vai fazer para tentar se retratar? – ele pergunta me puxando para ele.

Mordo o meu lábio inferior.

- Não tenho a mínima ideia... – digo.

- Tem certeza? – ele pergunta mordendo o meu maxilar.

- O que você mandou preparar para o jantar? – pergunto curiosa.

Ok que eu estou com “o cara” me agarrando, mais eu estou morrendo de fome.

Ele ri.

- Depois você vê. Agora eu quero falar de outro tipo de comida. – ele diz e deixa uma lambida no meu pescoço.

- Que horror! – digo caindo na risada.

- Você realmente saiu de casa assim? – ele pergunta se afastando um pouco e pegando o buquê das minhas mãos.

Agora que eu percebi que sai de casa vestindo uma camisa dele e somente de calcinha. Por sorte, ela era um pouco larga e comprida.

- Ninguém mandou você dizer que estava lesionado. – digo cruzando os braços.

Ele solta uma gargalhada e coloca o buquê na poltrona.

- Flor branca, flor branca... sabia que alguém pode ter tirado uma foto sua assim? Sabia que amanhã todo mundo pode está vendo o quanto você é ousada? – ele pergunta chegando perto.

Ai meu Deus. Será que alguém me viu assim?

Ele descruza meus braços e passa as mãos pelos meus seios ainda cobertos pela camisa dele.

- O que eu faço com você? – ele pergunta descendo as mãos lentamente para minha cintura.

- Me leva para jantar. – digo só para provocar ele.

Ele ri e me pressiona contra a parede colando nossos corpos.

- Você sabe que quanto mais fala de comida mais eu quero comer você, não sabe? – ele pergunta com a boca colada na minha orelha.

Me arrepio inteira e instintivamente seguro sua camisa com força.

Eu sabia que sim e por isso gostava de jogar com ele, na verdade ele me ensinou gostar de jogar com ele.

- Cris... – chamo baixinho.

- Agora sim... – ele diz e sorri.

As mãos dele habilidosamente arrancam a minha camisa, ele a joga de lado e sorri ao me olhar. Ele segura minha mão e me leva para a cama.

- Eu adoro ver você assim... – ele diz e aponta para o meu corpo deitado na cama.

Sorrio um pouco envergonhada.

Ele começa a tirar o relógio, o anel, pulseira.

- Porra Cristiano. – reclamo.

Ele solta uma gargalhada.

- É para você, da próxima vez, parar de falar de comida e prestar atenção em mim. – ele diz rindo.

- Você é ridículo. – digo.

Finalmente ele tira a camisa, mais aquele ser parecia não ter a mínima pressa para se despir.

- Em 2021 você acaba de tirar a roupa. – digo.

- Está com pressa? – ele pergunta tirando o sapato.

Meu namorado é muito pirracento.

- Não, nem tô... – digo irônica.

Ele ri.

- Ah... porque pelo o que eu me lembre a senhorita não estava com a mínima pressa em dizer que você era minha. – ele diz arqueando a sobrancelha.

Dou risada alta.

- Ainda isso amor? – pergunto.

- Eu fiquei tentando e tentado e não conseguia nada. – ele diz.

Ele havia viajado com o time no inicio da semana e como meus pais estavam aqui não deu para nós aproveitarmos muito antes dele parti e então ele me ligou e pediu para eu falar algumas coisas para ele, só que eu estava querendo brincar com ele e não falei.

Por fim, ele finalmente tira as calças e a cueca.

Ele sobe na cama, mais apenas deixa um beijo em minha barriga e aproveita para tirar a minha calcinha. Depois ele se deita em cima de mim e começa com os meus carinhos favoritos, beijos e mordidas no pescoço.

- De quem você é? – ele pergunta se posicionando na minha entrada.

- Cris...

- Tudo vai depender de você. – ele diz e morde o meu lábio inferior.

- sua... – sussurro.

- O que você disse? – ele questiona.

- Sua. – digo mais alto.

- Boa garota... – ele diz e vai me invadindo lentamente.

Deixo um gemido alto escapar.

- Estamos só começando amor... – ele diz contra minha boca.