História Duff - Capitulo 2

Parte do elenco embarcou para os EUA para a pré-temporada, mais eu e Cristiano ficamos. Eu fiquei porque minha presença seria inútil lá e Cristiano porque estava tratando da lesão no joelho que sofreu na Eurocopa.

- Como está? – Cristiano pergunta massageando os meus ombros.

- Esse negócio dói e pinica. – Digo mal-humorada.

Cristiano Ri.

- Sua postura está muito bonita e passa confiança. – Ele diz.

Reviro os olhos.

- Vamos porque iremos as compras. – Ele diz.

Olho para ele sem entender.

- Começaremos a renovar uma parte do seu guarda-roupa e vamos dar um jeito nessa juba. – Ele diz.

- Ok...

Como estávamos fazendo sempre, saímos juntos e dessa vez seguimos para a rua Serrana, rua que eu nunca pisei, mais que sabia da fama de luxuosa e o sonho de consumo das mulheres.

- Vamos começar pelo cabelo, porque isso está um terror. – Ele diz.

Dou risada, porque aquilo soou tão gay.

Entramos no luxuoso salão de beleza e eu juro que pensei ter entrado num paraíso. Tudo parecia confortável ali e a minha vontade de dormi dominou meu corpo.

- Vamos que a sua cadeira te espera. – Cristiano diz me arrastando.

As mulheres que estava ali, me encaravam incrédula, já que o cara mais desejado de Madrid estava com uma garota desengonçada e com o cabelo pior do que uma palha.

- Você vai ficar me esperando? – Pergunto assim que me sento.

- Não... vou renovar meu corte e vou passar nas lojas já reservando algumas peças. Assim que você terminar, me mande uma mensagem. – Cristiano diz.

- Ok. – Digo.

- Até algumas horas. – Ele diz e deixa um beijo na minha testa.

- Até. – Digo.

Ele se vai sob o olhar faminto das mulheres do local.

Me viro para frente e vejo uma mulher feia. Cabelos ressecados, olheiras, bochechas enormes, sobrancelhas desarrumadas. Como eu estava acabada.

- Minha filha, você estava tentando fazer dreads? – O cabeleireiro pergunta ao soltar o meu cabelo.

Eu odiava o meu cabelo e ficava sem pentear ele por dias.

- Vamos ao trabalho! – Ele diz para uma moça ao seu lado.

Eles dividem meu cabelo no meio e começam a travar uma guerra com os fios embaraçados. Simultaneamente uma segunda mulher fazia minhas unhas.

Depois de quase perder metade do meu cabelo, foi hora de lavar e colocar a hidratação. Aquele rapaz tinha mãos de fada. Ele massageava meu couro cabeludo e ele teve que me chamar, porque eu estava quase dormindo no lavatório. Após aquela seção relaxante, veio a hidratação. Antes de ir para aquele treco que fica esquentando a cabeça, minha pele foi limpa e colocaram um creme no meu rosto. Depois de estar com a cara toda lambuzada, eu fui ficar para aquele aparelho.

Não sei quanto tempo fiquei ali, só sei que pareceu uma infinidade. Aproveitei ele para comer uns biscoitinhos que me foram servidos.

Após sair do calor, enxaguei meu cabelo e fui escovar o cabelo. Depois de mais uma infinidade, eu estava pronta.

- Ei, ainda falta a maquiagem. – Ele diz.

Reviro os olhos.

Antes de começarem a maquiagem, minhas sobrancelhas foram feitas e doeu muito.

- Não quero nada exagerado. – Digo.

Eles apenas assentem e começam a fazer a mágica.

Quando terminam e me viraram para o espelho, eu juro que quase cai para trás.

- Pode dizer que eu fiz um ótimo trabalho. – O cabeleireiro diz.

- Obrigada pelo milagre. – Digo e dou risada.

Envio uma mensagem para Cristiano e dois minutos depois ele volta para me buscar.

Ele até quis pagar minha despesa, mais eu não deixei.

Seguimos para uma loja e para o meu susto é logo uma de lingerie.

Entro na loja um pouco assustada.

- Diga a ela o seu tamanho e ela irá trazer as peças que eu escolhi... – Cristiano fala.

- Número 42. – Digo.

A vendedora que sorria abertamente para Cristiano sai em busca das peças. Ela leva todas para o provador e eu vou experimenta-las. Quando vejo o que Cristiano escolheu fico morrendo de vergonha. Tinham peças pequenas, vermelhas e até transparentes.

- Psiu. – Faço para chamar a atenção de Cristiano.

Ele vem até mim sob olhares das vendedoras.

- Você escolheu umas coisas que eu não uso. – Digo.

Ele ri e se apoia na parede.

- Vista logo as peças e se acostume. – Ele diz.

Reviro os olhos para ele.

- Quando vesti me chame. – Ele diz.

- Eu não... – Ele me interrompe.

- Eu preciso ver como fica, além do mais, eu sou o seu treinador. – Ele diz baixo.

Que droga.

Visto o primeiro par, que era azul marinho, e chamo ele.

- Seu número não é 42. – Ele diz.

- Claro que é, olha como está certinho. – Digo.

- Esse é o problema, está certinho demais. O sutiã tem que cobrir apenas uma parte do seu seio e não ele por completo e essa calcinha... ela está cobrindo tudo também. – Ele diz.

Ele sai e fala com a vendedora para trazer peças tamanho quarenta.

Visto mais uma vez, só que um número a menos e acho muito estranho.

- Perfeito. Está vendo isso? – Cristiano pergunta apontando para a metade do meu peito que estava de fora.

- Como não veria?

Ele ri.

- Isso é bom, é bonito. – Ele diz.

- Acabei de me sentir como a Aurah. – Digo e faço careta.

As tetas daquela mulher viviam mais a mostra que o próprio rosto dela.

- Ela usa dois números a menos, então você não chegou a esse nível. – Ele diz.

- Como você sabe? – Pergunto.

- Ela deixa isso aparente... – ele diz dando de ombros.

Dou risada.

Continuo provando as peças e Cristiano dando a opinião critica dele.

- Você não é completamente DUFF, já que você não é gorda. – Ele comenta.

Olho para mim no espelho, já vestida.

- São as suas roupas que te engordam. – Ele completa.

Eu gostava de roupas largas a até por isso comprava peças masculinas.

- Vamos na próxima loja. – Ele diz enquanto entrega o cartão a vendedora que estava a ponto de pular no colo dele.

- Já estou cansada. – Digo encostando minha cabeça no ombro dele.

- Só mais essa, por hoje. – Ele diz.

- Ok.

Pegamos as sacolas e fomos para uma loja de material esportivo. Tops, calças de treino, tênis, agasalhos e até meias estavam a nossa espera.

- Alguns são do meu patrocinador, já que você irá treinar comigo e outras são do patrocinador do clube. – Ele diz.

Provar aquelas roupas foi bem difícil. Tudo era apertado demais.

- Não tem nada mais largo? – Pergunto a ele.

- Não, elas têm que ficar coladas. – Ele diz.

- Está marcando tudo. – Digo.

- Não, está na medida. – Ele rebate.

Que criatura cabeça dura.

- Começamos a treinas amanhã no clube, leve uma dessas peças na bolsa. – Ele diz.

Reviro os olhos.

- Se você quer deixar de ser uma DUFF, você tem que se esforçar.

- Ok.