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História Celestial - Capítulo Dos


Escrita por: LaraRodriguez

Notas do Autor


> Hey, tudo bom? Espero que gostem do capítulo e obrigada por todo carinho.

Boa leitura ❤

Capítulo 3 - Capítulo Dos


Fanfic / Fanfiction Celestial - Capítulo Dos

— Você só pode ter ficado louca mesmo né? - falou Castilho me olhando com desprezo - Pra quê que eu vou te dar um dia de folga?

— Eu to doente! - exclamei com minha voz rouca e logo em seguida tossi - Quer que eu espirre na comida dos clientes?

— Nunca ouviu falar que o que os olhos não veem o coração não sente? - me olhou debochado - Coloque um avental e vá para a cozinha, enquanto estiver assim você vai trabalhar lá dentro - falou e saiu sem nem me deixar falar algo. O praguejei até sua sétima geração e fui para a cozinha colocando um avental. Touca? Aquilo era um luxo, segundo Castilho, um luxo do qual ele não pagaria. Eu não estranharia se encontrassem um cabelo ou outra coisa na comida, eu mesma não comeria nada nessa espelunca, mas era a única do bairro visto que Castilho pagou alguns mafiosos para afastarem a concorrência.

O sino da porta tocou mais uma vez, porém não me dei o trabalho de olhar para ver quem era pois estava ocupada demais mexendo uma panela de molho.

— Celeste - sussurrou Jade atrás de mim - é ele de novo, Celeste - disse ela animada, mas não me dei o trabalho de olhar para ela ou para quem fosse que ela estivesse falando.

— Ele quem? - perguntei sem animação.

— Justin Drew Bieber! - praticamente gritou e eu olhei para trás vendo que ele havia escutado. Olhei para Jade a repreendendo.

— Qual o problema em chamá-lo apenas de Justin? - resmunguei sentindo minha cabeça doer.

— Porque o nome dele é importante, abre portas que jamais serão abertas para nós, meros mortais - suspirou parando de colocar molho no hambúrguer - e ele quer ser atendido por você, então vai logo.

— Por mim? - perguntei assustada e ela assentiu.

— Acho que ele gostou do modo como você jogou comida nele - debochou de mim enquanto fitava suas unhas de modo descarado, eu apenas revirei os olhos e peguei um bloquinho. Castilho havia mandado eu ficar na cozinha, mas é aquela né, o cliente sempre tem razão.

— Bom dia, o que deseja? - perguntei quando me aproximei de Justin, mas não tive coragem de o encarar.

— Você - disse simplesmente e eu me espantei.

— Como?

— De preferência na minha cama - sorriu malicioso e eu revirei os olhos.

— Você me entendeu. Então, o que vai comer? - perguntei e quando o vi abrir a boca com um sorriso malicioso tratei logo de cortar sua fala - De preferência o que está no menu.

— Apenas um café - me virei para trás sabendo que seus olhos cobertos pelo óculos escuro de marca fitavam meu corpo descaradamente, peguei a cafeteira e uma xícara e o servi.

— Ao menos pague desta vez - sorri falsa.

— Eu salvei a sua vida, não mereço pelo menos um café de gratidão? - repousou suas mãos no balcão e sorriu torto.

— Se cada vez que um idiota desse lugar tentasse me assediar e eu tivesse que lhe pagar um café, eu não teria salário - revirei os olhos.

— O café, você teve que pagar? - se mexeu desconfortável no banco.

— E quem mais seria? - o observei pegar sua carteira e repousar uma nota de 500 pesos - Eu não preciso de esmolas - disse após afastar sua nota para perto dele a devolvendo.

— Não é esmola, não seja orgulhosa e nem irritante - não pude ver por causa de seus óculos, mas podia jurar que ele estava revirando os olhos. Revirei os olhos também. Ele arrastou a nota até estar quase caindo do balcão - e pare de revirar os olhos, está me dando agonia - revirei os olhos mais uma vez a fim de irritá-lo.

— Não fode cara, já falei que não quero - ele suspirou e levantou da cadeira.

— Uma pena que não me importo - foi andando de costas para trás e sorrindo - até mais linda.

— Lindo vai ficar o meu pé no seu…

— E compre algo bonito, esse avental não lhe cai bem - foi a última coisa que ele disse antes de sair do estabelecimento e adentrar seu carro de última geração, totalmente diferente das caminhonetes velhas que eu geralmente via.

— Mas que filho da puta - revirei os olhos e depois olhei para a nota de 500 pesos no balcão. Meu instinto teimoso dizia para colocar a cédula na caixa registradora, porém Castilho não merecia uns trocados a mais, então coloquei-a no bolso do meu uniforme. Eu não queria o dinheiro dele, mas o que eu poderia fazer? Ele não aceitaria e eu não podia jogar fora. Ouvi um pigarro atrás de mim e olhei para ver quem era me deparando com Castilho.

— Te pago pra pensar ou pra trabalhar?

— Você me paga? - perguntei irônica e voltei para o meu posto na cozinha.

— Você tá muito nervosinha pro meu gosto, talvez uma demissão faça você voltar ao normal - apenas revirei os olhos e peguei uma faca para cortar batatas. Sinto que a qualquer dia meus olhos vão saltar para fora de tanto que eu os reviro.

[...]

Tranquei a porta da lanchonete e segui em direção a minha casa, já que mais uma vez Castilho havia me obrigado a fechar o estabelecimento, mas dessa vez sozinha.

Puxei o zíper do moletom, mas não cheguei a terminar a ação pois logo ouvi disparos se aproximando, rapidamente entrei dentro de um beco qualquer e me escondi. Céus, rezo pelo dia em que vou poder ir para casa em paz. Em seguida ouvi gritos de uma discussão, mais alguns tiros e carros derrapando no asfalto. Andei um pouco mais para frente para poder ouvir o que estava acontecendo.

— Quem você pensa que é? Só por que veio do estrangeiro acha que pode mandar em algo aqui, porra? - um homem irritado gritou.

— Eu vim pra botar ordem na merda deste lugar. Acha que só porque é um traficante de merda qualquer, você manda em algo aqui? - bom, ao menos essa voz eu reconheci e era de Justin, que também estava irritado - Meu pai se foi, mas eu voltei. E eu vou tomar o controle dessa cidade a força se precisar - houve uma breve pausa - matem todos eles, deixem apenas um para que possa espalhar a mensagem de que quem manda agora sou eu - então houve mais disparos e em seguida os carros saíram em velocidade máxima. Esperei alguns segundos e saí de meu esconderijo evitando olhar os cadáveres.

— Socorro - sussurrou um homem encostado na parede e que tinha um tiro no abdômen. Ao ouvir sua voz, me arrepiei dos pés a cabeça, mas ignorei e corri para minha casa temendo que a outra gangue chegasse logo.

Ah Deus, eu só queria sair da merda deste lugar.


Notas Finais




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