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História Celestial - Capítulo Ocho


Escrita por: LaraRodriguez

Notas do Autor


> Desculpem a demora, mas eu a c a b e i de escrever esse capítulo, ainda está quentinho! Obrigada por todo carinho, espero que gostem.

Boa leitura ❤

Capítulo 9 - Capítulo Ocho


Fanfic / Fanfiction Celestial - Capítulo Ocho

Ouvi dois toques em minha porta e em seguida ela foi aberta com Justin Bieber passando por ela. Qual seria o sentido de bater na porta e em seguida entrar mesmo sem permissão?

— Educação é gratuita, pode usar à vontade - debochei enquanto me sentava na cama e olhava para ele.

— Tudo bem então, vou levar o presente de volta - disse ele dando meia volta, mas eu o impedi.

— Presente é? Gosto - sorri cínica - o que é? - ele riu fraco.

— A festa é em poucas horas e, bom, eu acho que você não tem uma roupa apropriada para ir - me estendeu uma sacola preta com o nome de uma marca que eu não conhecia. Provavelmente cara demais para mim - dizem que mulheres gostam dessas porras, então comprei, só não sei se vai ficar bom - tirei o vestido azul marinho da sacola e ele era extremamente lindo, com alças finas e um generoso decote, ele não era rodado, era um tanto quanto justo no corpo porém sua saia longa tinha um certo volume. Era bastante lindo - gostou?

— Sim, muito. Mas achei que as festas de traficantes fossem sempre bem… vulgares, sabe. Som alto com várias mulheres seminuas e tal. Vai promover um baile da terceira idade, por acaso?

— Caralho, você realmente não sabe como agradecer - disse ele um pouco raivoso.

— Okay, okay. Eu adorei, obrigada chefinho - disse um pouco cínica e ele revirou os olhos. Colocou a mão nos bolsos e tirou um cartão de crédito.

— Caso precise de mais alguma coisa… - assenti e quando fui tentar pegar o cartão, ele o afastou - Não me leve a falência - me olhou sério e eu sorri fofa.

— Poxa, eu estava pensando em comprar uma Ferrari…

— Se quiser, tudo bem - falou naturalmente e eu o olhei incrédula.

— Eu estava brincando.

— Eu não - piscou um olho para mim e colocou o cartão em minhas mãos - até mais tarde.

Horas depois eu estava pronta, com maquiagem e cabelo feitos por mim e o belíssimo vestido em meu corpo. Meu cabelo era castanho e ondulado, um pouco sem graça, mas eu amarrei duas mechas atrás o fazendo ficar ainda mais volumoso. 

Eu nunca havia me arrumado tão divinamente, minhas roupas mais caras eram as que eu usava para acompanhar e bom, eram apenas pedaços de pano. Mas dessa vez eu me sentia linda, quase que uma princesa de contos de fadas, mas só se princesas fossem a festas de mafiosos.

Ouvi dois toques em minha porta e em seguida Justin a abriu, novamente sem permissão. Ele estava lindo, com um terno azul um tom mais escuro do que o meu vestido. As mangas arregaçadas até os cotovelos deixando suas tatuagens a mostra. Céus, que tipo de gangster é esse que parece ter saído de um ensaio fotográfico?

— Você está linda - disse ele me olhando da cabeça aos pés.

— Você também.

— Quando não estou? - sorriu cínico - Vamos, os convidados já chegaram e quero lhe apresentar - assenti e me aproximei dele, que me puxou delicadamente pela cintura e deu-me um selinho demorado - só pra não perder o costume.

— Cuidado para não se apaixonar.

— Lhe digo o mesmo.

— Acha que vou cair nos seus encantos tão facilmente?

— Não vai? - roçou seus lábios nos meus e por um minuto esqueci o que eu tinha para falar - Chuto a dizer que você já está apaixonada.

— Não estou.

— Então por que o seu coração está acelerado? - pôs uma mão sobre o meu peito e fez um leve carinho lá.

— Ah não sei, talvez seja um início de infarto - debochei e ele revirou os olhos.

— Não negue o que sente.

— Aí é que está, eu não sinto.

— Não estou convencido - seu dedo indicador fez um leve carinho no meu maxilar me causando alguns arrepios - quando todos os convidados forem embora, me encontre no meu escritório.

— Isso é um pedido ou uma ordem?

— O que você achar melhor - deu-me outro selar de lábios - vamos - agarrou minha mão e me puxou antes que eu pudesse responder.

No andar de baixo tocava uma música clássica e entediante, com vários homens e mulheres conversando animadamente. Justin e eu descemos as escadas ainda de mãos dadas e os convidados posicionaram seus olhos em nós, intercalando entre Justin, eu e nossas mãos.

E então os burburinhos começaram, várias pessoas começaram a cochichar e era notável que era sobre mim, mas o quê exatamente? Meu coração acelerou quando ouvi as palavras "Pequeña Muerte" e "Miguel". Justin me olhou confuso e eu apertei sua mão.

— Sim, é ela, é a Pequeña Muerte - disse uma mulher em alto e bom som.

— Celeste, do que eles estão falando? - perguntou Justin ainda confuso.

— Eu te disse que tenho um passado sombrio.

— Ah, meu Deus - murmurou - calem a boca - gritou assustando todo mundo, inclusive a mim - por gentileza - disse em tom cínico e todos permaneceram em silêncio - não sei do que estão falando e no momento também não quero ficar sabendo. Tudo que tenho a dizer é: caso não me conheçam, sou Justin Bieber, filho de Pablo Bieber e comandante de Sonora. Quem achar ruim que tente me tirar do meu lugar. Os trouxe aqui hoje para apresentar minha equipe, meus homens e mulheres de confiança. E deixo logo bem claro que caso mexam com eles, eu mato vocês. Ryan, Chaz e Chris - senti algumas pessoas atrás de mim e eram os três, um degrau acima na escada - e Celeste.

— Coragem sua confiar nela - disse a acompanhante de um homem. Eu conhecia ela há muito tempo, seu nome era Gina e eu a detestava. Não perdia uma oportunidade de me alfinetar - se ela colocou o próprio marido na cadeia, quem dirá você?

— Você foi casada? - perguntou ele entredentes.

— Isso importa? - sussurrei.

— O que você acha, Celeste? - revirou os olhos - Celeste trabalha para mim e foda-se o passado dela, não chamei ninguém aqui pra investigar ela - ele me puxou pela mão e fomos andando até o jardim - que porra foi essa, Celeste? Que merda você tá escondendo?

— Nada, ué - dei de ombros e desviei o olhar.

— Nada? Todo mundo que está ali te conhece e você me diz que não é nada? - ele me olhava estranho, um olhar que nunca havia me dado antes, como se não soubesse quem eu era e de fato ele não sabia.

— Podemos conversar sobre isso no final da noite? É uma longa história - suspirei cansada.

— Que seja - murmurou e entrou na mansão rapidamente me deixando para trás.

A festa correu normalmente e, diga-se de passagem, bastante chata. Passei a maior parte do tempo conversando com Chris, enquanto Justin dirigia sua atenção aos vários convidados, sem ao menos me olhar por uma fração de segundos.

— Cara, eu falei que queria uma putaria e o Justin me deu um baile de formatura - disse Chaz sentando ao meu lado e eu rir de sua fala.

— Ele fez isso só pra exibir que tem dinheiro - disse Chris - pra mostrar o patrimônio.

— Ele que enfie esse patrimônio no cu dele então, eu quero uma festa de verdade.

— E você, Celeste? O que quer?

— Sumir - falei ao olhar para Justin e me dar conta de tudo o que eu teria que contar para ele. Bebi o resto do champanhe em minha taça de uma só vez tentando criar um pouco mais de coragem.

Um falatório se deu início e logo as falas ficaram mais altas do que a música que tocava. Eu e os meninos nos viramos para ver o que estava acontecendo e eu podia ver as pessoas abrindo espaço para que alguém passasse, mas eu ainda não conseguia ver quem era.

— Não é possível.

— É ele mesmo?

— Achei que ainda estivesse preso.

— Ela está tão ferrada.

— Miguel?

Miguel?

Meu coração disparou pela segunda vez naquela noite por ouvir seu nome, mas o mundo parou de rodar quando eu o vi e tudo pareceu ficar em silêncio, a não ser pela minha taça que se espatifava no chão.

O homem que me causou pesadelos por muito tempo se posicionou em minha frente e sorriu para mim, sorriu como se fosse a primeira vez que nos víamos, mas eu sabia que não, ele sabia que não, todos ali sabiam que não. Porque ele deixou marcas, marcas em mim, em outras pessoas, na cidade. Ele foi como um furacão em um dia ensolarado, ele me devastou, ele acabou comigo, ele… era meu marido.

— Há quanto tempo, minha doce Celeste.


Notas Finais




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