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História Dusk Till Dawn - Capítulo Sete


Escrita por: shemay

Notas do Autor


Boa Leitura...

Capítulo 7 - Capítulo Sete


Jade POV

Digo a Tom que preciso resolver isso com calma. Minha vida não era tão emocionante quanto a dele, que tinha essa liberdade de horário e agenda. O que era parcialmente verdade. Eu realmente precisava ver isso, por mais que essa semana fosse para dar um tempo, na maioria das vezes eu ia a praia e fazia algo simples e ainda por cima resolvia alguma coisa da faculdade. Nunca fui de fazer as coisas por impulso e sofria de uma enorme angustia de não ter planos. Culpa da minha ansiedade, que não me permitia ser a jovem inconsequente americana típica que retratam nos filmes. Mas no fundo, eu gostava disso porque primeiro que esse era o meu jeitinho e segundo, era melhor saber como as coisas iriam dar, já que nem sempre surpresas são agradáveis. Conto para as meninas que tem uma reação menos animada que eu pensei. Sophia está deitada na cama dela olhando para o teto. Estou sentada com perninhas de índio e Leah está sentada na ponta da minha cama. Todas em silêncio depois de eu ter contado a elas

-Barcelona hein? Será que se você encontrar com o Pique você pode dar meu número a ele? - Leah pede

-Ele é casado com a Shakira, você acha mesmo que tem chances de conseguir? – Sophia responde

-Nossa, obrigada por esse voto de confiança na minha aparência e no meu sex appeal – Leah devolve e vejo que elas estão se distraindo do tema inicial

-Eu nem sei se vou – Falo. Para que eu consiga ver o Pique, eu preciso estar lá

-Por que não?

-Porque eu sou eu.  Quantas vezes vocês já me viram agir por impulso?

-Mas não é agir por impulso. Ele está te avisando com antecedência. Talvez não a que você esperava e ainda por cima, ele não te cobrou nenhuma resposta na hora – Sophia argumenta

-Por que eu mal o conheço... – Coloco outro ponto e as duas dão risada

-Essa fase você já passou - Leah fala não convencida –Essa desculpa não cola

-Está bem. Mas uma coisa é sair com ele, outra é viajar com ele para outro país. Achei que vocês entenderiam isso

-Eu acho que você deveria ir - Sophia fala e eu olho para a Leah que estava quieta, quem cala consente né? -Digo, é a oportunidade perfeita. Você vai ter a semana de folga de qualquer jeito. E iria passar com ele não é?

-Bem...

-Então! Você é uma pessoa que acredita em sinais, Jade – Leah joga para cima de mim –Acho que é um sinal de que o timing dessa viajem é perfeito
-Vou pensar - Respondo pondo fim a conversa.

Tom POV

Confesso que a reação da Jade foi um pouco menos animada do eu esperava e menos animada do eu próprio estava. Não tinha dito uma palavra a minha mãe, mas os meninos sabiam e achavam que talvez eu tinha sido rápido demais, por isso ela teve essa reação

-Você assustou a menina - Harry fala

-Não é como se estivéssemos levando as coisas tão devagar assim. Eu conheci a família dela já...

-Ainda sim – Harrison rebate e como eu não respondo ele continua -E viajar já é um passo na vida do casal, uma viagem que vai atravessar o oceano...

-Então vocês estão querendo dizer que só porque não estamos juntos formalmente ela não vai e não pode aceitar meu convite? - Pergunto e eles trocam um olhar

-Esta vendo? É por isso que eu estou solteiro - Harrison fala

-E é esse o exato motivo porque eu acho que não deveria ouvir vocês. Dois solteirões

-Não somos solteirões – Harry protesta

-Ah é? Algum dos dois conseguiu alguma coisa com a Sophia ou a Leah? – Indago e eles se calam –Foi o que eu imaginei – Respondo deixando os comentários e as falas dos dois de lado.

A semana passa e Jade e eu não tocamos no assunto, o que estava me deixando levemente apreensivo, porém não quero pressionar ela de modo algum. Mas quando chego no seu dormitório na sexta para assistirmos um filme, ela está agindo de um jeito quase estranho e sei que ela vai tocar no assunto quando senta na cama, me olhando e meus sentidos avisam que não é sobre decidir qual o filme que vamos ver

-Quantos dias em Barcelona? 

-Cinco... - Respondo direto

-Só quero dizer que não sou esse tipo de garota

-Que tipo de garota? – Pergunto com uma risada

-Do tipo que viaja sem pensar duas vezes. Minha ansiedade não permite, é serio. Mas eu vou te abrir uma exceção - Ela fala com um leve sorriso e fazendo sorrir
-Está bem. Me sinto privilegiado – Falo e ela revira os olhos –Não leve a mal, mas acho que nunca falamos disso, já andou de avião?

-Já falamos, sim – Ela fala brava e me sinto mal pela memória curta –Te contei que estive na Inglaterra, no Havaí... Como acha que cheguei lá?

-Desculpa? – Peço com meu melhor olhar de perdão –Vai desistir de Barcelona? Vai desistir de mim?

-Não. Contanto que você não esqueça mais informações que te contar

-Não vai acontecer mais

-Ótimo – Ela responde tentando esconder um sorriso

-Já esteve em Barcelona? 
-Não - Ela responde e eu concordo com a cabeça –O que vamos fazer lá mesmo? Você simplesmente decidiu ir para lá, do nada?

-Essa é a impressão que você tem de mim e da minha profissão? – Pergunto com uma leve risada

-Bom... É isso que a gente vê nos site de fofocas. Ou no programa das Kardashians. Não que ambas opções sejam confiáveis – Ela responde e ri da contração da própria resposta

-Está bem. Originalmente, era para ser uma viajem de negócios, a trabalho, mas por motivos x não vai ser mais só que como geralmente essas coisas já estão pagas, dessa vez não foi diferente. Poderia pedir para cancelar, ou aproveitar Barcelona. Apesar de já ter estado lá...

-Então, você sempre faz isso? Férias surpresas Barcelona? Milão? Paris?

-Mais ou menos...

-Está tentando me impressionar? – Jade indaga com um olhar desafiador

-Está funcionando?

-Em partes. Você deu sorte que nunca estive em Barcelona

-Ah. Então você é alguém que tem férias assim?

-Quando eu era mais nova, sim. Viajava bastante

-Por que parou? – Pergunto e ela desvia o olhar, percebo que era um assunto intimo e complicado e decido mudar o rumo –Você não vai se arrepender de ir a Barcelona

-É melhor que não - Jade sorri antes de mudar de assunto-Agora, o que acha de vermos...

-Não mais um romance, por favor - A interrompo e ela revira os olhos

-Eu ia dizer suspense...

-Ah, jura? - Pergunto indo para perto dela que consente. Começamos a nos beijar e deitamos na cama. Ficamos assim por um tempo antes dela me empurrar de leve

-Acho que devemos escolher o filme - Ela diz e eu concordo. Acabando por optar por um filme de suspense não tão emocionante e com meu colega de elenco, Chris Evans. Volto para o hotel e conto aos meninos sobre isso acabando com eles cedendo a sobre a opinião deles de ser muito cedo. Falo com a minha mãe, que está bem animada sobre isso, mas não conto a ela sobre a Jade pelo menos não ainda. E também não conto a Jade sobre meus pais, o que começa a me deixar com a consciência pesada. 

Jade POV

Leah e Sophia gostam da ideia de eu aceitar fazer a viagem, o que leva a me deixar animada com a viagem. Agora só faltava avisar meus pais. Por mais que eu não morasse mais com eles e eu fosse pagar por tudo que acontecesse em Barcelona, gostava de contar a eles. Quando chego no apartamento, minha mãe está sozinha. Milah estava na casa de uma amiga e meu pai estava há três dias na Inglaterra, o que achei que seria um ponto para meu lado. Mas eu me enganei
-VOCÊ ESTÁ DOIDA? - Andrea grita depois que eu repito que vou viajar com Tom pela terceira vez
-Não, mãe. Você viajava o tempo todo com o meu pai. Ou esqueceu como me contou das suas viagens? - Pergunto pensando nos detalhes que poderiam ter sido omitidos e pelo olhar que ela tem, consegui um argumento válido. Ela viajava a Inglaterra o tempo todo com o meu pai, espacialmente por que ele morava lá. O que me faz sentir quase que se eu estivesse fazendo a mesma coisa. Bom, já falam que somos parecidas, agora então...
-Isso não lhe dá direito de vir aqui, comunicar e entrar num avião. E perder dias de trabalho

-NÃO ACREDITO. Da ultima vez você não se importou de eu perder nada. Você está implicando por causa do Tom! E eu não dependo mais de vocês - Rebato nervosa –E isso é porque você acha que eu possa fazer algo, mas nada que eu não possa fazer aqui. Álcool? Você já me viu beber mais de uma vez e nunca tive um problema com isso. Drogas? Isso rola solto no campus, se eu quisesse já tinha usado. Assim como se eu já quisesse ter feito qualquer coisa, já teria feito – Falo na cara dela e por alguns segundos penso se peguei pesado demais. Ela continua calada. Quando me viro vejo vovô nos observando

-Dá para ouvir vocês lá da rua. A sua mãe tinha razão quando falava que vocês duas pareciam mais irmãs que mãe e filha - Ele fala olhando para minha mãe

-Ela quer faltar no trabalho para viajar com o namorado

-Eu acho que você não deve implicar, Andrea. Semana do saco cheio é para isso. Mas você é quem é mãe

-Achei que você iria por juízo na cabeça dela - Minha mãe responde

-Andy, na idade dela você já não morava em casa. Você já quis viajar o mundo e por mais que tenha feito parte disso comigo, sempre quis ir com Hugh. Não achou que isso iria acontecer com ela? E ela já não é dependente de vocês há um bom tempo - Vovô coloca e minha mãe parece ter baixado toda a guarda ao se aproximar de mim

-Mas ainda tenho um certo poder. Ela ainda não completou vinte e um, falta pouco, mas não completou – Ela rebate olhando Vovô e começo a sentir que eles esqueceram que eu estava bem ali e decido colocar isso em evidencia

-Vocês esqueceram que eu estou bem aqui escutando tudo? – Pergunto e Vovô dá uma leve risada

-É melhor que você volte inteira ou eu caço o Tom e acabo com a vida dele – Mamãe diz enquanto me abraça e eu não contenho um sorriso. Me separo dela e abraço meu avô, agradecendo o apoio antes de ir em direção do elevador

-Vou voltar. E ainda te trago um chaveiro de lembrança - Digo rindo quando a porta se abre

-É culpa sua que ela está tão abusada - Ouço Andrea dizer quando as portas se fecham e eu vou rumo ao térreo.

Tom POV

Uma das várias vantagens de viajar de jatinho particular era não ter toda aquela coisa de passar pelo check in com duas horas de antecedência. Pegamos a Jade e as várias malas dela no campus que ela disse que estava mais vazio que nunca. Ela parecia bem animada, já que o trajeto até o aeroporto foi bem tranquilo entre nós quarto. Jade me deu três murros fortes, quando contei sobre meus pais e ficou de cara fechada por dez minutos. Ao embarcamos, não iria levar quinze minutos para decolarmos. Tanto Harrison e Harry se afastam dizendo que não querem ser vela. Jade está sentada ao meu lado verificando inquietamente o celular. O piloto anuncia que faltam apenas sete minutos para decolarmos e eu olho pela janela. O tempo estava bonito, mas não ensolarado o que eu acredito ser típico de Nova York. Quando  miro a Jade, vejo que ela está tremendo e se levantada rapidamente

-Eu... Desculpa... - Ela pede antes de sair correndo. Eu levo alguns segundos antes de sair correndo atrás dela. Para alguém em saltos, ela estava indo rápido

-Jade - Peço já fora do avião -Espera aí! Você não pode sair assim. É minha culpa? São os meninos?

-Não... Você não tem culpa. Ninguém tem - Ela fala e vejo seus olhos castanhos escuros cheios de lágrima -Não quero nem posso causar problema, vá ver sua família

-Vamos comigo

-Não posso

-Por que? 

-TOM - Ouço meu irmão gritar, mas não dou bola

-Eu... Deixa... Minha ansiedade... - Jade suspira -Desculpa - Penso em tudo que li e vi sobre ansiedade, que tinha sido um assunto tão recente na Internet e mídia em geral

-And you and I we're flying on an aeroplane tonight - Começo a cantar, engolindo todo minha vergonha e ela dá uma leve risada -Just close your eyes and let's pretend we're dancing in the street in Barcelona - Termino de cantar
-Tom...

-Isso te fez sentir melhor? Acho que sim né? Vi uma risadinha na sua boca linda – Falo e ela sorri de novo

-THOMAS - Ouço harry gritar de novo e eu me viro para ele

-Manda o piloto adiar a decolagem, porra

-Ei, diva - Jade brinca e solto um suspiro, parece que ela estava aliviada. Estendo a mão e ela corresponde

-Não se sinta pressionada - Falo pensando nas horas que vamos levar a chegar –Quero muito você comigo, mas se você realmente não estiver pronta eu vou entender e estou disposto a tentar de ajudar

-Alguém já te disse que você é um anjo? - Ela pergunta com um sorriso –E não posso deixar uma ansiedade ou crise me controlar

-Acho que você está certa. Transforme nervosismo em animação, melhor conselho que já recebi

-Obrigada... Pelo apoio. E acho que seu irmão e o Harrison podem acabar indo sem nós. Será que eles estão muito bravos? - Jade pergunta

-Você pode acabar com eles, sei disso - Respondo enquanto andamos de mãos dadas de volta ao avião.

Cada vez que Jade respira fundo eu aperto a mão dela de leve, para ela tentar desviar a atenção. Depois de uma hora de voo meu irmão e Harrison já tinham pegado no sono e eu estava preste a sugerir a Jade que víssemos um filme ou alguma serie para o tempo passar sem que percebêssemos

-Tom? – Jade chama –Será que tem como conversarmos mais em particular?

-Claro, vem para cá – Respondo me levantando e ela me segue até uma cabine pequena, mas que eu sei que nos dava privacidade e que os dois dormiam como pedra, provavelmente só acordariam antes de chegarmos se houvesse uma tragédia. Me sento numa das poltronas e Jade se senta a minha frente e abre um sorriso não muito feliz antes de começar a falar.

 Jade POV

Não foi nada fácil a decolagem do avião, mas pensei nas palavras de incentivo que ouvi tantas vezes dos meus pais, minhas amigas e de profissionais que me ajudaram com a ansiedade. Os dedos de Tom entrelaçados nos meus deram uma sensação de tranquilidade que era difícil de se ter com as pessoas. A reação dele foi tão inesperada, mas no melhor sentido. As pessoas geralmente não ligam para isso, taxam de frescura e não pensam em te ajudar. Depois de uma hora os meninos apagaram e decidi que precisava dar ao Tom uma explicação. Considerando a reação dele, a explicação tinha que ser completa

-Desde pequena viajava. O lugar que mais queria conhecer era a França, Paris mais especificamente. Quando fiz dezesseis anos, finalmente iríamos. Passei dias planejando e com a certeza de que nada no mundo iria fazer essa viajem ser ruim. Meu pai iria nos pegar no aeroporto de lá, pois tinha ido de Londres para Paris – As palavras saem rapidamente –Na metade do voo, ouço minha mãe soluçar. Meu coração acelerou. Ela não conseguia falar nada, não me dava explicação nenhuma me deixando aflita – Olho para o chão quando uma lagrima escorre pelo meu olho

-Jade... – Tom fala e eu faço um sinal com a mão de que não é para ele falar

-Minha Avó tinha falecido. A gente chegou no aeroporto de Paris direto para outro voo, de volta a Nova York. Minha mãe passou por um período difícil e ainda por cima se culpou por como agiu comigo e a Milah, por ter digamos que surtado, mas nunca a culpei. Teria entrado no mesmo desespero, ou maior, se tivesse perdido ela. Depois disso, eu andei de avião só duas vezes, as duas dela eu tinha feito de tudo para conseguir passar a maior parte dormindo...

-Você não precisava explicar

-Mas eu queria. Você me acha...

-Não acho nada. Você perdeu alguém e estar no avião te trouxe uma lembrança ruim

-Por um acaso você é formado em psicologia? Lidou muito bem com tudo isso. Sério, você não tem noção de como isso me fez sentir feliz – Falo sorrindo e secando as lágrimas –Obrigada

-De nada – Ele sorri e eu o abraço forte, sentindo me sentindo sortuda e agradecendo a Deus e todos os anjos por ter encontrado um cara que em tão pouco tempo, se importava tanto assim comigo.


Notas Finais


Até o próximo, beijos <3


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