Com um olhar baixo, apenas se ouvia os passos dele que andava devagar levando algo que aparentava ser um grande saco. Cada vez ele se aproximava, percebia-se que o saco cada vez mais estava criando uma aparência até que se formou em um monstro. Sim, aquilo era um monstro que brutalmente fora torturado e assassinado. Ficando logo à nossa frente e de costas, ele pega aquele corpo e acaricia seu rosto e começava a dançar com movimentos devagar e cantarolava como um casal dançando uma musica romantica. Aquilo era pertubador, pois o corpo estava se desfazendo, e cada movimento que ele fazia, cada vez caía uma parte do cadáver.
- Oi? Você quer beber água? - Ele diz para o corpo.
Ele coloca aquilo sentado e se senta ao lado do cadáver começando a conversar.
"Como a gente vai sair daqui?" Penso. Estávamos presos entre os arbustos, qualquer movimento pode chamar a atenção dele, com isso a gente apenas fica observando-o. Meu coração bate forte com a tensão, controlo minha respiração que estava ofegante fazendo o mínimo de barulho possível.
Logo ele começa a olhar em volta:
- Eu juro que ouvi um grito por aqui nesta região, será coisa da minha cabeça, maninho?
Aparentemente ele estava falando com alguém, mas vejo que ele estava olhando para o nada.
"Com quem ele está falando?" me pergunto em minha cabeça.
Logo ele pega a cabeça do cadáver e derruba o corpo na água.
- E lá se vai mais um... - Ele observa.
"Puta que pariu, eu bebi dessa água" penso com uma expressão de nojo, em seguida olho para Flowey e ele tambem me olhou com a mesma expressão. A gente tinha pensado a mesma coisa.
Passou-se certo tempo, mais ou menos 30 minutos e ele ainda estava lá, por ele estar de costas, em pé e com uma touca em sua cabeça, não dava para perceber se ele ainda estava acordado olhando para o nada ou estava dormindo.
Logo se ouve um choro seguido de palavras que ele repetia várias e várias vezes "me desculpe". Sinto uma tristeza vindo dele, era como se ele não quisesse matar ou algo do tipo, mesmo que eu sinta uma vontade incontrolável de conforta-lo e dizer que está tudo bem, não posso, pois seria suicídio. Ainda mais que Dummy tinha me dito que ele apareceu em um piscar de olhos em sua frente.
Viro-me para trás e vejo que Dummy estava o encarando com um ódio imutável, em seguida vejo Napstablook que estava tremendo de medo, aparentemente ele estava desejando que aquilo fosse embora.
- Ele é o Sans? - Sussurro para Flowey.
- Sim... - Flowey responde do mesmo modo.
Ele parecia mais louco do que o descrevido, será que aquilo que eu tinha visto nas ruínas foi feito por ele ou foi Chara?
[...]
Passando-se mais um tempo, se ouve roncos. Ele tinha dormido.
Viro-me para trás e sussuro:
- Essa é a nossa chance!
Saímos dos arbustos cautelosamente e começamos a andar fazendo o mínimo de barulho possivel. Logo ele vira a cabeça em nossa direção e respira fundo fazendo um grunhido.
Paramos por um momento. Minhas pernas ficaram bambas e um calafrio chegou em minha espinha, não conseguia me virar para trás, mas a curiosidade falou mais alto, torci para que ele não estivesse acordado. Nos olhamos para trás e, por sorte, ele ainda estava dormindo. Suspiramos de alívio e voltamos a andar, logo quando a gente menos esperou, nós havíamos escapado.
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