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História Dyed Storm - Dois amores impossíveis. - Promessa.


Escrita por: Soadetica

Capítulo 94 - Promessa.


Fanfic / Fanfiction Dyed Storm - Dois amores impossíveis. - Promessa.

Acordei às sete e me arrumei apressadamente. Encontrei com Archie na mesa do café da manhã. Minha avó já havia acordado para fazer café para ele, meu tio também já estava acordado para levá-lo ao hospital. Annie seguindo minha dica, havia acordado mais cedo para apóia-lo. Ela se sentou ao lado dele, e eu a frente ao lado do meu tio.

- Quer chá Lilian? - Perguntou a minha avó.

Olhei para ela desconfiada, pois ela ainda não havia me pedido desculpas. Embora eu também devesse pedir desculpas.

- Ela prefere achocolatado pela manhã... - Falou meu tio.

- Mas ela parou de comer coisas calóricas desde que voltou para ballet. -Rebateu minha avó.

- Qualquer coisa está bom. - Falei. - Obrigada, ao dois.

Meu tio fez o achocolatado e colocou o copo à minha frente, para provocar minha avó.
Ela colou chá em um copo á minha frente, empurrando o copo do meu tio.

Olhei para os copos e olhei para frente, Archie parecia estar segurando o riso. Pelo menos essa situação foi boa para alguém.

- Archie. - Falei. - Pode colocar café para mim?

- Claro. - Ele disse rindo.

- Você nunca bebe café. - Falou meu tio.

- Bebo sim. - Menti.

- Você só não quer arrumar briga. - Ele disse puxando minha bochecha.

- Porque vocês não tem essa atenção comigo?! - Perguntou Annie indignada.

- Eu sei o que ela prefere. - Falou meu tio. - Porque ela morou um tempo comigo.

- Mentira. - Retrucou ela.

- É verdade sim, meu anjo. - Ele disse passando a mão na cabeça dela.

- Pensei que seu anjo fosse a Alexa... - Falou minha avó.

- E eu, pensei que fosse a Lili... - Disse Annie.

- E eu, pensei que fosse a Annie... - Falei brincando.

Ele cruzou os braços.

- Todas as minha sobrinhas são. - Defendeu-se ele.

- E os sobrinhos? - Sugeriu Archie, tomando café.

- Eles são meus... campeões?! - Falou meu tio. - Assim como você Archie.

- Não sei porque todos eles querem tanto sua atenção... - Falou minha tia entrando no cômodo e se sentando ao lado do meu tio.

- Ciúmes ? - Provocou ele.

- Nenhum pouco... - Respondeu ela bocejando.

Assim que terminamos o café, seguimos para o hospital. Antes de visitar minha mãe, segui junto com Archie para o quarto de Katerine.

Katerine já estava acordada, ela estava sentada na cama olhando para a janela.

- Oi mãe. - Archie disse se aproximando dela.

- Você já chegou? - Respondeu ela. -Que cedo...

- Oi Katerine. - Saudei.

- Você também veio, Lili! - Falou ela. - Que bom. Vamos vocês dois, sentem-se. Tenho uma coisa importante para falar.

Eu e Archie sentamos nas duas cadeiras próximas a cama.

- O que foi mãe ? - Perguntou Archie. - Você pensou na conversa que tivemos ontem?

Queria saber que conversa era essa...

- Archie, eu não vou desistir da cirurgia.

- Se você não quiser. - Falou ele. - Não precisa fazer, podemos voltar para casa. Vai dar tudo certo! Eu sei!

- E você? - Questionou ela. - E o Ballet?

- Isso não é importante agora. - Disse ele. - E se quisermos podemos nos mudar para cá.

- Mas antes você havia dito que era desnecessário nos mudarmos para cá. - Replicou ela. - E ter tantas despesas.

- Eu sei, e ainda acho que isso é verdade. - Explicou ele. - Mas se você for se preocupar com isso, podemos fazer como você quer.

Katerine passou a mão na cabeça dele.

- Archie eu vou fazer a cirurgia, e vai dar tudo certo. - Falou ela séria. - Mas mesmo que dê certo, ainda quero que você e a Lilian me prometam uma coisa.

Eu e Archie nos entre olhamos e depois voltamos nossa atenção para ela.

- O que mãe?

- Primeiro deem as mãos. - Ordenou ela.

Estendi a mão para ele, ele entrelaçou nossos dedos.

- Embora vocês não vão ter o relacionamento que eu esperava que tivessem. - Falou ela. - Eu quero que prometam que um vai cuidar do outro independente do que aconteça.

- Tudo bem. - Ele disse olhando para mim. - Mas o que poderia acontec...

Ela deu um leve tapa na cabeça do filho.

- Filho, você ainda é tão bobinho.

- Porque mãe?

- Lilian, o que acha que pode acontecer? - Ela perguntou para mim.

- Nós brigarmos. - Falei olhando para ele.

- Sim. - Concordou ela. - Que clima estranho é esse entre vocês? Vocês já brigaram?

Archie soltou um suspiro e coçou a bochecha.

- Ontem. Antes da Lilian vir aqui. Acabei falando algumas coisas ruins para ela. - Ele olhou para mim. - Desculpa.

- Archie! - Exclamou ela.

- Tudo bem. - Falei. - Já conversamos sobre isso ontem.

Ela soltou um suspiro.

- Se vocês resolveram entre si, ótimo. Mas vamos falar do que pode levar isso. - Falou ela. - Quero que prometam, que independente da briga, de quem esteja errado, um perdoe o outro. Mesmo que acabem gostando um do outro, e os sentimentos não sejam recíprocos.

- Eu prometo. - Olhei para ele.

Ele olhou para mim e assentiu com a cabeça.

- Eu também.

- E também, devem prometer que não iram, de forma alguma! - Disse ela. - Perder o contato.

- Tudo bem mãe. - Falou ele.

- Não fale olhando para mim. - Repreendeu ela.

Archie apertou levemente a minha mão.

- Eu prometo, Lilian.

- Eu também, Archie. - Respondi.

Assim que terminamos a conversa, apareceu uma enfermeira e pediu para Katerine se preparasse que logo ela a levaria.Ela me abraçou primeiro e ficamos abraçadas durante um tempo, depois ela me deu um beijo na testa, após isso saí do quarto e deixei ela a sós com Archie.

Após pouco tempo a enfermeira retornou e Archie saiu do quarto. Archie parecia aquele tipo de criança que quando o pai ou a mãe sai para trabalhar fica chorando e demora para se acalmar. Os olhos dele não pareciam estar focando em nada, e ele estava andando muito devagar. 
Peguei ele pelo braço e decidi levá-lo para o solar do hospital, dúvido que ele conseguiria ver a mãe ser levada pela enfermeira. Assim que chegamos lá, ele começou a chorar. O abracei demorou até que ele retribuísse o abraço, e ficamos assim, com ele chorando silenciosamente.

Quando Archie se acalmou, nós dois se sentamos em um dos bancos. Peguei na mão dele, da mesma forma que a Katerine pediu que fizéssemos.

- Eu não posso perdê-la Lilian.- Ele falou, quase em um sussurro. - Eu não quero, e ela não pode fazer isso comigo...

Eu não podia garantir que tudo iria dar certo, mas eu simplesmente não conseguia acreditar na possibilidade de Katerine morrer.

- Está tudo bem Archie. - Falei. - Ela não vai te deixar...

- Não temos como ter certeza. - Falou ele.- A chance de sucesso é menos de cinquenta porcento. Mas espero que você esteja certa Lilian, espero mesmo...

- Eu vou estar. - Disse apertando de leve a mão dele. - Quando vamos poder vê-la novamente?

- Se tudo der certo amanhã, uma hora da tarde. - Contou ele.

- Então, até lá vamos acreditar nela. - Disse. - Pode ser ?

Ele assentiu vagamente com a cabeça.

Me coloquei em pé e o puxei pela mão, o obrigando a ficar em pé.

- Sei que não dormiu nada essa noite, e na noite passada você dormiu muito mal. - Falei. - Vamos para casa, durma hoje e descanse. Assim chegará mais rápido a hora de ver sua mãe.

- Não sei se vou conseguir dormir.

- Te prometo que vai conseguir. - Falei.

•••

Assim que chegamos em casa, pedi que Archie tomasse um copo de chá de camomila, ao qual eu tinha colocado cinco gotas do remédio para dormir da minha avó. Sabia que estava sendo muito invasiva, mas ele precisava descansar.

Subi para o meu quarto, coloquei um roupa confortável. E peguei o notebook de Aleksey, ele havia me dito que eu podia ficar com o notebook dele enquanto eu estivesse aqui.

Eu havia combinado com Lucca e Gylla, que ligaria para eles depois que eles chegassem da escola, mas ainda era cedo. Então fiz o download, do jogo que Ítalo e Meeth haviam me ensinado a jogar aquele dia. Com sorte eu ainda conseguiria jogar com eles a noite.

Fiquei vagando pela internet durante algumas horas, até que meu celular tocou era Gylla.

- Oi. - Disse ao atender a ligação.

- Você não disse que iria ligar ? - Exigiu ela.

- Sim, mas supostamente você ainda deveria estar em aula. - Falei.

- Bem, supostamente. - Ouvi a voz familiar. - Mas depois que conhecemos você, viramos mau exemplos do mesmo modo.

Eu ri.

- Como se você fosse um exemplo de aluno, antes de me conhecer, Lucca. - Debochei. - Mas é sério, espero que não estejam fazendo isso sempre.

- Só quando a Gylla me obriga. - Resmungou ele.

- Hey, isso não é verdade. - Negou ela.

- Espero que não seja mesmo. - Falei. - Já imaginou se vocês reprovarem?

- Isso não vai acontecer com a gente. - Falou ele. - Mas pode acontecer com você, se não voltar a estudar logo.

- Ainda estou agilizando isso... - Falei. - E tenho uma novidade, vou voltar a estudar aí.

- Sério? - Perguntou Gylla animada. - Quando, Lilian?

- Meu sossego está com os dias contados? - Brincou Lucca.

- Bem, ainda não sei. - Contei. - Mas como comecei o ano letivo aí, vou terminar aí.

- Não tenha pressa. - Falou Lucca. - Não tem muita coisa interessante acontecendo ainda, mas em breve...

- Cala a boca, Lucca. - Repreendeu Gylla.

- O que quis dizer com isso? - Questionei.

- Apenas que logo as coisas vão ficar mais agitadas. - Ele disse sério.

- Não é nada. - Falou Gylla.

- Porque eu sinto que estão escondendo algo de mim?! - Perguntei retoricamente. - Ah, talvez porque vocês estejam!

- Se for algo que valha a pena eu contar. - Falou Gylla.- Prometo que vou contar!

Soltei um suspiro, geralmente eu não era alguém curiosa mas no momento eu estava, mas só estava porque queria me focar em outra coisa, que não fosse Katerine.

- Tudo bem. - Falei. - Não vou insistir. E como foi o passeio de vocês com Moon aquele dia?

- Horrível. - Falou Lucca. - A próxima vez que Gylla me chamar para sair e aquele cara for junto, eu vou embora.

Mesmo que ele diga isso, tenho certeza que ele não iria. Deixá-la a sós com o Moon, para ele deve ser a mesma coisa que abrir mão dela.

- Ah, não foi tão ruim assim, Lucca! - Falou ela.

- Foi péssimo. - Retrucou ele. - Nem eu e nem ele gostamos do que você fez.

- Ah, você é muito exagerado. Depois que saímos do cinema, vocês dois comentaram sobre o filme juntos.

Então ela conseguiu fazer os dois conversarem, menina esperta.

- Meio difícil não comentar sobre Star Wars... - Debateu ele.

- Vocês tem potencial para serem amigos. - Falei rindo.

- Lilian se eu pudesse, estaria te encarando agora. - Falou ele.

- E Megan e Jheny. - Indaguei.- Alguma novidade?

Eles ficaram em silêncio durante alguns segundos.

- Não. - Respondeu Gylla. - Nada até agora.

- Nem mesmo que a Megan se mudou para a nossa sala? - Falei. - Era isso que estavam tentando esconder?

- Huhum... - Concordou ela. - Não queria que ficasse preocupada.

- Como sabia que ela havia se mudado para a sala de vocês? - Indagou Lucca.

- Moon me contou. - Falei. - De qualquer forma sei que não era isso que estão escondendo. Mas não vou me importar com isso agora.

- Sério, não é importante. - Afirmou ela.

- E você, não tem ideia de quando mais ou menos vai voltar? - Perguntou ele.

- Ainda não. - Falei. - Mas não acho que eu possa faltar mais um mês.

- Estamos morrendo de saudade, Lili. - Falou ela.

- Eu não estou. - Negou Lucca.

- Eu também estou. - Falei. - Mas pelo menos por agora quero ficar aqui.

- Você arrumou amigos aí e está nos trocando! - Acusou ele.

- Não. - Falei rindo. - De diferente, só fiz dois amigos. E eles precisam de mim no momento, e a minha família também.

Gylla soltou um suspiro.

- Entendi. - Falou ela. - Então vamos mesmo ter que esperar.

•••

Conversei com Lucca e Gylla durante a tarde, não pensei que teríamos tantos assuntos para colocar em dia. No café da tarde, tive convencer a todos, principalmente Annie a não acordar Archie, Era melhor que ele pulasse as refeições e não ficasse depressivo. A noite chegou rápido, combinei com Italo, Drake e Moon para que pudéssemos jogar hoje, mesmo que um pouco.

Liguei para eles pelo Skype e esperei que atendessem.

- Oi, Lilizinha. - Disse Italo animado.

- Oi, Italo. - Retribui com a mesma animação.

- Oi, Lili. - Falou Moon.

- Olha só ele aparecendo. - Disse.

- Você finalmente se lembrou que eu existo... - Reclamou Drake.

- Isso não é verdade. - Falei. - Eu estive muito oculpada ultimamente.

- Imagino com o que... - Drake falou.

- Com nada de mais. - Falei. - E você andam muito ocupados?

- Temos jogado quase sempre a essa hora. - Contou Drake. - Claro, com Moon junto.

- Sério? - Perguntei.

- Huhum. - Corcodou Moon.

- Traíras. - Falei. - Nem me chamam para jogar junto.

- É que eu e Drake queríamos passar um tempo a sós com Moon. - Brincou Italo.

- É verdade. - Falou Drake. - Mas o Moon se recusa vir aqui em casa, quer jogar na casa dele.

- Quanto mais longe melhor. - Moon disse rindo.

- Aposto que seríamos muito mais produtivos se você estivesse aqui. - Debochou Drake.

- Prefiro do jeito que está. - Moon disse rindo. - Não precisa aumentar a produtividade.

- Aposto que se fosse a Lilian chamando você vinha. - Falou Italo. - Me sinto traído.

- Talvez eu fosse. - Moon disse. - Mas só talvez.

- Moon, vamos jogar juntos ? - Falei. - Venha aqui em casa.

- Só espera eu pegar meu casaco. - Falou ele. - Que já estou saindo de casa.

- Está ouvindo isso, Italo? - Falou Drake. - Temos uma concorrente...

- Ela pode ser bonita. - Falou Italo. - Mas ela é só uma Moon. Nós somos dois.

- Pensando bem. - Falou Moon.- Até que vocês tem razão.

- Sabia que você não iria nos desapontar, Moon. - Falou Drake.

- Agora quem se sente traída sou eu. - Falei.

- Tudo bem Lilizinha. - Falou Drake.- Eu deixo você entrar no grupo, aposto que desse jeito vai ser bem mais divertido.

- É claro que você não vai nos divertir mais que o Moon. - Falou Italo rindo. - Mas tá valendo.

- Agora eu estou ficando assustado.- Falou Moon rindo.

- E eu prefiro recusar o convite para o grupo. - Disse rindo.

- Vocês podem nos negar agora.- Falou Drake. - Mas logo vão implorar por nós.

- Quem está assustada agora, sou eu. - Falei.

•••

Jogamos por um tempo, até hora que tínhamos combinado de parar, pois precisavam acordar mais cedo.


Notas Finais


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