História Dyed Storm - Dois amores impossíveis. - Desejo.

Após o filme, saímos da sala. Entregamos os óculos para um rapaz que os estava recolhendo, e fomos para junto do Adam e do pessoal.

- Lili. - Chamou Adam. - Nós vamos para a casa agora, você vai vir também?

- É claro que a Lilian vai para a casa. - Respondeu Aleksey. - Para onde mais ela poderia ir?

- Hmm... - Emitiu Meeth passando o braço por cima de meus ombros.. - Se eu a sequestrasse, talvez para minha casa.

Eles pareceram surpresos com a resposta dele.

- É claro que eu estou brincando. - Meeth disse rindo.

Não me contive e acabei rindo também.

- Duvido que seria um sequestro tão ruim para a Lili. - Comentou Annie.

- Bem, não sou eu que estou dizendo. - Falou Meeth. - Então vocês vão embora agora, certo?

Adam assentiu com a cabeça.

- Temos que ir. - Falou ele.- Não queremos ir muito tarde, embora seja apenas cinco horas ainda, logo irá escurecer e ficar mais frio.

- É verdade. - Respondeu Meeth. - Eu vou levar vocês para casa, eu aluguei um carro.

- Não precisa. - Retrucou Aleksey. - Já temos alguém para nos levar.

Annie beliscou Aleksey.

- Mas mesmo assim, agradecemos. - Falou Annie.

- Na verdade, seu tio Jhon.- Meeth disse olhando para Aleksey.- É meu amigo, e ele aprovou meu namoro com essa beldade aqui. Jhon disse que eu deveria levá-los para casa, já que eu também irei dormir lá, já que como ele disse: a casa é grande.

- O quê? - Perguntei. - Você vai ficar lá em casa?

- Por que, não gostou? - Ele disse arqueando uma sobrancelha, e passando a mão no meu cabelo.

- Não vou responder. - Falei sorrindo.

- Seu quarto vai ser bem longe do dela. - Falou Aleksey. - Não vai?

- Não tem como meu quarto ser longe do dela. - Falou ele rindo. - Se for o mesmo.

- Você está louco se acha que alguém vai deixa isso e...

- Calma. - Meeth o interrompeu rindo. - Estou brincando, não vamos ficar no mesmo quarto.

- Você leva as coisas muito a sério. - Falei a Aleksey. - Então, vamos?!

(...)

Fomos para o estacionamento e seguimos para o carro que Meeth alugou, era o mesmo modelo do seu carro.

- Temos um problema. - Falou Meeth. - Só tem cinco assentos, estamos em seis.

- Alguém vai ter ir no colo. - Falou Adam.

- Archie vai no meu. - Falou Annie.

Archie olhou para.

- Tem certeza ?

- Você é magro, não deve pesar muito. - Respondeu ela.

Seria melhor se ela, ou eu fossemos no colo uma da outra, mas não estou muito a fim de ficar com ela. Ainda não me esqueci das coisas que ela me disse, então não vou discutir.

Assim que todos já estavam no carro, Meeth deu a partida, e com o auxílio do GPS seguimos em frente.

- E então. - Falou Adam. - Quando anos você tem?

- Eu? - Indagou Meeth prestando atenção no trânsito. - Vinte.

Sim, vinte com mais quatro de brinde...

- Imaginei que tivesse a mesma idade que eu, ou talvez até mais novo. - Falou Adam. - Eu tenho dezenove, imaginei que teria dezoito.

Meeth me olhou pelo espelho do carro e piscou.

- Parece que eu estou bem, Lili. - Falou ele.

- Realmente. - Falei. - Até mais do que parece.

- Hmm... não entendi. - Reclamou ele fingindo.

- Vocês já namoram a muito tempo? - Perguntou Archie.

- Na verdade, não muito. - Respondeu Meeth. - E vocês dois ?

Annie riu em uma mistura de felicidade e constrangimento.

- Nós não namoramos. - Falou Archie.

- Ainda... -Completou Annie sem se conter.

- Ah não.- Reclamou Aleksey ao reparar o congestionamento logo a nossa frente.

- Acho que não vai demorar tanto... - Falou Meeth.

- Dá tempo de chegar para o jantar. - Falou Adam.

Antes que Adam terminasse a frase, a mão de Meeth, agora desocupada por culpa do congestionamento pousou no meu joelho, levei um susto com o toque dele. Ele me olhou e riu silenciosamente. Então roçou de leve seu dedão sobre o meu joelho.

(...)

Meeth estacionou o carro. Logo que saímos do carro todos foram em direção a porta, menos eu e Meeth que decidimos mesmo sem dizer, entrar por último. Ele parecia tenso, peguei na mão dele e ele me dirigiu um sorriso.

- Relaxa.- Falei.

- Eu já estive aqui, hoje mais cedo com o seu tio.- Contou ele. - Mas vai ser diferente, estando com você. Sem contar que seu pai estava dormindo na hora, então eu não o vi.

Dei um beijo no rosto dele.

- Está tudo certo. - Disse o puxando em direção a porta. - Meu pai não é bravo.

- Se você estiver me iludindo.- Ele sussurrou perto do meu ouvido.- Quando voltar para Tomsk, vai ter muita lição de casa.

Ele entrou primeiro, me puxando junto antes que eu pudesse protestar. Depois que eu entrei fechei a porta. O cheiro de lasanha parecia estar pela casa toda, entramos na sala de jantar.

- Estavamos esperando Meeth.- Falou minha avó se aproximando dele.

- Eu os trouxe assim que o filme acabou. - Falou ele. - Mas pegamos um congestionamento.

Minha avó veio perto de mim, e colocou a mão no meu ombro.

- Entendi, parece que você arrumou um namorado bem responsável. - Falou ela. - Ele parece até mais responsável que o Adam.

- Obrigado.- Meeth disse sorrindo para minha avó.

E não é que ele consegue realmente se passar por um adolescente...

Nos sentamos a mesa, Meeth se sentou ao meu lado. Não demorou muito e logo meu pai apareceu para o jantar. Hoje ele não ficou com a minha mãe de dia para poder ficar a noite.

- Oi pai.- Falei.

- Oi querida. - Respondeu ele. -Como foi o filme ?

- Foi legal respondi...

- E quem é esse rapaz do seu lado ? - Ele respondeu simpático, estendendo a mão para Meeth.

- É meu namorado...

Meeth se levantou e pegou na mão do meu pai.

- Ou meu nome é Meeth.- Falou ele. - E eu sou namorado da Lilian.

Meu pai soltou um suspiro.

- Então ele é o rapaz de quem você comentou?- Meu pai disse olhando para mim.

- Sim.- Disse assentindo com a cabeça.

- Lembra o que eu lhe disse?- Indagou meu pai. - Que ele não valeria o esforço se não se esforçasse por você?

- Lembro.- Respondi acanhada.

Meeth não pareceu se abalar.

- Bem, ter vindo aqui significa que se esforçou por ela.- Respondeu meu pai dando dois tapinhas no ombro de Meeh. - Mas isso é só o começo, você ainda precisa se esforçar muito mais por ela. Ela é uma garota muito boa, daquela difíceis de achar, então valorize.

Meu pai soltou da mão de Meeth.

- Eu entendo.- Falou Meeth.- E é por isso que desde que a conheci só tenho olhos para ela.

Meu pai abriu um sorriso.

- Espero que isso nunca mude! E meu nome é Elliot.

- Não vai.- Confirmou Meeth.

Meeth se sentou novamente meu pai se sentou a frente dele. Nos servimos.

- E então, como conheceu a Lili, Meeth. - Perguntou meu pai.

- Ele é amigo do Jhon. - Respondeu minha avó.

- Sério? - Meu pai disse esboçando surpresa.- E o Jhon aceitou o namoro de vocês?

- Sim.- Concordou ele. - Mas ele disse, que uma das condições seria eu falar com os pais da Lili...

- O Jhon preza muito a Lili, acho que se você não fosse amigo dele seria mais difícil passar por ele, que porque mim. - Meu pai disse.- Ele é como um irmão mais velho, ou mesmo um pai para ela, mesmo que ele ainda seja novo, apenas com vinte e seis anos.

Meeth riu.

- Acredite, foi mais difícil passar por ele.- Contou Meeth.- Acredito que até pelo fato de sermos amigos.

- Jhon sempre cuidou da Lili.- Falou minha avó.

- Falando nele.- Falou Adam.- Cadê o tio?

- Ah, esqueci de avisar  Ele voltou para Tomsk, hoje a tarde. - Falou ela.- Parece que foi resolver uns problemas.

- Quando cheguei.- Falou Meeth. - Eu trouxe a correspondência, e ele disse que precisava resolver algumas coisas. Então, ele só me mostrou onde era que vocês estavam e foi para Tomsk.

- Mas ele nem se despediu... - Falei.

- Ele disse que era urgente, mas que logo voltava. - Contou Meeth.

(...)

Depois da janta e de meu pai ir para o hospital. Subi para o meu quarto, trazendo Meeth comigo. Assim que ele entrou tranquei a porta.

- Essa é uma daquelas cenas em filmes. - Falou ele. - Que você diz para a vítima depois de trancar a porta: agora você não me escapa?

- Não. - Falei. - Essa é uma das cenas que eu digo: vamos jogar uno!

Ele riu e balançou a cabeça para ambos lado.

- Deixe me procurar o Uno então. - Falou ele.

- A vontade.- Disse.

Ele se aproximou com aquele sorriso que indicava, que seus pensamentos não eram os mais puros no momento. Ele passou as mãos por baixo dos meus braços, pensei que iria me abraçar, mas senti minha roupa ficar mais folgada em minha cintura, ele estava soltando o cinto do meu sobretudo. Segurei o cinto o impedindo de continuar, embora o cinto já estivesse completamente soltou. Eu só estava de meia calça e sutiã por baixo, não podia deixar que ele continuasse, se ele desabotoar meu sobre tudo irá ver tudo!

- Você não disse que eu estava a vontade para procurar? - Indagou ele sério.- Como eu vou saber que não está em baixo das suas roupas?

Fiquei na ponta dos pés e tomei seus lábios brevemente.

- Você vai ter que confiar em mim. - Falei baixo.

Dessa vez ele tomou minha cintura e me trouxe para perto, fiquei na ponta dos pés. Com uma de suas mãos, ele afastou meus cabelos de meu rosto e colocou atrás de minha orelha. Senti sua respiração muito próxima do meu ouvido me provocando arrepios.

- E se eu não confiar ? - Questionou ele em um sussurro provocante.

Fiquei sem resposta para a pergunta dele, eu não era tão boa no jogo da sedução quando ele. Meeth, continuou a me pressionar contra o seu corpo, enquanto deixava sua outra mão passear por minhas curvas lentamente. Ele olhou para mim, sem sorrir dessa vez, Meeth parecia muito sério, até mesmo bravo, porém eu sabia que ele não estava, mas a expressão má em seu rosto só me fazia desejá-lo mais. Nesse momento ele parecia tão perfeito ao meus olhos, tão meu.

Meeth, tomou meus lábios com suavidade, sua boca se encaixava perfeitamente na minha. Abri a boca lentamente cedendo espaço para ele. O beijo dele era quente, molhado moderadamente e intenso. Levei minha mão a sua nuca, rocei levemente minhas unhas ali, depois adentrei em seus cabelos. 
Quando ele percebeu que meu fôlego estava quase se extinguindo, ele cessou o beijo e chupou lentamente meu lábio inferior. Ele puxou minha roupa para o lado e beijou meu pescoço, até que chegou em minha orelha, onde ele chupou o lóbulo.

- Se eu não confiar, terei que me certificar. - Ele começou a sussurrar, dessa vez seus lábios quentes e úmidos tocavam em minha orelha, estremeci ele me segurou mais forte e prosseguiu.- Até eu ficar satisfeito.

- E se eu não conseguir lhe satisfazer? - Sussurrei.

- Isso não irá acontecer, só te deixarei quando estiver satisfeito. - Falou ele.- E você estiver sem folêgo!

Meeth afastou seu rosto e olhou para mim, seus olhos não se desviam dos meus, porém enquanto suas mão se desviam de onde estavam. Senti um forte aperto em minha cintura sem, e emiti um gemido baixo ao ser pega de surpresa. Ele esboçou um mínimo sorriso, e terminou de apertar o laço do meu sobretudo, depois se afastou.

Havia muitas pessoas em casa agora, então eu compreendia que mesmo querendo, desejando, não iríamos e nem poderíamos ir muito longe.

Meeth se sentou nos "pés" da minha cama. Me sentei ao lado dele. Ele me empurrou com seu ombro para o lado, imitando ele, fiz o mesmo.

- Quero muito aproveitar hoje e amanhã ao seu lado.- Falou ele.

- Você vai ir embora amanhã?

- Sim.- Ele assentiu com a cabeça. - Parece que não vai ser dessa vez que vou lhe tornar mulher...

- Porque eu sou um homem? - Falei imitando a voz dele.

Meeth deu uma gargalhada.

- Sim, você é meu namorado. - Ele disse. - Meu, Snow.

Me permiti rir.

- Mas eu sou o ativo da relação. - Falei ainda com minha péssima imitação da voz dele.

- Claro. - Concordou ele, vitimizando sua voz. - Você me possuí todas as noites.

- Você pensou que seria dessa vez? - Perguntei com um certo humor, trocando o assunto.

Ele entrelaçou nossos dedos.

- Não.- Falou ele.- Quero que quando acontecer seja em um momento especial, não apenas porque estamos tempo sem nos ver. É claro que você vai ter que se preparar, porque quando acontecer... vai precisar ter muito fôlego.

Soltei um suspiro.

- Parece que eu tenho muito fôlego. - Falei rindo.

- Não me provoque.- Falou ele.- Ou eu posso largar meus ideais agora.

Beijei o rosto dele.

- Ok. Também não quero largar os meus. - Disse. - Mas é difícil quando meu namorado é tão lindo, e está sobre a minha cama. Indefeso.

Ele riu com a brincadeira.

- Indefeso ?

Ele me empurrou me fazendo cair na cama. Meeth não se demorou, ele prendeu meus pulsos com uma de suas mãos, e os pressionou contra o colchão fazendo de apoio para seu corpo. Seu rosto estava próximo do meu, olhei para os seus lábios, ele olhou para os meus.Fechei os olhos quando o vi se aproximar, e então senti uma breve e suave mordida em meu queixo.

- Parece que quem tem a guardas baixa aqui é você Lilian. - Falou ele.- Indefesa.

- Minha barreiras caem quando eu te vejo.- Falei.

- Se com barreiras quer dizer roupas.- Ele disse de forma maliciosa.- Vou ficar muito feliz de lhe ajudar com isso.

- Humf. - Emiti. - Eu não posso facilitar nenhum pouco perto você, não é mesmo ?

- Assim que a presa facilita, o predador come. - Respondeu ele.

- Então eu devo sempre manter a guarda quando você está por perto? - Retruquei arqueando as sobrancelhas.

- Sim.- Respondeu ele com um sorriso.- Mantenha, será mais divertido para mim derrubá-la.

- Quer me derrubar Meeth? - Indaguei de forma inocente ao me vitimizar.

Ele olhou para o meu corpo, e apreciou a minha expressão de menina pura, após mordeu o lábio inferior.

- Estou te avisando para não me provocar, Lilian. - Avisou ele roçando os lábios nos meus.

- Te provocar ? - Disse mantendo a voz pura. - Não tive a intenção, desculpa... Meeth.

Ele apertou um pouco mais meus pulsos, dessa vez doeram um pouco, mas eu gostava da sensação, era uma prova que não me deixaria esquecer nenhum pouco que ele estava ali, me tomando como sua. Meeth, pressionou meus lábios, empurrando um pouco minha cabeça contra o colchão. Ele moveu seus lábios sinuosamente sobre os meus, assim que ele pediu passagem para a sua língua, eu cedi. Meu coração começou a bater rápido assim que senti sua língua roçar a minha. Eu estava ansiosa sem saber por que, mas sabia que queria que ele continuasse. Tentei soltar uma de minhas mãos, para tocá-lo, queria sentir sua pele lisa e suave, mas ele não permitiu. Ele pausou o beijo entre selinhos nada delicados.

- Se pensa que vou deixá-la escapar de mim. - Falou ele em seu tom sério. - Está enganada, Lilian.

Ele passou sua perna por cima de mim, e encostou ambos joelhos ao lado das minha coxas.

- E quem disse que eu quero escapar de você ?

- Mesmo que quisesse não iria conseguir. Você é minha! - Ele sussurrou a última frase, e após abriu um sorriso levado.

Uma batida ecoou na minha porta.

- Lilian.- Era a voz de Annie.- Estamos todos no quarto de Adam, venha com o Meeth quando puder.

Que bom que veio ela no lugar de algum dos garotos, mesmo ela sendo chata e egoísta ela era a mais me compreendia no momento.

- Acho que você se safou dessa vez. - Falou ele. - Mas da próxima vez não será tão fácil.

Meeth me dirigiu uma piscadela com um olho só, e um sorriso malicioso e então saiu de cima de mim. Soltei um suspiro, frustrada pela interrupção.