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História Is It Love? G. 💌 - Me beije


Escrita por: MilFor

Notas do Autor


Olá 💙
Espero que gostem desse capítulo que fiz com muito carinho!
Sei que não estou fazendo exatamente igual ao game, mas é esse o objetivo mesmo.

Capítulo 3 - Me beije


Fanfic / Fanfiction Is It Love? G. 💌 - Me beije

Gabriel me olha sem dizer uma palavra, em seguida avança bem devagar. Coração acelerado. O que ele está fazendo?

- Me desculpe, senhorita Suzie, mas eu preciso apertar o botão para irmos ao térreo.

Como sou trouxa em pensar! - Ah... Bom... Claro. Me desculpe. - Eu dou espaço, um pouco sem jeito.

Fica um clima estranho no ar enquanto a gente desce. Meu olhar fica entre meus sapatos e a porta, a porta e os meus sapatos. Não dizemos nada. O senhor Simons digita alguma coisa em seu smartphone e nem liga para o que eu faço. Eu me sinto tão estranha perto desse homem. Eu que sempre fui tão confiante e firme, tão dona de mim e decidida, me sinto totalmente exposta, totalmente vulnerável.

Uma vez fora do elevador, eu sinto uma sensação de alívio e respiro fundo. Fico tensa em pensar que logo estarei sozinha em seu carro. Eu não sei o que pode acontecer. Não me sinto segura comigo mesma. Ainda bem que ele não lê pensamentos, fico imaginando que tipo de veículo tem o senhor Simons. Com certeza um carro tão despojando quanto ele, banco de couro, vidros escuros e pintura vermelha. Um Porsche ou talvez um Audi R8.

- Vamos andando, é bem perto daqui. Siga-me.

Ok, preciso urgente parar de assistir esses filmes. Infelizmente, parece que não será nessa noite que eu darei uma volta em seu carro de luxo. Infelizmente nada! É muito propício!

O senhor Simons fala em seu celular o tempo todo enquanto nós andamos para a Starlite e eu fico perdida o tempo todo nos mesmos questionamentos. Eu me pergunto o que está acontecendo comigo... eu o conheci hoje e toda vez que estou com ele não me sinto a mesma. Esses sentimentos... é como se eu fosse tomada por emoções incontroláveis, algo tão forte e tão... Intenso. Não consigo parar de pensar... E se...

- Ok, peça para ele me ligar amanhã... Não podemos perder esse negócio... Olha, diga a ele que...

Motivado mesmo a esta hora da noite, fora do escritório continua trabalhando. É mais do que óbvio o porquê chegou onde chegou! A única coisa que realmente não está clara é o quão forte é o poder que tem sobre mim.

O ar da noite me faz bem, sinto-me tranquila para refletir. Tudo está tão calmo agora, sem aquele monte de gente andando, gritando, buzinando... Quase se parece com minha cidade natal. Eu rapidamente afugento todas as lembranças, mas é difícil não pensar neles. Principalmente nela.

Assim que viramos à rua da Starlite, vejo que a Lisa já chegou. Ela veste uma roupa maravilhosa, sempre lindamente impecável. Por um momento, eu esqueço totalmente a presença do Gabriel e vou atravessar a rua enquanto aceno para a minha colega, quando ela me vê, faz uma careta e balança de um lado para o outro, parece desespero. Percebo uma luz muito forte vindo da minha esquerda e eu olho na direção e ouço um som muito alto no meu ouvido, mas o quê... Sou puxada para trás e me vejo na calçada novamente. Gabriel está segurando minha mão.

- Michelle, você está bem? - sua fisionomia é de preocupação. Eu só consigo concordar com a cabeça sem ainda entender direito o que aconteceu. Ele me chamou pelo primeiro nome.

- Ei. - vejo que a Lisa já está do meu lado, ela correu. - Você não viu o caminhão!? - ela parece chocada. Caminhão!?

- Não, mas... Eu estava na faixa de pedestres. - respondo já mais consciente do que houve.

- Estamos em Nova Iorque, senhorita Suzie! Não adianta nada simplesmente estar na faixa. - diz Gabriel de maneira dura, mas não é só isso, eu sinto algo estranho em sua voz. Algo diferente.

- Tudo bem, senhor Simons! Foi apenas um susto e eu estou bem. - eu faço uma pausa, só agora que percebi. - Já pode soltar a minha mão.

Ele solta quase como se jogasse-a longe. Eu o olho sem saber o que fazer, sem saber o que falar. Como ele pode me salvar e ser gentil em um segundo e no outro me trata com tal ignorância!?

- Vamos para o hospital de emergências! - diz a Lisa que parece nem ter notado o que acabou de acontecer entre nós.

- Não precisa! - eu respondo rapidamente. - Estou bem, Lisa, obrigada.

- Ok então, entrem. Eu ainda preciso finalizar essa ligação. - só então que eu vi que Gabriel ficou o tempo todo com o celular ligado com a chamada. Seja lá quem for, provavelmente ouviu todo o drama. Ele põe o aparelho na orelha e eu dou as costas e a Lisa faz o mesmo.

- Senhorita Michelle Suzie? - Gabriel me chama, eu viro em sua direção. - Por favor, olhe para os dois lados antes de atravessar a rua. - ele diz calmamente. É assim que ele me vê? Como uma criança da roça na qual tem de ensinar e domesticar?? Eu me viro indiferente ao seu último dito.

Lisa cumprimenta algumas pessoas que estão no estacionamento da Starlite, parece bem descontraída e faz um sinal para eu ir e acompanhá-la.

- Vamos entrar? O Matt já está lá dentro.

- Por favor, não conte a ninguém sobre o que acabou de acontecer. - eu falo baixo, segurando em seu braço.

- Claro, Michelle! Vamos esquecer esse quase incidente.

Eu concordo e nós caminhamos até a porta de entrada. Nós paramos diante de dois homens enormes, com cara de mau. O primeiro tem uma expressão de reprovação no rosto, e parece ser para mim.

- Você! Você​ não vai entrar assim! Se afaste da porta. - ordena encarando bem dentro dos meus olhos. Eu não estou mal vestida!

- Mas eu vim diretamente do trabalho, não tive tempo de ir em casa para me trocar! - digo irritada. Babaca!

- Não é problema meu!

- Quem você pensa que...

- Aqui temos um público muito seleto e um código a seguir quanto a vestimenta. - ele me interrompe dizendo com indiferença, sua expressão impassível.

Ah, mas você vai ver só! É muito desaforo! Eu olho para esse brutamontes com todo ódio que eu possa mostrar em um só olhar, mas o trouxa nem liga para mim. Eu sinto a raiva subindo e meu corpo vai ficando quente. Estou pronta para falar poucas e boas, quando de repente escuto uma voz calma vindo de trás.

- Deixe-as entrar. As duas estão comigo.

O segundo brutamontes olha para o primeiro e rapidamente, sem dizer uma palavra, eles se entendem. Eu e a Lisa entramos na balada e eu devo dizer que com muita satisfação! Eu lanço um olhar de desprezo ao brutamontes número um.

- Babaca! - eu digo vitoriosa. Só então observo a expressão da Lisa.

- Nossa! Achei que você fosse partir para cima dele!

- Quê? - a música ofusca sua voz, vejo a Lisa rindo.

Olho para trás, mas Gabriel continuou lá fora para terminar sua ligação. Eu tenho curiosidade em saber se ele é sempre assim. Sim, ele é.

A balada está cheia, nem eu nem a Lisa temos espaço suficiente para andar. É preciso paciência para encontrar um espacinho no meio da multidão e nesse momento deixo a Lisa me guiar, ela me leva até a nossa mesa. Matt sorri para as garçonetes, ao mesmo tempo, o rapaz que está sentado ao seu lado me encara. E então seu olhar recai sobre às centenas de pessoas que dançam na pista. Eu me pergunto quem seria esse homem. Não o conheço. Será que ele trabalha na empresa também?

- Vamos dançar?

Está realmente difícil de ouvir a voz da Lisa, somos obrigadas a gritar e gesticular muito. Ir à balada com a intenção de conhecer pessoas não é muito prático, mas eu aceito o convite dela que agora, além de ser minha mais nova amiga, é também  jminha confidente.

- Gostou daqui?

- Gostei sim, é bem cheio, né? - eu digo, mas acho que a Lisa não conseguiu ouvir o que eu falei pois não me respondeu.

- Você gosta de dançar?

- Para falar a verdade... Eu amo! - Lisa me olha rindo.

- Eu também!! Essa é uma das baladas mais tops de Nova Iorque, atualmente.

Vendo o tanto de pessoas que estão aqui, eu não duvido disso. - Você vem sempre aqui, Lisa?

- Sim, é a nossa balada preferida! Música boa, gente bonita e fica perto de tudo.

Nós dançamos mais algumas músicas, mas já me sinto na necessidade de beber alguma coisa. Faço um sinal para Lisa de que vou me juntar ao Matt para beber e lá estou eu novamente procurando passagem entre todas aquelas pessoas super animadas. Assim que chego à mesa, sento ao lado de meu companheiro de baia que não está mais na presença de seu colega. Ele me lança um olhar um tanto quanto malicioso.

- Ué, princesa? Já cansou? - eu sorriu brincalhona.

- E você, príncipe? Por que não dança?

De repente eu sinto sua presença, quase que instantaneamente. Eu me viro. Gabriel vem diretamente em nossa direção. Ele avança com elegância e determinação. Exatamente o oposto do que eu sinto quando estou em sua presença. Ele vem e se senta bem diante de mim e parece não tirar seus olhos de mim. Me sinto tão desconcertada, sinto um calor subindo pelo meu corpo e a pulsação aumenta. Preciso encontrar uma forma de me acalmar, de controlar esses sentimentos. O cumprimento só com a cabeça. Sinceramente, eu não me sinto capaz de fazer mais do que isso, não depois do que rolou lá fora. Mal consigo o olhar sem me sentir estranha.

A garçonete passa diante da nossa mesa, eu pego uma bebida e a moça para para falar com o Gabriel. Ela abaixa um pouco e lhe diz algo no ouvido que o faz dar gargalhadas. Eu vejo a cena e acho graça de sua expressão, então essa é sua risada verdadeira e pura. É tão charmosa. Não haveria problema algum se eu tivesse que o observar por horas e horas. Eu me dou um tapa em pensamento. Pare com isso, Michelle!

Mudando o foco, vejo Matt o tempo todo olhando o celular com atenção, enquanto Gabriel parece ter realmente perdido algo em meu rosto.

- Matt?

- Hum? - ele responde sem me olhar, parece muito concentrado.

Resolvo não prosseguir a conversa, Matt está realmente muito ocupado. Me sinto um pouco sozinha nesse momento e não sei o que dizer, muito menos sei o que fazer quando estou diante desse meu gerente. A única coisa que me faz sentir um pouco melhor é a presença do Matt na mesa. Matt gesticula apontando para o celular dizendo que precisa atender uma chamada e sai. Puta que pariu, era só o que faltava.

Sentada sozinha com o Gabriel, eu brinco com uma mecha de cabelo, enrolando em meu dedo. Seu olhar fulminante não desgruda de mim. Afinal de contas, o que ele está querendo? Me deixar com vergonha? É sério, se ele parasse de me encarar desse jeito, eu agradeceria muito. Ainda mais porque noto várias moças absurdamente lindas e escandalosamente provocantes que passam bem perto dele. Sinto que se pudessem, já estariam sentadas em seu colo. Bando de putas.

Gostaria tanto de poder ver o que se passa dentro de sua linda cabecinha loira, principalmente agora. E talvez sua linda cabecinha de baixo também, não é? O que é isso, consciência? Seja firme!

Eu olho ao redor na esperança de que ele faça o mesmo, mas não dá certo. Eu não consigo ficar nesse clima sem falar nada.

- Tudo bem, senhor Simons? - Puta, não tinha nada melhor não?

Ele não diz nada. Vejo seu olhar se voltar para a pista de dança. Imagino que além de ser um bom partido, ele com certeza tem um bom ritmo. Sem falar uma palavra, Gabriel faz um sinal me convidando para dançar. Eu amo dançar, mas com meu chefe? Nesse contexto? O convite é tentador e eu me sinto na obrigação de dar-lhe rapidamente uma resposta. Eu levanto.

Após alguns minutos, eu começo a me sentir mais relaxada, a música é realmente boa e acabo me esquecendo quem é meu parceiro de dança. Meu lindo parceiro de dança. É meu gerente, não é lindo, nem sexy, nem gostoso ou imponente, é apenas meu gerente! Sim, ele é apenas seu gerente lindo, sexy, gostosão e imponente! Essa discussão interna continua por mais um tempo, mas para quando, de repente, eu vejo Gabriel se aproximando de mim, ele se aproxima tanto que meu coração bate mais e mais forte, ele está realmente muito perto de mim! Eu não quero fazer papel de idiota como mais cedo no elevador, mas não consigo me mexer, me encontro colada em seu corpo e essa sensação é tão boa, tão exitante. Ele mostra que se garante e ri. Essa é a hora de empurrá-lo, mas não consigo, deixo rolar e fecho os olhos. Nós dançamos assim juntinhos durante algumas músicas. Sinto seu corpo forte no meu. Não consigo falar mais nada além de um "obrigada por ter me salvado". Como resposta, ouço-o dizer em meu ouvido:

- Você é muito gostosa...

Mas o quê??? Eu ouvi mal, com toda certeza! Não é possível que ele tenha dito isso! Eu não consigo dizer uma palavra, eu tento sair de seus braços, mas Gabriel está tão próximo de mim e sinto como se me puxasse para mais perto ainda. Ele pega minha mão direita, leva minha outra mão ao seu ombro e segura minha cintura. Corpo a corpo, membro a membro. Nós nos movimentamos bem lentamente. A música é bem mais animada do que a velocidade de nossos passos de dança, mas eu não me importo. Nossas testas estão coladas uma na outra, bem como nossos olhos. Não consigo nem piscar, assim como seus lindos olhos azuis que me encaram com desejo.

Sinto que ele vai me beijar.

Me beije, me beije!



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