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História É Errado Te Amar? (em revisão) - Cruzando Aquela Linha


Escrita por: Akisa-sann

Capítulo 14 - Cruzando Aquela Linha


Willian sentia o coração acelerado. Nem em seus sonhos mais selvagens imaginou estar em uma situação como aquela. Realmente havia beijado Ethan Fitzgerald. E não só isso, naquele momento seu joelho tocava o que parecia ser uma ereção muito animada ali por baixo do tecido grosso da calça de moletom que ele usava. Ao arriscar beijá-lo jamais imaginou que o garoto o aceitaria tão bem, quem dirá então aquela reação perigosamente tentadora de seu corpo em contato com o dele.

O viu arquear as costas aparentemente inconsciente, como estivesse implorando por mais, mesmo quando ele lhe afastou aparentemente assustado com as reações do próprio corpo. Ethan o olhou nos olhos e começou a corar; as pupilas dilatadas e sua temperatura corporal muito alta. Ele abriu a boca para falar, mas não saiu palavra alguma. Parecia ao mesmo tempo desconcertado, excitado e assustado, tudo junto em íris cinzas-tempestade repletas de luxúria. Quando finalmente falou, sua voz estava rouca e falha.

— O que estamos fazendo? — a mão do garoto ainda em seu pescoço, acariciava-lhe a nuca, se inconsciente ele não sabia, mas aquilo o impedia de se concentrar.

— Eu não sei! — falou com toda a sinceridade, porque realmente não sabia. — Mas não sinto que quero parar agora, e você? — o garoto engoliu em seco.

— Eu não sei.

— Você está com medo?

— De quê exatamente? — ele perguntou desconfiado. Willian tornou a esfregar deliberadamente seu joelho no membro duro e sentiu seu corpo contrair e estremecer sob seu toque. — O que vai acontecer amanhã?

— Por que precisa acontecer alguma coisa?

— Você não tem medo de que... acabe acontecendo o mesmo que aconteceu entre você e Sebastian?

— Isso e aquilo são coisas totalmente diferentes. — Willian falou muito sério e por algum motivo, Ethan acreditou nele.

— Eu... Você...? — seu olhar interrogativo fazia nitidamente uma pergunta silenciosa que Willian respondeu muito calmamente.

— Eu não me importo com gênero... — o garoto pareceu relaxar sob seu olhar.

— Eu nunca... fiz isso com um... Cara antes...! — Willian por algum motivo sentia seu corpo acender, aquilo lhe deixava estranhamente excitado.

— Você está assustado? — Ethan o encarou com grandes olhos cintilantes — Você pode fechar os olhos se quiser...

Falou enquanto se erguia acima do garoto depositando o peso de seu corpo sobre o dele. Ethan arfou ao sentir a ereção de Willian lhe cutucar o quadril e fechou os olhos apertados quando o garoto voltou a lhe beijar, seu corpo tenso como a corda de um arco. Jamais imaginou que um dia estaria em tal situação; mesmo que já houvesse se sentido atraído por homens antes, não se permitia admitir para si mesmo e manteve aqueles desejos muito bem escondidos no fundo de seu coração, mas ali estava, completamente indefeso sob o pesado corpo de Willian, que beijava-lhe o mamilo esquerdo causando uma sensação totalmente diferente em seu corpo.

Ninguém jamais lhe tocara daquela forma antes e nem naquele lugar, e ele não podia dizer com cem por cento de certeza se o toque era bom ou se lhe fazia cócegas. Ainda com os olhos fechados bem apertados, Ethan tentou se concentrar no que Willian fazia, em sua mão atrevida que percorria seu quadril em direção ao interior de sua coxa muito delicadamente enquanto a outra beliscava o outro mamilo. Ele engoliu em seco sem muita paciência pelo garoto continuar insistentemente mexendo em seus mamilos e se recusando a tocá-lo diretamente lá embaixo.

Estava prestes a soltar uma reclamação, mas o som que se desprendeu do fundo de sua garganta foi profundo e manhoso como um ronronar, o que surpreendeu até a si mesmo. Agora um estranho arrepio lhe subia a coluna com um crescente calafrio que lhe fez gemer outra vez e arquear as costas na direção do toque persistente de Willian, que girava a língua em um mamilo inchado e muito duro. O arrepio se prolongou e se tornou uma estranha dormência até que finalmente uma estranha, mas prazerosa sensação começou a percorrer suas pernas em direção a um único ponto em seu corpo, que já pulsava em antecipação.

Os dedos de Willian, porém, não pareciam ter qualquer intensão de ir até o pênis pulsante do garoto. Sem perceber, Ethan separou as pernas mexendo levemente os quadris e sua mão caminhou descaradamente até seu membro, mas foi interceptada no caminho pelo aperto de aço de Willian, que finalmente parara de chupar seus mamilos e o encarava com o rosto rubro e os olhos faiscantes muito escuros sob a pouca iluminação do quarto. Sem falar nada ele voltou a se inclinar sobre o corpo de Ethan, agora tendo bem preso nas mãos os pulsos do garoto, que resistia fracamente.

Will puxou as pernas de Ethan para si e passou-as por cima de seus joelhos encaixando os corpos juntos, então voltou a se inclinar, mas ao invez de lhe beijar correu a língua úmida pelo lóbulo sensível da orelha de Ethan, que gemeu baixinho e estremeceu assutado com as novas sensações sentidas. Desde que se lembrava, o sexo fora um escape para fugir de sua realidade e se entorpecer em um momento fugaz para liberar suas frustrações e raiva acumulada, mas nem de perto era algo tão prazeroso ou intenso como aquilo. Ele sequer tinha tido o pênis tocado, mas já sentia como se estivesse prestes a gozar.

Quando transava com garotas, a única parte em que sentia prazer era seu pênis, mas ali estava ele deitado inerte na cama de outro homem, com o corpo fraco e trêmulo de um prazer totalmente desconhecido que percorria cada fibra de seu corpo tornado-o uma grande área erógena. Parecia ter tomado algum tipo de afrodisíaco, até mesmo o cheiro corporal de Willian lhe excitava. A pressão que seus dedos exerciam em seus punhos, sua língua quente e molhada lambendo provocativamente sua orelha, os músculos duros de suas coxas que pressionavam contra as costas de seus joelhos, os mamilos que tocavam sua barriga... Todas aquelas sensações pareciam amplificadas.

O barulho arrastado da respiração de Willian reverberava em seu corpo como ondas sonoras. Enquanto isso, Willian depositou um caminho de beijos por sua mandíbula até chegar ao queixo, as mãos deslizando por seu corpo até chegar na cintura e com um aperto forte puxar-lhe o corpo até colar ao seu. Ethan balbuciou qualquer coisa quando sua língua foi mordiscada, cada vez mais perigosamente perto do clímax. Seu membro — agora mais que ereto — pulsava dentro de sua calça como se todo o sangue de seu corpo estivesse concentrado ali.

Willian desceu um pouco mais e com um olhar muito intenso colocou os dedos no cós de sua calça e a puxou para baixo, o garoto corou ante o olhar afiado do outro, mas não se escondeu. Willian pegou uma de suas pernas e passou-a por cima de seu ombro apreciando cada centímetro de pele exposta enquanto deslizava lentamente a calça para fora de sua perna. Ethan dobrou a outra perna apoiando o pé sobre o colchão e naquela posição Will tinha total acesso as partes principais do garoto. Sua respiração entrecortada lhe dizia exatamente onde ele devia tocar, sua mão se empalmou na cintura e o sentiu estremecer quando seus lábios febris encostaram na pele delicada próxima ao umbigo, os músculos de seu abdômen contraindo fortemente.

Willian sentiu os dedos de Ethan se emaranharem em seus cabelos e puxá-los levemente quando sua língua muito lentamente fez um traço de fogo da base a ponta de seu pênis molhado e latejante. O garoto gemeu um pouco mais alto mordendo o lábio inferior. O ouviu murmurar: "Eu vou gozar.", mas não parou, pelo contrário, com seus olhos grudados na expressão perigosamente sensual de Ethan, abriu a boca e engoliu seu membro. O garoto encolheu as pernas , os dedos dos pés se contorcendo quando sentiu o clímax chegando, mas então Willian parou.

Ethan ergueu a cabeça sentindo-se febril e fraco, seu rosto queimava e tremores percorriam todo o seu corpo. Na nuvem vermelha de luxúria que anuviava sua visão, viu como que por um vidro embaçado, Willian colocar alguma coisa nas mãos e esfregar com os dedos esquentando-a antes de voltar para seu membro, que assumira um tom rosado muito forte, com as veias saltando e o pré-gozo escorrendo.

Sem falar nada Will tornou a se inclinar sobre seu corpo depositando beijos no interior de suas coxas, mordiscando a pele sensível. Soprou a cabeça de seu pênis lhe arrancando um gemido esganiçado e lhe obrigando a segurar com força os lençóis para não perder o controle total de seu corpo. Queria implorar para que ele o deixasse gozar, estava ficando irritado pelo fato do garoto nunca lhe tocar o suficiente para deixá-lo chegar ao clímax, sempre lhe deixando com aquele gostinho de quero mais um momento antes. Quase lá, mas nunca .

Ethan fechou os olhos respirando profundamente e o som que escapou de sua garganta no momento seguinte beirava a um grito. Apoiou-se nos cotovelos para olhar para Willian, mas não possuía mais muita força nos braços ou em qualquer outra parte do corpo, então seu corpo voltou a tombar enquanto um longo dedo do garoto fez seu caminho até a fenda entre suas nádegas redondas. Sua respiração pesou quando a ponta de um longo dedo massageou a área sensível e seus cílios estremeceram levemente antes de se fecharem com força ao sentir a pressão ali aumentar.

Com o corpo já totalmente relaxado e sensível das preliminares insistentes de Willian, Ethan sentiu seu interior ser invadido, os músculos contraindo com força ao redor do objeto estranho, mas longe de tentar expulsá-lo, o sugava mais para o fundo sentindo as agulhadas de um prazer latejante serpentear por seu corpo como cobras deslizantes misturadas a dor latejante. Seus lábios se separaram em um arfar necessitado e suas pernas tencionaram. Sentia uma estranha urgência aumentar dentro de seu corpo junto aos muitos arrepios e tremores que lhe ocorriam.

— Te incomoda? — Will perguntou após um olhar atencioso em direção ao seu rosto.

— E-eu não sei... É estranho. Eu preciso gozar.

Willian sorriu apreciando a sinceridade do garoto e concordou. Ethan era macio e quente por dentro e estava lhe apertando bastante, aquilo fez seu baixo ventre pulsar descontroladamente. Queria penetrá-lo imediatamente, mas temia que não pudesse fazer aquilo, pelo menos não àquela noite com o garoto ainda tão apertado daquele jeito. Ethan respirava pesadamente quando ele passou sua língua pela glande super sensível lhe fazendo se contorcer em uma doce e insaciável agonia.

Sua língua descreveu uma linha de fogo por seu membro que parecia prestes a explodir e sentiu seu corpo protestando quando um outro dedo longo se juntou ao primeiro dentro de seu corpo, lhe alargando. Willian deixou seu pênis de lado enquanto movia os dedos por dentro como se procurassem algo. Aquela sensação era estranha. Ethan não sabia dizer se era prazerosa ou só estranha, mas sempre que ele os contorcia em um determinado lugar seu corpo se enchia de tremores involuntários, como se desejado algo.

Willian o observava com olhos muito atentos, enquanto isso ele já nem se importava se todo seu orgulho tinha sido jogado pela janela, só queria desesperadamente gozar. Cada fibra de seu corpo gritava por alívio, sentia o sangue correr e expandir seu pênis dolorosamente prazeroso, mas Willian não parecia muito disposto a dá-lo qualquer atenção, do contrário continuava insistentemente contorcendo habilmente os longos dedos dentro de seu corpo até que...

Aaangh!

Até mesmo Ethan não reconheceu a própria voz. O protesto que saiu de seus lábios febris soara estranho até mesmo aos seus ouvidos, que rugiam com o sangue e seus batimentos cardíacos acelerados. Willian se agigantou a sua frente inclinando o corpo e depositando seu peso até que seus se lábios pressionaram com selvageria. Sua língua lhe acariciou por dentro como se o desafiasse a resistir, mas sem força, o garoto apenas retribuiu o beijo dando o melhor de si para não perder o pouquinho de sanidade e orgulho que ainda lhe restava.

Willian obviamente sabia o que estava fazendo. Seus dedos fortes entravam e saiam de seu corpo esfregando uma área lá dentro que lhe arrancava arfares e gemidos sempre que era acariciada. Suas costas se arquearam e seus braços foram em direção a seu pescoço se agarrando a qualquer coisa que pudesse ajudá-lo. Sem perceber, Ethan erguia a cabeça em busca de seus lábios enquanto ele mordiscada e chupava seu pescoço deixando marcas vermelhas. No meio do frenesi de excitação, entre lábios febris e uma nuvem vermelha de prazer e luxúria Ethan murmurava: Por favor! como uma prece muito necessitada.

O interior de seu corpo sugava os dedos do garoto agora. Ethan não tinha mais um pingo de dignidade lhe sobrando, apenas as sensações totalmente novas que confundiam seu corpo e a necessidade quase desesperada de encontrar alívio, um alívio que parecia muito perto agora. Willian se inclinou e finalmente lhe beijou de novo, um beijo muito sensual e lento, enquanto sua voz rouca soltava palavras sujas entre murmúrios baixos e respirações pesadas. Seus dedos entraram mais fundo apertando algum lugar lá dentro e Ethan sentiu os músculos de seu abdômen contraíram com força. Suas pernas tremeram quando uma estranha sensação de urgência cresceu perigosamente dentro de si, os dedos de seus pés encolheram enquanto ele se agarrava aos ombros de Will e seu pênis latejante jorrava o sêmen muito viscoso em seu abdômen.

Ethan pensava que sabia o que era gozar com força até o presente momento. Ele viu o sêmen espirrar, mas ao contrário do que sempre acontecia após gozar, seu corpo não relaxou, ao contrário, a sensação se intensificou partindo do ponto onde os dedos de Willian pressionava dentro de seu corpo, descendo por suas pernas e subindo por seu abdômen contraído, fazendo seu corpo todo ter tremores involuntários. O prazer corria como fogo em seus membros, intenso, pesado e assustador enquanto ele gemia alto o nome do garoto e sua visão se enchia de pontinhos coloridos. 



Ethan abriu os olhos cansados piscando até sua visão se adaptar a luminosidade fraca. Olhou ao redor e soltou um silvo baixo por entre os dentes quando seu olhar se fixou no rosto de Willian, que estava muito próximo, lhe encarando atentamente. Seu corpo estava pesado e muito cansado, de seus olhos escorriam finas lágrimas. Demorou ainda um momento até se lembrar do que tinha acabado de acontecer, e com o rosto e as orelhas ardendo em fogo e ficando vermelhas como tomates o garoto percebeu que havia perdido a consciência por um momento por causa do orgasmo intenso que acabara de ter.

Willian se afastou ligeiramente e lhe passou um agarradinha de água lhe olhando solidário. Aquilo lhe irritou profundamente, odiava aquele ar de superioridade que tinha em seu rosto e seu interior borbulhava de vergonha, afinal não bastava ter seu orgulho pisado ao ser tratando como um virgem e ter todas aquelas coisas feitas ao seu corpo, ele tinha que ter desmaiado após o orgasmo tão intenso que tivera. Agora sequer podia mentir dizendo que tinha sido ruim.

— Você está bem? — Willian perguntou tranquilamente enquanto levava uma mão as suas costas para lhe ajudar e Ethan virou a cara com raiva, sentando-se com dificuldade para beber a água que lhe fora oferecida — Qual é, não foi assim tão ruim, foi?

— Não...! — disse com raiva afastando sua mão com um tapa — É-É só que... é muito...

— Intenso?

Estranho!

— Haha, bem, acho que é normal ter essa sensação de desconforto na primeira vez. — o garoto franziu as sobrancelhas para Will.

— Mas... e-e você?

— "E eu", o quê? — perguntou erguendo as sobrancelhas surpreso.

— Quero dizer, você não... você sabe... não vai meter? — Willian quase engasgou com a própria saliva, limpou a garganta sem jeito tentando se recompor.

— Não, eu não vou metê-lo hoje, pode ficar tranquilo.

— Mas, não é meio... injusto?

— O que é injusto?

— Bom, só eu... você nem mesmo...!

— Aah... Eu tô legal, relaxa. Posso lidar com isso sozinho.

Não! — o garoto parecia decidido e aquilo, lhe excitava pra caralho, era quase um teste de sobrevivência, afinal já não bastava ele estar bem ali na sua frente e não poder fazer nada? Era algum novo tipo de tortura?— E-eu vou fazer pra você.

— O que exatamente você vai fazer pra mim, Ethan?

— U-Um b-boquete.

— E desde quando você sabe fazer um boquete?

— B-Bom, não deve ser tão difícil, não é? — Willian o encarou divertido, ele parecia prestes a morrer de vergonha, podia perceber o nervosismo em sua voz e ainda assim, parecia extremamente decidido a fazê-lo — Além do mais, você já me viu pelado enquanto eu não vi mais do que sua barriga, isso não é justo.

— Muito bem, então... — falou com um sorriso de orelha a orelha — Se ajoelhe aqui.

Por que ele tinha que ser tão sexy? Ethan lhe encarava de baixo com os grandes olhos cinzas brilhando em tom de desafio, as mechas de seus cabelos caíam sensualmente por seus ombros e bochechas, as gotículas de suor que se formavam em seu pescoço escorriam em direção a seu peito desnudo lentamente, a curva de suas costas se sobressaltava e seu bumbum se empinava apoiando-se sobre os pés.

Willian respirou fundo quando os lábios febris do garoto encostaram de leve em sua glande que latejavam muito molhada, implorando para se enterrar naquela boca. Meio hesitante Ethan abriu os lábios e colocou-o dentro da boca, sua língua tremeu levemente quando sua glande bateu em seu palato e aos poucos o interior de sua boca foi ficando vistoso e muito escorregadio. Sua cabeça se mexia agora com mais confiança, apesar de sua técnica ser desleixada e amadora, sua língua era muito quente e Will estava muito excitado, o que compensava a técnica pífia do garoto.

Ele levou uma mão até a nuca de Ethan — que estremeceu ao toque — e acariciou a pele delicada descendo a mão e percorrendo a linha de sua coluna com as pontas dos dedos. O garoto se contorceu levemente e sua língua estremeceu novamente. Alguns fios de cabelos se agarravam ao seu rosto por causa do suor que lhe molhava e Will levou uma mecha para trás de sua orelha. Ele gemeu quando seus dedos tocaram seu lóbulo sensível e o garoto agarrou seu cabelo com um pouco mais de força sentindo o orgasmo se aproximar. Enrolou os dedos entre as madeixas ruivas e balançou o quadril para a frente sentindo o interior da boca do garoto se contrair e seu membro ir até sua garganta.

Um gemido manhoso escapou de seus lábios e Will ouviu sua própria voz rouca pelo prazer. Fechou os olhos apertando a mandíbula quando empurrou a cabeça do garoto e agarrou o membro pulsante o masturbando até gozar espirrando sêmen nos lábios e peito de um Ethan muito aturdido, que lhe encarou por alguns segundos antes de perceber que tinha sêmen espalhado pelo rosto e se erguer com dificuldade sentando-se na cama sem lhe encarar, enquanto esfregava a boca com as costas das mãos.

Willian segurou seus pulsos o parando e pegou um lenço de cima do móvel ao lado da cama, limpou sua boca e peito e depositou um selinho em seus lábios antes que ele pudesse se recuperar cem por cento do seu estado de estorpor e sua personalidade difícil voltasse. O garoto por olhou parecendo levemente irritado, mas seus olhos ainda estavam anuviados. Will olhou-o de cima abaixo vendo o que tinha feito e o que ainda queria fazer um dia naquele corpo perfeito. O pescoço pálido agora repleto de marcas dos seus dentes e chupões que ele não havia conseguido evitar.

Honestamente, Willian nunca perdera o controle daquela forma, tão pouco Ethan havia experimentado um prazer tão intenso. Ambos ofereciam ao outro sensações totalmente novas e apesar do orgulho e receio, nenhum dos dois queria realmente negar isto. Sentindo-se calmo, apesar de não totalmente satisfeito, Willian foi o primeiro a quebrar o silêncio. Com a voz ainda levemente rouca ele encarou Ethan.

— Então, como foi a sua primeira experiência com um cara? — Ethan o encarou surpreso, talvez não esperasse ouvir nervosismo na voz do outro e aquilo meio que lhe acalmou mais. Pelo menos agora tinha a certeza de que não era o único surtando por dentro. Willian também sentia-se nervoso sobre sua performance.

— Isso... — hesitou — Você está proibido de perguntar sobre isso. E foi apenas masturbação, então não pode dizer que foi a "primeira experiência" quando você nem sequer meteu. — Willian ergueu a sobrancelhas.

— Você devia ser grato por eu não ter metido de primeira, se não, você não estaria aí sentado falando tão tranquilamente.

Ele lhe encarou nervoso e Willian riu encaixando a mão em sua orelha e nuca, o fitou por um momento e tentou ignorar os sentimentos que cresciam em uma velocidade alarmante dentro de si. Com carinho se aproximou e roçou os lábios em seu pescoço, então vendo aquela pele tão pálida não pôde evitar deixar mais uma marca avermelhada entre o pescoço e a clavícula. O ouviu gemer, mas sem reclamar e então finalmente fez o que queria ser feito durante todo o tempo que o observou lhe chupar: selou seus lábios nos dele e este os abriu recebendo-o com sua língua, que ainda possuía seu gosto.

Os braços de Ethan envolveram seu pescoço, os dedos se entrelaçando nos cabelos enquanto suas próprias mãos agarravam-lhe a cintura e o puxava para montar em suas pernas; seus mamilos roçando em seu peito lhe convidando a prová-los e foi exatamente isso que fez, os pôs entre os lábios mordiscando-os e chupando-os um de cada vez. A quentura das coxas de Ethan em seu quadril fazia seu baixo ventre reacordar e não podia dizer que o garoto também não estava bem desperto. Bom, de uma coisa tinha certeza, tão cedo não estaria satisfeito, afinal a noite era uma criança.

***

Sábado, 07:25 AM

— Você está atrasado!

— Eu sei, sinto muito. Não consegui dormir muito durante a noite.

Willian finalmente estava ali; tinha mandado uma mensagem a Érika dizendo que precisavam conversar, ia deixar para fazê-lo só na segunda-feira, já que ela sempre voltava para casa, mas lhe devia pelo seu aniversário, então ia pagá-la um café; não era um jantar, mas era melhor que nada, e também, sua consciência pesava mais que uma tonelada por ter ficado com Ethan enquanto ainda estava com ela.

Ela não ia ficar nada contente com aquilo, mas que outra opção ele tinha? Sabia que no começo era apenas um acordo, mas com o passar do tempo os sentimentos tinham mudado, principalmente os dela e não ia dizer que não a entendia, afinal não era justo pedir indiferença da parte dela quando eles passavam tanto tempo juntos. Ela o seguia desde seus cinco anos, haviam crescido juntos, sabia que o sentimento fraterno havia evoluído de alguma forma, mas também sabia que nenhum dos dois tinha evoluído segue sentimentos para amor. Assim como era impossível para ele, sabia que para ela também, afinal ela era exatamente igual a ele.

— Por que exatamente você não conseguiu dormir? — ela lhe encarou desconfiada, talvez já estivesse sentindo a eminência de um possível término, afinal ele vinha agindo cada vez mais distante desde que começara a falar com Ethan.

— Érika, nós precisamos conversar.

— Se você vai ser desculpar, não precisa. Obrigada pelo café, mas esquece meu aniversário é muito...

— Érika, é sério.

— Você é sempre assim... — ela continuou como se ele não tivesse falado, ela sempre fazia aquilo quando tentava fugir de um possível problema — Você me ignora e esconde coisas de mim como se só você importasse, como se só você tivesse problemas para se preocupar, e enquanto isso eu...

— ÉRIKA! Será que dá pra você me ouvir por um minuto? — ela lhe olhou com a boca contraída, piscou algumas vezes, engoliu e se sentou lhe encarando, seus medos parecendo finalmente ganharem uma conclusão concreta, afinal ele raramente se alterava.

— Então... o-o que é assim tão importante? Se não é um pedido de desculpas, o que mais poderia ser?

— Eu... quero terminar isso.

— Terminar... Isso... O quê? — ela lhe olhou como se lhe visse pela primeira vez naquele dia, então começou a rir sem humor — Você é mesmo muito engraçado, Willian, mas isso não tem graça.

— Eu não estou brincando, vamos parar com isso, Érika. — a garota apertou a mandíbula, os nós dos dedos ficando brancos quando ela apertou a alça da bolsa

— Isso é sério? — ela lhe encarou mortalmente séria — Você não está brincando?

— Não, eu não estou.

— Por quê? — os olhos de Erika faiscavam em sua direção — Você entende que isso é um acordo, não entende? Sabe que eu também preciso de você, Willian. Só o nosso namoro impede...

— É exatamente por isso, Érika! Porque é um acordo. Não podemos continuar fazendo isso levianamente.

— Levianamente? Este era um plano perfeito!

— Até quando funcionaria? E quando nos formarmos? Vamos fingir noivar e forjar um casamento também? Pare e pense no quão sem sentido isto é! Não vamos conseguir enganar nossos pais para sempre. Você não está cansada de viver de mentiras?

— E que escolha me resta? Eu só tenho você que me entende! Não precisa ser para sempre, basta ser tempo o suficiente.

— Nunca será suficiente, Erika... Nunca!

— Willian...

— Eu sinto muito, mas não posso mais fazer isso! — a garota se ergueu lhe encarando com olhos repletos de ressentimento.

— Quem é?

— Quem é, o quê?

— Quem é ela? Quem é?

— Não sei do que está falando.

— Eu estou perguntando quem é que está fazendo você me deixar. Eu ajudei você até agora e é assim que você quer me retribuir o favor? Você quer me deixar na mão só por que achou um novo brinquedinho?

— Você sabe muito bem que não tenho tempo pra isso. Se não tenho tempo pra você, por que teria para outra pessoa? Se eu quisesse uma namorada, não estaria terminando com a minha.

— Então por quê? Não sou mais necessária? Perdi minha utilidade? Ou você simplesmente cansou de brincar de casinha comigo?

— Só não acho que devamos prosseguir com isso, Érika.

Willian também se levantou e saiu andando a passos largos, mas a garota lhe seguiu até seu carro e antes que ele pudesse abrir a porta ela se meteu em sua frente lhe encarando muito magoada. Seus olhos sempre alegres, agora pesavam com raiva e mágoa, ela parecia extremamente traída, como se já soubesse que Willian tinha dormindo com outro na noite passada e com isso em mente, ele não conseguiu olhá-la nos olhos por muito mais que alguns segundos antes de pedi-la para sair de seu caminho com rispidez. Com uma voz mínima e encarando o chão, Erika falou novamente, mas gora toda a sua confiança parecia ter sido sugada dela.

— Você ao menos apreciou o tempo que passou comigo? — seu ressentimento impresso em cada palavra dita — Ao menos pensou nesses momentos como algo precioso? Você sequer pensou em mim como algo a ser considerado durante este seu joguinho? Alguma vez pensou que eu poderia me magoar? Você sequer pensou em mim durante todo esse tempo?

— Isso não é verdade... mas desde o início, nós concordamos que terminaríamos amigavelmente quando fosse conveniente, não foi? De qualquer forma, você sabe que não posso te amar do jeito que você quer, não sabe?

— Você sabe que não é tão simples assim... Também não quero seu amor romântico, e este momento só é conveniente pra você! — os olhos dela começavam a se encher de lágrimas — Só estava pedindo o seu apoio, sua ajuda de amigo! Me dê pelo menos um motivo aceitável para me deixar assim.

— Érika...

— Por favor, eu só preciso de um motivo para saber que não é só por causa de uma garota qualquer que você está me deixando na mão, Will, não preciso que seja verdade, só quero que você me dê um motivo que me faça acreditar que você se importa.

— Eu não tenho nem um.

— Por favor... — Will começou a empurrá-la, mas ela o agarrou pelo braço, tinha a cabeça baixa, mas ele podia ver suas lágrimas caindo. — Me diga que você tem um motivo, por que se não tiver... se não tiver motivo nem um, é como se estivesse me dizendo que simplesmente não se importa, então, por favor, por favor, Willian, eu só preciso de um motivo.

— Está bem, já entendi. — Will respirou fundo se preparando mentalmente para os xingamentos que viriam a seguir — Eu tenho alguém de quem estou gostando e não posso continuar namorando com você enquanto gosto dessa pessoa. — a garota ergueu o rosto para lhe encarar incrédula.

— Você disse que não era por isso, você me disse...

— Eu te dei um motivo, Érika.

— Pensei que você me considerava mais, afinal sou sua melhor amiga... Vai me abandonar quando eu mais preciso de você por alguém que acabou de conhecer?

— É exatamente por isso, Erika! Não quero estragar ainda mais o restinho de amizade que sobrou entre nós sem se misturar com essa bagunça que fizemos nesses últimos anos.

— Mas este não é um motivo bom o suficiente, Willian! Você me disse que não me deixaria por outra garota, me disse...

— E você me disse que só queria um motivo, mesmo que fosse uma mentira, Érika.

— Como pôde fazer isso comigo por causa de uma garota qualquer?

— Você não entende, Erika? Não é outra garota... Ou você já se esqueceu do que eu sou? — Erika lhe lançou um olhar profundo e taciturno em meio a lágrimas cintilantes que as faziam brilhar na luz ofuscante do céu daquela manhã, melancolia tingia suas íris verdes pontilhadas de nítido ressentimento. Ela sorriu.

— Acho que as pessoas têm razão a seu respeito, Willian, você não passa de um cretino arrogante e sem coração. Pelo menos Matthew me considerava alguém especial, se preocupou se ia me magoar... Mas acho que pra você, não passei de mais uma peça descartável no seu jogo. E apesar de todos os conselhos, resolvi ficar ao seu lado, porque queria acreditar que valia a pena. Agora sei o que significa a nossa amizade para você.

Dizendo isto, Erika soltou seu braço e caminhou de volta ao restaurante. Willian, por sua vez, entrou em seu carro e fechou os olhos apertando as pálpebras com os dedos. Não tinha planejado aquilo daquele jeito, tinha planejado algo como um adeus dos dois lados, mas Érika parecia realmente abalada e não podia dizer que não sabia o porquê. Ele odiava ter que machucá-la. Olhou para a mesa que estavam os dois há alguns momentos atrás e ela voltara a se sentar, tinha colocado os óculos de sol, mas era possível ver as lágrimas escorrendo por suas bochechas.

Ele teve que resistir ao impulso de voltar e abraçá-la, afinal antes de tudo aquilo começar, eles eram amigos de infância e ela sempre estivera com ele. Havia sido ela que o tinha ajudado quando ele mais havia precisado, que criara todo aquele plano para acabar com os rumores, que primeiro aceitara a sua sexualidade, que havia concordado em ficar presa a ele enquanto podia estar com alguém que realmente gostasse dela. Era ela que sempre ouvia seus problemas e lhe fazia sorrir, mesmo quando estava chateado, e que lhe ajudava a xingar sua mãe para aliviar o estresse; ela sempre seria sua melhor amiga e confidente. Sequer conseguira ficar chateado com ela por ter lhe comparado a Matthew.

Depois de uns vinte minutos, talvez trinta, Érika se levantou, enxugou o rosto com força, entrou em seu carro e partiu dali; Willian olhou o relógio e ficou um tanto surpreso em como ainda era cedo, não passava das 09:00 AM. Ele entrou novamente no carro, mas não queria realmente voltar para o colégio, então se dirigiu à praia e observou as ondas quebrarem em silêncio. Pensamentos agitando sua cabeça. Não sabia exatamente o que estava sentindo, mas sabia que, apesar de tudo, não se sentia triste, só se sentia um pouco... vazio.

~ C O N T I N U A ~




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