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História É Errado Te Amar? (em revisão) - Segredos e Mentiras


Escrita por: Akisa-sann

Capítulo 9 - Segredos e Mentiras


Mesmo o médico tendo prevenido Ethan de que ele não se esforçasse demais, o garoto não aguentava mais aquela comida horrível de hospital e tão pouco queria ficar em casa ouvindo os comentários maldosos do pai, então resolveu ir para a escola, mesmo não se sentindo tão bem como queria estar. Ainda que odiasse a escola e toda aquela merda, odiava ainda mais ficar em casa aturando os olhares de desprezo que o rodeava e a tenção sufocante sempre que estavam todos em casa. Ethan odiava admitir, mas a aceitação de seu pai mexia com ele mais do que deixava transparecer.

Ao chegar ao colégio naquela manhã tinha apenas algumas pessoas na sala onde teria a primeira aula do dia, o que ele agradeceu muito, já que estava praticamente se escondendo de Sebastian, pois sua cara ainda estava horrível da bolada que recebera, seu nariz estava muito vermelho e roxo e ele teve que fazer um curativo antes de juntar coragem para ir à escola, após vinte e três dias ausente.

De manhã, ao se levantar, quase havia desistido de sair da cama, pois seu corpo ainda doía horrivelmente, ainda tinha um par de ataduras envoltas em suas costelas e a contusão em seu nariz ainda estava desaparecendo, mas ele não daria aquela satisfação aquele idiota. Ele iria para a aula e caminharia de cabeça erguida para mostrar que aquilo não tinha lhe atingido, agiria normalmente e ignoraria as piadas idiotas sem desviar o olhar quando Sebastian lhe olhasse. Ele não seria um covarde nunca mais.

Aquele dia estava mais frio que o comum e ele teve que pegar um casaco mais grosso para vestir. Particularmente amava aquele casaco, mas nunca tivera chance de usá-lo antes, pois a cidade onde morava não fazia frio o suficiente, porém ele não tinha mais do que reclamar, já que fora morar no freezer do mundo, podia usar o bendito casaco o tanto que quisesse, então o vestiu sentindo o conforto que o tecido lhe proporcionava. Vestiu uma calça preta qualquer que achou em seu closet e o primeiro sapato que pegou jogado pelo quarto, pôs a mochila nas costas e saiu o mais rápido que pôde tentando evitar qualquer pessoa que residia naquela casa.

Aquela também era uma das razões de ter chegado tão cedo na escola, ele tinha literalmente fugido de seus pais e da secretária de sua mãe, que não tinha lhe deixado voltar a sua rotina acadêmica e ainda pedira a outra mulher para ficar de olho nele. Naquele momento, ao chegar à quinta aula do dia e finalmente a última daquela manhã, tinha ido direto para a sala e se sentando na última carteira da última fila, perto de uma janela de vidro bem alta que dava para ver parcialmente o céu e a chuva que caía.

Ethan estava distraído olhando para o nada quando a porta se abriu e o professor entrou acompanhado de um Willian incrivelmente entediado, aquilo estava tão óbvio em seu rosto que Ethan sentiu-se entediado também. Para a sua irritação, porém, o garoto parecia melhor que há alguns dias atrás, como ele se lembrava; usava sua farda perfeitamente engomada, ao ponto de nem parecer que já havia passado por toda uma manhã de aulas chatas. Seu blazer azul escuro estava com o primeiro botão desfeito e se agarrava levemente a sua barriga e aos seus braços deixando exposto seu corpo atlético de porte grande.

Ethan revirou os olhos para si mesmo ao perceber o quão bem ele ficava mesmo naquela porcaria de farda e em como a cor azul lhe caía bem. Infelizmente aquela era sua cor favorita e aquilo lhe irritava ainda mais. Willian usava os tênis habituais e aqueles óculos ridículos que lhe caía incrivelmente bem. Ele percebeu que os olhos do garoto estavam levemente avermelhados, como se ele tivesse passado a noite em claro e aquele pensamento lhe fez corar, pois ele se perguntou por qual motivo o garoto poderia ter ficado acordado a noite inteira e nada de bom veio a sua mente. Por motivo nenhum ficou com raiva daqueles pensamentos virem à sua cabeça e depois ficou com ainda mais raiva por se importar com aquilo. Willian podia transar com quem ele queria, ele tinha namorada e não devia satisfações a ninguém, então por que aquilo devia lhe importar? Por que o deixava tão incomodado? Com um suspiro exasperado o garoto encarou o professor que dava início a aula.

***

Quando a aula finalmente acabou, ele saiu e foi até o estacionamento do colégio, já que precisava falar com Willian sobre o trabalho. Havia começado a chover por volta das 10:00 AM e não tinha mais parado, ao contrário, ficava cada vez mais forte; ele tinha colocado o capuz do casaco e saído para a chuva, o que não tinha adiantado muito, pois o casaco estava agora encharcado, então ficou logo na chuva esperando o garoto chegar, tentando ignorar o frio cortante que fazia e a dor latejante em suas costelas, que ele fingia não perceber.

Tinha certeza que pioraria da pneumonia e tudo por causa de Willian, que demorava demais a sair do maldito colégio. Talvez estivesse ocupado demais com todas as garotas da sala, afinal ele parecia uma maldita estrela naquele colégio, até mesmo os professores o bajulavam. Ethan sentiu-se irritado de repente e mesmo sabendo dos riscos, continuou do lado de fora esperando, pois não queria perder a oportunidade de olhar para a cara cínica dele e ouvir qual a desculpa que ele teria pelo fiasco de mais cedo.

Depois de esperar por pelo menos dez minutos e quando já estava molhado até os ossos, Willian finalmente apareceu, sorrindo despreocupadamente, como se tivesse todo o tempo do mundo e com a aparência tão boa como a de um príncipe; sua namorada chata — como sempre — estava pendurada em seu braço cacarejando como uma galinha enquanto ele fingia ouvi-la. Ethan revirou os olhos e sentiu ânsia ao ver a cena, ficou tão irritado que se esqueceu completamente do que havia planejado falar para ele quando o visse.

Ethan prestou atenção na forma como Willian tratava sua namorada e achou o comportamento dele bem estranho, afinal não era normal um garoto ignorar a sua namorada daquela forma e chegou a conclusão de que talvez ele a estivesse traindo, por isso parecia tão acabado naquela manhã. Acabara de pensar naquilo quando o garoto lhe viu, Ethan virou a cara fingindo não estar o observando, mas ainda assim Willian se despediu de Érika e atravessou o pátio deserto em direção ao estacionamento deixando-a na chuva, sozinha sem entender o que estava acontecendo; ele nem ao menos a ofereceu o guarda-chuva e aquilo confirmou a sua teoria de que ele a traía.

Quando ele se aproximou, Ethan pôde vê-lo melhor e mesmo que odiasse admitir e se sentisse ridículo, não podia mentir para si mesmo, aquele maldito garoto lhe atraía de uma forma perigosa. Ele usava o blazer azul-escuro completamente fechado, tinha uma das mãos no bolso enquanto segurava um guarda-chuva na outra, os cabelos loiros bagunçados pelo vento e o rosto mais corado que o normal, com lábios pálidos pelo frio. Na visão de Ethan ele parecia levemente embaçado pelos fortes pingos de chuva, que deixavam sua silhueta difusa em meio a paisagem sem vida, fazia parecer que, por um momento, a cena congelara; ele tinha aquele tipo de efeito sobre as pessoas, quase parecia um personagem saído de um livro.

O tipo de cara que Ethan mais odiava.

Ele tinha pegado um cigarro e colocado na boca mais por hábito, talvez para de distrair, o que não era muito inteligente de se fazer em frente à escola, esperando o presidente do conselho estudantil e na chuva que estava caindo cada vez mais forte e gelada. Quando Will se aproximou olhou dele para o cigarro meio acusador, meio desconfiado, mas ele não ficou esperando pela opinião do garoto, apenas entrou no estacionamento jogando fora o cigarro molhado, Willian entrou logo em seguida e não parou para fazer comentários ou lhe cumprimentar, o que lhe agradou muito.

O garoto passou a caminhar atrás dele com um meio sorriso nos lábios que lhe tirava do sério e seguiu para seu carro, ele parou em frente à porta do carro, este a abriu e estava tão convidativo que Ethan quase se jogou dentro; Willian continuou a lhe ignorar e sentou-se no banco do motorista, tirou o blazer ficando apenas com a blusa branca de dentro da farda e pegou um cachecol no carro, enrolou no pescoço e virou-se para encará-lo fazendo-o ficar impaciente.

Ethan definitivamente não podia ir até o quarto daquele garoto, era uma coisa muito perigosa para se fazer de livre e espontânea vontade e isso não era nada justo. Ele era tão... tão... tão o quê? Nem mesmo Ethan conseguia dizer e isso lhe frustrava. O quanto ele era intrigante apesar da superficial e peculiar personalidade...

Ethan definitivamente o odiava.

***

06:11 PM

Após sua pequena conversa com Willian para decidir onde e como eles fariam aquele maldito seminário, Ethan se despediu e seguiu em direção ao metrô e quando finalmente chegou em casa, já de tardezinha, achou as coisas um verdadeiro reboliço e completamente silencioso; foi até seu quarto, que era a única parte da casa a qual ele não se sentia sufocado, e colocou sua mochila em cima da cama olhando ao redor para ver se haviam mexido em algo e deixado fora do lugar, depois de verificar se estava tudo em ordem, desceu em busca de algum ser vivo.

Ele não fazia ideia do que estava acontecendo ali e entrou mais a fundo na casa, passou pelo escritório de seu pai se espantando com o estado em que o cômodo se encontrava, parecia ter passado um furacão ou tido uma briga realmente feia ali, ele passou indo até a cozinha tentando ignorar as coisas que ficavam cada vez mais estranhas e encontrou sua mãe sentada em uma das cadeiras da mesa, com a cabeça baixa e bebendo uma grande xícara de café, enquanto seu pai lia o jornal parecendo realmente de mau humor, mais que o comum.

Ethan caminhou em direção à mesa e sentou-se na cadeira do lado esquerdo de sua mãe, que se sobressaltou ao lhe ver, só então ele percebeu que ela estava com os olhos inchados e vermelhos e suas mãos estavam trêmulas. Ethan imediatamente lembrou-se da bagunça no escritório de seu pai e não ponderou nem um minuto em achar que o homem havia feito algo a sua esposa; sentiu a raiva ferver em seu peito a mera perspectiva de ele tê-la machucado.

— O que aconteceu aqui?

— Ethan... — ela correu os olhos do filho para o marido parecendo nervosa — Você voltou para casa cedo hoje?

— Não... eu vim apenas pegar minhas coisas e voltar, é um colégio interno, lembra mãe? Mas, enfim, já passa das cinco e meia, não é assim tão cedo.

— Nossa, sério?! — ela olhou rapidamente para o marido — E-Eu nem notei as horas passarem.

— Porque a casa está tão desorganizada?!

— Aline está tirando um tempo para si.

Sua mãe não lhe olhava nos olhos e ele achou aquilo realmente estranho, afinal ela jamais desviara o olhar do seu. Na verdade ela costumava ter um olhar tão penetrante que o desconcertava fazendo-lhe quebrar o contato visual primeiro, mas nunca o contrário. Seu pai baixou o jornal pela primeira vez desde que Ethan se sentara com eles e ao olhar para seu rosto, o garoto se surpreendeu com o que viu.

O homem estava com olheiras nada típicas dele e de sua beleza inabalável, seus olhos gelados estavam sem vida e baixos como se tivesse sido privado de sono por vários dias, tinha a cara de alguém que podia muito bem matar uma pessoa a qualquer momento e parando para perceber, ele não usava seu terno de todos os dias, apenas roupas de moletom. Seus cabelos também estavam baixos, como se houvesse apenas secado naturalmente após o banho, sem ajeitá-los para cima com gel. O homem respirou fundo parecendo cansado e mostrando fraqueza pela primeira vez, limpou a garganta e começou a falar:

— Agora já chega... conte a ele de uma vez, pelo amor de Deus, Dakota. Não me faça precisar fazer isso mais na frente, eu não conseguirei e será pior se...

— Edmund, agora não! Não comece, por favor... você prometeu.

— Do que ele está falando, mãe? O que está acontecendo?

— Você sabe que tem que contar, então conte de uma vez e pronto, não deixe esse trabalho pra mim fazer, por favor. Se não o fizer, ele nunca irá te perdoar.

— Isso não é justo, Edmund.

— O que não é justo é o que você está fazendo, Dakota. Comigo e com ele.

— Não desconte a raiva que você sente de mim no Ethan.

— Eu não estou com raiva... Estou com medo...!

— Chega! — sua mãe falou, sua voz trêmula subindo uma oitava fazendo seu pai imediatamente se calar — Só... chega!

— O-O que está acontecendo aqui? Você está com problemas, mãe?

Ethan olhou nervoso de um para o outro, afinal seu pai nunca havia tomado a iniciativa de uma conversa séria. Nunca o vira agir daquela forma tão fora de si, na verdade nunca vira seu pai mostrar realmente algum tipo de emoção por sua mãe antes e tudo o que demonstrava por seu filho, aparentemente, era raiva e desprezo, então aquilo era novidade, ainda mais ficar tão fora de si como ele estava; seus olhos cintilavam e Ethan temia que fossem lágrimas que ele estava se esforçando para segurar.

— Não querido, não estou. Nós podemos ir para a sala pelo menos?

— Por quê?

— Eu preciso conversar com você sobre um assunto importante.

Eles seguiram para a sala, sua mãe na frente e seu pai logo atrás e depois ele, seu pai disse que iria para seu escritório, mas sua mãe o pediu para ficar, o que não pareceu agradá-lo muito, mas mesmo assim ele ficou, de cabeça baixa e em silêncio. Ethan sentou-se logo depois, em uma poltrona de frente para sua mãe, esta começara a ficar pálida de repente; ele não sabia o porquê, mas tinha a impressão de que não eram boas as notícias.

— Eu estou indo para o Canadá no final deste mês visitar a mamãe, querido. Ela está doente e precisa de ajuda, então eu disse que a ajudaria.

— Dakota... — o homem começou parecendo cansado, como se já tivesse tido aquela conversa várias vezes antes, mas a mulher continuou.

— Vou passar um tempo lá a acompanhando e quero que você me prometa que vai ser cuidadoso e obediente... Por favor, Ethan, tenha um pouco de paciência com seu pai. — dessa vez ela virou para seu marido e o encarou carinhosamente, mas com um semblante cansado e desanimado nada típico dela, quase como se pedisse desculpas por algo — Você também, Edmund, tenha paciência com ele, ele é seu filho, precisa de você. Eu preciso saber que os dois ficarão bem.

— Dakota, por favor, não faça isso sozinha, eu não sei se consigo sem você. Você sabe que ele não... que nós não...! — ele encarou Ethan pelo canto do olho e suspirou mais uma vez — Eu já disse o que acho sobre você ir até lá sozinha e...

— Edmund, não! Eu estarei mais a minha família, mamãe e papai estarão lá comigo; sabe que eu preciso ir, não torne as coisas mais difíceis pra mim. E quanto a vocês, sei que vai dar tudo certo.

— Era isso que você ia me contar?! — Ethan olhou de um para o outro ainda desconfiado, principalmente pela insistência de seu pai sobre algo, ele não era exatamente um genro apegado a sogra — Nada mais? E-Eu posso ir com você ver a vovó? Não é grave, é?

— Não, não é grave, meu amor, e você não pode ir comigo, está em época de prova no colégio, não é? — ela respondeu, mas continuava a encarar seu marido.

— Eu vou ficar bem, eu posso ir apenas por alguns dias...

— Não! Você vai ficar aqui e vai me prometer que irá se comportar. Os dois, na verdade. Quero ter certeza de que, quando eu chegar, ainda vou ter meu marido e meu filho, ambos vivos e sem ferimentos.

— Eu me comportarei se ele se comportar.

— Eu sou seu pai, não preciso "me comportar".

— Sim, Edmund, você precisa e sabe disso, não sabe?! Eu quero que vocês prometam para mim que se comportarão enquanto eu estiver fora. Os dois!

— Okay!

— Edmund...

— Está bem, eu já entendi. — falou ele mal humorado encarando sua esposa com olhos estreitos — como se o assunto aqui fosse sobre nós.

Sua mãe lançou um olhar penetrante a seu marido e se levantou saindo do cômodo, deixando apenas os dois em um silêncio estranho, até que seu pai, após uma olhada de esguelha, também sentiu a necessidade de sair daquele ambiente sufocante e seguiu para seu escritório, deixando Ethan sozinho perdido em seus pensamentos. Aquilo estava realmente estranho, sua mãe parecia estar lhe omitindo alguma coisa importante, era como se faltasse uma parte crucial e ele fosse o único a não saber de nada, e o que mais lhe perturbava era que a iniciativa tinha partido de seu pai e não dela.

Ainda chovia muito lá fora e ele começou a ficar com frio, voltou para seu quarto já tirando a roupa e entrou na banheira, a água estava quentinha e ele ficou por pelo menos uma hora ali, quando terminou vestiu um pijama e deitou-se na cama, não ia realmente dormir, afinal ainda tinha que voltar para o colégio e dar uma passada no quarto de Willian, mas antes que percebesse seus olhos começaram a pesar e o sono lhe venceu.

***

03:45 AM

Ethan acordou com o barulho da chuva fustigando na porta da varando de seu quarto, olhou para o relógio e quase teve um ataque, já passava das duas da manhã e ele não tinha ido até o quarto de Willian; estava definitivamente morto. Parecia ter adormecido apenas alguns minutos e, na verdade, dormira mais de cinco horas, o garoto ia ficar com ódio dele, aquele trabalho era para nota bimestral e ele havia furado; o professor tinha praticamente lhe empurrado para o pobre garoto e ele ainda ia dar uma de furão.

Na segunda-feira sabia que ouviria uma bronca daquelas, até seus ouvidos sangrarem, já estava prevendo a cara de irritação em Willian e por algum motivo aquilo não lhe dava medo, ao contrário, lhe fazia sentir vontade de rir. Nem mesmo o número de telefone do garoto ele tinha, então teria que lhe explicar o que havia acontecido no início da semana.

Agora que parava para pensar, Ethan queria realmente conhecê-lo melhor e por mais que jamais fosse admitir, Willian Monggomory lhe intrigava tanto ao ponto de lhe deixar cada vez mais ansioso para desvendá-lo. Voltou para a cama e se envolveu nas cobertas novamente, estava quase cochilando quando ouviu a porta de seu quarto se abrir, ele não se mexeu ou abriu os olhos, ouviu quando alguém se deitou na cama ao seu lado e lhe abraçou por trás.

— Eu te amo, Ethan, sinto muito mesmo. — a voz de sua mãe sussurrou em sua orelha.

Logo em seguida ele sentiu seus lábios tocarem-lhe a testa depositando um beijo ali, quando ela o fez, Ethan sentiu uma gotinha morna cair em sua bochecha. A mulher o abraçou um pouco mais forte e depois soltou, levantou-se da cama e saiu; ele virou-se lentamente e ainda conseguiu vê-la abraçando seu marido do lado de fora, este lhe deu um beijo no topo da cabeça e então a porta se fechou.

Ethan não entendeu o porquê daquilo, mas tinha três certezas naquele momento, 1ª) Sua mãe não estava lhe contando toda a verdade. 2ª) O que ela estava escondendo era realmente importante, e ruim o suficiente para precisar esconder dele. 3ª) Era preocupante o suficiente para fazer o coração de gelo de seu pai demonstrar sentimentos, e, sentimentos não tão bons assim, como preocupação, aflição,medo e tristeza. Naquele momento Ethan decidiu que, não importava o que era, ele ia descobrir, precisava descobrir e antes que fosse tarde demais.

~ C O N T I N U A ~




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