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História E foi assim que tudo começou - Gosta do que vê?


Escrita por: Cleopatra_broken

Capítulo 8 - Gosta do que vê?


 

Acordei com a luz nas minhas pálpebras, mas veja bem... ACORDEI, e não DESPERTEI. É necessário uns 10 min para que minha total consciência voltasse. Nesse meio tempo meus sentidos vem voltando aos poucos, e foi aí que senti um calor gostoso próximo ao meu corpo, depois senti que estava com um braço e perna, como num abraço, em algo macio, estranhei, afinal quase nunca cheguei a acordar nessa posição com Ana, mas como estava tão bom e eu ainda não tinha despertado, fiquei imóvel, ainda recobrando minha consciência. 

Aos poucos percebi um cheiro gostoso que invadia meu olfato. Nossa, que cheiro bom... será que Ana tá usando um novo perfume? 

Senti um movimento embaixo de meus braços e meu cérebro me deu permissão para abrir os olhos e confesso que me assustei, mas não me movi.

Era Alec nos meus braços. Estávamos de frente um para o outro, mas ele estava um pouco abaixo de mim. Sua cabeça estava na altura do meu ombro, onde estava encolhido, como se estivesse se protegendo ali. Uma de suas pernas estava entre as minhas e suas mãos encolhidinhas em meu peito. O susto que tomei, estranhamente, não durou muito e eu me peguei achando aquela cena fofa. 
Iria fazer de TUDO para sair dali sem acordar o outro, mas não foi preciso, assim que pensei em fazer o primeiro movimento para sair da cama, senti sua mão agarrar minha camisa com força 

- Não sai – sua voz soava doce – sei que é estranho, mas eu estou me sentindo tão bem aqui... E, mesmo que eu não queira admitir, estou tão carente... Preciso de alguém, um amigo, sei lá... – agarrou mais minha blusa, como se eu fosse fugir – Por favor... Eu juro que não tenho segundas intenções 

Eu ri nasalado 

- Tudo bem, pirralho – acomodei-o melhor em meus braços 

Ficamos um certo tempo daquele jeito até ele se levantar de vez, me assustando um pouco 

- Ok! Já deu, agora vamos descer para tomar café – olhou no celular – ou almoçar  - riu baixinho – Ah! E... Obrigado!

Não me importei com as horas, até por que hoje é domingo. Descemos.

- Olha, sua noiva foi para casa de minha mãe, disse que volta logo – disse me entregando um post it enquanto eu entrava na cozinha.  

Não me importei, afinal já estava acostumado com a ausência da outra

- Então, Mestre Queima-miojo, o que você vai preparar para a gente?

- Hmm, vejamos... Gosta de Yakisoba meu caro cliente? – falou de forma engraçado

- Sim, sim, meu caro chefe – respondi no mesmo tom engraçado 

- Então mãos a obra

Ele se virou para o balcão e começou o trabalho. Minha mente vagava por muitas coisas, tanto coisas relevantes (Como a faculdade), como coisas não tão relevantes (Como The Loude House, apesar de ser muito bom), até chegar a “manhã” de hoje. Pode me chamar de egoísta, mas eu gostei de ter visto ele daquela forma, sensível, sem máscaras. Percebi também que não me importei de ter acordado daquela forma, me assustei de primeiro momento? Sim, mas nada que me fizesse recuar. 

De tanto vagar, cheguei a alguém: Alec. Ele estava na minha direção, de costas para mim, enquanto cozinhava. Ele não trajava mais sua blusa do pijama, apenas sua calça e pantufas. Meu olhar foi preso nos seus cabelos: liso com uma certa probabilidade de formação de cachos sutis, num castanho bonito. Desci para o pescoço: pele clara e limpa de mancha, de aparência suave. Desci para as costas: sua largura era razoável, nada muito largo ou muito estreito, tinha um desenho bonito. Desci para sua cintura: Fina, delicada, curvas bem traçadas, não que o tornasse feminino, mas, com certeza, muitas mulheres teriam inveja daquela região ( e pelo visto, não só daquela). Desci para sua bunda: redondinha, farta, mas nada em exagero, empinada, ficando bem aparente na calça do pijama

- Gosta do que vê? – disse, com um sorriso sarcástico e... malicioso?

Aí meu Zeus, fui pego, por ele, analisando seu corpo. Qual o buraco mais próximo para eu enfiar minha cabeça? 

Senti-me corando e ele riu

- Você realmente gostou? - gargalhou

- Para de besteira, pirralho, e vai cozinhar 

Ele apenas riu e voltou ao seu trabalho. Não demorou muito para ele acabar e colocar a comida a mesa. Comemos em silêncio e ele acabou primeiro, se levantando para lavar os pratos.

- Ei, deixa que eu lavo, você já fez a comida – falei, assim que percebi o que ele fazia, indo na pia para impedir

- Deixa, eu lavo

- Não! Larga ai! – tirei o prato de sua mão

- Tá, mas em troca, me responde algo... – sua voz era suave, mas carregava algo pesado, ao mesmo tempo. Esperei ele continuar – Gostou do que viu? – só ai me dei conta da distância perigosa em que nos encontrávamos.

Ele é um pouco mais baixo que eu, então meu olhar estava um pouco baixo, enquanto o seu me fuzilava de baixo para cima.

- Gostou ou não? – perguntou novamente – E não fuja da pergunta

Demorei um pouco pensando

- Sim... – quase que sussurrei, sendo sincero 

- E por que não aproveita? 

Meu olhar foi para seus lábios. O que é que eu tô pensando??  Ele deu um sorriso leve, porém cheio de malícia. O que é que eu tô desejando??

- Vai ficar só olhando? 

O que é que vou fazer?? 

E, com passos calculados, mínimos, como se estivesse hipnotizado ou sonâmbulo, coloquei minha mão no seu pescoço, deixando o polegar na sua bochecha, e, como se estivesse em câmera lenta, colei nossos lábios. Foi um beijo tímido, lento, mais para reconhecimento. E como se fosse puxado do céu, direto pro inferno, ouvimos da sala:

- Chegueeei! E trouxe a mamãe comigo 

Hora ruim para chegar, hora péssima.

Mas pera... o que? Eu beijei o Alec e ainda achei ruim a Ana chegar para atrapalhar? Ai, ai, ai, meus deuses olimpianos, me tira dessa...


Notas Finais


*-*


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