1. Spirit Fanfics >
  2. E não escute música triste >
  3. No naufrágio da vida

História E não escute música triste - No naufrágio da vida


Escrita por: N-KIDDO

Notas do Autor


Gente, primeiramente, mil desculpas pela demora. Eu realmente acho que devo uma explicação, e mesmo que vocês possam adivinhar, vou explicar certinho para quem está interessado. Quem não estiver, quero avisar previamente: Esse não é o melhor que eu posso fazer. Esse cap não está como eu queria que fosse, e sorry se parece artificial porque nao coloquei sentimentos suficientes nisso.

Agora, para os interessados.
Algo está acontecendo comigo, e não ando me sentindo bem. Eu não consigo me lembrar sobre como é estar apaixonada e tudo mais, isso meio que sumiu por um tempo. Depois, eu fiquei pensando como reassumir isso tudo, e acabei esquecendo a quimica que eu tinha com a historia, então eu tenho um pedido meio egoista:
Vocês poderiam fazer um resumo de cabeça, ou entao me dizer todos os momentos ou cosias que vocês gostaram na fic? Vai me ajudar muito para o próximo, que garanto, será maior.

Obrigada! E obrigada pela paciente. Desculpa nao responder todos, eu estava realmente envergonhada...

Capítulo 29 - No naufrágio da vida


Fanfic / Fanfiction E não escute música triste - No naufrágio da vida

♦♦♦

E não escute música triste  

Por: N-KIDDO  

Capitulo:  XXIX — “No naufrágio da vida” 

——————————————————  

 

Mikasa odiava sentir muita felicidade. Em um momento sorria e desejava que sempre fosse assim, e cada vez que o pensamento cruzava a mente, percebe que era tão passageira quanto a tristeza. A diferença é que a tristeza sempre deixa estragos, enquanto a alegria, saudades — a falta dela lhe torna dependente e incapacitada. No momento, era como se sentia.

Haviam se passado três dias desde que correu no evento de Kenny, e agora tinha um carro novinho na garagem. Hoje, Levi estava se preparando para o show musical. Mikasa deveria se arrumar e ir correndo para dar apoio ao seu namorado, no entanto, algo acontece assim que termina de alisar o vestido escuro e passar o batom vermelho sangue.

Não estava feliz. Não sentia vontade alguma de sorrir. Ensaiou algumas vezes — os sorrisos afetados, os travessos, algumas risadas e até mesmo algumas respostas. “Estou ótima! ” Dizia para o espelho, balançando as mãos. Pulou algumas vezes, e após cinco deles, sentiu-se exausta. Pegou o celular e digitou a seguinte mensagem para Hanji “tive um problema, não vou poder ir! Mas podem vir aqui em casa comemorar, depois”. Apagou a mensagem e se atirou no sofá. Sabia bem que não poderia fazer isso com Levi. Precisava estar lá e mostrar seu apoio, assim como todos que estavam indo.

O problema era ver Kenny novamente. A culpa estava começando a consumi-la, só que também era inviável a ideia de revelar que ela e o filho namoravam. Não importa como fosse, o ângulo deixava tudo feio. A ideia de que as pessoas apontassem e fizessem daquele sentimento tão lindo que a transbordava de amor, se tornar sujo e digno de vergonha, assustava demais. Mikasa não deixaria aquilo acontecer. As vezes se perguntava o quão longe iria por ele. Não podia negar que tinha muito a perder com o fracasso da revelação do relacionamento; jamais suportaria o olhar torto daqueles que amava. Agora que tinha todas aquelas oportunidades, estava pronta para simplesmente jogar fora? Uma parte de si estava pronta para fugir de tudo e todos, e a outra, para enfrentar o mundo. Por ele.

Foi com esse pensamento que se jogou para fora do sofá. Tinha que estar lá por ele. Abriu a porta com força demasiada, e a maçaneta encontrou a parede com força. Ela se desculpa com os objetos sem vida e pega o celular do bolso, junto com as chaves. Pode jurar que sentiu uma vibração.

Havia uma mensagem. O número era desconhecido.

Venha me encontrar. Se não vier, uma por uma, suas fotos vão surgir... E isso é só o começo”.

Logo abaixo, uma imagem de sua gata, tendo a cabeça levemente apertada pelas mãos que só poderiam ser dele. Pela cor da coleira, isso havia acontecido no dia do evento de carros.

Suas mãos caíram ao lado do corpo, mortas — no entanto, a esquerda bem firme do aparelho celular. Ela o aperta de leve, e no silêncio de sua casa, é acariciada nas pernas por Mag, enquanto seus lábios eram praticamente mastigados de raiva. Seu celular tocou duas vezes, todas com o nome de Kenny. Ignorou todas elas, mas foi até o whatsapp para conferir a mensagem que o patriarca havia enviado dias atrás. O endereço de Luke.

Pegou as chaves do carro e da casa. Após trancá-la bem, percebeu que chovia, mas não foi atrás do guarda-chuva.

♦♦♦

 

Kenny desligou o celular com um suspiro. O sinal, graças a chuva horrível que desmoronava, estava fraco. Queria avisar Mikasa sobre o perigo das pistas de hoje, já que além de uma festa da cidade, havia o tempo e a festa da escola — só que agora estava preocupado de verdade. O show já havia começado, e logo seu filho cantaria. Se não chegasse nos próximos cinco minutos, perderia.

—          Nada dela? — A amiga loura, Annie, indaga. Parecia preocupada de uma forma incomum, como se não esperasse isso de forma alguma.

—          Não. Provavelmente está estacionando...espero.

—          É estranho... ela nunca ia perder... — Murmurou, pensativa, corando logo em seguida — Digo, ela é muito pontual com seus compromissos!

—          Tenho certeza que não precisamos nos preocupar. Provavelmente o clima está tentando quebrar a código de honra dela, apenas. — Brincou.

 

♦♦♦

 

Uma parte gigantesca sua sabia que não deveria estar dirigindo com tanta raiva. Ziguezagueando pelas ruas na velocidade máxima, passando os sinais vermelhos e agarrada a uma garrafa de liquido transparente — mágico. Estava irritada. Porque haviam tantas pessoas? Estava chovendo e era difícil de passar pelos carros apertados.

Quando viu uma barreira com policiais cuidando do limite de velocidade — havia uma festa alguns quarteirões dali — teve que forjar um atalho. Tomou a esquerda.

♦♦♦

 

Levi entrou no palco calmamente, e pelos gritos que o auditório da escola fez, Kenny percebeu com orgulho o quão popular seu filho era. As garotas e os garotos vibravam por ele e seus amigos, que ajeitaram todo o material rapidamente, com a ajuda de Armin e Eren. Hanji conversava com algumas pessoas na plateia, fazendo gracinhas e chamando atenção como sempre, todos vestidos com o uniforme, e pela primeira vez, da forma correta.

Os ajudantes se retiram e a luz apaga logo em seguida, gradualmente voltando a brilhar e parando em um ponto em que não fosse claro, mas também não tão escuro. A música começa; com batidas, ritmo e a voz suave de seu filho. Kenny procurou mais uma vez por Mikasa, no entanto, desistiu assim que Hanji brincou com o teclado e a voz da prole tomou conta do local.

 

Brinque comigo,

Você pode fazer o amor e eu vou fazer o dinheiro.
Fique comigo,

excluídos do mundo, vivem debaixo da cidade

 

Notou que a criança vasculhou pela multidão, parando em si por poucos momentos antes de parecer levemente desapontado, e então, continuar com sua performance. Ele agarrava o microfone e se insinuava de forma provocante para muitos colegas. Bem, seu dinheiro fora bem gasto, afinal.

 

Lançamento de bombas de gênero frio
no armário colonial, no meio da Inglaterra

Fique comigo,

Serei o Peter Pan e você apenas precisa ser bonita.

 

 

Mikasa retirou a franja dos olhos mais uma vez. Tudo que entrava em seu campo de visão, por mínimo que fosse o incomodo, parecia atrapalhar gigantescamente. Em um sinal vermelho, parou e virou mais um pouco da garrafa. Estava nervosa. Não sabia o que deveria dizer ou fazer quando o visse. Deveria bater nele? Mata-lo? Como parar todo aquele problema?

Bateu a cabeça no volante. A luz verde respingou para dentro do carro, e ela imediatamente ergueu o rosto e avançou em uma velocidade consideravelmente alta. Seja o que fosse fazer, precisava encontra-lo primeiro.

 

 

Para os corajosos e os petrificados
todos nós caímos.
Para o escravo e o civilizado
todos nós caímos.
Para os amantes que deixamos para trás.
Os dias ruins, as noites boas.
No grande naufrágio da vida
todos nós caímos.

 

Levi se movimentava de acordo com a música, se curvando com o microfone próximo ao corpo. Às vezes, apontava para a plateia, e mesmo assim, isso não fazia Mikasa aparecer. Queria muito acreditar que ela estava escondida, assistindo-o de longe apenas para tortura-lo um pouco. Tinha que dizer, se esse era o plano, a fazia se arrepender mais tarde.

 

Nascidos nós fomos,

entre a rocha negra e dura e o código imortal
Rasgados por carros
Pelas chamas da bravura e a flor que não podemos voltar

 

 

Mikasa subitamente lembrou que ainda tinha um DVD dentro do carro, e colocou a música que Levi deveria estar cantando nesse exato momento. Não pode evitar, se não chorar. Mesmo nesses momentos horríveis, ele conseguia ser sua fonte de força, e quando Levi mais precisava dela, se ausentava.

“Essa vai ser a última vez”, disse, querendo que essas palavras o atingissem também. “Luke nunca mais vai nos atrapalhar. Não vai me atrapalhar. ”

 

Nós iluminamos os bares do mundo,
com a decadente essência da inocência

 

No momento que aumentou o som, soube que estava ferrada. O vulto de um carro passou diante dos seus olhos, e a colisão foi inevitável. Sua cabeça girou algumas vezes, bateu-se diversas. Seu corpo inteiro explodiu em dor simultânea e ficou tonta. Sua face latejou, e, quando soube que estava de cabeça para baixo, revirou os olhos de exaustão. A música continuava a tocar, então soube que precisava sair dali antes que explodisse. Estava presa nas ferragens.

Enquanto fazia força para que o sinto a largasse, desejou ter ficado por dentro da cidade, e não da estrada da zona norte. Talvez a outra pessoa estivesse morta, e ela, ficaria em breve se não deixasse o local.

Caiu no chão, estourando mais algumas partes do rosto em sangue puro. A mente dela rodopiou enquanto se arrastava para fora do carro, e na chuva, jurou ter visto Luke. Seu sorriso e os cabelos longos.

“Ainda não, Mi. Você está quase lá.”

Apesar disso, o único nome que seus lábios conseguiram pronunciar, foram o dele. Levi.

 

 

Livres mas afiada,
Nós podemos ser o satélite guiando através da escuridão

♦♦♦

 

Era engraçado como tinha certeza absoluta de que conseguiria notas para passar de ano. Talvez fossem os gritos entusiasmados dos colegas, ou então, o súbito otimismo ao ser recebido por seus amigos do outro lado das cortinas, passando pelos próximos concorrentes. Fora abraçado e abraçou, sobrando apenas Annie e Kenny — nenhum sinal de Mikasa.

Ainda queria acreditar que ela estava escondida, pronta para pular e dar um susto nele. Diria “tinha que ver sua cara, pirralho”, mas soube que estava apenas fantasiando quando Annie sutilmente balançou a cabeça de forma negativa.

Por sorte, sua expressão geralmente não era lá das melhores, então pode esconder um pouco do desolamento que sentiu.

—          Filho! Foi um show incrível. Devemos agradecer aos amigos de Mikasa pelo belo show de luzes... e é claro, sua voz estava excelente.

Levi estava preocupado com a namorada, mesmo quando seu pai se esforçava tanto para recuperar o tempo perdido. Era quase impossível não pensar naquela puxarão de saco toda como um estorvo quando a morena não estava lá.

—          Valeu, pai. — Agradeceu, forçando um sorriso de canto, que aos olhos do pai, pareceram um daqueles de quem estava sem graça. Tinha deixado o filho sem jeito com o elogio?

O garoto remexeu nos cabelos escuros, procurando uma espécie de consolo. Aquele era o pior cenário possível — estar preocupado com ela, e não poder mostrar isso para o mundo.

O clima animado e brilhante ao redor dele começa a se desbotar. Estava contendo cada fibra de seu corpo para não ir atrás dela. Seu pai ainda estava em volta, e muito cortês, como sempre foi agradecendo a todos pela participação. “Péssima hora para mostrar serviço, coroa! ”

Quando olhou novamente para Annie, ela estava pálida, e com as mãos trêmulas no celular. Levi sentiu com todo o seu ser que era sobre Mikasa, e com aquela chuva, não conseguiu ser otimista sobre nada.

—          Ge...gente... A Mi... — Annie não estava falando alto, nem perto disso, e mesmo assim, todos os amigos reunidos pareceram perceber que algo estava fora de órbita. O corpo do mais jovem vibrou e pode sentir o coração subir goela acima. — Está no hospital. Me ligaram agora... ela se envolveu em um acidente, e foi na parte norte da cidade.

“Luke”, pensaram.

Levi não teve tempo para uma reação. Seu pai rapidamente tomou a dianteira, informando que as crianças deveriam ficar, e os mais velhos iriam com ele em seu carro. Annie olhou par ao garoto sem saber o que fazer. Não, ele não poderia deixar isso acontecer. Simplesmente os seguiu até o carro, e o silêncio da seriedade da situação foi o suficiente para manter seu pai calado sobre seu misterioso interesse em correr até o hospital.

O caminho até a zona norte da cidade fora sufocante. Mesmo em uma velocidade beirando o limite do permitido, o carro dos Ackerman nunca pareceu tão lento. O trajeto se tornou mais distante do que realmente era, e o coração de Levi parecia desconfortável abrigado dentro do peito. Em vários momentos, teve vontade de expulsar o pai do volante e passar por todos os sinais vermelhos. Mesmo que perdesse todos os pontos da carteira, não ligaria.

—          Fiquem todos calmos. — Kenny disse, quase dentro do estacionamento. — Ela está e vai ficar bem. É uma mulher forte.

Como sempre, seu pai tinha aquele efeito mágico nas pessoas; e dessa vez, Levi não invejou isso. Aceitou aquele abraço quente que só a sua voz conseguia transmitir e desatou o cinto, controlando os passos para não correr. Poderia ir rápido, no entanto, não mais do que seu pai.

O que aconteceu em seguida virou um eco no fundo de sua mente. As perguntas da recepcionista. O número do quarto. O estado da paciente. O andar que ela estava. Levi apenas deixou-se conduzir enquanto apenas uma parte do seu cérebro ordenava para que andasse. As salas brancas o deixavam atormentado, mas as costas largas do seu pai se tornaram um ponto escuro que poderia seguir.

Alguém estava chorando. A porta do quarto se abriu, e assim como nos filmes, Mikasa estava envolta de fios e sons artificiais. Algum liquido pingava para dentro de suas veias, sua cabeça estava enfaixada e pequenos canos com oxigênio se encontravam em seu nariz. Mesmo com o terror que sentiu, queria pinta-la ali. Manter aquela imagem com tinta para recordar que... Mikasa estava bem, e ele, Levi, estava chorando.

Passou pelo seu pai e Annie para abraçar Mikasa, que estava em um estado de semiconsciência. Nenhum dos dois prestava atenção nos visitantes, e a morena teve ciência imediata de que aquele era Levi.

—          Desculpa... não ir para o seu show. Deveria ter ido... Se eu ignorasse as ameaças dele... Levi. Eu queria te ver.

—          Dói em algum lugar? Como você se sente? — Levi vomitou várias perguntas, mas a garota apenas se inclinou o máximo que pode e colou os lábios de ambos por mínimos momentos. Era quente, mas também, muito molhado.

—          Estou bem agora. Estou bem... agora...

 

♦♦♦

 

Kenny assistiu toda aquela cena, parado à porta como o restante dos amigos dela. Eles, ao contrário do patriarca, não pareciam tão surpresos, como se soubessem. Uma parte de si tentou ficar furiosa, no entanto, ela fora facilmente apagada. Mikasa estava bem, e seu filho... era como se recuperasse os sentimentos que perdeu quando a mãe falecera.

Se todas aquelas coisas boas aconteceram porque Mikasa estava aqui, não tinha como ser injusto com ela.

Mesmo assim, teve que se afastar — seu peito apertava como um pano velho, sem jeito e de forma repetida. Passou as mãos no cabelo por baixo do chapéu e depois no rosto, onde permanece por um tempo. Uma das enfermeiras pergunta se ele estava bem, e o mesmo apenas gesticula com a cabeça. Precisava se recompor antes de enfrenta-la, embora sua condição clinica fosse mil vezes mais importante que os cortes que sentiu rasgar e queimar dentro do peito. Há quanto tempo isso estava acontecendo?

Foi antes ou depois de...?

Quando os dois estavam sozinhos...?

Sacudiu a cabeça e respirou fundo. Já era adulto demais para essas tolices. Quantas vezes pisou na bola com o próprio filho? Definitivamente não poderia fazer isso novamente. O ideal, era manter sua mente no mais importante — Mikasa estava dirigindo para encontrar o ex, segundo as direções, o que indica que o mesmo finalmente fez seu movimento e a ameaçou. Se ambos Mikasa e Levi são amantes, deve ter sido um motivo realmente forte para os separar no show.

Precisava voltar.

 


Notas Finais


Por favor, atendam meu pedido das notas inicias ;-;


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...