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História E nós? - Um


Escrita por: someonedead

Notas do Autor


DESCULPEM
Eu estive muito doente, na verdade ainda estou doente, por isso não consegui postar antes. Mas eu disse que postaria sexta. °3° Não disse qual.
asuahsuahsa
Então.
ATENÇÃO PESSOAS
LEIAM AS NOTAS FINAIS TÁ. Lá eu vou explicar umas coisas. Desculpem qualquer erro, boa leitura.

Capítulo 17 - Um


DOIS DIAS ATRÁS

- Não deveríamos estar fazendo isso. – Miguel sussurrou com os lábios ainda próximos dos de Thomas. – Julian... – Não sabia ao certo o que deveria dizer, mas o rosto de Julian pairava em sua mente e isso o deixava aturdido.

Thomas o encarou por alguns segundos, os olhos examinando seu rosto minunciosamente como se ele quisesse registrar cada detalhe do rosto de Miguel, cada mínimo movimento e expressão para que depois pudesse as reproduzir sempre que tivesse vontade.

-Eu sei. – disse. – Eu sei que é errado e eu sei que não deveríamos estar fazendo isso, mas eu não quero parar. Por Deus, Lito. Não quero parar. – Ele estava visivelmente confuso e cheio de desejo.

- Eu... – Miguel fechou os olhos e respirou fundo. Ele estava traindo Julian e sabia disso, as palavras que ele havia lhe dito antes de desligar agora voltavam a sua mente com força, lhe acertando diretamente no peito. – Desculpe. – Murmurou.

Thomas o encarou confuso.

- Por quê? – Perguntou.

- Por tudo isso. Eu não deveria ter beijado você. – Segurou a cabeça e apertou com força seus cabelos. – Eu não sei o que aconteceu. –

- Você fez o que queria fazer. Somos culpados. Eu retribui o seu beijo. – Thomas levantou-se e olhou para o céu, para os milhares de pontos brilhantes que enfeitavam a noite escura e fria.

- Por que você me beijou de volta? – Miguel não conseguia encará-lo agora. Tantas perguntas rondavam a sua mente que ele sentia como se sua cabeça estivesse prestes a explodir.

- Eu não sei dizer exatamente. – Thomas riu meio sem jeito. – Eu acho que eu queria fazer isso há um bom tempo. –

Aquilo surpreendeu Miguel. Thomas queria beijá-lo?

- Eu não acredito em você. – Murmurou.

Ele podia sentir os olhos do amigo sobre ele. Seu corpo inteiro estava tremendo, em sua boca havia o gosto de vinho e o gosto de Thomas.

Depois de se ajoelhar e ficar na mesma altura que Miguel, Thomas segurou seu queixo gentilmente e o forçou a encará-lo. Miguel não queria chorar, mas seus olhos ardiam e as lágrimas ameaçavam escorrer.

- Você vê muito pouco de si mesmo, Lito. Você é um cara incrível e sabe que eu não minto pra você. Então sim, eu queria fazer isso. Eu te beijei por que eu queria te beijar. – Thomas disse isso pausadamente, olhando nos olhos de Miguel e depois seu olhar se perdeu nos lábios do amigo e sem sequer se dar conta do que faziam, eles se beijaram novamente.

Era estranho não ser dono do seu próprio corpo, era como se sua cabeça não tivesse controle nenhum sobre o resto. Seu corpo era apenas desejo e era isso que o movia.

O beijo de Thomas era feroz e não deixava espaço para que Miguel pudesse reagir, ele tomava o controle de tudo e a única reação que Miguel poderia ter era deixar-se levar, deixar que o outro o dominasse.

Mordeu o lábio inferior quando a língua de Thomas chegou em seu pescoço, e sentiu seu corpo inteiro vibrar com o contato. Suas mãos voaram para a nuca do amigo e ele deixou que o outro explorasse cada parte que tinha vontade. Seu pescoço, sua clavícula, seu ombro. Thomas parecia se deliciar com cada centímetro de sua pele e Miguel estava simplesmente fora de si.

Thomas parou e o encarou por alguns segundos antes de levantar-se e puxar Miguel junto de si. Ele se virou e abriu a porta do carro acenando positivamente para Miguel, indicando para que ele entre e assim ele o fez.

Seu amigo o deitou gentilmente no banco detrás do carro, Miguel fechou os olhos e respirou fundo ouvindo as batidas fortes de seu coração como se ele pulsasse em seus ouvidos ao invés do peito.

Aquilo não era pra estar acontecendo. Mas era pra estar acontecendo. De um modo extremamente confuso e contraditório o certo e o errado se misturam e não significam mais nada. O que ele quer é Thomas e Thomas está em cima dele, os corpos molhados e pressionados firmemente um contra o outro.

A língua de Thomas é macia e veloz e Miguel gosta disso, do modo como ela parece brincar com a sua, do modo como ela o faz se sentir vivo.

Ainda em silêncio, Miguel observou Thomas retirar sua camisa molhada, o peito dele subia e descia violentamente num ritmo descompassado, sua pele parecia brilhar.

Enquanto voltavam a se beijar, Thomas começou a levantar a camisa de Miguel. Ele queria dizer algo, mas sua voz estava presa em algum lugar de seu corpo e provavelmente não iria sair. Ele levantou os braços do modo que pode e deixou que o outro retirasse sua camisa. Não estava frio dentro do carro. Era um tanto abafado, mas não de um jeito ruim, o ar parecia úmido e quando Miguel respirava, ele sentia como se respirasse eletricidade, ela descia coçando sua garganta e fervilhava dentro de seu estômago, queimava seus pulmões antes dele liberá-la novamente.

Thomas o beijou novamente, mas parou abruptamente para olhá-lo nos olhos.

- Lito, você... –

Miguel sabia o que ele iria dizer, exatamente por isso ele o interrompeu com outro beijo. Não queria que ele perguntasse nada, não queria responder nada. Ele não conseguiria continuar se tivesse que responder.

Sentiu os dedos de Thomas tocarem em seu peito, explorando cada local, os dedos dele pareciam estar em chamas, quentes e prazerosos, consumindo toda a consciência que restava em ambos. Os dedos desceram delicadamente e repousaram na cintura, brincando desajeitadamente com o fecho de metal. Miguel respirou fundo e fechou os olhos.

Sentiu os dedos do amigo agilmente abrindo o botão e escutou o zíper sendo aberto. Aquilo tudo era magicamente assustador.

De algum modo, Thomas retirou sua calça e colou seus corpos novamente. Miguel havia sonhado com aquele momento, imaginado de tantas maneiras diferentes. Agora ele apenas deixava as sensações lhe guiarem, tentava ao máximo conter os suspiros, o medo de dizer algo errado lhe atravessando a mente todo o tempo. Ele não queria parar, não queria estragar aquilo, queria repetir aquele momento para sempre, vivê-lo eternamente.

Thomas segurou suas mãos trêmulas e as colocou em seu peito.

- Me toque. – Ele sussurrou enquanto levava as mãos de Miguel pelo seu rosto, descendo pelo seu pescoço e peito até pararem na parte inferior do abdômen.

Miguel olhou para o rosto do amigo e ficou surpreso com o que viu neles.

Medo.

Thomas estava com medo assim como Miguel estava. Ambos estavam assustados e temerosos. Sabiam que aquele era um passo gigantesco e não teria mais volta, e que trariam muitas consequências.

Miguel tentou esvaziar sua mente do que poderia acontecer depois dali. Não analisou consequências ou como ele iria se sentir depois daquilo. Apenas lentamente, desceu suas mãos e tocou Thomas.

Agora ambos estavam quentes. Extremamente quentes.

Ajudou Thomas a se livrar de sua calça e colaram seus corpos um no outro.

O carro não era grande, mas eles se viraram como puderam, ambos deitados no banco detrás, os corpos colados e se movendo lentamente.

Miguel queria gritar, não era medo ou de qualquer outra coisa que ele pudesse nomear, era apenas o corpo de seu amigo colado ao dele, as ereções se roçando lentamente provocando uma prazerosa fricção.

Gemeu baixinho quando Thomas se aproximou ainda mais e o seu gemido fez Thomas ficar mais animado, levando as mãos até sua bunda e apertando lentamente enquanto eles se beijavam. Seus lábios já estavam começando a formigar enquanto o outro mordiscava e se deixava levar pelo prazer.

Eles estavam perdendo o controle.

A respiração de Thomas em seu ouvido lhe enviava ondas elétricas da cabeça aos pés e daí até Thomas, circulando infinitamente entre eles como se fossem um só.

- Miguel. – E o seu nome mais uma vez fora pronunciado com aquela necessidade assustadoramente prazerosa.

Sentiu a mão de Thomas adentrar em sua cueca e envolver o seu membro. Não reprimiu o leve gemido que escapou de seus lábios. Nada disso importava agora.

A mão de seu amigo começou a se mover, para cima e para baixo, lenta e prazerosamente.

Ficando de joelhos em cima de Miguel, Thomas retirou a cueca do amigo e observou seu corpo desnudo. Observou cada detalhe, cada curva e cada pinta em sua pele branca iluminada pela pequena luz artificial dentro do carro.

Miguel corou com a atitude, escondendo o rosto com as mãos.

Quando a boca de Thomas entrou em contato com seu pênis, a primeira reação que Miguel teve foi a de um grito sufocado pelo prazer intenso. O grito não saiu, morreu em sua garganta e foi substituído por um suspiro surpreso.

A boca de Thomas era quente e húmida, ele sentia a língua dele se movendo rapidamente com movimento rotatórios enquanto ele subia e descia sua cabeça.

E Miguel achou que iria gritar mais uma vez. O prazer, a sensação íntima e arrebatadora destruiu completamente todos os seus sentidos.

Respirando pesadamente e gemendo baixo, ele segurou os cabelos de Thomas e começou a empurrar sua cabeça para cima e para baixo, as ondas de prazer lhe percorrendo o corpo e fazendo com que ele arqueasse suas costas.

Aquilo era mais do que bom.

A língua de Thomas subiu da base de seu membro pulsante até a glande e ele o soltou. Levantou seu corpo ficando novamente de joelhos e finalmente retirou sua cueca.

Miguel observou o corpo nu de seu amigo.  Não formalmente como fizera tantas vezes, mas como ele sempre quis. Com desejo.

Adorou a forma como o abdômen dele se dividia, como seu peito subia e descia rapidamente. Adorou a pouca quantidade de pelos que crescia em sua virilha e mais do que adorou ver o pênis do amigo ereto e pulsante, necessitando de algo que que só ele poderia lhe dar naquele momento.

Ficando de joelhos também, Miguel beijou Thomas mais uma vez, um beijo rápido e luxurioso.

Curvando-se, sequer deu tempo de Thomas protestar, abocanhou o pênis dele e começou a movimentar-se rapidamente, retribuindo o prazer que a pouco recebera.  Não sabia ao certo o que fazer, mas não tinha dificuldade em descobrir.

Deixou sua língua se movimentar como ele queira, deixou suas mãos segurarem com força a cintura do amigo. Cada parte sua parecia ter um desejo diferente e ele deixou que cada uma fizesse o que queria fazer.

Sentiu o gosto de seu amigo em sua boca. Era quente e prazeroso. Ele se sentia bem em dar aquele poder dar prazer a Thomas. Ouviu os gemidos do outro. Eram roucos e pareciam ferozes. Ele gostou de ouvir aquilo. Queria mais. Levemente ele deixou seus dentes roçarem na extensão dura. Ouviu Thomas praguejar e sentiu ele levantá-lo bruscamente.

- Não consigo, Lito. – Disse entre suspiros. – Não consigo esperar mais. –

Thomas deitou Miguel novamente e se posicionou entre suas pernas. Miguel se surpreendeu ao ver um pacote brilhante nas mãos do amigo. Queria perguntar onde ele havia conseguido aquilo, mas não era hora.

Ele assistiu Thomas abrir o pacote de camisinhas e colocá-la em seu pênis, depois ele se inclinou tocou dois dedos nos lábios de Miguel. Confuso, Miguel abriu a boca para perguntar o que ele deveria fazer, mas entendeu quando Thomas deslizou os dedos para dentro de sua boca. E Miguel timidamente os lambeu, lubrificando-os. 

Ele se contorceu e reprimiu seu corpo quando os dedos de Thomas lhe tocaram, mas o beijo que veio logo a seguir o relaxou. Foi um beijo calmo e cheio de sentimentos e significados, lhe passava tranquilidade.

Sentiu os dedos do outro deslizarem lentamente para dentro dele e se contorceu mais uma vez, o desconforto lhe tomando todo o ar nos pulmões. Thomas começou a movê-los lentamente dentro dele. Para dentro e para fora, para dentro e para fora. E logo o desconforto se tornou pequenas ondas de prazer.

Thomas percebeu isso e aumentou os movimentos, mas ele parecia impaciente e necessitado. Então Miguel o beijou e disse com os lábios colados nos dele.

- Eu quero você, Tom. –

Os olhos do outro brilharam de uma forma incomum, e ele se posicionou. Miguel fechou os olhos enquanto sentia o outro lhe preencher.

Ele se moveu de forma sutil e calma, como se estivesse se esforçando para não machucar Miguel, e ao abrir os olhos alguns segundos depois, Miguel pode confirmar que era isso mesmo que estava acontecendo.

A face preocupada de seu amigo lhe encheu de um sentimento indescritível. Ele sentiu as lágrimas quentes escorrerem pela sua bochecha. Thomas se assustou e parou rapidamente.

- Lito, você quer que eu pare? Me desculpe. – Ele disse com um tom amargo na voz.

- Não, não, não. – Miguel sorriu sem jeito. – Por favor, não pare. – Foi o que ele conseguiu dizer.

Seu amigo, agora amante, pareceu entender o que aquelas lágrimas significavam, e sorrindo, começou a se mover.

Miguel sentia Thomas ir completamente dentro dele e se retirar vagarosamente. Mordendo o lábio inferior, ele sentiu seu corpo queimar e o prazer lhe atingir como uma onda.

Cobriu o rosto novamente.

- Eu quero ver você. – Disse Thomas. – Quero ver o seu rosto. –

Os dois se encararam por alguns segundos e Thomas começou a ir mais rápido e mais fundo enquanto Miguel apenas se arqueava e gemia sentindo seu corpo vibrar. O suor escorrendo do corpo de Thomas parecia brilhar e Miguel queria beijá-lo e sentir ele ir mais rápido e mais rápido, mais forte e mais forte.

Thomas se curvou segurando as duas pernas de entre dobras de seus braços, facilitando os movimentos e aumentando a velocidade.

- Mais... – Começou Miguel, mas não completou a frase.

Um gemido cresceu no fundo de sua garganta e fugiu por entre os seus lábios quando Thomas começou a acertá-lo mais forte, num ponto que fazia ele literalmente delirar de prazer.

As estocadas ficaram mais rápidas e mais fortes.

Miguel quase protestou quando Thomas saiu de dentro dele. Mas seu amigo sentou-se e o puxou para o seu colo, ajudando Miguel a se encaixar perfeitamente, as pernas uma em cada lado do corpo do amante.

Sentado no colo de Thomas, Miguel sentiu o outro completamente, quente e duro dentro de si. Mordeu o lábio com mais força, sentiu o gosto de sangue em sua boca, mas não houve dor, então ele beijou Thomas com uma ferocidade a qual ele desconhecia.

Thomas apertou sua bunda e começou a levantá-lo fazendo movimentos de sobe e desce, rítmicos e prazerosos.

Ele continuaram se beijando e Miguel sentiu que estava chegando no seu limite, aquela sensação prazerosa crescendo em seu estômago.

A mão de Thomas envolveu seu pênis e começou a masturbá-lo rapidamente.

Os gemidos dos dois preenchiam o espaço do carro e parecia reverberar infinitamente entre eles misturando ao som de seus corpos se chocando um contra o outro. Uma melodia estranhamente bela e incomum. Miguel apertou suas unhas nas costas do amigo quando mais uma onde forte de prazer lhe atingiu e Thomas sorriu, um sorriso selvagem. Como se quisesse descontar, ele atingiu Miguel com mais força fazendo com que esse jogasse violentamente sua cabeça para trás.

Mais um gemido alto.

Miguel chegou ao orgasmo. Ele sentiu seu corpo inteiro se comprimir e depois se libertar com um gemido sufocado. Olhou para Thomas que tinha seus olhos fechados envolvido também em sua própria explosão de prazer.

Colando os abdomens sujos, eles se aproximaram e se beijaram mais uma vez. E ficaram ali, colados um no outro, pedindo para que o mundo inteiro congelasse e eles continuassem se sentindo daquele jeito:

Como se ambos fossem apenas um.

 


Notas Finais


Esse cap se passa três dias antes do anterior. OK?
Miguel está contando pra Lilian o que aconteceu quando ele estava viajando. Os próximos caps vão explicar o que aconteceu.
Eu sei, deixei vocês confusos. Foi proposital. Mas eu amo vcs meus leitores lindos e maravilhosos. <3
Enfim. EU não quis fazer algo extremamente erótico porque acho que não havia só desejo. Existe muito sentimento e eu não queria deixar isso despercebido. Apesar de parecer apenas desejo, vocês sabem que têm muito mais que isso.
Eu não tenho costume de escrever cenas de sexo, essa é a primeira que eu posto então provavelmente não está muito legal. Mas espero que vocês gostem.
Me desculpem qualquer erro e até o próximo cap.
\o
BJS de Chocolate.


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