História É pra dar certo - Pronta para o próximo?

João on

Mano! QUE BEIJO FOI AQUELE? Tudo bem que ela é minha namorada e um dia isso aconteceria, mas mds! Ela beija bem pra cacete, acho que nunca tive um beijo tão bom, resolvi falar com ela

-Lari... você gostou?- falei e ela fingiu que não ouvi –Lari?

-Se eu gostei?- ela falou soltando a minha mão e em seguida coçou a cabeça e olhou para o sapato, assenti com a cabeça, com um ar de preocupação, a expressão dela parecia que não havia gostado –Eu não gostei- ela disse e eu abaixei a cabeça –eu ADOREI! Nunca pensei que beijar fosse tão bom assim

-Como assim, “nunca pensei”?- perguntei confuso

-Ué, eu nunca tinha beijado, você não sabia?- arregalei os olhos e balancei a cabeça negativamente, o que a fez ficar um pouco triste, ficamos em silêncio uns três minutos até que resolvi quebra-lo.

-É... eu tenho uma ideia pra nossas férias- falei olhando bem no fundo do verde de seus olhos com a esperança de que ela respondesse, mas isso não aconteceu, ela só olhou pra mim –e se fossemos ao resort assim que você voltar?

-Mas já era isso que a gente ia fazer- falou desviando o olhar

-Sério? Não sabia...- poxa, como as mulheres são sensíveis... eu não fazia a mínima ideia de que o fato de eu não saber que ela era BVL a magoaria tanto –oh meu amor... desculpa mesmo, mas é que em dois meses não dá pra saber tudo sobre você –Ela olhou pra mim ainda com o rosto meio triste mas logo deu um sorrisinho sem mostrar os dentes, eu adoro quando ela faz isso! Me dá muita vontade de beijá-la

-Tudo bem... não tem problema não. Chegamos!- dei um selinho demorado nela e ficamos um tempão ali até que ouvimos uma voz masculina gritar da janela

-Ei vocês dois! Chega de pegação! Entra Larissa, e você seu malandrão... tô de olho, viu?- eu ri e levantei o polegar, fazendo o famoso sinal de “legal”

-Pai... menos- falou olhando para seu pai e em seguida para mim

-Pode deixar sogrão, já terminamos!- falei rindo, e isso o deixou ainda mais furioso

-Não me chama assim, seu malandro!- só faltava sair fogo pelos ouvidos do meu “sogrão” kkkk eu e a Lari rimos

-Quer entrar, amor?- perguntou fazendo uma voz bem doce fazendo com que eu aceitasse

-Entrar??? Nem pensar Larissa, não vou deixar um marmanjo desses pisar na minha casa- falou balançando o dedo fura-bolo negativamente

-Pai, Já chega! Ele é meu namorado e você vai ter que se acostumar com isso- ela falou o encarando, ele retruca bem bravo

-E eu sou seu pai, e não vou me acostumar com...- ele é interrompido por uma voz feminina abafada

-O garoto entra!- a mãe da Lari aparece na janela, nós dois sorrimos e o sogrinho ia falar mais alguma coisa, porém é interrompido novamente –Sem discussão! Tá decidido, o João Guilherme vai subir e ponto!- minha princesinha pegou minha mão e a apertou bem forte, não sei porque, só sei que gostei. Passamos pela porta da frente e alegremente subimos a escada, andamos uns dez passos e finalmente chegamos no quarto dela, era fofo, ps: não sou gay! As paredes eram de cor lilás, tinha uma cama de casal bem confortável, a Lari é tão pequena... para quê uma cama tão grande? Mas o que eu mais reparei foi no seu mural, tinham umas 20 fotos, 7 eram comigo e o resto distribuído entre amigos, familiares e ela sozinha... achei adorável!

-Gostei do seu quarto!- falei sem soltar sua mão. Ela sorriu e eu retribuí, me deu um selinho bem rápido entre o meu sorriso –mas nós não viemos até aqui só para ver seu quarto... certo?- perguntei malicioso e ela não entendeu –Pronta para o próximo?- ela corou

-Pi-pior que não- gaguejou, fiquei confuso

-Ué, pensei que você tivesse gostado- falei entristecido

-Mas eu gostei mesmo!- fiquei mais confuso ainda –só ainda não me acostumei com beijar assim, é algo novo pra mim, entende?

-Mas você se acostuma, é bom e pode ter certeza que mesmo você sendo inexperiente, beija muito, muito melhor que várias vadias acostumadas- falei e dei um sorriso sem mostrar os dentes –Relaxa!- ela sorriu de volta. Ajeitei a mecha de cabelo que estava no seu rosto atrás de sua orelha, coloquei minha mão na sua bochecha e fiz carinho, depois coloquei a mesma atrás de sua nuca, deixando apenas o polegar sobre a bochecha, ela parecia gostar do carinho, até fechou os olhos, selei nossos lábios, colando bem um no outro. 5 segundos depois, dei passagem para a língua, ela não demorou tanto de ceder quanto da outra vez, mas não foi tão rápida. Fui lentamente e quando nossas línguas se tocaram, parecia um choque elétrico, me arrepiei todo! Senti ela se arrepiar também. Nossas línguas dançavam, numa bela sintonia, bem lentamente, acho que foi o beijo mais calmo que já dei na minha vida! Estávamos um pouco mais de um palmo longe um do outro, por isso, segurei em sua cintura e entrelacei meu braço nela toda (já que seu corpo era bem pequenininho), puxei-a para mais perto e colei seu corpo no meu. Quando de repente fomos interrompidos por uma voz.

Lari on

Ele perguntou se eu... gostei do beijo? Mano, eu amei! Não podia imaginar que aquilo era tão bom, transbordava alegria e paixão por todo o meu corpo, mas o João não sabia que eu nunca havia beijado, o que me deixou um pouco magoada, será que ele pensava que eu era que nem as outras meninas (vadias no caso) que os meninos sempre pegavam? Mas logo ele me tranquilizou e nos demos nosso tradicional selinho longo, mas tinha que ter alguém pra estragar tudo; nesse caso, meu pai! Quase me matou de vergonha na frente do Gui. Meu pai simplesmente surtou! Mas obvio que minha mãe nos salvou. Assim que entramos no quarto, pude perceber que o João olhava cada cantinho. Ele foi se aproximando, aproximando... mas eu ainda estava insegura! Era algo muito novo pra mim, apesar de ser muito bom. Ele iniciou com um carinho gostoso no meu rosto e logo encostou nossos lábios e a sua língua “pediu pra entrar”, demorei um pouco, mas liberei a passagem, aquilo estava maravilhoso! Parecia uma calma valsa entre nossas línguas, eu estava gostando cada vez mais, só que a minha mãe fez o favor de nos incomodar.

-Vocês não tem jeito mesmo, né? Larissa, eu te chamei pra arrumar as malas, e não pra se pegar com o seu namorado- ela falou me encarando, o João riu –bora, bora, bora! Aproveita que o João Guilherme tá aí pra te ajudar, tchauzinhooo, e nada de se beijar– falou saindo do quarto enquanto eu e ele riamos

-Vamos logo com isso- falei ainda rindo. Abri meu armário e peguei uma mala roxa e espaçosa. Fomos pegando coisa por coisa, e até que ele ajudou. Mas eu estava precisando de uma bolsa que estava bem em cima do armário, fiquei na ponta do pé e não consegui, resolvi pular, também não consegui, resmunguei e continuei tentando, o João sorriu e foi até onde eu estava, me agarrou pela cintura (o que eu gostei muito) e me carregou, fazendo com que eu alcançasse a bolsa.

-Baixinha! –falou rindo, fiz bico e retruquei

-Não sou não! Qual é a minha culpa se o negócio estava alto demais? –disse brava, o que fez ele rir

-Não tá alto... –falou balançando a cabeça negativamente

-Seu chato! Minha altura não vem ao caso agora. Terminamos!- falei sorrindo e ajeitando meu cabelo –acabamos de fazer tudo

-Nem pensar!- fiquei sem entender –a gente não terminou não

-Ué, mas a gente acabou de fechar a mala- levantei uma sobrancelha e o encarei confusa –não ta faltando nada

-Tá faltando isso- me puxou para si e colou nossas bocas, ficamos em média 10 segundos e eu o empurrei

-João! Que susto!- sorri

João on

Só podia ser a sogrinha! Namoral, aquilo tava tão maravilhoso que se eu pudesse não sairia dali nunca mais, mas tudo que é bom dura pouco mesmo. Ela mandou eu ajudar a Larissa. Arrumamos tudo bem direitinho, e quando a gente já tinha praticamente terminado, me toquei que um pequeno ser estava tentando alcançar alguma coisa em cima do ármario, sorri, nunca tinha percebido como a Lari era tão baixinha. Fui até ela, peguei pela cintura, carreguei-a, fazendo ela alcançar a bolsa. Resolvi dar um sustinho nela, já que sua boca tava me atentando e me chamando!

-Era essa a intenção- ri, mas logo me perdi nos seus fundos olhos verdes, peguei em seus cabelos, e a abracei bem forte.

-Ué... que que deu em você, pra me abraçar do nada assim?- sorriu, ficou em pontinha dos pés e em seguida me deu um beijo na bochecha –eu também vou sentir saudades...- sorriu, mas logo depois fez cara de brava –mas eu não quero que você nem passe perto daquela... daquela... daquela Alice lá- ri, não sabia que ela era ciumenta

-Pode deixar, senhorita! Eu não quero mais nada com aquela puta, a cara dela me dá nojo, sabia que ela já tentou me beijar três vezes só nessa semana?- ficou furiosa, achei engraçado

-O QUÊ??? Você não deixou, né? Ai que ódio dela, ela ainda dá em cima de você- cruzou os braços e olhou pra mim, eu tava rindo –que foi? Tô muito ciumenta, né?- riu também

De repente meu celular tocou

-Oi mãe!

-Oi filho, já estudou?

-Então mãe... é que eu tô na casa da Lari agora

-Já viu que horas são, João Guilherme? Quase 4 horas, já passou do horário, cê não acha?

-Eu sei, né mãe? Mas eu tô de férias, dá um desconto aí.

-Mas você tem uma prova marcada! Já pra casa, se despede da sua namorada, diz que eu tô mandando um beijão, eu gosto muito dela! Mas enfim, vai pra casa, abre os livros e começa a estudar, qualquer dúvida você me conta quando eu chegar em casa, beijo te amo!

-Tá bom... tchau

-O que ela falou?- perguntou preocupada

-Que tenho que ir pra casa...- ela abaixou a cabeça, triste –não fica assim! Cê vai ver, esses 20 dias vão passar voando- resolvi quebrar o gelo com uma brincadeirinha