História É pra dar certo - Sou grata por ter pessoas tão maravilhosas em minha vida!

Respirei fundo e pensei como aquelas férias poderiam ser diferentes, eu tinha tantos planos, que agora não são nada, vou tentar me divertir no Paraná...peguei um livro da minha coleção que eu ainda não tinha lido, se chamava “P.S. Eu Te Amo”, logo na capa já estava escrita, uma frase muito tocante, nunca tinha notado ela... “existem amores que duram mais que uma vida”, essa frase me chamou atenção naquele momento, li boa parte do livro e acabei pegando no sono, com ele em mãos.
Enquanto isso...
Matheus: Marcos, Marcos...
Marcos: ih lá vem, o que você quer de mim, Matheus?
Matheus: Primeiramente, pra você é SENHOR MATHEUS. Segundamente, é simples, só mais um jogo sujo para seu currículo 
Marcos: Tá bom, “senhor Matheus”, desembucha
Matheus: É muito fácil, você sabe quem é Larissa Manoela, né? Aquela bonitinha dos olhos verdes, gostosinha e pa – ele assente – ela vai viajar pro Paraná, pra cidade dela, e você vai pra lá também, vai ser espião, que bonitinho
Marcos: O QUE? Não posso Matheus, de uma hora para a outra? Esse tipo de coisa levsa tempo, sem contar que ela pode me ver e...
Matheus: relaxa, tá aqui sua passagem – joga o papel na mão dele – e com a câmera do seu celular você vai fotografar tudo, tudo que a Larissa fizer nessa viagem, e vai me mandar. Já arrumei um cafofo pra você ficar, mando o endereço por mensagem, eu não sou magnifico? Eu sei que sou
Marcos: Ah Matheus, sei não viu
Matheus: Não sabe o que? Você é pago para fazer o que eu quiser, pode arrumar suas malas e AI DE VOCÊ SE PERDER ESSA PASSAGEM
Marcos: tá, quando eu embarco?
Matheus: Amanhã de manhã, bem cedo. Umas seis horas sabe?
Marcos: O QUE?
Matheus: É essa sua missão, Marquinhos, agora vaza – ele continua lendo a passagem – EU DISSE VAZA! – assim que ele Matheus começa a rir diabolicamente – aiai Larissinha, sua viagem será boa, muito boa
João on
Acordei disposto a ir ao aeroporto fazer uma surpresinha pra Lari, mas quando fui ver o relógio
- Putz, são quase 9 horas! – entrei no banheiro rápido e nem tomei banho direito, só joguei água no corpo, amarrei a toalha na cintura e escovei os dentes em sei lá, 10 segundos? Saí e fui direto pro closet, peguei uma calça jeans e uma camiseta vermelha, ajeitei meu cabelo e calcei um tênis qualquer. Pulei as escadas e já estava sem fôlego – nossa senhora consegui me arrumar em cinco minutos, bom dia mamis
- Oi filho, não vai sentar? Tá com pressa? Vai aonde?
- Calma dona Naira, depois explico tudinho pra senhora, agora tenho que ir rápido – dei um beijo em sua testa e saí correndo. Peguei minha bike e segui meu rumo, o aeroporto era um pouco longe, eu ia chegar todo suado, mas valia a pena! A bicicleta tava em alta velocidade. Finalmente cheguei no aeroporto, amarrei a bike e entrei, ufa! Tinha ar condicionado – 9:45 !!! Ferrou, tenho que encontrar ela já! – quando aquela voz que faz as chamadas do embarque avisa:
- Atenção, passageiros do voo para Curitiba-Paraná, favor comparecer na sala 114 para aguardo do embarque, repetindo passageiros de Curitiba-Paraná na sala 114 para aguardar o embarque, obrigada!
- Daqui que eu chegue nessa sala! Ali um segurança, moço, onde fica a sala 114?
- É naquela direção, a primeira da direita
- Valeu moço! – fui correndo e tinha uma pequena fila em frente a sala, de longe avistei minha garota com uma carinha um pouco triste, segurando o urso de pelúcia que eu dei, ao lado de seu pai e sua mãe, ela era a última da fila, daria pra gente ter um tempinho junto, cheguei por trás e coloquei minhas mãos em seus olhos 
- Quem é?
- Hm...alguém que te ama muito
- João! – ela se virou e me deu um forte abraço, que retribui 
Lari on
- Lari! Acorda filha, já são 7 horas, e você sabe como o aeroporto é longe e ainda tem que fazer check in e bla bla bla
- Só cinco minutinhos, mãe
-  Sem cinco minutinhos – ela puxou meu edredom e enquanto eu resmungava ela falava – levanta, meu bem, se não a gente perde o voo! – levantei e fui no banheiro, tomei um banho quente e saí, fiz minhas higienes e vesti uma legging roxa com uma blusa branca, um casaco rosa e por fim uma sapatilha, eu não tava ligando muito pra estilo naquela manhã. Deixei meu cabelo solto e apenas passei uma escova, peguei minha mala e desci para esperar meus pais
- Já tá pronta? – meu pai perguntou surpreso ajeitando a manga do paletó 
- Aham
- Vamos, Silvana! – minha mãe desceu correndo
- Calma Gilberto, já cheguei – saímos de casa e quando estávamos entrando no carro lembrei do ursinho que o João me deu, eu tinha esquecido!
- Eu preciso buscar uma coisa – saí rápido
- Essa coisa é mesmo necessária? 
- Sim! - Peguei a chave e abri a casa, subi correndo e peguei o ursinho em cima da cama, desci, fechei a casa e entrei novamente no carro – agora sim, podemos ir – fui o caminho todo em silencio, em quanto meus pais planejavam o que fazer quando chegar no aeroporto pra ter tempo pra tudo e bla bla bla, chegando lá fomos logo fazer o check-in, a fila não tava muito grande, só tinham três familias em nossa frente. Colocamos as malas, que foram levadas. A mulher fez algumas perguntas, pediu nossos documentos...
- Agora vamos tomar café da manhã, eu tô com bastante fome – fomos para a praça de alimentação, eu pedi um pão de queijo e um suco, minha mãe um misto e um café e meu pai igual a ela – vamos aguardar ali, até a gente ser chamado – olhei para todos os lados para ver se não tinha ninguém para se despedir, principalmente o João, fui ver meu celular e a última vez que ele visualizou foi ontem, antes da hora que eu liguei, fiquei jogando no celular pro tempo passar mais rápido. Finalmente fomos chamados, é...parece que ninguém vinha mesmo, levantei, respirei fundo e fui. Na fila senti mãos masculinas sobre meus olhos, era ele! O abracei forte
- Meu amor, pensei que não viesse me ver
- Desculpa a demora...acabei acordando atrasadinho e tive que vir de bike!
- Nossa, tudo isso por mim...obrigada por tudo – 
- Vem cá, preciso fazer uma coisa que seu pai não pode ver! – saímos da fila indo para um cantinho, ele se aproximou e selou nossos lábios, agarrou em minha cintura enquanto eu segurava em sua nuca, colocou a língua e automaticamente eu cedi, nossas línguas dançavam numa perfeita sincronia, nosso beijo era lento, e ao mesmo tempo urgente, quando fomos interrompidos
- OOOOOOI CASAL 
- Giovanna? – perguntei com um sorriso surpreso
- Euzinha! Desculpa atrapalhar o love de vocês, é que eu odeio ficar de vela
- Que bom que você veio amiga! – a abracei
- Vocês se conhecem?
- Como assim? Claro que a gente se conhece. A Gih estudou com a gente até a quinta série, esqueceu? Ela teve que viajar pra BH, por causa dos pais, mas nós não perdemos o contato nunca! Sempre que ela vinha pra São Paulo a gente se encontrava
- Meu Deus! Giovanna Chaves? Tem certeza? Caramba você tá muito diferente – ele a olhou de cima a baixo
- Sou eu sim – riu – fiquei surpresa quando a Lari me mandou uma mensagem dizendo que você pediu ela em namoro no baile do colégio, com direito a flores, ain tendência
- Ai gente, já chegou minha vez, preciso ir
- A gente te acompanha 
- Tchau amiga – a abracei de novo – obrigada por ter vindo, tchau amor – dei um selinho e entrei na tal sala, me sentei e fiquei pensando no quanto sou grata por ter pessoas tão maravilhosas em minha vida!
João on
Claro que nosso beijo tinha que ser interrompido! Mas pera...era a a menina que o Luckas tava de olho, ela e a Larissa se conhecem?
- João, espera!
- Que foi, Gih? Quer dizer, posso te chamar de Gih, né?
- Claro que pode, eu até prefiro. Sem contar que vocês sempre me chamaram assim
- Tá mas diz aí
- Cê não quer vir comer alguma coisa comigo? A gente aproveita e conversa, coloca o papo em dia, tem muitos anos que não conversamos
- Verdade...você sumiu garota – rimos 
- Mas e aí? Você e a Lari, Lari e você...ela é completamente apaixonada por ti
- E é reciproco – suspirei – mas voltando aqui, já vamos fazer três meses de namoro – peguei um suco e um misto e ela só um cappuccino – me diz, gostou de lá do colégio, você achou diferente?
- Bastante! Eu tava morrendo de saudades de lá, passei minha infância inteira estudando lá. Mas espera...então o Luckas da pracinha é o Luckas moura? Caramba minhas suspeitas são realmente corretas, continua um gatinho– rimos
- Pois é...ele achou isso de você também
- Ah, ele é legal, até me chamou no whatsapp 
- Só legal?
- Vixe tem alguém me ligando – aham, confio, só tava mudando de assunto – alô? Luckas? Tá pode ser, que horas? Ok...tchau
- KKKKKK era ele? 
- Aham, me chamou pra sair
- Ui ui ui 
- Para João! A gente nem se conhece direito, nem na época do colégio nós nem nos falávamos tanto assim – rimos – sabe, você é bem legal – eta ela disse a mesma coisa do Luckas
- Valeu...você também, mas você não me achava legal antes? – ri enquanto abocanhava meu sanduiche misto
- Claro que achava! Preciso ir, meu pai já deve tá chegando
- Eu te acompanho, não é bom uma menina bonita igual a você ficar sozinha nos lugares. Di-digo não é bom você ficar sozinha – ela riu.