História E Que a Morte o Acompanhe - Akemi Naomi Pasqualyne

Akemi Naomi Pasqualyne:

A noite estava em seu desenvolvimento mais nitido, ela estava raivosa e eu sabia o motivo. Eu como melhor amiga dela, devo sempre estar por dentro de tudo que se acontece com ela. Nem que para isso, eu tenha que passar por muitos tormentos.

Eu caminhava pelo meio das árvores, chutava algumas pedras e a Lua me olhava. De vez em quando, ela chamava a minha atenção. Ela tinha grande preocupação comigo, e temia se eu me machucasse.

O mar que banhava a floresta, tentava se manter afastado de mim, mas vira e mexe, suas águas me tocavam os pés. Depois de se acalmar um pouco, o mar cantava para mim. E eu ouvia tudo atentamente, ao som das águas que se chocavam as pedras.

Minha mãe estava a fazer seu trabalho como sempre, Ela como Morte, nunca deixava de trabalhar a muitos e muitos anos. Meu Pai estava sempre espalhando o Mal, Ele como Satã, tinha o sonho de construir seu Império maldito.

Em minha vida, nada de bom poderia acontecer. Desde o ventre de minha mãe, o mal me acompanhava aonde quer que eu esteja. Ele estaria até no espaço, se algum dia eu fosse para lá.

A Noite estava profunda, outra vez ela tentou se aproximar do Dia e ele a rejeitou. Noite, enchia-se das nuvens escuras procurando ocultar a Lua para que ela não a iluminasse. Luz, a fazia lembrar-se do Dia, aquele que a quebrou o coração. Mas juntos, eles possuíam uma Filha, a Pequena Madrugada.

Meu coração enchiasse de esperança, a cada manhã que se iniciava. Mas ao decorrer do dia, eu via que nada era como eu esperava.

Resumindo: Eu, meu sofrimento, pessoas se afastando, minha mãe os tomando, meu pai espalhando o mal, pessoas me temendo, escola, trabalho...

Eu gostaria de ter uma vida normal, igual a vida das mortais que estão em minha volta, mas agora eu sei, não é possível.