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História E que minhas palavras a toquem onde minhas mãos não alcançam - Eu queria preencher o vazio que é tão cheio dentro dela.


Escrita por: sayan-girl

Notas do Autor


desculpem se isso estiver meio bobo demais, meio patético, eu tô com um pouco de vergonha de postar
shyshyshy rar.



pro yixing do meu kyungsoo <3

Capítulo 1 - Eu queria preencher o vazio que é tão cheio dentro dela.


Fanfic / Fanfiction E que minhas palavras a toquem onde minhas mãos não alcançam - Eu queria preencher o vazio que é tão cheio dentro dela.

Ela é linda, sabe?

Ela tem esses cabelos curtinhos, esses olhos bonitos, esse jeitinho meio atrapalhado e essa voz meio doce de menina que ainda não cresceu.

Ela tem o dom único de fazer o mundo girar mais devagar, deixar minha cabeça nas nuvens e aumentar meus batimentos quando sorri para mim.

Ela se faz de durona, porque tá meio cansada da vida, mas guarda uma gentileza enorme dentro de si e tem um lado meigo que quase ninguém conhece.

Ela é carente, gosta de cafunés e de abraços bem quentinhos. E eu me sinto segurando meu mundo inteiro quando a tenho em meus braços. Também é quase como tocar o paraíso quando ela me beija e se eu pudesse parar no tempo, eu nos eternizaria nos momentos em que ela sussurra que me ama, me encarando como se pudesse enxergar tudo dentro de mim.

De qualquer forma, ela só se enxergaria, porque eu sou tudo sobre ela.

Ela é feita de retalhos, porque já se quebrou em pedacinhos várias vezes e eu coleciono calos nos dedos de tanto tentar recolá-la. Ela guarda dores nos bolsos e às vezes eles pesam demais, transbordam e é quando eu a encontro encolhida em um canto, chorando bem baixinho para que ninguém perceba que ela só quer um colo amigo, um afago nas costas e um pouco de uma felicidade verdadeira.

E eu sei que ela se esforça para levantar da cama todo dia de manhã; que ela veste sorrisos para que eu não saiba que ela se despedaça por dentro; que ela tem mãos feridas por tentar segurar os próprios caquinhos que a vida a faz deixar por aí.

Mas ela é toda poesia, sabe? Um bocado de estrofes sem redondilha, numa métrica irregular, com uns versos brancos, uns versos livres e sem qualquer comprometimento com as escolas literárias. Ela também é toda música, meio sem gênero, toda eclética e para todos os gostos, porque é meio impossível alguém não gostar de tudo que ela consegue ser. Ela é arte de vanguarda, moderna e contemporânea; é tão abstrata e tão cheia de significados que eu só sei que ela é real por conseguir tocá-la.

E eu gosto de como ela é quente; me distraio por horas a fio dedilhando os traços perfeitos do rosto dela e perfazendo o desenho alucinante dos lábios que eu beijaria até o mundo acabar. Ela tem a profundidade de um oceano nos olhos e eu amo contar as estrelas nas constelações do sorriso dela. Ela tem umas asas muito bonitas, eu só queria que o mundo parasse de apará-las para que ela pudesse ser beija-flor, borboleta, libélula.

Ela veio só para virar minhas convicções do avesso e para me fazer acreditar em amor. Ela veio para fazer meu coração palpitar, minhas mãos tremerem e minha mente se fissurar no som da risada dela. Ela veio para me deixar ébria no sentimento de amá-la tanto e no gosto do beijo dela; para me fazer me perder de mim mesma, só para me encontrar naquele sorriso que me diz que eu tenho um lugar no mundo.

Acima de tudo, eu queria que o mundo enxergasse cada pequena coisa que eu amo sobre ela. Eu queria que não podassem as flores dela ou apagassem as cores que ela carrega nos olhos. Eu queria que eles vissem o arco-íris que ela deixa por aí, porque ela consegue transformar minhas chuvas em raios de sol.

E eu gosto de ouvi-la cantar no chuveiro; de observá-la concentrada em alguma melodia nova que ela compõe quando dedilha as cordas daquele violão velho; de admirá-la dançando pelos cômodos enquanto arruma a casa; de tê-la se esgueirando sobre mim para me beijar até perdemos o fôlego, a noção do tempo e os medos que o mundo enfia dentro de nós. Eu gosto de ouvi-la falando sobre física, filosofia e astrologia; de tê-la deitada no meio peito enquanto nós observamos as estrelas do terraço do apartamento dela; de entrelaçar nossos dedos, de dizer que ela é minha, de fazê-la sorrir como uma criança quando eu sussurro que a amo, de enchê-la de mimos e de mantê-la protegida da maldade da vida em meus braços.

Porque eu odeio vê-la chorar quando apontam dedos acusadores e julgadores na nossa direção quando andamos de mãos dadas por aí. Eu odeio como o mundo não parece entender que ela não é obrigada a sempre estar bem. Eu odeio como as pessoas que ela tenta tanto orgulhar parecem nem se importar e odeio ainda mais o fato de terem coragem de machucá-la sem qualquer pena. Eu odeio como ela tem tanto amor para dar, mas aquelas por quem ela se apaixona nunca dão o devido valor. Eu odeio como ninguém compreende que cada dia é uma luta diferente contra os fantasmas que ela carrega consigo e odeio mais ainda como ninguém enxerga que ela é forte só por conseguir abrir os olhos de manhã. Eu odeio como roubam dela os sorrisos, o brilho nos olhos, as poucas esperanças que ela cultiva e a rasa vontade que ela ainda tem de dar alguns passos para fora da cama.

De alguma forma, eu queria poder roubar todas as dores dela. Talvez levá-la para um mundo que não a machucasse tanto. Fazê-la perceber que ela é tão preciosa em tantos sentidos e que o sorriso dela é o mais lindo que existe. Eu queria que ela parasse de se culpar por coisas que não são culpa dela; que ela parasse de mentir para si mesma e para mim quando diz que está tudo bem; que o silêncio dela não gritasse que ela se afunda um pouco mais a cada dia.

Eu queria fazê-la livre das coisas que a impedem de simplesmente voar por aí.

Eu queria preencher o vazio que é tão cheio dentro dela.

Eu queria puxá-la pela mão e fazê-la dançar comigo na chuva só para fazê-la sentir as gotas no rosto e ouvi-la rir daquele jeito gostoso. Eu queria levá-la para correr por aí, para enchê-la daquele sentimento quente de uma liberdade que ela sempre procurou pelos cantos. Eu queria beijá-la até o mundo se apagar ao nosso redor e fazê-la sentir todo meu amor que é só dela. Eu queria contar um bocado de piadas bestas para que ela soltasse aquelas gargalhadas que a deixam vermelha e sem ar. Eu queria ter a solução para os problemas que a deixam cabisbaixa. Eu queria poder esvaziar os bolsos cheios de mágoa dela e enchê-los de pequenas felicidades até que nada mais no mundo pudesse fazê-la chorar de novo.

Eu queria que minhas palavras tocassem Yixiao em lugares que minhas mãos não alcançam.

Eu queria que houvesse uma maneira de poder amá-la ainda mais. 


Notas Finais


eu escrevi isso ouvindo umas musicas bem bonitinhas, aí saiu meio gay demais
espero que quem eu quero entenda a mensagem nessas coisinhas bobas que eu escrevi
te amo muito, viu?

um muito obrigada a quem leu
amo vocês
um beijo e até a próxima <3


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