Liam ON
Já faziam horas desde que ela partiu. Tomara que Roland esteja com ela. E tomara que ambos estejam bem.
Minha mãe estava surtando, nada conseguia acalmá-la. Ela estava dizendo que algo estava errado, e que Eva corria perigo, mas meu pai estava com ela, tentando deixá-la tranquila.
- Acha que ela vai ficar bem? - perguntou Pedro.
- Tenho certeza. Nada consegue fazê-la parar quando está determinada - respondi.
- Ela é impulsiva... - falou ele - Tenho medo de ela não voltar...
- Calma, ela está bem, tenho certeza - falei.
- Tio... Acho que aconteceu alguma coisa com a vovó - disse Eadlyn se aproximando de nós.
E realmente tinha acontecido. Mamãe estava desmaiada nos braços do meu pai.
- Mãe! - fui até ela e meu pai - O que aconteceu? - perguntei.
- Ela deve ter se estressado demais - falou Pedro.
- Ela está gelada! - falei encostando a mão na testa dela.
- Temos que tirá-la daqui - disse meu pai.
Tiramos minha mãe de lá e levamos ela para a cama. Meu pai a cobriu e sentou ao lado dela.
Logo Pedro chegou com o médico. Ele fez alguns exames na minha mãe e disse:
- Ela está bem. Só acabou se estressando demais.
- Obrigado - falei.
Minha mãe estava começando a acordar.
- Mãe... Por que você faz isso? - perguntei sentando do lado dela.
Ela soltou uma risada fraca.
- Não faço por querer. Não queria assustar vocês, desculpem... É só que eu estou tão preocupada com a Eva...
- Todos estamos preocupados com ela, mãe. Mas ela vai ficar bem. Pode ter certeza - falei.
- Tudo bem. Agora eu preciso sair dessa cama, tenho mais coisas pra fazer - ela disse saindo da cama.
Ninguém a impediu, mas meu pai ficou colado a ela.
Só queria saber o que Eva e Roland estão fazendo e se eles estão bem...
Eva ON
Roland e eu estávamos entre beijos e amassos, mas paramos tudo ao ouvir um barulho terrível.
- O que foi isso? - perguntei.
- Não sei. Mas temos que sair daqui - respondeu ele.
Ele se levantou e me ajudou a levantar.
- Temos que sair daqui - falei.
- Como? - perguntou.
- Eu tenho magia, lembra?
- Ah sim. Vamos!
Corremos até um lugar onde passava luz por alguns lugares.
Lancei um raio de luz, mas não aconteceu nada.
- Tente de novo - falou Roland.
E assim eu fiz.
Foram umas 5 tentativas falhas até a passagem se abrir. Assim que se abriu, nós saímos de dentro daquela caverna.
- Temos que voltar para casa - falei.
- Sim...
E voltamos caminhando até o castelo.
Roland entrou comigo e Liam veio nos encontrar.
- Liam... por que mandou o Roland? - perguntei baixo fingindo estar indignada.
- Queria que vocês passassem um tempo juntos para acertarem as coisas - respondeu baixo também.
- Bem... não deu certo - falei.
Ele me olhou triste, mas eu abri um sorriso e Roland também.
- Estavam brincando comigo? - perguntou Liam rindo.
- Estávamos - respondi - Obrigada. Você conseguiu - falei.
- Vocês estão juntos de novo? - perguntou.
Troquei um olhar com Roland.
- Sim - respondi.
Liam sorriu feliz.
- Bem... Acho que agora eu preciso ir - falei para Roland quando meu irmão já não estava lá.
- É. Eu também - falou ele - Foi... uma honra te ajudar, Alteza.
Tudo uma encenação. Pedro estava presente, então, não podíamos falar nada.
- Éh... Obrigada pela sua ajuda - digo.
- Não foi nada, Princesa - fez uma pausa e levou minha mão até seus lábios, mas antes de beijá-la sussurrou - Me encontre no seu antigo quarto meia noite.
- Estarei lá - sussurrei de volta.
E ele virou de costas e foi andando.
Corri para os braços de Pedro e o abracei.
- Senti saudade - ele falou.
- Também senti - falei - Onde estão meus pais e as crianças? - perguntei.
- Todos no quarto dos seus pais. Digamos que sua mãe... - nem esperei ele acabar, subi as escadas correndo até o quarto dos meus pais.
Minha mãe estava deitada na cama, meu pai estava ao lado dela, meus filhos estavam sentados em um sofá e Liam estava ao lado de meu pai.
- O que houve? - perguntei.
- Eva! - meu pai disse olhando para mim e sorrindo aliviado.
- Pai... o que houve? - perguntei novamente.
- Sua mãe estava muito nervosa. Aconteceu duas vezes desde que você saiu - respondeu Pedro entrando no quarto.
- Quero ficar sozinha com ela - pedi.
Meu pai não queria sair, mas Liam o convenceu. Pedro saiu com as crianças e eu fiquei sozinha com a minha mãe.
Sentei na cama ao lado dela e coloquei a mão sobre a dela.
- Mãe? Acorda... Eu estou aqui! Eu estou bem! - falei.
Ela abriu os olhos lentamente.
- Eva? Você voltou! - ela sentou e me abraçou.
- Claro que voltei, mãe... - falei a abraçando também - Não precisa se preocupar comigo, eu sempre vou voltar.
- Mas é que... eu... tive tanto medo de... elas machucarem você...
- Elas não vão me machucar, mamãe. Nunca! Eu posso dar um jeito nelas... Não se preocupe... - falei
- Desculpe, querida - falou.
- Não precisa se desculpar... Só prometa que não vai mais se preocupar tanto comigo.
- Eu prometo - disse ela.
Sorri.
- Mãe... Preciso que guarde um segredo para mim...
- O que quiser, querida.
- Roland e eu... voltamos
- Vocês o quê!?
- Voltamos!
- No tempo que ficaram fora vocês...?
Corei.
- Sim... Nós acertamos as coisas e "comemoramos" - falei.
- Ah meu Deus... Eva! Isso é considerado traição!
- Eu sei! Eu sei! Mas... Senti tanta falta dele...
- Sei que sentiu, querida. Mas não pode fazer isso!
- Se coloque no meu lugar então, mamãe! Você sabe que faria o mesmo! - saí de lá correndo. Fui para um quarto velho e isolado, que ninguém usava e comecei a chorar.
Por quê? Porque ninguém entende! Eu passei 15 anos sem meu amor verdadeiro! Se fosse minha mãe, teria feito igual.
Acho que ativei alguma espécie de botão, pois a parede girou e eu logo me vi em uma sala vazia.
- M-mas que lugar é esse? - pensei em voz alta.
- Aqui é onde seus pais se encontravam, Eva - ouvi uma voz doce dizer.
- Espere, como disse? - questionei.
- Antes de se casarem, eles se encontraram aqui. Foi nessa sala escondida que foi escolhido o seu nome e o nome do seu irmão - explicou tia Ayla.
- Mas eu... eu não entendo... Minha mãe não entende... Ela não sabe o que eu passei por 15 anos! O único que sabia era Liam, pois ele me conhece melhor do que todos os outros no castelo!
- Não fique assim, querida. Sua mãe estava muito preocupada, e você não pode simplesmente chegar e jogar essa bomba nela!
- Ela não pode fazer nada! Se eu quiser me casar com Roland e conseguir a permissão de Liam, eu posso - falei.
- Pode. Mas ela ainda é sua mãe! E só quer seu bem. Então você precisa... - eu a interrompi.
- Veja, eu não estou muito afim de ouvir os outros decidindo o que eu devo fazer, eu só quero descansar um pouco, depois do que aconteceu hoje eu estou exausta.
Saí de lá e fui para o meu antigo quarto.
Respirei fundo e fui até a sacada. Lembrei do dia em que Roland me deixou... O dia mais triste da minha vida toda.
Mas agora estamos juntos novamente e tudo parece estar se encaixando...
- Mãe? - ouvi uma voz chamando por mim.
- Hâ - virei-me para ele - Ah... Oi filho, o que houve? - perguntei entrando no quarto e fechando a porta da sacada.
- Sua madrinha esteve aqui. Você falou com ela?
- Falei sim, filho - disse desanimada.
- Você parece chateada, mãe. O que aconteceu?
- Problemas, querido. Problemas de adultos...
N.A.: Olha a ironia da vida.....O que é que uma garota de 12 anos sabe sobre problemas de adultos?..... Da licença gente, o hospício é pra que lado mesmo?
- O problema é o meu pai, não é? - perguntou.
- Como... Como sabe disso?
- Qual é mãe. O tio Liam me contou que quando você era jovem, encontrava o seu namorado naquela sacada.
- Seu tio as vezes fala demais e... Espere aí... Você por acaso insinuou que eu sou velha?
N.A.: Eu não insinuo não. Eu falo na cara mesmo. To falando sério gente... pra que lado fica o hospício?
- Não! Claro que não! Imagina mãe! A senhora... - olhei torto pra ele - Digo, você está ótima!
- Ah bom - ri.
- Mas agora falando sério... Conta a história pra mim. Como você conheceu esse "ex-namorado"?
- Bem... Antes de eu conhecer o seu pai e você nascer, havia uma maldição (...)
Eu expliquei tudo pra ele, só não expliquei que eu e Roland tínhamos... comemorado.
- Então você o ama? - perguntou.
- ...Amo... - respondi.
- Então... você deve seguir seu coração!
- Como disse?
Aquelas palavras me surpreenderam... Meu filho estava mesmo dizendo para eu ficar com Roland?
- Que se o seu coração diz pra você ficar com ele... Você precisa ouví-lo! Mesmo que signifique se separar do meu pai...
- Eu sinto muito, Daniel - abracei-o.
- Tudo bem, mãe. Se esse homem te faz feliz eu também fico feliz. E acho que a Eadlyn pensa do mesmo jeito.
- Eu amo você, filho. Amo muito! Mas... não fale nada disso para o seu pai, está bem? Eu quero discutir esse assunto com ele.
- Certo, mãe. Nenhuma palavra! É uma promessa!
- Obrigada, querido - beijei a testa dele - Agora vá. Eu já vou.
- Tchau mãe - me abraçou de novo e saiu.
Logo eu saí de lá, fui para o quarto e tomei um banho quente com pétalas de rosas.
Coloquei um vestido branco com pérolas não muito longo e um sapato de salto com pérolas. Coloquei uma coroa de flores de diamante com pérolas.
Saí do quarto e fui jantar, todos estavam lá.
Jantamos em silêncio e já eram 21:45.
Fui para o quarto e tentei relaxar um pouco lendo um livro.
(Quebra de tempo)
22:00, Pedro entrou no quarto, eu preciso mesmo falar com ele.
- Pedro, preciso falar com você - falei.
- O que foi, querida? Algo está te perturbando?
- Sim...
Ele se abaixou e eu respirei fundo tomando coragem para jogar a bomba nele.
- Bom... Pedro... E-eu... Uma pessoa que foi muito importante pra mim no passado voltou... Lembra-se do dia em que nos conhecemos? Você me perguntou se havia alguém em meu coração. Lembra da minha resposta?
- Claro que lembro! Você disse que sim.
- Pois bem... O homem que eu amei está de volta. Ele... foi para uma batalha em uma terra distante para proteger o reino.
- E agora que ele voltou você se apaixonou de novo por ele - deduziu.
- ...Bem...Sim... - respondi.
- Então você quer se separar? É isso?
- ...É! É isso!
- E nossos filhos? Fará o que com eles?
- Eles já sabem - falei - disseram que não se importam, desde que eu esteja feliz com essa escolha.
- E você pretende fazer o que?
- Pedir a permissão do meu irmão.
- E conhecendo ele, claro que vai concordar! - falou ele irritado, se levantando - Desde quando ele está aqui?
- Não sei.
- Vocês dois já fizeram sexo?
- ....Não...
- SUA VADIA! TRAIDORA! - ele me deu um tapa no rosto e eu não pude revidar.
- O que está acontecendo aqui? - perguntou Liam entrando.
Quando ele viu a marda da mão de Pedro no meu rosto pegou sua espada.
- Você não tem o direito de bater na minha irma! Ela é de uma classe mais elevada do que a sua! E isso, além de tudo, foi covardia!
- Quem é você para me falar de covardia? - retrucou Pedro.
- Não desrespeite o seu Rei! - gritou Liam.
- Falando em desrespeito... Sua irmã fez sexo com um homem que não é seu marido! ISSO É CONSIDERADO TRAIÇÃO EM TODOS OS MUNDOS!
- Minha irmã não iria descer a tal nível! - falou Liam.
Pronto... agora eu me senti culpada. Mas não iria falar nada.
- Você está banido desse reino. PARA SEMPRE! - continuou Liam.
- E irei com prazer! - gritou Pedro.
Pedro saiu e Liam correu até mim. Eu chorava e soluçava muito. Não esperava essa reação de Pedro... Ele sempre foi calmo. Nunca me tratou mal... Sempre procurou manter a calma em situações terríveis.
- Eva, tome um banho, coloque sua camisola e durma! Não quero mais te ver circulando pelo castelo hoje - Liam disse mais irritado.
- Claro... - falei.
Assim que ele saiu eu fiz o que me pediu, tomei outro banho e coloquei minha camisola, mas não dormi.
Quando eram 23:58 eu coloquei o roupão e fui até meu antigo quarto. Roland já estava me esperando na sacada com um sorriso radiante.
Roland ON
Tomei dois banhos antes de vir e coloquei uma de minhas melhores roupas.
Fiquei esperando Eva na sacada sorrindo como bobo e relembrando odos os nossos momentos, principalmente o último.
Ela finalmente entrou no quarto, mas parecia muito triste e desanimada, será que eu fiz algo errado?
- O que foi? - perguntei docemente enquanto a envolvia em meus braços.
- Pedro... - ela disse e eu senti lágrimas quentes caindo sobre meu ombro.
- O que tem ele? Ele te machucou? Se ele fez algo com você eu juro que vou matá... - ela me calou com um beijo calmo.
- Não se aproxime dele! - falou depois que parou o beijo - Ele te matará no momento em que te ver.
- Não vai não. Eu tive treinamentos avançados no campo de batalha.
- Roland... estou falando sério... Não se aproxime dele!
Ela me abraçou de novo e fomos para a sacada com as mãos entrelaçadas.
- Eu amo você - falei acariciando seus cabelos loiros.
- Eu também te amo - falou.
Ela estava olhando para a porta que ia para dentro do quarto. Dois segundos depois que nos abraçamos ela me empurrou pra trás e eu só vi ela levando uma facada.
Eva caiu no chão, seu fino roupão cinza estava manchado com seu sangue vermelho.
- Eva! - falei um pouco alto e me abaixei um pouco para ampará-la.
Olhei para o homem com a faca.
- POR QUE FEZ ISSO!?
- Era para ter acertado você! Mas essa estúpida traidora entrou na frente! - falou ele.
Minha vontade era de socá-lo até a morte, mas Eva estava sangrando muito, ela corria serio risco de vida.
- Quem diabos é você? - perguntei.
- Pedro! - respondeu ele.
Então ele é o marido dela... Ela se casou com um completo imbecil!
- O que está havendo aqui? - perguntou Killian entrando no quarto.
Roland OFF
Ao se deparar com o corpo de sua filha sangrando no colo de Roland e ver Pedro com uma faca, Killian correu, passou por Pedro e foi até Eva.
- O que aconteceu aqui? - perguntou ele.
- Sua filha é uma grande traidora! - falou Pedro.
Killian se levantou e deu um soco em Pedro, apagando-o.
- Temos que levá-la para outro lugar, se ela continuar aqui nesse estado... ela pode morrer! - falou Roland.
Ele e Killian levaram Eva para a ala hospitalar do castelo. O médico disse que como a facada foi na barriga, ela tinha alguma chance de sobreviver, portanto, perdeu muito sangue.
Roland ON
O médico passou vários remédios no lugar da facada e depois enfaixou. Pediu para levarmos Eva para o quarto e deixarmos ela descansar.
Mas então lembrei de Pedro. Ele estava apagado.
Deixei Eva com seu pai e fui até o outro quarto.
Aquele idiota estava se levantando.
- Precisamos conversar - falei grosso puxando ele pela gola da camisa.
Fui com ele até uma passagem secreta e o coloquei sentado no chão.
- O que é que você quer? - perguntou.
- Por que fez aquilo? - perguntei de volta.
- Já falei. Era pra ter acertado você! Mas ela se colocou na sua frente!
- Por que queria me matar? Nunca te fiz nada!
- É aí que você se engana! Eu estava apaixonado pela Eva! E agora você chegou e... ela caiu nos seus braços de novo! Não suportei! Precisava te matar, mas não esperava que ela estivesse lá. E muito menos que ela iria se colocar na sua frente!
- Sabe de uma coisa... Eu tenho, ou melhor, tinha, muito respeito por você. Você cuidou dela durante os 15 anos que eu estive fora, cuidou dos filhos dela e foi... parte da família dela! Ela me disse que você nuca tinha desrespeitado ela, nem nada do tipo. Mas depois de hoje... acho que ela nunca mais vai te perdoar, e eu também não.
- Preciso saber de uma coisa... - ele parou e respirou fundo - Ela vai ficar bem?
Sorri, um sorriso triste, mas sincero.
- Vai sim - respondi.
Ele sorriu.
- Faça ela feliz e cuide dos meus filhos... Só isso que eu lhe peço - falou.
- Vai partir?
- Não tenho mais razão nenhuma pra ficar, além do mais... Assim que Liam descobrir vai vir me caçar, ele é muito próximo da dela.
- Sei disso. Acho que se eles não fossem irmãos seriam outra coisa... - falei.
Ele soltou uma risada pelo nariz e se levantou.
- Diga aos meus filhos que eu os amo, que vou sentir saudade. Cuide bem de Eva, diga a ela que sinto muito e... me desculpe
- Está tudo bem - falei.
Apertamos as mãos e ele partiu. Eu fui logo em seguida.
Apesar de tudo o que ele fez... Pedro é um bom homem.
. . .
Assim que entrei no quarto me deparei com uma multidão! A mãe de Eva, Liam, os filhos dela e os avós dela.
Liam veio na minha direção assim que me viu.
- Roland... Onde ele está? Onde Pedro está? E não ouse mentir pra mim!
- Ele fugiu - respondi.
Não estava mentindo. Foi só o que ele pediu.
- Droga! Eu vou caçar aquele desgraçado e quando encontrá-lo eu vou matá-lo! - falou ele.
- Liam, agora não é o momento - falou a avó de Eva.
Ele respirou fundo e se juntou a multidão novamente.
Fui até Eva e segurei sua mão.
- Volta logo pra mim... Volta pra mim como eu voltei pra você... - beijei a testa dela sem soltar sua mão.
Não aguentei ficar lá vendo ela nesse estado. Saí pra tomar um ar, só não contava com uma pessoa me seguindo.
- Você é o Roland... não é? - perguntou.
- Sou sim, quem é você? - perguntei.
- Daniel, filho da Eva - respondeu estendendo a mão.
Eu o cumprimentei com o aperto de mãos e começamos a conversar.
- Minha mãe me contou que vocês dois voltaram - disse ele.
- É... Voltamos sim... O que você achou disso? - perguntei.
- Bom... Você parece amá-la mais do que sua própria vida, e eu sei que ela te ama mais do que a dela, caso contrário, ela não estaria onde está agora... E você parece ser um cara legal - sorriu.
- Você é um ótimo rapaz - sorri de volta.
- Obrigado.
Uma garotinha loira, a cópia de Eva, apareceu.
- Ele é o namorado da mamãe? - perguntou a pequena.
- É - respondeu Daniel.
Ela veio na minha direção, me encarou por uns dois segundos e depois me abraçou. Eu esperava todas as reações possíveis daquela garotinha, exceto me abraçar.
Mas eu retribuí o abraço, me abaixei para ficar da altura dela e a abracei com mais força, depois a levantei no colo e continuei a abraçá-la.
- Você é legal - ela sorriu - Vai ser nosso novo papai? - perguntou a pequena.
Tão inocente...
- Eu nunca poderei substituir o pai de vocês. Mas farei o meu melhor para ser um amigo - sorri para ela e depois, para Daniel.
- Viu Daniel? Ele é legal! - falou a menininha olhando para o irmão.
- E qual o seu nome, princesa? - perguntei.
Não a chamei de "princesa" somente pelo título, a chamei disso pois ela é uma graça.
- Eadlyn - ela respondeu.
- É um belo nome - falei com um sorriso sem mostrar os dentes no rosto.
- Roland! Ela acordou - falou Killian na porta do quarto.
Daniel entrou rapidamente e eu peguei a mão de Eadlyn e fui também.
Deixei a pequena com a avó e fui até Eva.
Ela estava sorrindo.
Peguei sua mão e comecei a acariciá-la.
- Oi meu amor... - sussurrei.
- Oi... - ela disse fraca.
- Como você se sente? - perguntei ainda sussurrando.
- Está doendo mas... estou melhor agora... - respondeu.
- Que bom - beijei sua mão delicadamente - Acho que vou pra lá, tem mais gente aqui querendo falar com você - deixei um último beijo em sua testa e depois saí de perto.
Os pais dela falaram com ela, sua mãe não parou de chorar por um instante. Depois foram seus avós, depois Liam e por último, seus filhos.
Eu estava lá o tempo todo, mas não fiquei perto dela. O que foi uma tortura.
- Acho que acabou - falei quando Daniel saiu com Eadlyn do quarto.
- Eles gostam de você... - ela disse.
- Quem, amor? - perguntei.
- Daniel e Eadlyn... Gostam de você
- Eles são incríveis. Você fez um ótimo trabalho - falei.
- O que houve...com o Pedro?
- Ele foi embora. Pediu pra dizer que sente muito e que ama os filhos de vocês, também pediu pra dizer que sentirá saudade deles.
- Ele sabia que seria caçado pelo meu irmão? - perguntou fraca.
Eu soltei uma leve risada.
- É. Sabia.
- Eu te amo - ela disse.
- Eu também te amo - falei.
Dei um selinho não muito demorado nela.
- Você precisa descansar. São 03:00. Durma um pouco - digo.
Dei um beijo na testa dela e esperei ela dormir, depois me deitei no sofá do quarto e acabei dormindo lá.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.