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História E se? - Eric


Escrita por: becausemalfoy

Capítulo 2 - Eric


Eu tinha acabado de levar um fora e tive que fingir que isso, de alguma forma, estava me afetando. Mas não estava

A Steph era legal, eu juro. O problema foi que ela resolveu me dizer aquelas três palavrinhas em menos de duas semanas. Foi o bastante para fazer com que eu passasse a agir feito um babaca e consequentemente, fosse dispensando. Ela me mandou ir à merda.

Conhecer você não estava nos meus planos, não mesmo. Mas naquela tarde, o Josh tinha me pedido para encontrá-lo na biblioteca. Provavelmente os outros caras também estariam lá. Não era um dos meus lugares favoritos, mas é o que acontece quando a maioria dos seus amigos são verdadeiros nerds. O que não era nada ruim.

Topei com uma amiga da Steph no caminho, aquilo parecia algum tipo bizarro de perseguição. Pelo olhar que a garota me lançou, presumi que boa parte das amigas da Steph já sabiam o que tinha acontecido. Dei de ombros. Eu não ligava. 

Assim que cheguei, avistei o Josh, o Mark, o Kevin, o Brian e o Sam (meus melhores amigos desde sempre), um ao lado do outro, folheando algumas revistas. Josh foi o primeiro a me ver.

– Deem boas-vindas ao mestre! – Josh disse, o que me fez rir. Ele me puxou para um abraço.

– E aí, como vocês estão?

– Não olhe agora, Eric. Mas tem uma garota te encarando – foi a vez do Sam.

– Cacete! Ela é maravilhosa – completou Mark.

– Talvez ela seja nova aqui. Nunca a vi antes – Kevin soltou, após analisar você e coçar o queixo. Perceber que ele estava te analisando me atingiu feito uma pontada.

Mas que diabos?

A garota, era você.

E foi então que eu tive certeza do que estava acontecendo ali.

Foi aí que eu notei a razão pela qual todos os meus amigos deixaram de lado aquelas revistas científicas.

Você era linda pra caralho, Mel. E assim que eu te olhei, assim que meus olhos azuis encontraram os seus, esverdeados, eu percebi. Percebi que estava quase entrando na merda.

– Eu vou falar com ela. Com toda a certeza do mundo eu vou falar com essa garota.

– Qual é, Eric? A Steph nem esfriou ainda, cara.

Eu sabia o que o Brian estava querendo dizer. Ele vivia me lembrando de que eu praticamente descartava as garotas e isso me deixou puto. Porque algo em mim me dizia que eu não descartaria você. Nunca.

– Fica na sua, Brian.

Eu sorri. Mas você, Mel, você não sorriu de volta. E sim, isso me intrigou. Eu sei que é presunçoso pra caramba da minha parte, mas eu não estava acostumado com rejeições. Ninguém me rejeitava. E a sua indiferença abalou a fragilidade do meu ego. Principalmente depois de todas as cortadas que você me deu. Ou de ter caído na real: você realmente gostava das obras do King. Você não era artificial. E aposto que se eu tivesse te pedido pra escolher entre uma salada e um hambúrguer, você nem pensaria antes de escolher o hambúrguer.

Você disse que foi burrice eu ter ido até onde você estava, assim, do nada. Mas hoje, depois de tudo, posso afirmar que não foi. Ter me sentado ao seu lado, sem ser convidado, foi de longe a melhor escolha que eu fiz. Mas pelo visto, pra você, não foi assim.

Você era diferente, Mel. Tudo em você era diferente. Desde o jeito de me olhar (um jeito gélido, você conseguia esconder até coisas que o seu olhar supostamente deveria revelar) até a forma com a qual você segurava o seu livro. Com cuidado. E eu queria ser cuidado por você, Mel. Eu queria muito.

Você não ter caído na minha conversa furada só fez com que a minha vontade de te desvendar aumentasse. É, te desvendar. Porque você mais parecia uma garota vestida de enigma

Eu queria ter pedido o seu telefone. O seu endereço. Qualquer coisa. Mas você não me deu espaço nenhum. Muito menos expectativas. 

Aí você foi embora. Os garotos te encararam. Depois me encararam. Eu tentei recobrar a compostura.

O que você tinha feito comigo?

– Cara, não sei não, mas acho que essa aí não vai ser nada fácil – Josh sorriu.

E eu quis dar um soco na cara dele.

Porque ele tinha razão, não seria fácil.

E não foi.

Mas eu precisava tentar. Você não era o tipo de garota clichê que costumava aparecer na minha porta até de madrugada, caso eu pedisse. Talvez por isso eu tenha me interessado tanto. 

Você era furada, Mel. E naquele mesmo dia, já durante a noite, enquanto eu não parava de encarar o teto do meu quarto, já que não conseguia dormir, eu pensei em você de novo.

Você parecia ser firme. Decidida. Reservada. Provavelmente conseguiria destruir o coração de qualquer cara que desse bobeira.

Não foi diferente comigo.



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