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História E Se Ainda Houvesse Tempo - Eu lhe diria que a amo


Escrita por: junmicao

Notas do Autor


Olaaaaar, essa é minha primeira fic yuri, espero que gostem ♡
Essa fic é pro concurso do Sistar BR, to nervosa? To kajsaksjaksj os outros participantes são muito booons aaaaaaa, (se quiserem ler as outras, é so procurar pela tag que eu usei)
Essa é uma OS drama, com os acontecimentos (FICTÍCIOS!!) todos contados em forma de linha do tempo, enfim, boa sorte pra todos, e boa leitura ♡

Capítulo 1 - Eu lhe diria que a amo


Fanfic / Fanfiction E Se Ainda Houvesse Tempo - Eu lhe diria que a amo

                             1998

— Bora unnie! Bora unnie! — chamava sua voz tão infantil e doce, mas ao mesmo tempo tão característica de Jihyun.

Brincávamos no playground da escola primária. O mesmo lugar onde nos conhecemos.

— Você me acha bonita? — disse ficando de pé com certa dificuldade, abrindo os bracinhos como se quisesse mostrar bem seu corpo.

— Sim… — respondi olhando para baixo, sorrindo com um certo nervosismo, mesmo com a pouca idade já sabia que Jihyun era linda — eu gosto disso. — apontei para o seu cabelo feito em chiquinhas.

— Então… por que ele não gosta de mim?

Ela apontou para um garotinho que dava impulso com os pés no balanço  envelhecido do playground, ele sorria, parecia bonito, mas não havia encanto algum para mim. Já Jihyun… ela olhava com atenção, e sorria tímida, mas tão sinceramente, a inocência infantil definida em apenas uma cena.

No momento achei que aquilo que senti fosse só uma decepção boba. Mas com o passar dos anos, aquilo doía cada vez mais.

                                   2007

— Unnie! Preciso te contar algo! — ela veio correndo em minha direção, ignorando o fato de sermos de salas diferentes.

— Soyou! Ei, oi! Mas… você não deveria estar aqui, sabe que não deixam entrar em outra sala, mesmo que seja na troca de turno.

— Bora, agora não, sem sermão. Okay? — ela sorria, tão linda e preciosa. Segurava em suas mãos uma folha de papel branco.

— Tudo bem, tudo bem, eu aceito, só dessa vez. Mas… o que foi? Apaixonada de novo?

— Ah…! Não, você sabe que eu não sirvo pra isso…

O silêncio se fez, não percebi quando começou, mas por alguns segundos meus olhos se perderam na beleza do seu rosto.

Ela ergueu os olhos, estendeu a folha de papel em minha direção, sorriu.

— Pega! Eu sei que é importante pra você, a algum tempo eu corria atrás disso então… Ah, olha logo.

Quando abri a dobra que havia no papel, percorri meus olhos e notei palavras-chave: “Inscrição” “Ballet”

Senti minha visão começar a desfocar, fechei os olhos, apertado. Ela sabia o quanto eu sempre sonhei em começar aulas de ballet, mas nunca foi possível por inúmeros motivos, e um deles foi o grupo da escola já estar completo. E alí estava, tão empenhada, me entregando um simples papel que me permitiria realizar um sonho bobo.

Não me permiti dizer nem ao menos uma palavra, a trouxe pra mais perto e agradeci de todo o coração em forma de abraço. Eu estava no último ano, iria embora daqui uns meses, aquela inscrição nao seria útil. Mas… eu me senti importante, e isso foi tão bom

                                       2009

— Veja só quem está se formando! — acolhi Jihyun num abraço, ela estava em um vestido dourado, combinava com sua pele, seus olhos com maquiagem forte talvez ficassem melhor sem, mas naquele dia ela estava tão perfeita que eu não me permitiria reclamar de absolutamente nada.

— Não acredito que veio só para me ver!

— Soyou…, pare de falar como se não tivesse me ameaçado caso eu recusasse vir. — brinquei com a situação. Ela parecia tensa, suas mãos apertavam com força o papel bonito, provavelmente ali estava o texto que ela falaria em nome de toda a turma, era sem dúvidas a mais organizada e responsável dalí. — Kibum está aqui?

Eu lembrava bem do nome, as vezes ela negava, “Unnie, somos melhores amigos”, queria acreditar realmente nisso.

— Sim, ele está ali perto das flores… Bora! Não pergunte dele assim.

— Assim como? — olhei em sua direção fingindo surpresa. — vamos, você precisa se preparar psicologicamente para mostrar ao mundo o quão boa é ditando um texto motivacional.

E ela foi realmente incrível.

                                   2011

— Não se esquece que vamos na academia hoje. Tchau! — e então saiu em passos rápidos, abanando a mão em minha direção.

Deveria ser mais um dia comum, não é? Fazíamos isso sempre, mas… Ah, eu tomei uma decisão idiota, e foi aí que tudo começou a me ferir.

—  Soyou… podemos conversar? — Ela amarrava os cabelo em um rabo de cavalo, usando o espelho da academia como reflexo.

— Hum?, ah sim, eu também preciso falar com você, queria contar justo hoje.

Um calafrio me percorreu. Hoje eu diria, como todas as palavras, o quão importante sua presença era pra mim. Hoje eu queria apenas dizer “Eu te amo”, mas quando ela veio em minha direção, esboçando um lindo sorriso que eu havia certeza que não era eu o motivo dele, desisti dos meus sentimentos, apenas… apenas quis ouvir tudo o que ela precisava contar.

— O Kibum… ele… Bora, olha!

Ela estendeu a mão direita em minha direção, em seu dedo cintilava um anel maravilhoso, prateado, com uma pedra tão possivelmente cara que nem tentei julgar de qual se tratava.

A abracei antes que em meu rosto ficasse perceptível que eu estava mentindo quando disse: “Estou tão feliz por vocês”

                                  2015

        “Por que ele não gosta de mim?”

        “Ah não, eu não sirvo pra isso”

        “Somos melhores amigos”

        “Estamos namorando!”

        “Vamos nos casar!”



— Eu não quero ir, eu não vou!

— Bora! Não seja infantil! Droga! — lembro-me vagamente das palavras que eu mesma pronunciava nesse dia, mas recordo-me muito bem da maneira como Hyoryn gritou comigo, e ela tinha toda a razão.

Eu estava sendo infantil. Mas de alguma forma me sentia traída. Eu lembrava de todas as frases  que Soyou me disse sobre Kibum, lembrava de tudo…

  “Então… por que ele não gosta de mim?”, quem diria que, ele iria gostar tanto de você?

   “Ah…! Não, você sabe que eu não sirvo pra isso…”, me disse que não servia para gostar de alguém. Foi dessa maneira que eu passei a aceitar que você nunca gostaria de mim. Mas não foi bem assim...

 “Unnie, somos melhores amigos”, foi nesse ponto que tudo começou. Tudo começou a desmoronar pra mim… Você já não me contava mais toda a verdade.

  “O Kibum… ele… Bora, olha!”, ah Jihyun, eu queria tanto estar feliz por vocês. Mas maior que isso, era a imensidão de paixão que ocupava meu interior. Era tão grande que me destruiu, me deixando apenas egoísta. Mas isso não me fez deixar você, eu estaria contigo até o último momento.

Mesmo que eu chorasse tanto ao ponto de ter que usar bolsas de gelo abaixo do olho antes de finalmente ajeitar minha roupa e criar coragem antes de entrar naquela igreja de cabeça erguida, olhar Kibum com orgulho por ter feito você feliz, entregar o presente que eu havia comprado a anos, e guardado pra quando você finalmente fosse minha… Mas acabei entregando numa ocasião não tão planejada por mim, e por fim, os parabéns, jogar o arroz, fingir estar animada em pegar o buquê, e retornar para casa, onde eu sonharia com o dia em que você finalmente estivesse comigo.




                   2016, 19:00 de um sábado.

Meus pés cobertos pela fina tira do sapato de salto baixo escorregam com toda a chuva que molhava o solo. É um dia triste. Com certeza o dia mais triste da minha vida.

Por que tão pouco tempo? Você não passou nem um ano ao lado da pessoa que você mais amava…

— Nunca seremos capazes de prever quando a vida irá subtrair de nós nosso maior motivo de viver, e esse dia chegou sem que eu nem ao menos tivesse tempo de dizer a ela que, sim, ela era meu motivo de viver. Ah, devem estar me achando egoísta, não é? Contando justo hoje tudo o que passamos juntas, mas chego a duvidar que alguém aqui a conhecia melhor que eu, — eu tentava ao máximo manter os olhos erguidos, permanecer sem derramar uma lágrima, mas era mais difícil do que eu imaginava, não notei quando minha voz se tornou embargada — existem muitas maneiras de um amor se tornar impossível, às vezes é simplesmente uma reprovação vinda dos pais, às vezes é a falta de amor de uma das partes, às vezes, no meu caso, é a falta de coragem. Eu pensei tantas vezes em como tudo seria se eu tivesse dito, antes de tudo se tornar confuso e difícil, como seria, se ela estivesse no meu lado nas noites mais frias. Mas alguém foi melhor que eu, e eu não o amaldiçoo por isso, pelo contrário, deveria agradecer, por fazer ela sorrir tantas vezes antes da causa do amor ter se tornado impossível se tornasse um acidente de carro, tão estúpido e tão fatal. Uh…! É tão complicado lembrar de seu rosto sorrindo, eu lembro perfeitamente do nosso primeiro sorriso, o meu, vendo ela, e o dela, vendo você se balançar, Kibum. Eu deveria ter aceito alí que ela não era pra mim… Mas, não podemos prever o quão a vida será cruel. Sabe, Jihyun — eu pronunciava as palavras com certa dificuldade, encarando seu rosto que já fora tão vivo — se ainda houvesse tempo, ah, e se ainda houvesse tempo, eu lhe diria que a amo.


Notas Finais


ai gente socorro


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