Acordo um pouco tonta e com dor de cabeça, a claridade entrava pela janela e quase me cegava, tinha esquecido de fechar a merda da cortina marfim. Me sento na cama e vejo ela lá, dormindo feito um anjinho, não pude controlar essa vontade, eu também sou filha de Deus, me inclino um pouco sobre ela e roubo um selinho demorado, segurando em seu rosto, era como estar flutuando em nuvens de algodão, eu sei q parece ser gayzisse, mas cara, você não entendeu, a mina é mó gata. Me afasto sorrindo e me levanto da cama, sinto uma tonteira e minha cabeça começa a pesar, éh.. talvez eu tenha bebido de mais. Sigo para o banheiro e faço minhas higiênes pessoais. Destranco a porta do quarto e olho para os dois lados no corredor, o silêncio reinava, caminho de pé ante pé até a porta do quarto da minha mãe, giro a maçaneta como se estivesse desarmando uma bomba em um shopping lotado, abro a porta devagarinho e ponho a cabeça para dentro, veja a cama forrada e ela não estava lá. Sorrio e suspiro aliviada, ela trabalhava em dias de Sábado também, só Domingo que não.
Desço a escada e vou até a cozinha, começo a preparar o café da manhã, ovos com bacon. Sinto alguém me abraçando por trás e me assusto me virando para trás.
- Calma.. kk bom dia.
Diz Bruna sorrindo e beija minha bochecha, aah.. que linda, até com aquela jubinha de leão ela era encantadora. Retribuo o abraço sentindo seu cheirinho doce e fecho os olhos.
- Eu deveria te espancar, agora mesmo.
- Eu sei, pode fazer isso depois do café? To com fome.
Me afasto dela e me viro para o fogão.
- Me ajuda então.
Bruna pega dois prato e põe sobre a mesa, distribuo os ovos e os bacons irmamente. Coloco o café em duas xícaras e me sento em uma das cadeiras, ela se senta também e começa a comer.
- Ta.. você lembra de alguma coisa que aconteceu ontem?
Pergunto bebendo um gole do café e observando ela.
- Lembro da maioria, lembro que a gente foi pra uma festa na casa da Bonnie, bebemos pra caralho, você estava se esfregando com o Roger, eu estava de olho em você até que alguém começou a me arrastar pra algum lugar. Depois disso, tive um branco e esse branco só virou preto.. ou sei lá o que, quando você mandou eu ir tomar banho eu acho, aí eu tomei banho, voltei pra cama e você.. - Ela olha pra baixoe começa a brincar com os próprios dedos. - Disse que me ama.. e eu também disse que te amava.
Diz ela voltando a me olhar. Porra, disso ela se lembra.
- Éh... - Suspiro e coro de imediato. Começo a comer sem saber o que dizer. - Esquece isso okay? Não estávamos muito "normais" ontem.
- Mas você cuidou de mim, e se eu estou aqui na sua casa agora, é sinal de que alguém me trouxe pra cá, e esse alguém só pode ser você, então você não estava tão bêbada assim e...
- Cala a boca.. - Olho pra ela séria. - Olha só, eu posso até ter falo isso, mas você pode fingir que eu não falei se quiser, sério.. desculpa..
Me levanto e caminho saindo da cozinha, eu sabia o quanto devia ser constrangedor pra ela, provavelmente ela nunca mais iria falar comigo. Ouço os passos dela vindo atrás de mim e reviro os olhos olhando pra trás.
- Por quê você está me seguindo Bruna? Vai tomar o café, as coisas vão esfriar e..
- Eu te amo Elizabeth.
Diz ela séria e com os olhos arregalados. Sinto um baque no coração e seguro no corrimão da escada. Isso não podia estar acontecendo, eu só podia estar sonhando.
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