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História E se eu ficar? - Akai Ito


Escrita por: Yuuki_Hyuuga_

Notas do Autor


Minna-san, oyasumi! ♥♥♥
Como prometido, dessa vez não atrasei o capítulo! rsrs ^^

Quero agradecer a todos que estão acompanhando, comentando e favoritando!
Espero que gostem, boa leitura e nos vemos nos comentários! *--* <3

Capítulo 11 - Akai Ito


Fanfic / Fanfiction E se eu ficar? - Akai Ito

#POV NARUTO

 

Depois de dormir tão bem na noite anterior, consegui acordar cheio de energia para o dia que viria a seguir. Despertei pouco depois do nascer do sol e observei mais uma vez a mulher maravilhosa que estava deitada ao meu lado. Suprimindo meus instintos mais selvagens, apenas beijei levemente seu rosto e sussurrei uma frase de bom dia, mas isso não foi suficiente para acordar Hinata de seu sono e, por isso, resolvi deixá-la descansar em paz por mais um tempo. Afinal, eu também precisava correr se quisesse que meu plano funcionasse.

Levantei devagar e fui até a janela, a fim de afastar um pouco a cortina e observar os raios de sol que entravam no quarto. Estava me sentindo o homem mais feliz do mundo ao lembrar de tudo que aconteceu ontem. Parecia que estava dando tudo certo na minha vida: as coisas estavam correndo tranquilamente no reino, meu aniversário se aproximava e, com isso, a data do casamento estava quase chegando... e ainda o melhor de tudo: Hinata e eu nos amávamos. Me espreguicei e ri baixinho do meu pensamento. Depois isso, enfim fui ao banheiro para fazer minhas higienes matinais e desci para o escritório o mais rápido que pude.

 

Ao chegar ao escritório, notei que algumas coisas encontravam-se fora do lugar. Nada muito bagunçado, no entanto, ainda era estranho não encontrar tudo arrumado como eu havia deixado há dois dias atrás - já que ontem eu não pude vir aqui, pois estava trabalhando na organização do baile. Logo depois de alguns minutos, ouvi uma batida na porta e Shikamaru entrou pela mesma.

- Já acordado, Naruto?

- Sim. Levantei mais cedo, pois tenho muitos planos para esta noite.

- Planos? - ele perguntou curioso enquanto se aproximava um pouco mais da escrivaninha.

- Exatamente! E, por falar nisso, vou precisar da sua ajuda para coloca-los em prática. - sorri apontando para o moreno. - Mas antes, estou curioso. Você esteve mexendo nesses documentos nos últimos dois dias?

- Não... como você não veio para o escritório desde a viagem de Hinata, eu também aproveitei para agilizar outras coisas que precisavam ser resolvidas. E ontem, assim como você, fiquei atarefado com os preparativos do baile, então não tive tempo para vir aqui. Por que a pergunta?

- Eu acho que alguém andou mexendo nas minhas coisas... mas quem? - Indaguei confuso e lembrei que, há alguns dias atrás, Danzou entrou nesta sala à procura de algo.

- Você suspeita de alguém?

- Não é bem uma suspeita... porém, no dia em que Hinata chegou ao palácio, eu vim para cá a fim de me esconder da vovó Tsunade e o Danzou entrou bem irritado procurando alguma coisa.

- Então ele deve ter vindo buscar algo para o conselho novamente, não acha?

- Não sei, ele parecia estranho. Mas também, quando ele não parece estranho? – ambos caímos em risadas. - Talvez você tenha razão. De qualquer forma, não tenho muito tempo para pensar nisso agora. Preciso da sua ajuda.

- Para quê, posso saber?

- Esta noite eu quero fazer para Hinata o jantar mais romântico do mundo. Quero pedi-la oficialmente em casamento.

Notei que Shikamaru ficou um pouco cabisbaixo depois que eu toquei no assunto. Lembrei então de que ele convidou Temari para dançar durante o baile.

- Como foi ontem com a Temari?

- Como descrever? No pouco tempo em que ficamos juntos, percebi o quanto ela é linda, inteligente e dança muito bem.

- Pouco? Mas o baile ainda durou por quase duas horas depois daquilo.

- Pois é. - ele desviou o olhar e seu semblante parecia ainda mais triste agora. - O irmão dela não era tão simpático quanto supomos e não gostou nada de vê-la dançando comigo. Eu disse que seria irritante, não foi? - ele suspirou.

- Me desculpe. Se soubesse que seria assim, não teria te incentivado a falar com a Temari. - me sentia realmente mal e culpado pela tristeza do meu amigo.

Como se adivinhasse o que eu estava pensando, ele respondeu:

- A culpa não é sua, Naruto. Não se preocupe, não é nada demais e já é passado para mim. - ele esboçou um sorriso forçado. - E esse jantar? Significa que você e a Hyuuga finalmente se acertaram?

- Sim. Conversamos melhor depois do baile e descobri que fui o motivo para ela ter ficado. - tentei não parecer demasiadamente animado, em solidariedade ao meu amigo que estava sofrendo. - Então, como a ideia do casamento arranjado ainda me incomoda, resolvi aproveitar o pouco tempo que ainda nos resta para pedi-la em casamento como uma pessoa normal. Entende?

- Claro. E o que você quer que eu faça? - Shikamaru perguntou sorrindo e eu vi que, apesar da sua decepção, ele estava feliz pela minha felicidade.

 

#POV HINATA

 

Já passava de meio dia e, depois do almoço, resolvi passar mais um tempo na biblioteca. Estar entre aqueles livros me acalmava e eu realmente estava precisando me acalmar, após esse turbilhão de emoções que tenho vivido.

A biblioteca real era gigantesca, não tinha nem como compará-la à biblioteca pública que tínhamos onde eu morava. Eram tantos livros que qualquer um perderia de vista o final daquela imensidão. Tudo, naquele lugar, me fascinava.

Grandes cortinas brancas cobriam algumas das vidraças, o que deixava o ambiente com uma iluminação ideal para uma boa leitura. Na parede central, havia uma lareira que sempre estava acesa quando eu chegava lá e mantinha o local em uma temperatura agradável, mesmo no inverno. Acima dela, uma escada em formato espiral dividia-se em duas, num ponto mais alto, dando acesso às estantes do “andar de cima”. Algumas das estantes eram fixadas nas paredes e outras eram arrumadas formando uma espécie de labirinto e a quantidade disponível no local, deixaria qualquer outra biblioteca morrendo de inveja. Algumas prateleiras, mesmo no “térreo” eram tão altas que necessitavam de uma escada móvel para alcançar os livros mais altos. Eram tantos exemplares que eu chegava ao ponto de duvidar se algum livro já escrito no mundo, poderia não estar lá.

Perto da lareira, também estavam duas mesas com cadeiras e quadro poltronas que esperavam o próximo leitor para oferecer maior aconchego. Altas colunas sustentavam a estrutura e também serviam de suporte para as mais variadas esculturas - anjos, humanos e demônios. Aquele lugar era o sonho de qualquer viciado em literatura, eu poderia passar o dia inteiro lá sem sentir falta alguma do mundo exterior.

Enquanto eu procurava um livro em especial no meio daquela imensidão, alguém se aproximou e tocou levemente meu ombro.

- Então é aqui que você se esconde? - virei-me e encontrei o loiro a sorrir em minha direção.

- Naruto, oi! Não esperava te encontrar aqui. - fiquei envergonhada ao encará-lo, mas retribui o sorriso. - Desde que a senhora Tsunade me trouxe aqui, se tornou meu lugar favorito. Às vezes passo várias horas lendo e até esqueço de sair.

- Não sabia que você gostava tanto assim de ler. Essa biblioteca foi construída pelos meus pais, eles também adoravam literatura.

- Minha mãe me fez criar essa paixão pelos livros. Quando eu era menor, todos os dias ela lia para mim. Era algo quase que sagrado... - não consegui evitar o riso ao lembrar de como era divertido passar esse tempo com minha mãe. - E depois que ela se foi, eu passei a fazer isso com minha irmã, Hanabi, para que ela não se sentisse sozinha.

- Esses livros devem significar muito para você, então.

- Significam, sim. Estou à procura de algo em especial, um dos livros que minha mãe mais gostava de ler. Mas ainda tenho um pouco de dificuldade para encontrar os exemplares no meio de tudo isso.

- Não se preocupe, eu tenho um jeitinho para localizar os livros! Vem comigo.

Guardados no balcão ao lado da entrada da biblioteca, estavam alguns livros robustos que Naruto levou para a mesa.

- Esses são os livros de estoque. Basta procurar por ordem alfabética e ano de publicação que ele mostra em qual prateleira está o que você procura. - ele sorriu mais uma vez.

- Muito obrigada, Naruto! Tenho certeza de que encontrarei este livro aqui.

Depois de folhear algumas páginas, logo encontrei as iniciais que estavam perto do início do alfabeto.

- Aqui. Akai Ito: o fio vermelho do destino. Pode ir buscá-lo comigo?

Naruto me ajudou a encontrar o livro e meus olhos brilhavam de emoção com o achado. Foi uma das histórias que minha mãe mais repetia para mim, e eu a adorava.

- Gostaria de ler junto comigo? - perguntei enquanto sentava em uma das mesas e puxei a cadeira ao lado para que Naruto fizesse o mesmo. Ele assentiu e eu comecei a ler em voz alta.

 

Debaixo da escura noite, iluminada apenas pela brilhante lua cheia caminhava, apressadamente, para a sua casa um pequeno menino. Enquanto caminhava encontrou um velho, sentado embaixo de uma árvore observando a grande lua.

– Boa noite rapaz! – Disse-lhe humildemente o velho que, na realidade, era o Deus Xia Lau Yue. O menino nunca antes vira o velho, por isso, continuou o seu caminho sem lhe prestar atenção.

– Sabes! – continuou o velho. – Devias começar a preparar-te para o teu destino. Já não falta muito para te tornares um homem e, como todos os homens, precisas de arranjar uma esposa.

O menino era ainda muito jovem e não mostrava nenhum interesse em se casar. – Eu nunca vou me casar. – Disse amargamente. – Isso só o destino pode dizer… Completou o ancião. – E sabes o que ele diz agora? Mesmo não estando a gostar muito da conversa o menino acenou que não com a cabeça.

Mesmo assim o velho homem continuou… – O destino diz que te casarás com a jovem que estiver do outro lado da corda que amarrei ao teu tornozelo. Pela primeira vez, o menino conseguiu ver a corda vermelha amarrada ao seu tornozelo, que se estendia no chão formando um estreito caminho cor de sangue.

Na outra ponta da corda estava uma jovem menina, sentada à porta da sua casa, observando o céu escuro da noite. O menino não queria acreditar no que os seus olhos viam, pegou então numa pedra e atirou-a ao rosto da garota, pensando que aquilo seria o suficiente para mantê-la longe dele para sempre.

Em seguida, limpou as mãos sujas de terra nos calções e correu, correu como nunca antes havia corrido, passando por tortuosos caminhos, deixando completamente emaranhada a corda vermelha que continuava amarrada ao seu tornozelo, mas que por algum motivo, já não conseguia ver.

Passaram-se anos, e o menino de outrora tinha-se transformado num belo homem cobiçado por muitas mulheres. Ele sabia que tinha de desposar uma daquelas jovens para honrar a sua família, dando-lhe continuidade, mas a verdade, é que nenhuma daquelas mulheres lhe interessava. Na aldeia, diziam que mesmo que procurassem pelo mundo inteiro jamais encontrariam uma dama que lhe agradasse.

Certa noite, o menino, agora já homem, esquecido da conversa que tinha tido com o velho a anos atrás, caminhava debaixo da lua cheia, pensando que talvez nunca conseguisse encontrar o seu par ideal. Foi então que, passando por uma das casas da região, viu a silhueta de uma mulher.

Pela primeira vez, pressentiu que aquela era a mulher com quem queria passar o resto da vida, mesmo que dela conhecesse apenas a sua silhueta. Essa jovem, por quem tão abruptamente se apaixonara, era conhecida como sendo uma das mais belas mulheres da vila, contudo raramente saia de casa por ter vergonha de uma cicatriz em seu rosto.

Contudo, pelo arranjo de seus pais, os jovens acabaram comprometidos, marcando seu casamento. No tão esperado dia, a jovem não mostrou o rosto, mantendo-o escondido sob o tradicional véu.

No entanto, no fim da cerimônia, quando se encontravam sozinhos, o homem perguntou-lhe por que motivo ela ainda cobria o rosto. – Acredite, não vai querê-lo ver. É feio e está marcado por uma horrível cicatriz. – Respondeu. – Quando era pequena, um rapaz atirou-me uma pedra ao rosto, deixando uma cicatriz sobre a minha sobrancelha.

Aquelas palavras trouxeram-lhe à memória aquela noite. A noite em que tinha falado com o velho, o deus Xia Yue Lau. E com um suave movimento retirou o véu da sua esposa, deparando-se com a mais bela mulher que alguma vez havia visto. Nesse dia o jovem percebeu que não adianta fugir, pois o destino do Akai Ito será sempre cumprido.

 

- Isso foi incrível... - Naruto disse no momento em que terminei a leitura. - Não é inusitado pensar que ao nascer somos ligados por esse fio vermelho?

- Sim... algumas outras versões da história dizem que esse fio está preso ao dedo mindinho, mas todas mantém o fato de que eles podem até emaranhar-se, porém o fio permanece inquebrável para sempre.

Naquele momento, eu segurei a mão de Naruto e entrelacei meu dedo mindinho ao dele, formando uma espécie de união como se fosse o fio citado no livro. Ele me fitou surpreso e seu rosto foi se aproximando, até selar seus lábios aos meus em um beijo calmo, porém apaixonado.

- Hinata, você se lembra que eu te convidei para jantar ontem à noite?

Eu assenti e ele continuou.

- Pois bem. Às 20h eu estarei te esperando na torre mais alta do castelo, na parte que dá acesso à varanda da ala oeste. Combinado?

- Sim, estarei lá. - eu sorri e ele beijou minha testa, levantando-se em seguida.

- Agora eu preciso ir, princesa. Obrigado por sua companhia e nos vemos mais tarde, ok?

- Até mais tarde, Naruto! - eu acenei e vi sua silhueta deixar o espaço. Continuei por mais algumas horas com minha leitura e depois fui em busca de algo para vestir no jantar.

 

Quando voltei ao meu quarto, encontrei uma caixa branca envolta em um laço cor de rosa, deixada em cima da cama. Ao aproximar-me, vi que ao lado estava um pequeno cartão que dizia:

Para a mais bela dama do reino.

Com amor,

Naruto

Sorri e abri a caixa para ver de que se tratava. Um lindo vestido vermelho com arranjos brancos era retirado da lá e, quando o olhei por completo, percebi que ajustava-se completamente ao meu tamanho. Além disso, havia um par de sapatos brancos com detalhes que pareciam cristais.  Como ele é cuidadoso, pensei. No fundo da caixa, ainda tinha um estojo preto contendo o mais lindo conjunto de jóias que eu já havia visto: dois brincos e um colar de pérolas brilhantes.

Apressei-me para tomar banho e vesti tudo aquilo. Quando me olhei no espelho, até fiquei assustada com minha própria aparência. Parecia até que tinha sido visitada pela fada madrinha e estava a caminho de encontrar o príncipe encantado. Olhei no relógio e ainda faltavam 15 minutos para o horário marcado. Mesmo assim, decidi ir andando e fazer-lhe uma surpresa.

 

Ao chegar a escada que dava acesso a torre mais alta, notei que o chão estava cheio de pétalas vermelhas, mostrando o caminho que eu deveria seguir. Continuei andando pelo corredor até chegar ao portal de entrada da ala oeste. Enquanto me aproximava da varanda, fiquei maravilhada ao ver toda a preparação do local. Tudo cuidado de forma tão minuciosa. Um lustre enorme brilhava e lançava uma singela luz sobre...

Foi aí que um choque atingiu meu coração de forma repentina e violenta, sem dó ou piedade. A luz do lustre iluminava Naruto que, naquele momento, beijava os lábios de uma mulher loira. Não poderia ser verdade, pensei. Ainda sem querer acreditar no que viam, meus olhos marejavam e lágrimas começaram a rolar incansavelmente. Não consegui ficar e continuar olhando aquela cena. Saí correndo do local e, no portal da ala oeste tropecei no tapete, quebrando o salto do meu sapato. Acabei deixando ambos ali mesmo e continuei correndo sem saber o que faria da minha vida dali em diante.

 

“Um fio invisível conecta os que estão destinados a conhecer-se…

Independentemente do tempo, lugar ou circunstância…

O fio pode esticar ou emaranhar-se,

Mas nunca irá partir.”

– Antiga crença chinesa


Notas Finais


Estava tudo indo tão bem, não é mesmo? :(
Vamos ver o que acontecerá de agora em diante.

Créditos pela lenda do Akai Ito:
http://www.cacadoresdelendas.com.br/japao/akai-ito-o-fio-vermelho-destino/

Link do vestido da Hina (o vermelho):
https://goo.gl/Thu6p8
Link do sapado da Hina:
https://goo.gl/832Gul
Link do conjunto de joias:
https://goo.gl/mKadvB

Espero que vocês tenham gostado, minna!
Nos vemos nos comentários? Beijão! <3 :*


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