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História E Se Fosse Verdade (ADAPTAÇÃO) - Mais Um Dia...


Escrita por: Ka-S

Notas do Autor


Como já deu pra perceber, essa fanfic é uma adaptação do filme "E Se Fosse Verdade" serei fiel a idéia original do filme, mas farei muitas mudanças.
Amo esse filme e achei uma boa idéia fazer uma versão Camren dele.
Espero que gostem!

Capítulo 1 - Mais Um Dia...


Estava sentada observando as flores do meu jardim, quando escuto alguém me chamar. — Camila... CAMILA... — Senti uma mão empurrando meu ombro. Abri os meus olhos assustada. — Quanto tempo eu dormi? — Falei com a voz sonolenta. — Uns 6 minutos. — Falou a enfermeira antes de sair. Levantei correndo da cadeira da sala de descanso e liguei a máquina de café —Obrigada... Olha eu já vou. — Gritei. — Tudo bem. — Respondeu já fora da sala. — Oi Fran. — Falei quando vi a morena entrar na sala. — O que está fazendo aí? Quanto tempo trabalhou? — Perguntou ao se aproximar de mim. — Éééé... 23 horas. — Falei desconfiada olhando pro relógio na parede. — 23? — Perguntou a médica franzindo o cenho. — Vai embora Camila. — Dei de ombros e peguei o copo de café. — Aí eu não consigo a vaga de assistente. — Falei ao caminhar em direção a saída. Assim que alcancei o corredor do hospital fui seguida pela enfermeira Maria que me entregou dois prontuários, joguei o copo de café no lixo e começou a folear as fichas enquanto seguimos em direção a sala de observação — Ela tem que trocar o curativo depois pode receber alta. — Falei entregando a ficha da paciente.— Eletro pra Alys, não gosto dos tornozelos inchados. — Entreguei a outra ficha pra enfermeira que escutava tudo atenta. — Obrigada. — Assentimos ao mesmo tempo e ela se afastou quando eu parei em frente à porta de vidro e dei de cara com Harry saindo. — Ah! Oi eu cuidei do senhor Clarkson enquanto você dormia. — Falou rindo. — Eu não estava dormindo, só cochilei. — Tentei parecer séria. — Não tem de quê. — Ele falou se afastando. — Quase interrompendo Harry, Jhon se aproximou. — Está no 5 e no 8. — Falou apressado me entregando um prontuário amarelo, suspirei e entrei no quarto lendo a ficha. — Jheny? — Como não tive resposta olhei em volta. — Cadê a Jheny? —Dei de ombros e continuei andando e lendo a ficha. — A sala de observação é enorme e as macas onde ficam os pacientes são isoladas por cortinas de plástico pra manter a privacidade do paciente. — Desculpe, desculpe já cheguei. — Jheny se aproximou prendendo o cabelo. — Oi senhor Clarkson sou a doutora Cabello. — Falei ao me aproximar da maca onde o senhor de aproximadamente 70 anos estava deitado. — Precisamos de hemograma e exame de urina. — Falei pra Jheny que estava parada atrás de mim. Voltei minha atenção ao senhor Clarkson. — Tem alguma coisa que eu possa fazer pra deixar o senhor melhor hoje? — O homem que estava com o fio de oxigênio no nariz, se encurvou aproximando o rosto. — Casa comigo. — Pediu com a voz rouca. — Nossa. — Falei sorridente. — Tenho passe livre no jogo. — Falou orgulhoso. — Então como eu vou recusar? Vou ligar pra minha irmã e pedir o vestido dela tá? — Apertei forte a mão dele. — Fica tranquilo. — Falei me afastando. — Fica de olho no meu noivo e acho melhor diminuir a morfina. — Entrei o prontuário pra Jheny. E fui para o próximo copo de café, paciente com ombro deslocado, curativo em um paciente safado olhando pra minha bunda. — Preparar leito 4. — Paciente com corte na orelha, checando os e-mails, conter paciente que atacou o doutor Harry, dar pontos no corte da barriga de um outro paciente, encher a luva como bexiga e brincar com a paciente mirim, um pouco mais de café, comer salada enquanto corro pelos corredores. — A infecção urinária está se tornando renal... Pneumonia... Coma diabético... Renite... Problemas com tendões... Um capuccino grande sem açúcar, com baunilha e leite desnatado. — Doutora. — Me assustei ao ver o senhor Clarkson no meio do corredor com o avental do hospital me chamando. — Senhor Clarkson? — Perguntei sem entender o que ele estava fazendo ali. — Quer casar comigo? — É claro senhor Clarkson, mas primeiro tem que vestir uma roupa. — Falei segurando em suas mãos. — Jheny. — Chamei a enfermeira. — Desculpa, desculpa. — Jheny falou correndo pra pegar o senhor Clarkson. Entrei no banheiro e vi Fran na pia se maquiando. — Hoje é dia de festa Fran? — Descobri que as olheiras assustam os pacientes. — Falou passando a base com o dedo. — E ela tem um encontro hoje à noite. — Maria falou do outro lado da pia enquanto eu lava as mãos. — A pára... Eu vou jantar com meu ex e a mãe dele, ela não sabe sobre o divórcio e eu não quero ser responsável pela morte de uma senhora de 80 anos. — Fran respondeu. — Eu troco de turno com você que tem que ir pra casa costurar as fantasias de lagarto com pernas de velcro pra aula de balé da Katie. — Falou Maria. — Não sei como vocês conseguem. — Ally falou saindo do cabine e indo até a pia lavar as mãos. — O Troy tá querendo filhos e eu não estou tendo tempo nem pra depilar as minhas pernas. — Não depila e ele deixa você em paz. — Falou Fran fazendo todas nós dar risada. Peguei meu batom no bolso do jaleco e senti a mão de Fran no meu ombro, olhei pra ela pelo espelho. — Camila você tem sorte, só tem que se preocupar com o trabalho. — Apenas assenti concordando, as três saíram do banheiro e eu fiquei me encarando no espelho até escutar Jhon me chamando do lado de fora do banheiro. — Doutora Cabello está aí? — Eu já estou saindo. — Guardei o batom e saí encontrando Jhon parado na porta que ao me ver estendeu a chapa do Raio X do tornozelo de uma paciente. — Não tem fratura leito 2. — Ótimo enfaixa e manda pra casa. — Me afastei ao ouvir meu celular tocando, tirei o celular do bolso do jaleco e atendi sem ver quem era. — Alô! — Você vem mesmo? — Escutei a voz da Dinah do outro lado da linha. — Claro que vou. — Ótimo porque esse cara é um máximo. — E ele está aí? — Perguntei sem muito interesse. — Ainda não o conheci pessoalmente. — Confessou minha amiga. — Ah não Dinah — Esbravejei. — Não vai me juntar com um cara estranho. — Ele é um amigo de um velho amigo, disseram que ele é legal. — E o que isso quer dizer? Que ele é nerd e gordo? — Perguntei assinando algumas fichas na recepção. — Qual é Camila não foi fácil convencê-lo a vir pra cá. Então acho bom você aparecer por aqui. — Eu vou Dinah, só estou um pouco ocupada. — Não pude dizer que está ocupada, eu estou te fazendo um grande favor. — Revirei os olhos. — Dinah eu sou totalmente capaz d conseguir alguém sozinha. Sabia que eu fui pedida em casamento duas vezes hoje. — Eu só quero que conheça alguém que não esteja sangrando. — Ok te vejo às 7. — Camila já são 7. — Ok então te vejo às 7 e meia. — Estou fazendo lasanha vou desligar. — Guardei o celular sem ter visto se Dinah ainda estava na linha ou não, vi Austin conversando com Jhon e comecei a segui-los. — A minha outra opção é viajar pra Califórnia, sinônimo de sushi é mulheres desesperadas. — Revirei os olhos. — Você vai conseguir esse cargo de assistente, o doutor Anderson gosta de você. — Falou Jhon tentando não soar como um puxa saco. Jhon saiu ao ver Anderson parado esperando eu e Austin nos aproximar. — A quanto tempo está aqui? — Anderson perguntou pro Austin. — 12 horas. — Respondeu com aquele ar superior de sempre. — E você Cabello? — Arqueou as sobrancelhas. — Um pouco mais que isso. — Respondi baixo. Não pude deixar de perceber o sorriso vitorioso que cresceu no rosto de Austin quando o doutor Anderson assentiu pra ele em sinal que Austin deveria voltar ao trabalho. Eu e Austin estávamos sendo avaliados pelo doutor Anderson que era diretor do hospital, ele iria escolher entre um de nós dois para ser seu assistente. Austin estava a mais tempo no hospital e se acha o mais capacitado para assumir o cargo e desde que soube que eu seria sua concorrente tem feito de tudo pra chamar a atenção do doutor Anderson, Austin nem sempre foi assim quando eu ainda era residente ele até era legal comigo e até me arrisco a dizer que tínhamos uma espécie de amizade, mas depois que ele me convidou pra sair e eu recusei, as coisas mudaram entre nós. — Senhorita Cabello eu queria esperar até amanhã pra te dizer isso, mas nós decidimos escolher você como a minha assistente. — Agarrei o doutor Anderson que enrijeceu o corpo com meu ato inesperado. — Muito obrigada senhor Anderson, não sabe como eu estou feliz, nem acredito nisso. — Ei calma senhorita Cabello e me dê um pouco mais de espaço. — Soltei o homem e dei um sorriso amarelo pra ele. — Não foi uma escolha difícil de se fazer, eu vejo que ao contrário de certas pessoas, você está sempre preocupada com os pacientes ao invés de me bajular. — Senhor eu nem sei como começar a agradecer a oportunidade que estão me dando, nossa eu tenho tantos planos que vou começar a colocá-los em prática agora. — Comecei a andar mas fui chamada por uma voz brava. — Camila vá pra casa agora. — Ia abrir a boca pra falar, mas fui interrompida. — E nem pense em desobedecer minha ordem. — Ele me olhou com uma certa administração. — Eu sei que está aqui trabalhando à 28 horas. — Franzi o cenho. — Eu sempre sei de tudo Camila e bom descanso. — Trocamos olhares sinceros e eu saí concorrendo pelos corredores, era tanta felicidade que nem cabia no meu peito. Fui para o vestiário trocar de roupa, já estava mais do que atrasada pro jantar que Dinah preparou, corri até o elevador e pra minha sorte ele já estava parado no andar, mas antes que eu pudesse entrar Jhon veio correndo até mim. — Doutora Cabello tem uma senhora com obstrução renal no leito 18, será que a senhora pode dar uma olhada? — Falou estendendo o prontuário pra mim. Olhei pro relógio no meu pulso, olhei pro prontuário e voltei a olhar Jhon. — É claro que eu posso. — Fui até a paciente e fiz todos os procedimentos necessários, demorei mais de 40 minutos, passei algumas instruções pra Jheny e novamente saí correndo pelo hospital até chegar no estacionamento e dar de cara Austin. — Camila fiquei sabendo da sua promoção... Parabéns. — Ele falou com o nariz em pé. — Obriga... — Ele nem esperou eu terminar de falar e entrou no carro, peguei meu carro e liguei pra Dinah no meio do caminho avisando que já estava chegando. As ruas estavam molhadas por causa da chuva, passei por um buraco e com o impacto o celular caiu no chão do carro, como a rua estava calma me abaixei pra pegar, levantei pra prestar atenção na estrada quando ouvi a buzina de uma caminhão, a única coisa que vi na minha frente foi a luz forte do farol.  



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