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História E Se Fosse Verdade (ADAPTAÇÃO) - Resgate...


Escrita por: Ka-S

Notas do Autor


Primeiro de tudo Feliz Ano Novo galera.
Não vou pedir desculpa pela demora, porque eu sei que ninguém vai me desculpar.

Leiam as notas finais...

Capítulo 10 - Resgate...


Acordei com o sol batendo no meu rosto.

— Camila.— Falei ainda sonolenta com os olhos fechados.— Camila!— Levantei em um pulo quando as lembranças da noite passada invadiu minha mente. — CAMILA!

— Estou aqui.— Olhei pra frente e vi Camila sentada na poltrona.

— Ainda bem.— Respirei de alívio.— Pensei que tivesse ido.— Levantei e começou a calçar meus coturnos.— Acho que eu sei o que fazer. Dessa vez eu posso fazer alguma coisa.

— Não tô entendendo.— Camila Perguntou confusa.

— Camz quando nos conhecemos eu repetia que você estava morta, mas era eu quem estava morta, você me trouxe de volta, você me salvou, e agora é a minha vez de salvar você.

— Como?— A latina perguntou esperançosa.

— Simples... Eu vou roubar o seu corpo.— Falei como se fosse óbvio.

Peguei minha jaqueta e saí correndo pelo apertamento, devo ter esquecido de trancar a porta, desci as escadas correndo e atravessei a rua sem olhar para os lados.

— Lauren... Lauren.— Camila vinha atrás me chamando.

— O que?— Perguntei enquanto procurava a chave no carro nos bolsos.

— Você não pode fazer Isso.

— Porque não?

— Porque você vai ser presa

— E daí? Se acontecer alguma coisa com você, eu não me importo de ser presa? Só vou roubar seu corpo pra ganharmos algum tempo.— Camila revirou os olhos e suspirou revoltada.

— As coisas que você vai precisar pra me tirar de lá...

— Você vai me explicando pelo caminho.— Interrompi.

— OK... Vai precisar de uma van e de alguém sem escrúpulos. — Dei um sorriso malicioso, pensando que eu tinha as duas coisas ao meu alcance.

Uma hora depois eu e Normani estávamos gritando pelas ruas de Miami dentro de uma van em alta velocidade.

— Pra onde estamos indo? — Normani Perguntou com a voz ofegante.

— Pegar suprimentos médicos.

— O que? Não contou pra ela?— A latina no banco de trás questionou desacreditada.

— Shiii.

— Tem que contar... O Lauren tô achando essa mulher familiar.— Falou encarando Normani.

— Você viu ela no bar.— Respondi.

— Viu quem no bar?— Normani perguntou.

— Ninguém, deixa pra lá.— Mais um grito quando a van derrapou na curva.

— Estamos com toda essa pressa porque mesmo?— Normani perguntou enquanto eu pisava no acelerador sem dó.

— Porque está tendo uma liquidação de cama de hospital, eu sempre quis ter uma.— Tentei soar convincente.

— Ótimo, agora vai ficar enfiada na cama.— Suspirou.

— Lauren você tem que contar pra ela.

— Ainda não.

— Ainda não o que? — Perguntou minha amiga.

— Ainda não chegamos.— Disfarcei.

— Ok Lauren me conta a verdade... Sua amiga imaginária apareceu pra brincar né? — Preferir não responder, muitos mais tarde e muitas multas depois, chegamos ao hospital, tentando disfarçar o máximo que conseguimos, entramos na pequena sala de medicamentos.

— Pega o carrinho.— Camila mandou.— Peguei o carrinho e comecei a andar pelo pequeno espaço.— Medidor de pressão, e o ventilador portátil, ali aquela coisa amarela.— Me abaixei pra pegar e joguei no carrinho sem muito cuidado.

— Tá fazendo o que? Isso aqui não é a Black Friday?— Normani falou preocupada, como se eu não soubesse onde estávamos.

— Normani calma... — Respirei fundo.— Eu sabia que você não viria se eu te contasse.

— Eu não tenho certeza se quero ouvir.— Normani falou passando as mãos no cabelo.

— A minha amiga imaginária, não é imaginária, ela é o espírito de uma moça em coma, ela está lá em cima e vão desligar os aparelhos que a mantém viva se não tirarmos ela daqui, temos que levar o corpo dela pra um lugar seguro.— Falei tudo em um fôlego só.

— Mesmo?— Normani Perguntou debochada.

— Era pra ter contado antes.— A latina se manisfestou.

— Ela não teria acreditado.— Protestei.

— E por acaso ela está acreditando agora?

— Eu tinha que trazer ela junto.

— Lauren deixa eu te levar pra ala psiquiatra do hospital, lá você pode receber ajuda.—Normani tentou falar com a voz mais calma que conseguia.

— São 11h30 agora, ela vai estar morta em meia hora.— Falei desesperada.

— Lauren diz que eu sei que isso é demais pra ela.— Camila falou tentando me ajudar.

— Camila está bem atrás de você.— Normani arqueou as sobrancelhas e olhou pra trás.

—Ah é mesmo? —Falou sarcástica voltando a olhar pra mim.— Se ela realmente está atrás de mim, pergunta pra ela o que eu estou fazendo com mão, pedra, papel ou tesoura?— Normani colocou a mão pra trás e fez algum gesto que foi captado por Camila.

—Pedra.— Camila falou afobada.

— Pedra.— Repeti pra Normani ouvir.

— Tesoura.

— Papel.

— Pedra de novo.

— Lauren ele tá fazendo sinal feio.—Olhei incrédula pra Normani.

— Normani você tá fazendo sinal feio? — Normani olhou pra trás assustada e voltou a me encarrar passando as mãos no cabelo.

— Como você sabe disso?— Perguntou desacreditada.

— Você tava fazendo sinal feio? —Perguntei ainda sem acreditar.

— OK...Ok... Às vezes as pessoas que tem algum tipo de perturbação acabam adquirindo poderes mediúnicos.— Normani falava e eu a olhava incrédula. — E mesmo se ele for de verdade, sabe o que está arriscando por essa mulher?

— SEI.

— PORQUE?

— Porque eu a amo.— Soltei todo o ar que estava segurando.— Amo. — Olhei pra Camila por cima do ombro de Normani.— Eu amo você.

— Ninguém nunca tinham me falado isso antes.— Camila falou emocionada.

— Ok.— Normani falou desviando minha atenção pro rosto dela.— Você é praticamente minha irmã, mesmo achando que você está louca eu vou te ajudar, é pra isso que servem os irmãos, pra entrar em encrenca juntos.— Dei um abraço apertado na minha amiga.— Agora vamos salvar sua garota imaginária. — Olhei rapidamente pra Camila e a vi olhando pro chão com o rosto corado.

Pegamos tudo que eu iríamos precisar pra manter o corpo de Camila respirando, inclusive um jaleco pra mim e pra Normani, não queríamos chamar atenção de ninguém, Camila indicou um pequeno cubículo onde era guardado produtos de limpeza, e lá escondi o carrinho com medicamentos. — Pelo caminho encontramos uma maca e a empurramos até o elevador, pois o corpo de Camila estava no andar de cima.

— Lauren agradece ela.— Camila falou enquanto saíamos do elevador.

—Agradecemos muito Normani.— Falei sincera.

— Não estou fazendo isso por você.— Arqueei as sobrancelhas.

— E aquele papo de irmãs?

— Eu estou fazendo isso porque um dia eu vou precisar de ajuda pra transportar um corpo, e quando esse dia chegar eu não vou querer ouvir desculpa esfarrapada.

Chegamos no quarto e posicionamos a maca ao lado da cama em que o corpo de Camila estava.

— Rápido.— Camila falou nervosa enquanto olhava apreensiva pra porta do quarto.

— Minha nossa... Lauren.— Normani falou olhando o rosto de Camila.

— É eu sei, ela é linda né.—Falei tirando o cobertor que cobria o corpo da latina.

—Obrigada, mas temos que ir.—Camila apressou em me lembrar.

—Não, não é isso... Olha é ela, é ela.— Normani falou afobada.— A mulher que eu queria que você conhecesse, eu ia te apresentar naquela noite.

— Eu... Eu ia conhecer a Camila?— Olhei pra latina que tinha a mesma expressão surpresa que eu.

— E ela também não foi porque sofreu um acidente.

— Então o homem que a Dinah queria me apresentar era você? —Camila me perguntou.

— Mani da onde você conhecia a Camila?

— Eu sou amiga da melhor amiga dela a Dinah.

— Eu sabia que o rosto dela era familiar, ela é a filha do JJ.

— Normani é a filha do JJ?— Perguntei rindo e Normani me olhou confusa.

— Ninguém chama mais meu pai de JJ.

— Foi o pai dela que beijou sua mãe no dia do casamento? — Estava tentando segurar uma gargalhada pela expressão de Normani.

— Ei como sabe disso? Minha mãe ainda joga isso na cara do meu pai quando eles brigam.

— Camila é filha da Sinhue a mulher que seu pai beijou no dia do casamento dela.

— Fala sério? Ela está mesmo aí não está?

—Eu te disse que estava.

— Então tá esperando o que pra colocar ela na maca? Não quero que matem sua chance de ser feliz de novo.

Ficamos congeladas quando ouvimos a porta do quarto abrir e um celular tocar.

—É o Austin.—Camila falou assustada.

— Droga ele chegou 15 minutos antes.— Rosnei.

— Assim que os pais dela chegar estaremos prontos.— Falou a voz grossa do lado de fora.

Deixei Normani com o corpo de Camila e corri pra fora do quarto me deparando com o médico de olhos claros e com o cabelo gritando alisante.

—Cuidado o Austin é muito esperto.— A latina me avisou.— Austin desligou o celular e me olhou dos pés a cabeça.

— Doutor Mahone? —Ele assentiu e eu segurei com força a sua mão chacoalhando sem parar.— Eu sou a doutora Jauregui.

— Repeti tudo que eu falar.— Camila falou e eu assim o fiz.

—Eu sou uma consultora especial da Pacífica Medic, o diretor me mandou aqui pra fazer uma avaliação final.— Repeti tudo em um fôlego só, sobre o olhar desconfiado de Austin.

— Não me passaram nenhuma informação sobre isso.— Ele falou.

— Existe uma nova evidência pra acreditar que o funcionamento total pode ser restaurado, nós temos que fazer só alguns testes.— Novamente repeti tudo que a latina mandou.

— Nós quem?— Austin perguntou ainda desconfiado.

—A minha equipe está lá embaixo com uma ordem assinada pelo diretor.

—Ah eu nunca vi isso antes, se importa se eu confirmar com ele?— Perguntou calmo.

— Claro que não, vá em frente e confirme com ele.

—Eu vou ligar pra ele.— Discou alguns números e levou o celular até o ouvido.

— Claro.— Concordei e sem pensar muito fechei o punho e atingi seu rosto com um soco de direita bem dado.

—Lauren!— Camila gritou ao ver o homem desmaiado no chão. No mesmo instante Normani saiu do quarto puxando a maca com o corpo de Camila e uma bolsa de soro.

—Vamos logo.— Falei desesperada ao ver o médico se levantando gemendo de dor e a doutora Fran correndo em nosso direção junto com os pais de Camila e Dinah.

— Preciso da segurança no terceiro andar.— Ouvi Austin dizer enquanto nos afastavamos.

— Não balança muito meu corpo, mas tenta correr mais rápido... Vire à direita. — Camila falou nos guiando pelos corredores.

— À direita vai.— Orientei Normani, olhei pra trás e vi um segurança de dois metros de altura. Ignorei suas ordens de parar e continuei correndo.

Viramos onde Camila mandou e vimos outro segurança correndo em nosso direção.

— CORRE!— Gritou Normani que soltou a maca e colidiu com o homem, o agarrando pela cintura e os dois caírem dentro do elevador.

Continuei correndo e no centro do andar próximo a recepção foi recebida com gritos de "Para" pelos seguranças que me cercaram, todos estavam posicionados na entrada dos corredores. " Em suas posições" outro homem gritou, desesperada procurei pelo olhar de Camila.

— Camz o que eu faço? —Perguntei com os olhos marejados.

— O tudo de respiração saiu... É tarde demais.— Ele me olhou com lágrimas escorrendo pelo rosto.

— Não!

— É forte.—Me desesperei ao ver que ela estava perdendo o brilho.

— Resista Camila, por favor.

—Lauren.— Ela me chamou no mesmo momento em que seus batimentos cardíacos se transformou em uma linha reta no monitor em cima da maca.

— Um nó se formou na minha garganta e eu já não pude segurar as lágrimas dolorosas que estavam pressas.

—NÃO! CAMILA FICA COMIGO.— Em um ato impensado e desesperado beijei os lábios sem vida de Camila. —Senti alguém apertar minha cintura e me jogar no chão, pela visão periférica pude ver o homem que parecia ser o pai de Camila, e logo mais dois seguranças vieram me segurar, eu não me importei com nada, naquele momento nada me importava, mesmo com a visão embaçada poe causa das lágrimas, continuei olhando pra maca onde o corpo de Camila estava, a dor tão familiar da perda invadiu meu coração de uma forma tão avassaladora que meu coração parecia que ia explodir.

— CAMILA NÃO, POR FAVOR AJUDEM ELA.— Gritava enquanto me debatia tentando me soltar das mãos apertadas daqueles homens.

— DEIXE MINHA FILHA DESCANSAR EM PAZ.— O homem segurando minha cintura gritou com a voz embargada.

— Meia dose de sedativo.— Ouvi a voz de Austin ao longe.

— NÃO NÃO NÃO NÃO CAMILA.— Eu continuava gritando e me debatendo.

Logo parei de gritar quando o som dos batimentos cardíacos de Camila ecoou pelo corredor lotado de médicos, enfermeiros e outros curiosos.

"O que tá acontecendo?" Isso não é possível", ouvi as pessoas murmurando a minha volta. Senti os braços do pai de Camila soltando minha cintura e ir correndo pra perto do corpo dela, eu estava no chão paralisada e desacreditada com o que estava acontecendo.

— Camila? Filha tá me ouvindo? — Sinuhe falava enquanto alisava o cabelo de Camila.

Mesmo com os seguranças me apertando, consegui me levantar com a ajuda deles que mesmo assim não me soltaram, eu precisa ver o rosto dela, eu precisa ver que ela estava respeitando.

— Eu não acredito que iríamos ter deixar partir.— Alejandro falava enquanto as lágrimas caiam.—Sou eu o papa.— Ele sorriu em meio as lágrimas. Vi Dinah se aproximando com mesma expressão de choque que Sinuhe estava.

—Camila tentou se levantar mais não conseguiu. Os olhos brilhando de Sinuhe se encontraram com os meus, pela primeira vez vi ela me lançar um sorriso, não um simples sorriso, mas um sorriso sincero de gratidão.

— Soltem ela.— A voz firme de Alejandro fez os seguranças me soltarem.

Com cautela me aproximei de Camila, foi impossível segurar um sorriso de felicidade ao ver ela ali com os olhos abertos.

Sinuhe e Dinah me olhavam com uma certa ternura, ao me aproximar Alejandro assentiu com a cabeça pra mim, como se me autorizasse a chegar mais perto de Camila.

— Encostei na maca do lado de Dinah que deu espaço pra que eu pudesse ficar perto de Camila.

— Oi...— Falei pra bela latina pálida e que se tornou o motivo da minha existência.

— Oi.—Ela falou baixo, me olhando de uma forma estranha.

—Sou eu.—Falei

—Desculpa eu não sei quem você é.— Meu sorriso morreu no mesmo instante que ouvi as palavras sair da boca dela.

— Querida é a Lauren.— Sinuhe falou calma, ainda maravilhada de ver a filha bem.— Não se lembra da Lauren?— Camila voltou o olhar pra mim, analisando meu rosto e eu senti uma pontada de esperança que logo morreu quando vi seu olhar carregado de confusão.

— Não se lembra? O apartamento? A cobertura? O jardim?—Falei quase em desespero. —Nada? — Tentei tocar sua mão na esperança que ela lembrasse do meu toque, mas ela simplesmente afastou a mão da minha antes que eu pudesse toca-la. — Sinuhe, Alejandro e Dinah olhavam surpresos pra reação de Camila.

—Meu amor... Você não se lembra dela? —Foi a vez de Alejandro perguntar. — Novamente os olhares foram desviados pra mim.

Sem acreditar no que estava acontecendo fui me afastando da mulher que tinha ganhado meu coração.

— Adeus Camila.— Falei quase em sussuro, dei uma última olhada e fui embora sem olhar pra trás, deixando minha felicidade naquele hospital, talvez esse seja o meu assunto não terminado, salva-la e deixá-la livre pra viver e ser feliz.


Notas Finais


Gente eu sei que todo mundo aqui ou pelo menos a maioria assistiu ao filme.
Bom, eu sempre achei que o final poderia ter sido melhor explorado e por isso meu final não vai ser igual ao filme, muito pelo contrário o final será o começo do relacionamento delas, ainda estou pensando se eu escrevo apenas um outro final mais detalhado ou se eu dou continuidade na história.


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