1. Spirit Fanfics >
  2. E Se Fosse Verdade (ADAPTAÇÃO) >
  3. Flores

História E Se Fosse Verdade (ADAPTAÇÃO) - Flores


Escrita por: Ka-S

Notas do Autor


A ganhadora do sorteio foi a ~Isadora74

Capítulo 14 - Flores


Fanfic / Fanfiction E Se Fosse Verdade (ADAPTAÇÃO) - Flores

— O que acha desse?— Perguntei em frente ao espelho analisando o vestido preto que eu tinha colocado.

— Tanto faz.— Minha amiga respondeu emburrada sentada na minha cama.

— DJ não fica assim.— Fui até ela e me sentei do seu lado.— Eu prometo que hoje eu pergunto sobre a Normani.

— Faria isso? — Perguntou com os olhos brilhando.

— Você sabe que sim.— A abracei de lado.— Eu quero ver você feliz.

— Eu sei.— Minha amiga falou esboçando um sorriso sincero que eu retribuí.— E aí? Me conta como está com a branquela, você que estava quase morta e ela que parece um fantasma. — Suspirei pensando naqueles olhos verdes.

— Agora estamos bem, ela me faz bem.

— E salvou a sua vida.— Pontuou.

— É... se não fosse por ela e pela Normani que ajudou, eu não estaria aqui.

— E pra onde ela vai te levar? — Dinah perguntou curiosa. Me levantei e fui até o espelho pra analisar o vestido novamente.

— Ela disse que é uma surpresa.— Dinah veio até mim, e arrumou a alça do meu vestido.

— Não se preocupe... Você está linda.

— Me ajuda com a maquiagem? — Perguntei

— Claro!

Depois de terminar de me arrumar com a ajuda de Dinah, saímos do quarto e sorri ao ouvir a risada de Lauren no andar debaixo.

— Parece que alguém já está se sentindo parte da família.— Dinah falou debochada.— Ai!— Exclamou ao sentir o tapa fraco que eu dei em seu braço.

— Não a deixe desconfortável Dinah.— Esbravejei, e Dinah ergueu as mãos em sinal se rendição.

Sorri ao chegar na sala e ver Sofia no colo de Lauren, enquanto as duas gargalhavam de alguma história que meu pai contava sobre sua infância. 

Minha mãe tinha um sorriso congelado no rosto, e enchia as xícaras de porcelana, com um liquido ralo esverdeado.

— Lauren querida, você gosta com ou sem açúcar? — Minha mãe perguntou.

— Com açúcar por favor.— Lauren respondeu tentando recuperar o fôlego.

— Biscoito!— Dinah praticamente me empurrou e saiu correndo em direção ao pote de biscoito que estava em cima da mesa de centro.— Eu adoro biscoito.— Ela se jogou no sofá ao lado de Lauren, com uma mãe segura o pote de forma possessiva e enchia a outra de biscoito e enfiava na boca.

— Essa menina não tem casa?— Meu pai perguntou olhando pra Dinah.

— Prefiro a sua...— Dinah engoliu o que estava na boca.— Na minha tem gente de mais.

— Deixe ela em paz.— MInha mãe interveio.— Pelo menos alguém gosta dos meus biscoitos.

— Filha o que está fazendo aí parada.— Meu pai falou apontando em minha direção. — Venha até aqui.

— Camz.— Lauren tirou Sofi do seu colo e a colocou sentada no sofá. 

— Oi.— Falei quando me aproximei dela. Ela tomou meu rosto, fechei os olhos para aproveitar seu toque, fiz um bico esperando um selinho, senti o cheiro de erva-cidreira invadir minhas narinas, e algo quente tocar em meus lábios, causando um leve ardor.

Abri os olhos e vi que estava beijando a xícara de chá, virei os olhos pro lado e vi que meu pai com as sobrancelhas levantadas segurando a xícara.

— O chá vai esfriar.— Falou em um tom que me fez arrumar a postura.

Olhei pra Lauren que esboçou um sorriso amarelo.

— Na verdade estamos de saída.— Segurei Lauren pela mão e a arrastei até a saída.

— E o chá?— Ouvi minha mãe gritar.

— Outro dia.— Respondi em uma altura que ela pudesse escutar.— Pra onde vamos?— Perguntei entrando no carro de Lauren.

— Já disse que é uma surpresa... A propósito você está linda.

— Você também.— Corri os olhos pelo seu corpo, ela estava usando uma calça preta camiseta branca lisa, e uma jaqueta preta sem mangas.

Ela se encurvou no banco e aproximou os lábios dos meus, mas parou no meio do caminho e encarou um ponto fixo atrás mim, franzi o cenho e olhei pra trás, levei um susto ao ver Dinah debruçada na janela do meu lado com a boca branca suja de resto de biscoito.

— Dinah quer alguma coisa?— Perguntei fazendo gesto com a mão indicando que sua boca estava suja, ela pareceu nem se importar.

— E aí branquela? Eu sei que você é florista.

— Paisagista.— Corrigi e Dinah revirou os olhos.

— Será que me daria um buquê? — Lauren franziu o cenho.— Não me olha assim, só tô te pedindo porque a Mila me disse que você entende de florzinha e essas frescuras todas, quero dar pra uma pessoa especial.

— Vou ver o que posso fazer?— Lauren respondeu simpática.

— Quer mais alguma coisa Dinah?— Perguntei.

— Não... Podem se agarrar agora.— Se afastou com um sorriso debochado no rosto.

— E limpa essa boca!— Gritei.— Acho melhor irmos logo, ou não vão nos deixar sair daqui hoje, Lauren assentiu e ligou o carro.

Passei o caminho todo falando da Dinah e da Normani, e das mil e uma formas de junta-las de novo. Lauren apenas ouvia tudo, vez ou outra ela dava um sorriso que parava meu coração.

— Não se preocupe com isso Camz... Vou conversar com a Normani. — Ela tocou meu rosto e só então me deu conta que tínhamos parado.

— Chegamos?— Perguntei olhando para os lados. Não reconheci o lugar, apenas vi uma placa atrás que indicava que tínhamos saído da cidade. 

— Chegamos. — Saí do carro e respirei fundo sentindo o ar puro do ambiente, o lugar não era movimentado e nem tinha casas, apenas algo que pareciam ser galpões.— Tudo bem? — Assenti, ela segurou minha mão e entrelaçou nossos dedos. 

— Onde estamos?

— Você já vai descobrir.— Ela nos guiou até o outro lado da rua.— Nossa.— Entramos em um corredor com flores vermelhas e brancas que se espalhavam por toda sua extensão de cima abaixo.

— Menina Lauren, que prazer.— Uma senhora de cabelos grisalhos com traços latinos, usando um macacão azul, botas de chuva pretas, e luvas marrom estava parada com os braços abertos logo mais a frente. — Quanto tempo.— Lauren me soltou e praticamente correu e se jogou nos braços da senhora.

— Senti saudades.— Lauren falou se aconchegando mais nos braços dela.— Quero te apresentar uma pessoa.— Lauren estendeu a mão na minha direção, caminhei até ela, e antes que eu me desse conta a senhora simpática me puxou para os braços dela.

— Prazer senhora, eu sou a Camila.— Falei ao me afastar.

— Pode me chamar apenas de Dólares.— Apertou minha bochecha.— Ela é realmente linda Lauren.

— Está tudo pronto?— Lauren perguntou.

— Modéstia parte eu diria que está perfeito.— Lauren agradeceu e eu fiquei curiosa pra saber do que estavam falando.— Antes de ir embora, vê se passa lá na estufa pra se despedir, e leva a moça pra provar do meu café com raízes fortes.— Lauren deu um beijo na testa dela e me puxou corredor adentro

— Gostei dela.— Falei enquanto andávamos.

— É uma boa pessoa, ela é como se fosse parte da família.— Lauren parou atrás de mim e cobriu meus olhos com as mãos.

— O que está fazendo?— Perguntei rindo.

— Consegue ver alguma coisa?— Neguei com a cabeça.— Cuidado com o degrau.— Demos mais alguns passos, senti o sol batendo na minha pele, e o perfume de flores.— Fecha os olhos.— Fiz o que ela pediu, e senti suas mãos descobrirem meu rosto.— Pode abrir.

— Abri os olhos e me deparei com o lugar mais lindo que eu já estive durante toda a minha vida.

O canto dos pássaros é a harmonia perfeita. Ainda abobalhada, dei alguns passos pra frente e toquei em uma rosa tão vermelha quanto sangue, eu mau podia acreditar que estava vendo algo tão lindo.

— Lauren.— Minha voz saiu quase num sussurro.— É maravilhoso.— Dava passos lentos enquanto tocava as rosas com todo cuidado.

O roseiral era enorme, as flores até perdiam de vista no horizonte, cada fileira continha rosas de cores diferentes, tinha cores que eu nunca tinha visto antes, eu parecia uma criança solta na loja de brinquedos.— Nossa... É incrível.

— É daqui que eu tiro as flores para enfeitar os jardins dos clientes, inclusive foi daqui que saiu as flores que estão do terraço do seu apartamento. Depois vou te levar na estufa, lá é onde cultivamos as flores raras.— Abracei Lauren e agradeci por ter me trazido aqui. Ela sabia o quanto eu amava flores.

Fechei os olhos e respirei fundo.— Como você descobriu esse lugar.

— Era da minha avô Angélica, agora é meu. Eu sempre vinha aqui quando criança, ela passava horas me explicando como cuidar de cada flor, ela me ensinou a amar tudo isso. Por isso decidi ser paisagista, eu gosto levar cor e vida.

Apesar de nem sempre eu ter sido assim.— Envolvi seu rosto com as mãos e dei um longo selinho em seus lábios.

Ela segurou minhas mãos e se ajoelhou.

— Camz.— Franzi o cenho e a olhei confusa.— Antes de você aparecer na minha vida daquela forma maluca, eu era apenas uma pessoa triste e sem vida, assim como essas flores você encheu meu coração de cor, e plantou o amor que eu pensava que nunca mais ser capaz de sentir.

Eu não sou a melhor pessoa do mundo, mas pra sua sorte também não sou a pior.— Soltei uma risada junto com algumas lágrimas.— Eu te amo muito, me lembro de como era bom quando dividimos o mesmo teto, acordar vendo esse sorriso, e ir dormir vendo esses olhos. Eu te quero pra sempre na minha vida.— Ela soltou uma das minhas mãos e tirou alguma coisa do bolso.— Eu sei que é loucura, mas eu não posso mais ficar sem fosse, não quero que passe mais nenhum dia sem que eu possa te chamar de minha.

Camz... Camila Cabello você quer casar comigo.— Arregalei os olhos ao ouvir suas palavras. Meus olhos brilharam ao ver o anel em sua mão.— Eu sei que eu deveria ter falado seu nome completo, mas eu não me lembro como é.

— Lauren...

— Eu sei que é muito cedo e que nem namoramos, mas o que isso importa? Eu te amo, você me ama. Pra que perder tempo? Se você me ser uma chance eu posso provar que posso te fazer a mulher mais feliz do mundo.— Eu estava tão surpresa que eu abria a boca pra falar mais as palavras não saiam.— Fiz besteira né?— Lauren perguntou cabisbaixa depois de longos minutos esperando minha resposta é nada ter sido respondido.— Droga!— Ver sua cara de decepção me despertou. Me ajoelhei e toquei seu rosto.

— Eu aceito.— Sua expressão mudou e o sorriso que ela deu derreteu meu coração.

— Aceita?— Perguntou desconfiada.

— Eu te amo, eu sei o quanto a vida é curta e não quero perder mais tempo, quero dividir os poucos ou os muitos anos de vida que me restam.— Com a mão trêmula ela colocou o anel no meu dedo.

Analisei o anel prateado com uma risca fina dourada no meio que dividia toda a circunferência.— Você não vai usar?

— O meu tá no carro. Vai que você não aceitasse.

— Lauren eu sempre vou dizer sim pra você.— Ela beijou a aliança no meu dedo e depois colou nossos​ lábios.

— Karla Camila Cabello Jauregui.— Sussurrei entre seu lábios.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...